Exibir código-fonte para China

{{Ver desambig|a civilização chinesa (ou sínica)|China (civilização)|o país conhecido como Taiwan|República da China|outros significados|China (desambiguação)}}
{{Info/País
 |nome_nativo                 = 中华人民共和国中国<br />(''Zhōnghuá rénmín gònghéguó zhōngguó'')
 |nome_longo_convencional     = República Popular da China
 |imagem_bandeira             = Flag_of_the_People's_Republic_of_China.svg
 |nome_pt                     = República Popular da China
 |imagem_brasão               = National_Emblem_of_the_People's_Republic_of_China.svg
 |descrição_bandeira          = Bandeira da China
 |descrição_brasão            = Brasão de armas da China
 |leg_bandeira                = [[Bandeira da República Popular da China|Bandeira]]
 |leg_brasão                  = [[Brasão de armas da República Popular da China|Brasão de armas]]
 |lema                        =
 |hino                        = [[Marcha dos Voluntários]]<center>[[Imagem:March of the Volunteers instrumental.ogg|noicon|center]]</center>
 |localização                 = CHN orthographic.svg
 |localização_legenda         = Localização da China em verde escuro.<br>A [[Ilha de Taiwan]] (em [[Estatuto da República da China|disputa]] com a [[República da China]]) e [[Disputa de fronteira sino-indiana|áreas disputadas com a Índia]] estão em verde claro.
 |mapa                        = China - Location Map (2013) - CHN - UNOCHA.svg
 |tamanho_mapa                = 280px
 |gentílico                   = chinês
 |capital                     = [[Pequim]]
 |latitude                    = 39°55′N
 |longitude                   = 116°23′L
 |maior_cidade                = [[Xangai]]
 |língua_oficial              = [[Língua chinesa|Chinês Mandarim]]¹
 |tipo_governo                = [[República popular]] [[Estado socialista|socialista]] [[Unipartidarismo|unipartidária]]
 |título_líder1               = [[Lista de presidentes da República Popular da China|Presidente]]
 |nome_líder1                 = [[Xi Jinping]]
 |título_líder2               = [[Vice-presidente]]
 |nome_líder2                 = [[Li Yuanchao]]
 |título_líder3               = [[Primeiro-ministro da República Popular da China|Premier]]
 |nome_líder3                 = [[Li Keqiang]]
 |título_líder4               = [[Assembleia Popular Nacional|Presidente do Congresso]]
 |nome_líder4                 = [[Zhang Dejiang]]
 |título_líder5               = [[Conferência Consultiva Política do Povo Chinês|Presidente da CCPPC]]
 |nome_líder5                 = [[Yu Zhengsheng]]
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 |evento_tipo                 = [[História da China|Estabelecimento]]
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 |evento1                     = Unificação da China sob a dinastia Qin
 |evento_data1                = 221 a.C.
 |evento2                     = [[Revolução Xinhai|Estabelecimento da República]]
 |evento_data2                = 1 de janeiro de 1912
 |evento3                     = [[Guerra Civil Chinesa|Proclamação da República Popular]]
 |evento_data3                = 1 de outubro de 1949
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 |fronteira                   = [[Mongólia]], [[Rússia]], [[Coreia do Norte]], [[Vietname]], [[Laos]], [[Mianmar]], [[Índia]], [[Butão]], [[Nepal]], [[Paquistão]], [[Afeganistão]], [[Tajiquistão]], [[Quirguistão]] e [[Cazaquistão]]
 |população_estimada_ano      = 2010
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 |Gini                        = 47,4<ref name=gini>{{cite news |title=Income inequality: Delta blues |url=http://www.economist.com/blogs/analects/2013/01/income-inequality |work=The Economist |date=23 de janeiro de 2013 |accessdate=23 de janeiro de 2013}}</ref>
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 |IDH_categoria               = {{elevado}}<ref name="IDH">{{citar web |url=http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr14-summary-en.pdf  |título=Human Development Report 2014 |língua=inglês |editor=[[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento]] (PNUD) |data=24 de julho de 2014 |acessodata= 2 de agosto de 2014 }}</ref>
 |moeda                       = [[Renminbi]] (Yuan)
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 |rodapé                      = ¹ Co-oficial com o [[Língua inglesa|Inglês]] em [[Hong Kong]] e com o [[Língua portuguesa|Português]] em [[Macau]].<br />²[http://www.britannica.com/eb/article-71005/China China], [[Encyclopaedia Britannica]]. Visitado em 21-02-2007.
}}
A '''República Popular da China''' ('''RPC'''; {{Hanyu|s=中华人民共和国|t=中華人民共和國|p={{áudio|Zh-Zhonghua renmin gongheguo.ogg|Zhōnghuá Rénmín Gònghéguó}}}}), também conhecida simplesmente como '''China''', é o maior [[país]] da [[Ásia Oriental]] e o [[Lista de países por população|mais populoso]] do mundo, com mais de 1,36 bilhão de habitantes, quase um quinto da população da [[Terra]]. É uma [[Estado socialista|república socialista]], governada pelo [[Partido Comunista da China]] (PCC) sob um [[Unipartidarismo|sistema unipartidário]]<ref>{{cite book|last=Walton|first=Greg|coauthors=International Centre for Human Rights and Democratic Development|title=China's golden shield: corporations and the development of surveillance technology in the People's Republic of China|publisher=Rights & Democracy|date=2001|pages=5|chapter=Executive Summary|isbn=9782922084429|url=http://books.google.com/books?id=S9rP0A2q14UC&lpg=PA4&ots=LH0GtACK-m&dq=single-party%20%22people's%20republic%20of%20china%22&lr=&pg=PA5#v=onepage&q=%22single-party%20state%22&f=false|accessdate=29 de agosto de 2009}}</ref> e que tem jurisdição sobre  [[Províncias da República Popular da China|vinte e duas províncias]], cinco [[Regiões autónomas da República Popular da China|regiões autônomas]] ([[Xinjiang]], [[Mongólia Interior]], [[Tibete]], [[Ningxia]] e [[Guangxi]]), quatro [[Municípios da República Popular da China|municípios]] ([[Pequim]], [[Tianjin]], [[Xangai]] e [[Chongqing]]) e duas [[Região administrativa especial|Regiões Administrativas Especiais]] com grande autonomia<ref>{{Citar web|url=http://en.wikisource.org/wiki/Sino-British_Joint_Declaration|título=Sino-British Joint Declaration |acessodata=8 de setembro de 2008}}</ref> ([[Hong Kong]] e [[Macau]]). A capital da RPC é [[Pequim]].<ref>{{citar web |url=http://english.people.com.cn/constitution/constitution.html|título = Constituição da República Popular da China (Adotada em 4 de dezembro de 1982) |data= 29 de maio de 2007| publicado = People.com.cn|acessodata = 9 de maio de 2009}}</ref>

Com aproximadamente 9,6 milhões de quilômetros quadrados, a República Popular da China é o [[Lista de países e territórios por área|terceiro (ou quarto) maior país do mundo em área total]] e o segundo maior em área terrestre.<ref>{{Citar web|url=http://education.yahoo.com/reference/factbook/countrycompare/area/3d.html;_ylt=As1XMsN8kgSx746VWazy_s7PecYF|título=Area Country Comparison Table|acessodata=18 de março de 2009}}</ref> Sua paisagem é variada, com florestas de [[estepe]]s e [[deserto]]s (como os de [[Deserto de Gobi|Gobi]] e de [[Deserto de Taklamakan|Taklamakan]]) no norte seco e frio, próximo da [[Mongólia]] e da [[Sibéria]] ([[Rússia]]), e florestas [[Subtropical|subtropicais]] no sul úmido e quente, próximo ao [[Vietnã]], [[Laos]] e [[Mianmar]]. O terreno do país, a oeste, é de alta altitude, com o [[Himalaia]] e as montanhas [[Tian Shan]] formando fronteiras naturais entre a China, a [[Índia]] e a [[Ásia Central]]. Em contraste, o litoral leste da [[China continental]] é de baixa altitude e tem uma longa faixa costeira de {{fmtn|14500}} quilômetros, delimitada a sudeste pelo [[Mar da China Meridional]] e a leste pelo [[Mar da China Oriental]], além dos quais estão [[República da China|Taiwan]], [[Coreia]] ([[Coreia do Norte|Norte]] e [[Coreia do Sul|Sul]]) e [[Japão]].

A [[nação]] tem uma [[História da China|longa história]], composta por diversos períodos distintos. A [[China (civilização)|civilização chinesa clássica]] — uma das mais antigas do mundo — floresceu na bacia fértil do [[rio Amarelo]], na planície norte do país.<ref>{{cite web |url=http://www.china.org.cn/english/features/China2004/106396.htm |title=Rivers and Lakes  |publisher=China.org.cn |accessdate=15 de junho de 2009 }}</ref> O sistema político chinês era baseado em [[monarquia]]s hereditárias, conhecidas como [[Dinastias chinesas|dinastias]], que tiveram seu início com a semimitológica [[Dinastia Xia|Xia]] (aproximadamente 2000 a.C.) e terminaram com a queda dos [[Dinastia Qing|Qing]], em 1911. Desde 221 a.C., quando a dinastia Qin começou a conquistar vários reinos para formar um império único, o país expandiu-se, fraturou-se e reformulou-se várias vezes. A [[República da China (1912–1949)|República da China]], fundada em 1911 após a queda da dinastia Qing, governou o [[China continental|continente chinês]] até 1949. Em 1945, a república chinesa adquiriu [[Taiwan]] do [[Império do Japão]], após o fim da [[Segunda Guerra Mundial]]. Na fase de 1946-1949 da [[Guerra Civil Chinesa]], o [[Partido Comunista da China|Partido Comunista]] derrotou o nacionalista [[Kuomintang]] no continente e estabeleceu a República Popular da China, em Pequim, em 1 de outubro de 1949, enquanto o Partido Nacionalista mudou a sede do seu governo para [[Taipei]]. Desde então, a jurisdição da [[República da China]] está limitada à [[Ilha Formosa|Taiwan]] e algumas ilhas periféricas (incluindo [[Ilhas Pescadores|Penghu]], [[Kinmen]] e [[Ilhas Matsu|Matsu]]) e o país recebe [[Estatuto da República da China|reconhecimento diplomático limitado]] ao redor do mundo.

Desde a introdução de [[Abertura econômica da China|reformas econômicas em 1978]], a China tornou-se em uma das economias de mais rápido crescimento no mundo,<ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/country_profiles/1287798.stm |título=Country profile: China |publicado=BBC News |data=1 de julho de 2009 |acessodata=14 de julho de 2009}}</ref> sendo o [[Lista de países por exportações|maior exportador]] e o [[Lista de países por importações|terceiro maior importador]] de mercadorias do planeta. A [[industrialização]] reduziu a sua taxa de [[pobreza]] de 53% (em 1981) para 8% (em 2001).<ref>[http://econ.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/EXTDEC/EXTRESEARCH/0,,contentMDK:20634060~pagePK:64165401~piPK:64165026~theSitePK:469382,00.html Fighting Poverty: Findings and Lessons from China’s Success]. [[Banco Mundial]]. Acessado em 10 de agosto de 2006.</ref> O país tem sido considerado uma [[superpotência emergente]] por vários acadêmicos,<ref>{{Citar web |url=http://www.carnegieendowment.org/events/index.cfm?fa=eventDetail&id=851&prog=zch |título =From Rural Transformation to Global Integration: The Environmental and Social Impacts of China's Rise to Superpower  |autor Muldavin, Joshua |data = 9 de fevereiro de 2006 |publicado = Carnegie Endowment for International Peace |acessodata = 17 de janeiro de 2010 }}</ref> analistas econômicos<ref>{{Citar livro  |título = China: The Balance Sheet: What the World Needs to Know about the Emerging Superpower  |editora = PublicAffairs |data=17 de abril de 2006 |edição =Capa dura, ilustrada |página = 224 |id = ISBN 978-1-58648-464-4  |autor = Bergsten, C. Fred; Bates, Gill; Lardy, Nicholas R. e Mitchell, Derek }}</ref> e militares.<ref>{{Citar web |autor = Tenente-coronel da Marinha dos Estados Unidos Uckert, Merri B. |data=abril de 1995 |título = China as an Economic and Military Superpower: A Dangerous Combination?  |publicado = Air War College, Air University |local =Base Aérea de Maxwell, Alabama  |página = 33 |url=http://www.au.af.mil/au/awc/awcgate/awc/uckertmb.pdf }}</ref> A importância da China<ref>{{Citar web|url=http://www.asianreviewofbooks.com/arb/article.php?article=693 |título=Review of "China: The Balance Sheet -- What the World Needs to Know Now About the Emerging Superpower" |acessodata=2007 de dezembro de 24 |último=Gordon |primeiro=Peter |coautores= |data= |obra= |publicado=The Asia Review of Books}}</ref><ref name="Miller">{{Citar web|url=http://www.stanford.edu/group/sjir/6.1.03_miller.html |título=China an Emerging Superpower? |acessodata=24 de dezembro de 2007 |autor = Miller, Lyman |publicado=Stanford Journal of International Relations}}</ref> como uma [[grande potência]] é refletida através de seu papel como [[Lista de países por PIB nominal|segunda maior economia do mundo]] (ou [[Lista de países por PIB (Paridade do Poder de Compra)|segunda maior]] em [[Paridade do poder de compra|poder de compra]]) e da sua posição como membro permanente do [[Conselho de Segurança]] da [[Organização das Nações Unidas]] e de várias outras organizações multilaterais, incluindo a [[Organização Mundial do Comércio]], [[Cooperação Econômica Ásia-Pacífico]], [[G20|Grupo dos Vinte]], [[BRICS]] e da [[Organização para Cooperação de Xangai]]. Além disso, o país é [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares|reconhecido]] como uma [[Países com armamento nuclear|potência nuclear]], além de possuir o maior exército do mundo em número de soldados e o [[Lista de países por gastos militares|segundo maior orçamento de defesa]].

== Etimologia ==
{| style="float:left;"
|{{Contém texto em chinês}}
|}
A palavra "China" é derivada do [[Língua persa|persa]] ''Cin'' (چین), que por sua vez é derivado do [[sânscrito]] ''Cina'' (चीन).<ref name="AmHer">"[http://dictionary.reference.com/browse/China?qsrc=2888 China]". ''The American Heritage Dictionary of the English Language'' (2000). Boston and New York: Houghton-Mifflin.</ref> O termo é registrado pela primeira vez em 1516 no diário do explorador português [[Duarte Barbosa]].<ref>"China". ''Oxford English Dictionary'' (1989). ISBN 0199573158. O original em português [http://purl.pt/435/ aqui]: ("O Grande Reino da China"). ISBN 8120604512.</ref> A palavra sânscrita foi usada para se referir à China já em 150 d.C.<ref name="Fairbank">Encontrado no livro 2 do [[Artaxastra]] de [[Cautília]]. (Denis Crispin Twitchett, Michael Loewe, John King Fairbank, ''The Ch'in and Han Empires 221 B.C.–A.D. 220'', p. 20.)</ref> Há várias teorias acadêmicas sobre a origem desta palavra. A teoria tradicional, proposta no século XVII por [[Martino Martini]], é a de que a palavra ''China'' é derivada de ''Qin'' ({{linktext|秦}}), o mais ocidental dos reinos chineses durante a [[dinastia Zhou]], ou a partir do sucesso da [[dinastia Qin]] (221–206 a.C.).<ref name="Martini">Martino, Martin, ''Novus Atlas Sinensis'', Vienna 1655, Preface, p. 2.</ref> A palavra ''Cina'' é usada em duas escrituras [[hindu]]s – o [[Mahābhārata]], do século V a.C., e no [[Código de Manu]], do século II a.C. – referindo-se a um país localizado na fronteira tibetana-birmana no leste da [[Índia]].<ref name="Liu">Liu, Lydia He, ''The Clash of Empires'', p. 77.</ref><ref name="Wade1">Wade, Geoff. "[http://www.sino-platonic.org/complete/spp188_yelang_china.pdf The Polity of Yelang and the Origin of the Name 'China']". ''[[Sino-Platonic Papers]]'', No. 188, Maio de 2009, p. 20.</ref>

Na China, os nomes comuns para se referir ao país incluem ''Zhōngguó'' ({{zh|s=[[wikt:中国|中国]]|p=|l=O(s) Estado(s) do Meio}}) e ''Zhonghua'' ({{zh|s=[[wikt:中华|中华]]|links=no}}), embora o nome oficial do país tenha sido alterado inúmeras vezes por sucessivas [[dinastia]]s e governos modernos. O termo ''Zhongguo'' apareceu em vários textos antigos, como o ''[[Shujing]]'' do século VI a.C,<ref>尚書•梓材》:「皇天既付中國民越厥疆土于先王」 Roughly translated as "The Heavens awarded the lands and peoples of ''Zhōngguó'' to our ancestors".</ref> e em tempos pré-imperiais ele foi muitas vezes usado como um conceito cultural para distinguir o ''[[Huaxia]]'' dos bárbaros. O termo, que pode ser singular ou plural, se refere ao grupo de Estados na planície central da China. Foi só no século XIX que a expressão surgiu como o nome formal do país. Os chineses não eram os únicos a definir a sua nação como "central", já que outras civilizações tinham a mesma opinião sobre si mesmas.<ref>Endymion Wilkinson, ''Chinese History: A Manual'' (Cambridge, MA: Harvard University Press, Rev. and enl., 2000 ISBN 0-674-00247-4 ), 132.</ref>

== História ==
{{Artigo principal|História da China}}
{{Vertambém|China (civilização)}}

=== Pré-história ===
{{Artigo principal|História da China#Pré-história{{!}}Pré-história chinesa}}

[[Ficheiro:Territories of Dynasties in China.gif|thumb|Territórios aproximados ocupados por diferentes dinastias, bem como por modernos Estados políticos, ao longo da [[história da China]].]]

Evidências arqueológicas sugerem que os primeiros [[hominídeo]]s habitaram a China entre 250 mil a 2,24 milhões de anos atrás.<ref>[http://www.archaeology.org/0001/newsbriefs/china.html "Early Homo erectus Tools in China"]. Archaeological Institute of America. 2000. Acessado em 30 de novembro de 2012.</ref> Uma caverna em [[Zhoukoudian]] (próximo da atual [[Pequim]]) continha fósseis datados entre 300 mil e 780 mil a.C.<ref name="autogenerated60">{{cite journal | title = Out of Africa again...and again? | author = Ian Tattersall | volume = 276 | issue = 4 | pages = 60–68 | journal = Scientific American | doi = 10.1038/scientificamerican0497-60 | year = 1997}}</ref><ref name="autogenerated198">{{Cite journal| doi = 10.1038/nature07741| year = 2009| month = Mar| author = Shen, G; Gao, X; Gao, B; Granger, De| title = Age of Zhoukoudian Homo erectus determined with (26)Al/(10)Be burial dating| volume = 458| issue = 7235| pages = 198–200| issn = 0028-0836| pmid = 19279636| journal = Nature|bibcode = 2009Natur.458..198S }}</ref> Os fósseis da caverna são do [[Homem de Pequim]], um exemplo de ''[[Homo erectus]]'' que manipulava o [[fogo]]. Há também restos de ''[[Homo sapiens]]'' que datam de 18 mil a 11 mil a.C. encontrados no local do Homem de Pequim.<ref>{{cite web|url=http://whc.unesco.org/en/list/449|title=Peking Man Site at Zhoukoudian|publisher=[[UNESCO]]|accessdate=4 de outubro de 2012}}</ref>

=== Primeiras dinastias ===
{{Anexo|Dinastias chinesas}}

A tradição chinesa indica a [[Dinastia Xia]] como a primeira dinastia imperial, mas ela era considerada mítica até que escavações científicas encontraram os primeiros sítios da [[Cultura Erlitou]], da [[Idade do Bronze]], na província de [[Henan]] em 1959. Os arqueólogos já descobriram sítios urbanos, implementos de bronze e túmulos em locais citados como pertencentes aos Xia em antigos textos históricos, mas é impossível verificar se esses restos são dessa época sem registros escritos do período.<ref>[http://www.nga.gov/exhibitions/chbro_bron.shtm "Bronze Age China"] by [http://www.nga.gov/ Galeria Nacional de Arte]. Acessado em 7 de janeiro de 2013.</ref>

A primeira dinastia chinesa que deixou registros históricos foi a vagamente [[Feudalismo|feudal]] [[Dinastia Shang]] (Yin), que estabeleceu-se ao longo do [[rio Amarelo]], no leste da China, do século XVII ao XI a.C. A [[escrita oráculo em ossos]] dessa dinastia representa a forma mais antiga de [[escrita chinesa]] já encontrada e é uma ancestral direta dos [[caracteres chineses]] modernos usados em todo o leste da Ásia. Os Shang foram invadidos pelo oeste pela [[Dinastia Zhou]], que governou entre os séculos XII e V a.C., até que a sua autoridade centralizada foi lentamente corroída por [[Chefe militar|senhores de guerra]] feudais. Vários Estados independentes finalmente emergiram do enfraquecido governo Zhou e entraram em guerra constantemente uns contra os outros durante o chamado [[Período das Primaveras e Outonos]], que durou 300 anos, sendo apenas ocasionalmente interrompido pelo imperador Zhou. Até o momento do [[Período dos Reinos Combatentes]], durante os séculos V e III a.C., havia sete poderosos [[Estado]]s [[Soberania|soberanos]] no que é agora é a atual China, cada um com seu próprio rei, ministério e exército.<ref>{{cite web|url=http://www.sjsu.edu/faculty/watkins/warringstates.htm|title=The Warring States Period of Ancient China 480 BCE to 221 BCE|publisher=[[Universidade Estadual de San José]]|accessdate=22 de outubro de 2012}}</ref>

=== China Imperial ===

[[Ficheiro:Terracotta pmorgan.jpg|thumb|Alguns dos milhares de [[Exército de terracota|guerreiros de terracota]] em tamanho real da [[dinastia Qin]] (ca. 210 a.C.)]]

{{Artigo principal|Império Chinês|Imperador da China}}
O primeiro Estado unificado chinês foi estabelecido por [[Qin Shi Huang]], do [[Qin (estado)|Estado Qin]], em 221 a.C. Qin proclamou-se o "Primeiro Imperador" (始 皇帝) e impôs muitas reformas em toda a nação, principalmente a normalização forçada da [[língua chinesa|língua]], medidas, comprimento de eixos e da moeda chinesa. A [[Dinastia Qin]] durou apenas quinze anos, caindo logo após a morte de Qin Shi Huang, que com o duro [[Legalismo (filosofia chinesa)|legalismo]] e políticas autoritárias levou a uma rebelião generalizada no país.<ref name=Bodde1986>Bodde, Derk. (1986). "The State and Empire of Ch'in", in ''The Cambridge History of China: Volume I: the Ch'in and Han Empires, 221 B.C. – A.D. 220''. Edited by Denis Twitchett and Michael Loewe. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-24327-0.</ref><ref name=Lewis2007>{{cite book|title=The Early Chinese Empires: Qin and Han|first=Mark Edward|last=Lewis|publisher=Belknap Press|location=London|year=2007|isbn=978-0-674-02477-9}}</ref>

A subsequente [[Dinastia Han]] governou a China entre 206 a.C. e 220 d.C. e criou uma duradoura [[Han (etnia)|identidade cultural]] entre a população, fator que resiste até os dias atuais.<ref name=Bodde1986/><ref name=Lewis2007/> Essa dinastia [[História da Dinastia Han|expandiu consideravelmente o território do império]] através de campanhas militares que atingiram [[Coreia]], [[Vietnã]], [[Mongólia]] e [[Ásia Central]], além de também ter ajudado a criar a [[Rota da Seda]] no centro da Ásia. A China foi por grande parte dos últimos dois milênios a maior economia do mundo. No entanto, na parte final da Dinastia Qing, o desenvolvimento econômico chinês começou a declinar e o rápido desenvolvimento da [[Europa]] durante a [[Revolução Industrial]] permitiu-lhe ultrapassar a nação chinesa (ver [[Grande Divergência]]).<ref>{{cite web|url=http://www.eric.ed.gov/ERICWebPortal/custom/portlets/recordDetails/detailmini.jsp?_nfpb=true&_&ERICExtSearch_SearchValue_0=ED460052&ERICExtSearch_SearchType_0=no&accno=ED460052 |title=Dahlman, Carl J; Aubert, Jean-Eric. ''China and the Knowledge Economy: Seizing the 21st century''|publisher=World Bank Publications via Eric.ed.gov|accessdate=22 de outubro de 2012}}</ref>

[[Ficheiro:The Great Wall of China at Jinshanling.jpg|thumb|esquerda|A [[Grande Muralha da China]] foi construída por várias dinastias ao longo de dois mil anos para proteger as regiões agrícolas sedentárias do interior chinês de incursões de [[pastor]]es [[Nomadismo|nômades]] das [[estepe]]s do norte.]]

Após o colapso dos Han, um outro período de desunião seguiu-se, que incluiu a época chamada de [[Três Reinos]].<ref>Whiting, Marvin C., (2002). ''Imperial Chinese Military History.'' iUniverse. ISBN 0-595-22134-3</ref> Os Estados independentes chineses deste período, como o [[Wu Oriental]], estabeleceram relações diplomáticas com o [[Japão]],<ref>Jacques Gernet, (1996). ''A history of Chinese civilization.'' Cambridge University Press. ISBN 0-521-49781-7. p.198</ref> introduzindo o sistema de escrita chinês por lá. Em 581, a China foi reunificada sob o governo da [[Dinastia Sui]].<ref>Denis Crispin Twitchett, Michael Loewe, John King Fairbank, (1986). ''The Cambridge history of China, Volume 1.'' Cambridge University Press. ISBN 0-521-24327-0. p.375</ref> No entanto, essa dinastia recuou após sua derrota na [[Guerra Goguryeo-Sui]] (598-614).<ref>Ki-Baik Lee, (1984). ''A new history of Korea.'' Harvard University Press. ISBN 978-0-674-61576-2. p.47</ref><ref>David Andrew Graff, (2002). ''Medieval Chinese warfare, 300–900.'' Routledge. ISBN 0-415-23955-9. p.13</ref>

Durante as dinastias [[Dinastia Tang|Tang]] e [[Dinastia Song|Song]], a tecnologia e a cultura chinesa entraram em uma [[idade de ouro]].<ref>Adshead, S. A. M. (2004). ''T'ang China: The Rise of the East in World History''. New York: Palgrave Macmillan, ISBN 1-4039-3456-8</ref> O Império Tang esteve no auge do poder até meados do século VIII, quando a [[Rebelião de An Lushuan]] destruiu a prosperidade do reino.<ref>City University of HK Press, (2007). ''China: Five Thousand Years of History and Civilization''. City University of HK Press. ISBN 962–937–140–5. p.71</ref> A dinastia Song foi o primeiro governo na história do mundo a emitir [[papel-moeda]] e a primeira entidade política chinesa a estabelecer uma [[marinha]] permanente. Entre os séculos X e XI, a população da China dobrou de tamanho. Esse crescimento se deu por meio do cultivo de [[arroz]], expandido na China central e austral, e à produção de excedentes abundantes de alimentos.<ref name="Império Chinês">Paludan, Ann (1998). ''Chronicle of the Chinese Emperors''. London: Thames & Hudson, ISBN 0-500-05090-2. p. 136.</ref>

Dentro das suas fronteiras, a dinastia Song do Norte tinha uma população de cerca de 100 milhões de habitantes. O governo dessa dinastia foi um período culturalmente rico para a filosofia e as artes da nação. A [[pintura de paisagem]] e de [[retrato]] foram trazidas para novos níveis de maturidade e complexidade após o reinado dos Tang e as elites sociais se reuniram para apreciar e partilhar a sua própria arte, além de negociar obras preciosas. Filósofos como [[Cheng Yi]] e [[Zhu Xi]] revigoraram o [[confucionismo]], infundido ideais [[Budismo|budistas]], e destacaram uma nova organização de textos clássicos que levaram à doutrina central do [[neoconfucionismo]].<ref name="Império Chinês"/>

Em 1271, o líder [[Mongóis|mongol]] e quinto [[Khagan]] do [[Império Mongol]], [[Kublai Khan]], estabeleceu a [[Dinastia Yuan]], com o último remanescente da Dinastia Song caindo para os Yuan em 1279. Antes da [[Invasão mongol da Ásia Central|invasão mongol]], as dinastias chinesas teriam tido cerca de 120 milhões de pessoas sob seu comando; após a conquista ter sido concluída em 1279, o censo de 1300 estimou cerca de 60 milhões de habitantes.<ref>Ping-ti Ho, "An Estimate of the Total Population of Sung-Chin China", in ''Études Song'', Series 1, No 1, (1970) pp. 33–53.</ref>

[[Ficheiro:La cité interdite 0244.JPG|thumb|direita|A [[Cidade Proibida]], em [[Pequim]], foi o [[palácio]] imperial chinês desde meados da [[Dinastia Ming]] até ao fim da [[Dinastia Qing]]. Atualmente o local é considerado [[Patrimônio Mundial]] pela [[UNESCO]].<ref name="UNESCO">{{citar web|url=http://whc.unesco.org/en/list/439|titulo=UNESCO Lista do Património da Humanidade: Palácios Imperiais das Dinastias Ming e Qing em Pequim e Shenyang|publicado=[[UNESCO]]|acessodata=04 de maio de 2007}}</ref>]]

Um camponês chamado [[Zhū Yuánzhāng]] derrubou a Dinastia Yuan em 1368 e fundou a [[Dinastia Ming]].<ref>{{cite web|url=http://www.travelchinaguide.com/intro/history/ming.htm|title=Ming Dynasty|publisher=TravelChinaGuide.com|accessdate=9 de dezembro de 2012}}</ref> Sob essa dinastia, a China entraria em outra era de ouro, com o desenvolvimento de uma das mais fortes marinhas do mundo e uma economia rica e próspera em meio a um florescimento artístico e cultural. Foi durante este período que [[Zheng He]] liderou explorações em todo o mundo, chegando até ao [[África|continente africano]]. Nos primeiros anos da dinastia Ming, a capital da China foi transferida de [[Nanquim]] para [[Pequim]].<ref name="Ming">{{cite web| url=http://www.guardian.co.uk/world/2010/jul/25/kenya-china | work=The Guardian | first=Xan | last=Rice | title=Chinese archaeologists' African quest for sunken ship of Ming admiral | date=25 de julho de 2010}}</ref>

Durante a Dinastia Ming, pensadores como [[Wang Yangming]] criticaram e ampliaram o neoconfucionismo através dos conceitos do [[individualismo]] e da [[moralidade]] inata, o que teria um impacto enorme sobre o posterior pensamento japonês. A [[Dinastia Joseon|Coreia Joseon]] também se tornou um Estado [[Vassalagem|vassalo]] da China Ming e adotou a maior parte de sua estrutura burocrática neoconfucionista.<ref name="Ming"/>

Em 1644, Pequim foi saqueada por uma coalizão de forças rebeldes lideradas por [[Li Zicheng]], um oficial Ming inferior que liderou a revolta camponesa. O último imperador Ming, [[Chongzhen]], cometeu suicídio quando a cidade caiu. A [[Dinastia Qing]], de origem [[manchu]], então aliou-se ao general Ming [[Wu Sangui]] e derrubou a dinastia Shun, de Li, e depois assumiu o controle de Pequim, que se tornou a nova capital dos Qing. No total, o custo da conquista manchu da China foi de mais de 25 milhões de vidas.<ref>John M. Roberts (1997). ''[http://books.google.cz/books?id=3QZXvUhGwhAC&pg=&dq&hl=en#v=onepage&q=&f=false A Short History of the World]''. Oxford University Press. p.272. ISBN 019511504X.</ref>

=== Declínio dinástico e guerras ===

[[File:Destroying Chinese war junks, by E. Duncan (1843).jpg|thumb|esquerda|[[Junco (barco)|Juncos]] chineses sob bombardeio britânico durante a [[Guerra do Ópio]].]]

A [[Dinastia Qing]], que durou até 1912, foi a última dinastia imperial da China. No século XIX, essa linhagem adotou uma postura defensiva em relação ao [[Império colonial|imperialismo europeu]], embora estivesse envolvida em uma expansão imperialista particular para a Ásia Central. Neste momento, o país começou a perceber a importância do resto do mundo, em particular do [[Mundo ocidental|Ocidente]]. Como a China se abriu ao [[comércio exterior]] e à atividade [[missionária]], o [[ópio]] produzido pela [[Índia britânica]] foi forçado a entrar no Império Qing. Duas [[Guerras do Ópio]] com a [[Império Britânico|Grã-Bretanha]] enfraqueceram o controle do Imperador. O [[imperialismo]] ocidental revelou-se desastroso para o país:

{{quote2|O fim da Guerra do Ópio marcou o início do imperialismo ocidental na China. Tratados desiguais, impostos no final da guerra, forçaram a China a ceder Hong Kong, abrir 'Tratados dos Portos' para o comércio exterior, pagar indenizações a seus vencedores e permitir que os estrangeiros que vivessem e trabalhassem em solo chinês ficassem livres da jurisdição da lei local (extraterritorialidade). Ao longo dos anos, novas guerras com as potências ocidentais expandiram essas imposições sobre a soberania nacional da China, que culminou com o [[Tratado de Shimonoseki]], que encerrou o [[Primeira Guerra Sino-Japonesa|Guerra Sino-Japonesa de 1894-95]].|<ref>Ainslie Thomas Embree, Carol Gluck (1997). ''[http://books.google.cz/books?id=Xn-6yMhAungC&pg=&dq&hl=en#v=onepage&q=&f=false Asia in Western and World History: A Guide for Teaching]''. M.E. Sharpe. p.597. ISBN 1563242656.</ref>}}

[[Ficheiro:Regaining the Provincial Capital of Ruizhou.jpg|thumb|280px|direita|Uma pintura do século XIX da [[Rebelião Taiping]] de 1850–1864.]]

O enfraquecimento do regime Qing e a humilhação aparente dos tratados desiguais aos olhos do povo chinês levou à crescente desordem social doméstica. No final de 1850, o sul chinês entrou em ebulição com a [[Rebelião Taiping]], uma violenta [[guerra civil]] que durou até 1864. A rebelião foi liderada por [[Hong Xiuquan]], que foi parcialmente influenciado por uma interpretação [[Idiossincrasia|idiossincrática]] do [[cristianismo]]. Hong acreditava ser ele o filho de Deus e o irmão mais novo de [[Jesus]]. Embora as forças de Qing tenham sido vitoriosas, essa guerra civil foi uma das mais sangrentas da [[história da humanidade]], custando pelo menos 20 milhões de vidas (mais do que o número total de mortes da [[Primeira Guerra Mundial]]), com algumas estimativas chegando até 40 milhões de mortos. Outras rebeliões custosas seguiram a Rebelião Taiping, como Guerras do Clã Punti-Hakka (1855-1867), [[Rebelião Nien]] (1851-1868), Rebelião Miao (1854-1873), [[Revolta dos Panthay]] (1856-1873) e a [[Revolta Dungan]] (1862-1877).<ref>Jenks, R.D. Insurgency and Social Disorder in Guizhou: The Miao ‘Rebellion’, 1854–1873. Honolulu: University of Hawaii Press. 1994.</ref><ref>Cf. William J. Peterson, ''The Cambridge History of China Volume 9'' (Cambridge University Press, 2002)</ref>

Cada uma dessas rebeliões resultou em uma perda estimada de vários milhões de vidas e teve um impacto devastador sobre a já frágil economia do país.<ref>Damsan Harper, Steve Fallon, Katja Gaskell, Julie Grundvig, Carolyn Heller, Thomas Huhti, Bradley Maynew, Christopher Pitts. Lonely Planet China. 9. 2005. ISBN 1-74059-687-0</ref><ref name=chineseciv>Gernet, Jacques. A History of Chinese Civilization. 2. New York: Cambridge University Press, 1996.</ref><ref>Perry, Elizabeth. Rebels and Revolutionaries in Northern China, 1845–1945 (Stanford, CA: Stanford UP, 1980).</ref> O fluxo do ópio britânico apressou ainda mais a queda do império. No século XIX, a era do [[colonialismo]] estava no auge e a grande [[diáspora]] chinesa começou, sendo que hoje cerca de 35 milhões de chineses vivem no [[sudeste da Ásia]].<ref>[http://www.managementtoday.co.uk/news/648273/ The world's successful diasporas]. Management Today. 3 de abril de 2007.</ref> As taxas de [[emigração]] foram reforçadas por catástrofes nacionais, como a Fome do Norte da China de 1876-1879, que custou entre 9 e 13 milhões de vidas.<ref>[http://www.fao.org/docrep/U8480E/U8480E05.htm Dimensions of need – People and populations at risk]. ''Food and Agriculture Organization of the United Nations'' (FAO).</ref> De 108 a.C. até 1911, a China passou por {{fmtn|1828}} períodos de fome<ref>{{citar web |url=http://press.princeton.edu/chapters/s8857.html |autor=Ó Gráda, C. |título=Famine: A Short History |editor=[[Universidade de Princeton]] |acessodata=14 de janeiro de 2013}}</ref> (um por ano) em algum lugar do território do império.<ref>{{citar web |url=http://www.jstor.org/pss/3014847 |título=China: Land of Famine |editor=Journal of the Royal Institute of International Affairs |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref>

[[Ficheiro:Great Rear Attack by Our Second Army at Weihaiwei.jpg|thumb|230px|esquerda|Na [[Primeira Guerra Sino-Japonesa|Guerra Sino-Japonesa de 1894-1895]], que foi disputada pela influência na Coreia, as tropas japonesas derrotaram as forças da [[Dinastia Qing]].]]

Enquanto a China era destruída por contínuas guerras, o [[Era Meiji|Japão Meiji]] conseguia rapidamente modernizar suas forças armadas e definir suas ambições sobre a conquista da [[Coreia]] e da [[Manchúria]]. A pedido do imperador coreano, o governo Qing enviou tropas para ajudar a suprimir a Rebelião Tonghak em 1894. No entanto, o Japão também enviou tropas para a Coreia, levando à [[Primeira Guerra Sino-Japonesa]], o que resultou no fim da influência da China Qing na [[península coreana]], bem como a cessão de [[Ilha Formosa|Taiwan]] (incluindo as [[Ilhas Pescadores]]) para o Japão em 1895.<ref>{{cite web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/546176/Sino-Japanese-War|title=Sino-Japanese War (1894-95)|work=[[Encyclopaedia Britannica]]|accessdate=12 de novembro de 2012}}</ref>

Após esta série de derrotas, [[Reforma dos Cem Dias|um plano de reforma]] para o império para se tornar uma moderna [[monarquia constitucional]] ao estilo Meiji foi elaborado pelo imperador [[Guangxu]] em 1898, mas encontrou resistência e foi parado pela imperatriz [[Tseu-Hi]], que colocou imperador sob [[prisão domiciliar]] em um [[golpe de Estado]]. O malfadado [[levante dos boxers]] de 1898-1901, cujo principal alvo eram os ocidentais em Pequim, resultou em cerca de 115 mil mortes.<ref>{{cite web|url=http://rissc.jo/books/en/005-Body-Count-Violence-Civilizations.pdf|title=Body Count: a quantitative review of political violence across world civilizations|author=Naveed S. Sheikh|year=2009|publisher=RISSC|accessdate=29 de outubro de 2012}}</ref>

No início do século XX, uma massiva desordem civil havia começado e apelos por reformas e revolução eram ouvidos em todo o país. O imperador Guangxu de 38 anos de idade morreu em prisão domiciliar em 14 de novembro de 1908, curiosamente um dia antes antes da morte da própria Tseu-Hi. Com o trono vazio, ele foi sucedido pelo herdeiro escolhido a dedo pela imperatriz, seu sobrinho de dois anos de idade [[Pu Yi]], que se tornou o imperador [[Xuantong]]. A [[Rainha consorte|consorte]] de Guangxu tornou-se a imperatriz viúva Longyu. Em outro golpe de Estado em 1912, [[Yuan Shikai]] derrubou Pu Yi e forçou Longyu a assinar o decreto de abdicação como regente, terminando mais de dois mil anos de domínio imperial na China. Longyu morreu, sem filhos, em 1913.<ref>{{cite web |first= |last= |authorlink= |coauthors= |title=Pu Yi, Last Emperor of China And a Puppet for Japan, Dies. Enthroned at 2, Turned Out at 6, He Was Later a Captive of Russians and Peking Reds. |url=http://select.nytimes.com/gst/abstract.html?res=FA0E10F93E5B107B93CBA8178BD95F438685F9 |agency=Associated Press in [[New York Times]] |date=19 de outubro de 1967 |accessdate=21 de julho de 2007}}</ref>

=== República (1912-1949) ===

[[Ficheiro:Sun Yat-sen and Chiang Kai-shek.jpg|thumb|[[Sun Yat-sen]], o pai da China moderna (sentado à direita), e [[Chiang Kai-shek]], posteriormente o presidente da [[República da China (1912–1949)|República da China]].]]

{{Artigo principal|República da China (1912–1949)|História da República da China (1912 - 1949){{!}}História da República da China}}
Em 1 de janeiro de 1912, a [[República da China (1912–1949)|República da China]] foi estabelecida, anunciando o fim da China Imperial.<ref>Kenneth James Hammond, Kristin Eileen Stapleton, (2008). The Human Tradition in Modern China. Rowman & Littlefield, ISBN 9780742554665. p.viii.</ref> [[Sun Yat-sen]] do [[Kuomintang]] (Partido Nacionalista ou KMT) foi proclamado o presidente provisório da República.<ref>Eileen Tamura, (1997). China: Understanding Its Past, Volume 1. University of Hawaii Press, ISBN 0824819233. p.146.</ref> No entanto, a presidência foi dada mais tarde a [[Yuan Shikai]], um ex-general Qing, que tinha assegurado a deserção de todo o [[Exército de Beiyang]] do império Qing à revolução. Em 1915, Yuan proclamou-se [[Império da China (1915–1916)|Imperador da China]], mas foi forçado a abdicar e restabelecer a república em face da condenação popular, não só da população em geral, mas também do próprio Exército de Beiyang e de seus comandantes.<ref>Stephen Haw, (2006). Beijing: A Concise History. Taylor & Francis, ISBN 0415399068. p.143.</ref>

Após a morte de Yuan Shikai em 1916, a China estava politicamente fragmentada, com um governo reconhecido internacionalmente, mas virtualmente impotente no âmbito doméstico e assentado em [[Pequim]]. [[Chefe militar|Senhores da guerra]] regionais exerciam controle real sobre seus respectivos territórios.<ref>Bruce Elleman, (2001). Modern Chinese Warfare. Routledge, ISBN 0415214742. p.149.</ref><ref>Graham Hutchings, (2003). Modern China: A Guide to a Century of Change. Harvard University Press, ISBN 0674012402. p.459.</ref> No final dos anos 1920, o Kuomintang nacionalista de [[Chiang Kai-shek]] foi capaz de reunificar o país sob seu próprio controle através de uma série de hábeis manobras políticas e militares, conhecidas popularmente como a [[Expedição do Norte]].<ref>Peter Zarrow, (2005). China in War and Revolution, 1895-1949. Routledge, ISBN 0415364477. p.230.</ref><ref>M. Leutner, (2002). The Chinese Revolution in the 1920s: Between Triumph and Disaster. Routledge, ISBN 0700716904. p.129.</ref>

[[Ficheiro:Chinese civilians to be buried alive.jpg|thumb|esquerda|Civis chineses sendo enterrados vivos por soldados japoneses durante o [[Massacre de Nanquim]], na [[Segunda Guerra Sino-Japonesa]].]]

O Kuomintang mudou a capital do país para [[Nanquim]] e implementou a "[[tutela]] política", um estágio intermediário de desenvolvimento político delineado no programa San-min, de [[Sun Yat-sen]], para transformar a China em um Estado [[Democracia|democrático]] moderno. Efetivamente, a tutela política significou um governo [[Unipartidarismo|unipartidário]] comandado pelo Kuomintang, mas o partido dividiu-se politicamente em facções concorrentes.<ref>Hung-Mao Tien, (1972). Government and Politics in Kuomintang China, 1927-1937, Volume 53. Stanford University Press, ISBN 0804708126. pp.60-72.</ref><ref>Suisheng Zhao, (2000). China and Democracy: Reconsidering the Prospects for a Democratic China. Routledge, ISBN 0415926947. p.43.</ref> Esta divisão política tornou difícil para Chiang combater os [[Partido Comunista da China|comunistas]], com quem o Kuomintang guerreava desde 1927, na [[Guerra Civil Chinesa]]. Esta guerra continuou com êxito para o Kuomintang, especialmente depois que os comunistas se retiraram na [[Grande Marcha]], até que o [[Incidente de Xi’an]] e a agressão japonesa forçaram Chiang a enfrentar o [[Japão Imperial]].<ref>David Ernest Apter, Tony Saich, (1994). Revolutionary Discourse in Mao's Republic. Harvard University Press, ISBN 0674767802. p.198.</ref><ref>Jean Fritz, (1988). China's Long March: 6,000 miles of danger. Putnam, ISBN 0399215123.</ref>

A [[Segunda Guerra Sino-Japonesa]] (1937-1945), uma parte da [[Segunda Guerra Mundial]], forçou uma aliança entre o Kuomintang e os comunistas. A "[[Sanko Sakusen|Política dos Três Tudos]]" do Japão no norte da China—"matar todos, queimar tudo e destruir tudo"—levou a inúmeras [[Crimes de guerra do Japão Imperial|atrocidades de guerra]] cometidas contra a população civil pelos soldados japoneses; ao todo, mais de 20 milhões de civis chineses morreram.<ref>[http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/wwtwo/nuclear_01.shtml "Nuclear Power: The End of the War Against Japan"]. BBC&nbsp;— History.</ref><ref>Himeta, Mitsuyoshi (姫田光義) (日本軍による『三光政策・三光作戦をめぐって』) (''Concerning the Three Alls Strategy/Three Alls Policy By the Japanese Forces''), Iwanami Bukkuretto, 1996, Bix, ''Hirohito and the Making of Modern Japan'', 2000</ref> Estima-se que 200 mil chineses [[Massacre de Nanquim|foram massacrados]] apenas na cidade de Nanquim durante a ocupação japonesa.<ref>{{citar web |url=http://www.ibiblio.org/hyperwar/PTO/IMTFE/IMTFE-8.html |título=Judgement: International Military Tribunal for the Far East" |obra=Chapter VIII: Conventional War Crimes (Atrocities) |data=Novembro de 1948 |acessodata=14 de janeiro de 2013}}</ref> O Japão se rendeu incondicionalmente para a China em 1945. [[Ilha Formosa|Taiwan]], incluindo as [[Ilhas Pescadores]], foi colocada sob o controle administrativo da República da China, que imediatamente reivindicou sua soberania. A China emergiu vitoriosa, com o auxílio da invasão soviética em agosto de 1945,<ref>HALLIDAY, Jon e CHANG, Jung. "Mao: a história desconhecida". São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 351</ref> mas foi devastada e financeiramente drenada pela guerra. A desconfiança permanente entre o Kuomintang e os comunistas levou à retomada da guerra civil. Em 1947, a lei constitucional foi estabelecida, mas por causa da contínua agitação muitas disposições da Constituição da República da China nunca foram implementadas na China continental.<ref>Harvey Feldman, (1991). Constitutional Reform and the Future of the Republic of China. M.E. Sharpe, ISBN 0873328809.</ref><ref>Chih-Yu Shih, Zhiyu Shi, (1999). Collective Democracy: Political and Legal Reform in China. Chinese University Press, ISBN 9622018270. p.176.</ref><ref>Suisheng Zhao, (1996). Power by Design: Constitution-Making in Nationalist China. University of Hawaii Press, ISBN 0824817214.</ref>

=== República Popular (1949-presente) ===
{{Artigo principal|História da República Popular da China}}

Os conflitos da [[Guerra Civil Chinesa]] terminam em 1949, quando o [[Partido Comunista da China|Partido Comunista]] tomou o controle da [[China continental]] e o [[Kuomintang]] recuou para o mar, reduzindo seu território para apenas [[Ilha Formosa|Taiwan]], [[Hainan]] e suas ilhas vizinhas. Em 1 de outubro de 1949, [[Mao Tsé-Tung]] proclamou a criação da República Popular da China,<ref name="Ref_c">[http://www.isop.ucla.edu/eas/documents/mao490921.htm The Chinese people have stood up]. UCLA Center for East Asian Studies. Acessado em 16 de abril de 2006.</ref> que ficou conhecida no ocidente como "China comunista" ou "China Vermelha" durante o período da [[Guerra Fria]]. Em 1950, o [[Exército de Libertação Popular]] (ELP) teve sucesso na recaptura de Hainan da República da China, ocupou o [[Tibete]] e derrotou a maioria das forças remanescentes do Kuomintang nas províncias de [[Yunnan]] e [[Xinjiang]], apesar de alguns redutos do Partido Nacionalista ainda tiverem sobrevivido por muito mais tempo.<ref name="Ref_d">Smith, Joseph; and Davis, Simon. [2005] (2005). The A to Z of the Cold War. Issue 28 of ''Historical dictionaries of war, revolution, and civil unrest''. Volume 8 of ''A to Z guides''. Scarecrow Press publisher. ISBN 0-8108-5384-1, ISBN 978-0-8108-5384-3.</ref>
[[Imagem:China, Mao (2).jpg|thumbnail|direita|[[Mao Tsé-Tung]] proclama a criação da República Popular da China em 1949.]]

Mao encorajou o crescimento da população e, sob a sua liderança, a população chinesa quase duplicou, passando de cerca de 550 milhões para mais de 900 milhões de habitantes.<ref>{{Citar periódico|autor=Madelyn Holmes |url=http://books.google.com/books?id=lJK-GRriJAoC&pg=&dq&hl=en#v=onepage&q=&f=false |título=Students and teachers of the new China: thirteen interviews |editora=McFarland |acessodata=7 de novembro de 2011 |ano=2008 |paginas=185 |isbn= 0-7864-3288-8}}</ref> No entanto, o "[[Grande Salto Adiante]]" de Mao, um projeto de larga escala de reforma econômica e social, resultou em um número estimado de 45 milhões de mortes entre 1958 e 1961, principalmente por causa da [[fome]].<ref name="Akbar2010">{{Cite web|url =http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/books/news/maos-great-leap-forward-killed-45-million-in-four-years-2081630.html |title= Mao's Great Leap Forward 'killed 45 million in four years'|accessdate=30 de outubro de 2010 |work=The Independent |location=Londres |first=Arifa|last=Akbar|date=17 de setembro de 2010}}</ref> Entre 1 e 2 milhões de proprietários de terra foram executados sob a acusação de serem "contra-revolucionários".<ref>Busky, Donald F. (2002). ''[http://books.google.com/books?id=Q6b0j1VINWgC&printsec=frontcover&source=gbs_navlinks_s#v=onepage&q=&f=false Communism in History and Theory]''. Greenwood Publishing Group, p.11.</ref> Em 1966, Mao e seus aliados lançaram a [[Revolução Cultural Chinesa|Revolução Cultural]], que duraria até a morte do líder comunista uma década depois. Essa Revolução, motivada por lutas de poder dentro do partido e pelo medo da [[União Soviética]], levou a uma grande reviravolta na sociedade chinesa. Em outubro de 1971, a República Popular da China substituiu a [[República da China]] na [[Organização das Nações Unidas]] e tomou seu lugar como membro permanente do [[Conselho de Segurança das Nações Unidas|Conselho de Segurança]]. No mesmo ano, pela primeira vez, o número de países que reconheciam a República Popular da China superou os que reconheciam a República da China, com sede em [[Taipei]], como o governo legítimo do país. Em fevereiro de 1972, no auge da [[ruptura sino-soviética]], Mao e [[Zhou Enlai]] encontraram o então presidente americano [[Richard Nixon]] em Pequim. No entanto, os [[Estados Unidos]] só foram reconhecer oficialmente a República Popular como o único governo legítimo da China em 1 de janeiro de 1979.<ref>Michael Y.M. Kao: "Taiwan's and Beijing's Campaigns for Unification" in Harvey Feldman and Michael Y.M. Kao (eds.): ''Taiwan in a Time of Transition'' (New York: Paragon House, 1988). p.188.</ref>

Após a morte de Mao em 1976 e a prisão do [[Bando dos Quatro]], que foram responsabilizados pelos excessos da Revolução Cultural, [[Deng Xiaoping]] rapidamente arrebatou o poder do sucessor de Mao, [[Hua Guofeng]]. Embora ele nunca tenha se tornado o chefe do partido ou do Estado, Deng foi o "[[Líder político da República Popular da China|líder supremo]]" de fato da China na época e sua influência dentro do Partido levou o país a [[Abertura econômica da China|importantes reformas econômicas]]. Posteriormente, o Partido Comunista afrouxou o controle governamental sobre a vida dos cidadãos e as [[Comuna popular (China)|comunas populares]] foram dissolvidas, sendo que muitos camponeses receberam múltiplos arrendamentos de terra, com o aumento de incentivos e da produção agrícola. Estes eventos marcaram a transição da China de uma [[economia planejada]] para uma [[economia mista]] com um ambiente de mercado cada vez mais aberto, um sistema chamado por alguns de "[[socialismo de mercado]]" e que o Partido Comunista da China oficialmente descreve como "socialismo com características chinesas". A China adotou a sua atual constituição em 4 de dezembro de 1982.<ref name="Ref_e">Hart-Landsberg, Martin; and Burkett, Paul. [http://www.monthlyreview.org/chinaandsocialism.htm "China and Socialism. Market Reforms and Class Struggle"]. Acessado em 30 de outubro de 2008.</ref> Outras fontes, no entanto, interpretam as reformas impostas pelo governo chinês como um abandono do sistema econômico socialista.<ref name=bbc1>{{citar web |url= http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-pacific-13017877
|publicado=BBC.co.uk  |título= China Profile|data=18 de novembro de 2012 |acessodata=9 de janeiro de 2013 |língua= }}</ref><ref name=business>{{citar web |url=http://www.businessweek.com/stories/2005-08-21/online-extra-china-is-a-private-sector-economy|publicado=businessweek  |obra= |autor= |título="China Is a Private-Sector Economy"|data=21 de agosto de 2005 |acessodata=9 de janeiro de 2013 |língua=en }}</ref>

A morte do oficial pró-reforma [[Hu Yaobang]] ajudou a desencadear o [[Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989]], durante o qual estudantes e outros civis fizeram campanha por vários meses, pedindo o combate contra a corrupção e uma maior reforma política, que incluísse os direitos [[Democracia|democráticos]] e a [[liberdade de expressão]]. No entanto, eles foram finalmente dispersos em 4 de junho, quando as tropas e veículos do [[Exército de Libertação Popular|ELP]] entraram à força e abriram a praça, resultando em várias vítimas. Este evento foi amplamente divulgado e trouxe condenação mundial e sanções contra o governo chinês.<ref name="Ref_f">Youngs, R. ''The European Union and the Promotion of Democracy.'' Oxford University Press, 2002. ISBN 978-0-19-924979-4.</ref><ref name="Ref_g">Carroll, J. M. ''A Concise History of Hong Kong.'' Rowman & Littlefield, 2007. ISBN 978-0-7425-3422-3.</ref> O incidente conhecido como "[[O Rebelde Desconhecido]]" tornou-se particularmente famoso na época.<ref name="re1">{{citar web |url=http://lens.blogs.nytimes.com/2009/06/03/behind-the-scenes-tank-man-of-tiananmen/ |título=Behind the Scenes: The Tank Man of Tiananmen |editor=The New York Times |data=3 de junho de 2009 |acessodata=3 de junho de 2009}}</ref>
[[Ficheiro:Beijing City (4214640799).jpg|thumb|esquerda|O [[centro financeiro]] de [[Pequim]]]]

O presidente [[Jiang Zemin]] e o primeiro-ministro [[Zhu Rongji]], ambos ex-prefeitos da cidade de [[Xangai]], lideraram a nação na década de 1990. Sob os dez anos de administração de Jiang e Zhu, o desempenho econômico do país retirou cerca de 150 milhões de camponeses da [[pobreza]] e manteve uma taxa média anual de crescimento do [[produto interno bruto]] (PIB) de 11,2%. O país aderiu formalmente à [[Organização Mundial do Comércio]] (OMC) em 2001.<ref name="Ref_h">{{citar web |url=http://www.chinadaily.com.cn/en/doc/2003-07/11/content_244499.htm |título=Nation bucks trend of global poverty |data=11 de julho de 2003 |editor=''China Daily'' |acessodata=13 de janeiro de 2013}}</ref><ref name="Ref_i">{{citar web |url=http://english.people.com.cn/english/200003/01/eng20000301X115.html título=China's Average Economic Growth in 90s Ranked 1st in World |data=1 de março de 2000 |editor=People's Daily |acessodata=13 de janeiro de 2013}}</ref>

No entanto, o rápido [[crescimento econômico]] que tornou a [[Economia da República Popular da China|economia chinesa]] a segunda maior do mundo, também impactou severamente os [[recursos naturais]] e o [[meio ambiente]] do país.<ref>{{cite web|url=http://www.nytimes.com/interactive/2007/08/26/world/asia/20070826_CHINA_GRAPHIC.html#|title=China’s Environmental Crisis|work=[[New York Times]]|date=26 de agosto de 2007|accessdate=16 de maio de 2012}}</ref> Outra preocupação é que os benefícios do crescimento da economia não foram distribuídos uniformemente entre a população, resultando em uma ampla lacuna de desenvolvimento entre as áreas urbanas e rurais. Como resultado, com o presidente [[Hu Jintao]] e o primeiro-ministro [[Wen Jiabao]], o governo chinês iniciou políticas para abordar estas questões de distribuição equitativa de recursos, embora o resultado continue a ser observado.<ref name="Ref_j">[http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/asia-pacific/4913622.stm ''China worried over pace of growth'']. BBC. Acessado em 16 de abril de 2006.</ref> Mais de 40 milhões de agricultores foram deslocados de suas terras,<ref name="Ref_k">[http://migration.ucdavis.edu/mn/more.php?id=3166_0_3_0 ''China: Migrants, Students, Taiwan'']. Migration News. Janeiro de 2006.</ref> em geral para o desenvolvimento econômico, contribuindo para as 87 mil manifestações e motins que aconteceram por toda a China apenas em 2005.<ref name="Ref_l">[http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/01/27/AR2006012701588.html ''In Face of Rural Unrest, China Rolls Out Reforms'']. ''Washington Post''. 28 de janeiro de 2006.</ref> Os [[Padrão de vida|padrões de vida]] melhoraram significativamente, mas os controles políticos se mantiveram estáveis.<ref>{{cite web|url=http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/tankman/etc/transcript.html
| title=''Frontline'': ''The Tank Man'' transcript | accessdate=12 de julho de 2008 |date=11 de abril de 2006 |work=Frontline |publisher=PBS }}</ref> Embora a China tenha, em grande parte, conseguido manter a sua rápida taxa de crescimento econômico, apesar da [[Grande Recessão|recessão no final da década de 2000]], sua taxa de crescimento começou a diminuir no início da década de 2010 e a economia continua excessivamente centrada no investimento fixo.<ref name=November2012>{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/news/business-20263978|title=China economy: Latest numbers add to recovery hopes|publisher=BBC|date=9 de novembro de 2012}}</ref><ref>{{cite web|url=http://blogs.ft.com/gavyndavies/2012/11/25/the-decade-of-xi-jinping/#axzz2DQ0Yc2jM|title=The decade of Xi Jinping|work=[[Financial Times]]|date=25 de novembro de 2012|accessdate=27 de novembro de  2012}}</ref><ref name=9Dec2012>{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/news/business-20657311|title=China sees both industrial output and retail sales rise|publisher=BBC|date=9 de dezembro de 2012|accessdate=9 de dezembro de 2012}}</ref> Além disso, os preparativos para uma grande mudança de liderança no Partido Comunista no final de 2012 foram marcados por disputas entre facções e escândalos políticos.<ref>{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-china-17673505|title=Bo Xilai scandal: Timeline|publisher=BBC|date=5 de setembro de 2012|accessdate=11 de setembro de 2012}}</ref> Durante a mudança da liderança da China em novembro de 2012, Hu Jintao e Wen Jiabao foram substituídos como presidente e primeiro-ministro por [[Xi Jinping]] e [[Li Keqiang]], que assumem tais cargos em 2013.<ref name=XiJinpingLiKeqiang>{{cite web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/china/9679477/Xi-Jinping-crowned-new-leader-of-China-Communist-Party.html|title=Xi Jinping crowned new leader of China Communist Party|work=The Daily Telegraph|date=15 de novembro de  2012|accessdate=15 de novembro de 2012}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.stuff.co.nz/world/asia/7912682/New-China-leadership-tipped-to-be-all-male|title=New China leadership tipped to be all male|publisher=Stuff.co.nz|date=6 de novembro de 2012}}</ref>

== Geografia e clima ==
{{Imagem múltipla
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 | image1    = China BMNG.jpg
 | caption1  = [[Imagem de satélite]] do extenso território chinês.

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 | caption2  = [[Monte Everest]], [[Tibete]], na [[fronteira China-Nepal]].

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 | caption3  = O [[rio Li]] em [[Guilin]], na região autônoma de [[Guangxi]].

}}
{{Artigo principal|Geografia da República Popular da China}}

A República Popular da China é o terceiro maior país do mundo em área terrestre<ref name="listofcountriesoftheworld.com">{{Citar web|url=http://www.listofcountriesoftheworld.com/area-land.html |título=Countries of the world ordered by land area |publicado=Listofcountriesoftheworld.com |data= |acessodata=27 de abril de 2010}}</ref> e é considerado o [[Lista de países e territórios por área|terceiro ou quarto maior]] em relação à área total.<ref>{{citar web |url=http://www.fco.gov.uk/servlet/Front?pagename=OpenMarket/Xcelerate/ShowPage&c=Page&cid=1007029394365&a=KCountryProfile&aid=1018965313021 |título=The People's Republic of China |editor=Foreign & Commonwealth Office |data=7 de setembro de 2005 |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref> A incerteza sobre o tamanho do país está relacionada com a validade de certos territórios reivindicados pela China, como [[Aksai Chin]] e [[Vale de Shaksgam]] (ambos os territórios também são reivindicados pela [[Índia]]), e com a forma como a área territorial é calculada.<ref name="CIA2">{{citar web |url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2070.html |título=Field Listing – Disputes – international |editor=[[CIA World Factbook]] |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref> 

A China tem fronteiras com quatorze nações, mais do que qualquer outro país do mundo; no sentido horário, a partir do sul: [[Vietnã]], [[Laos]], [[Myanmar]], [[Índia]], [[Butão]], [[Nepal]], [[Paquistão]],<ref>A fronteira da China com o Paquistão está na disputada província da [[Caxemira]]. A área sob administração paquistanesa é reivindicada pela Índia.</ref> [[Afeganistão]], [[Tajiquistão]], [[Quirguistão]], [[Cazaquistão]], [[Rússia]], [[Mongólia]] e [[Coreia do Norte]]. Além disso, a fronteira entre a República Popular da China e a [[República da China]] (Taiwan) está localizada em [[Mar territorial|águas territoriais]]. A China tem uma fronteira terrestre de 22.117&nbsp;km, [[Lista de fronteiras terrestres internacionais por comprimento|a maior do mundo]].<ref name="CIA">{{cite web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ch.html |title=CIA – The World Factbook |publisher=Cia.gov |accessdate=1 de novembro de 2011}}</ref>

O território da China possui uma grande variedade de paisagens. No leste, ao longo da costa do [[Mar Amarelo]] e do [[Mar da China Oriental]], há extensas [[Planície aluvial|planícies aluviais]] densamente povoadas, enquanto que nas bordas do planalto da [[Mongólia Interior]], no norte, campos podem ser vistos. O sul da China é dominado por [[colina]]s e [[cordilheira]]s baixas.<ref name="CIA"/> 

No centro-leste estão os [[delta]]s dos dois maiores rios chineses, o [[rio Amarelo]] e o [[rio Yangtzé]] (Chang Jiang). Outros rios importantes são o [[Xi-Jiang]], o [[Rio Mekong|Mekong]], o [[Rio Bramaputra|Brahmaputra]] e o [[Rio Amur|Amur]]. Para o oeste, estão cordilheiras importantes, especialmente o [[Himalaia]], com o ponto mais alto da China na metade oriental do [[monte Everest]], e caracterizado por altos [[planalto]]s entre as paisagens mais áridas, como o [[Taklamakan]] e o [[deserto de Gobi]].<ref name="CIA"/>

Uma questão importante é a contínua expansão dos [[deserto]]s, principalmente o deserto de Gobi.<ref>[http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/asia-pacific/4915690.stm "Beijing hit by eighth sandstorm"]. BBC news. Visitado em 17 de abril de 2006.</ref> Embora as linhas de barreira de árvores, plantadas desde 1970, tenham reduzido a frequência de [[Tempestade de areia|tempestades de areia]], [[seca]]s prolongadas e resultados negativos nas práticas agrícolas, tempestades de poeira ainda assolam o norte da China a cada [[primavera]] e então se espalham para outras partes do leste da [[Ásia]], incluindo [[Japão]] e [[Coreia]]. De acordo com a fiscalização ambiental da China, a SEPA, a República Popular da China perde cerca de 4000&nbsp;km<sup>2</sup> por ano para a [[desertificação]].<ref>"[http://www.independent.co.uk/news/world/asia/the-gathering-sandstorm-encroaching-desert-missing-water-399653.html The gathering sandstorm: Encroaching desert, missing water]". ''[[The Independent]]''. 9 de novembro de 2007.</ref> 

Água, [[erosão]] e controle da poluição têm se tornado questões importantes nas relações da China com outros países. O derretimento das [[geleira]]s no Himalaia, também pode levar à escassez de água para centenas de milhões de pessoas.<ref>"[http://www.msnbc.msn.com/id/27894721/ Himalaya glaciers melting much faster]". [[MSNBC]], 24 de novembro de 2008.</ref>

A China tem um [[clima]] dominado principalmente por [[Estação seca|estações secas]] e [[monções]] úmidas, o que leva a diferenças de temperatura no [[inverno]] e no [[verão]]. No inverno, os ventos do norte, provenientes de áreas de altas [[latitude]]s, são frios e secos; no verão, os ventos do sul, de zonas marítimas em baixa latitude, são quentes e úmidos. O clima na China é diferente de região para região por causa da extensa e complexa [[topografia]] do país.<ref>{{citar web |url=http://mz2.mofcom.gov.cn/aarticle/aboutchina/climate/200504/20050400079333.html |título=O clima da China |editor=Departamento Econômico e Social da Embaixada da República Popular da China na República de Moçambique |data=4 de abril de 2005 |acessodata=8 de janeiro de 2013}}</ref>
{{panorama|1 huanglong sichuan panorama 2011.jpg|800px|Panorama de [[Huanglong]], em [[Sichuan]].}}

=== Flora e fauna ===
[[Imagem:Crouching Panda.jpg|thumb|esquerda|[[Panda-gigante]], animal [[Endemismo|endêmico]] da China.]]

Um dos dezessete [[países megadiversos]],<ref>{{Citar web|url=http://www.environment.gov.au/soe/2001/publications/theme-reports/biodiversity/biodiversity01-3.html |título = Biodiversity Theme Report |publicado = Environment.gov.au |data=10 de dezembro de 2009 |acessodata = 27 de abril de 2010}}</ref> a China encontra-se em duas das [[Biorregião|biorregiões]] mais importantes do mundo, a [[Região paleártica|paleártica]] e a [[Região indomalaia|indomalaia]]. Na zona paleártica, são encontrados [[mamífero]]s como o [[cavalo]]s, [[camelo]]s, [[jerboa]]s e [[tigre]]s. Entre as espécies encontradas na região indomalaia, estão o [[gato-leopardo]], o [[Tigre-do-sul-da-china|tigre Amoy]], o [[rato-de-bambu]], [[tupaia]]s e várias espécies de [[macaco]]s e [[símio]]s. Algumas sobreposições existem entre as duas regiões, por causa da dispersão natural e da [[migração de animais|migração]], como [[veado]]s, [[antílope]]s, [[urso]]s, [[lobo]]s, [[porco]]s e [[roedor]]es. O famoso [[panda-gigante]] é encontrado somente em uma área limitada ao longo do [[rio Yangtzé]]. Há um problema com o comércio de [[Espécie ameaçada|espécies ameaçadas]], embora já existam leis que proíbem tais atividades.<ref>{{cite web|url=http://www.ens-newswire.com/ens/mar2010/2010-03-17-02.html|title=China's Illegal Wildlife Trade in Tigers, Turtles, Timber|publisher=Environment News Service|date=17 de março de 2010|accessdate=27 de outubro de 2012}}</ref>

A China também contém uma variedade de tipos de [[floresta]]. O nordeste e o noroeste do país contêm montanhas e florestas de [[conífera]]s, suportando espécies animais que incluem [[alce]]s e [[Urso-negro-asiático|ursos-negros-asiáticos]], juntamente com cerca de 120 tipos de [[ave]]s. As úmidas florestas de coníferas podem ter moitas de [[bambu]] como um sub-bosque, sendo substituído por [[rododendro]]s. As florestas subtropicais, que dominam a região central-sul da China, abrigam 146 mil espécies de plantas. [[Floresta tropical|Florestas tropicais]] e florestas tropicais sazonais, embora confinadas em [[Yunnan]] e na ilha de [[Hainan]], na verdade, contêm um quarto de todas as espécies vegetais e animais encontradas na China.<ref>{{cite web|url=http://news.mongabay.com/2008/0303-tcs_hua.html|title=China's tropical rainforests decline 67% in 30 years|publisher=Mongabay.com|date=3 de março de 2008|accessdate=16 de novembro de 2012}}</ref>

=== Problemas ambientais ===

[[Ficheiro:Haze over China 25-06-2009.jpg|thumb|[[Imagem de satélite]] de uma espessa neblina formada por [[poluição atmosférica]] (proveniente de poluição urbana e industrial) sobre a costa oriental da China, na região da Baía Bohai e do [[Mar Amarelo]]; junho de 2009.]]

Nas últimas décadas, a China sofreu com a grave deterioração ambiental e [[poluição]] de seu território.<ref name="Ma2002">{{Cite book |author=Ma Xiaoying |coauthors=Ortalano, Leonard |title=Environmental Regulation in China |origyear=2000 |year=2002 |publisher=Rowman & Littlefield Publishers}}</ref> Embora algumas legislações, tais como a Lei de Proteção Ambiental de 1979, sejam bastante rigorosas, elas são mal aplicadas, já que são frequentemente desconsideradas pelas comunidades locais e funcionários do governo em favor do rápido desenvolvimento econômico. Como resultado, os protestos públicos e distúrbios por questões ambientais têm se tornado cada vez mais comum no país.<ref>{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-china-20114306|title=Riot police and protesters clash over China chemical plant|publisher=BBC|date=28 de outubro de 2012}}</ref>

Ativistas ambientais, tais como Ma Jun advertiram sobre o perigo de que a [[poluição da água]] representa para a sociedade chinesa.<ref>[http://www.chinadialogue.net/article/show/single/en/392-Tackling-China-s-water-crisis-online "Tackling China’s water crisis online"]. ChinaDialogue.net. 21 de setembro de 2006. Acessado em 23 de novembro de 2011.</ref> De acordo com o Ministério chinês de Recursos Hídricos, cerca de 300 milhões de chineses não têm acesso à [[água potável]] e 40% dos rios do país estavam poluídos por resíduos industriais e agrícolas no final de 2011.<ref>[http://blogs.ei.columbia.edu/2011/10/24/chinas-decade-plan-for-water/ "China's decade plan for water"]. The Earth Institute. [[Columbia University]]. 24 de outubro de 2011. Acessado em 23 de novembro de 2011.</ref> Esta crise é agravada pelo problema perene da escassez de água, sendo que 400 das 600 cidades chinesas pesquisadas apresentavam poucos recursos de água potável.<ref name="water">{{cite web |url=http://www.chinadialogue.net/article/show/single/en/392-Tackling-China-s-water-crisis-online |title=Tackling China's Water Crisis Online
 |accessdate=18 de fevereiro de 2007 |publisher=chinadialogue.net |year=2006 |author=Ma, Jun Li, Naomi}}</ref><ref name="Ref_2004">{{Cite web
 |url=http://english.peopledaily.com.cn/200412/23/eng20041223_168329.html |title=300&nbsp;million Chinese drinking unsafe water |date=23 de dezembro de 2004 |work=People's Daily Online |accessdate=27 de março de 2009 }}</ref> Além disso, várias grandes cidades costeiras do país, incluindo [[Xangai]], são consideradas altamente vulneráveis a inundações de larga escala.<ref>{{cite web|url=http://www.sciencedaily.com/releases/2012/08/120821114750.htm|title=Flood Risk Ranking Reveals Vulnerable Cities|publisher=Science Daily|date=21 de agosto de 2012|accessdate=22 de agosto de 2012}}</ref>

No entanto, a China é investidor mundial líder em tecnologias de [[energias renováveis]], com 52 bilhões dólares investidos apenas em 2011.<ref name="By2010">{{Cite web |first=Lisa|last=Friedman |url=http://www.nytimes.com/cwire/2010/03/25/25climatewire-china-leads-major-countries-with-346-billion-15729.html |title=China Leads Major Countries With $34.6&nbsp;Billion Invested in Clean Technology |work=The New York Times
 |date=25 de março de 2010 |accessdate=27 de abril de 2010 }}</ref><ref name="Black2010">{{Cite web |last=Black |first=Richard |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/8587319.stm |title=China steams ahead on clean energy |publisher=BBC News |date=26 de março de 2010|accessdate=27 de abril de 2010 }}</ref><ref name=ChinaLeadingEnergy>{{cite web|url=http://www.forbes.com/sites/jackperkowski/2012/07/27/china-leads-the-world-in-renewable-energy-investment/|title=China Leads The World In Renewable Energy Investment|work=[[Forbes]]|date=27 de julho de 2012|accessdate=5 de dezembro de 2012}}</ref> O país produz mais [[Turbina eólica|turbinas eólicas]] e [[Painel solar|painéis solares]] do que qualquer outro<ref name=bradsher>{{cite web|last=Bradsher|first=Keith|date=31 de janeiro de 2010|url=http://www.nytimes.com/2010/01/31/business/energy-environment/31renew.html|title=China leads global race to make clean energy|newspaper=New York Times |acessodata=12 de janeiro de 2013}}</ref> e projetos de energia renovável, como o aquecimento solar de água, são amplamente adotados, em nível local.<ref>[http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=chinas-big-push-for-renewable-energy "China's big push for renewable energy"]. [[Scientific American]], 4 de agosto de 2008. Acesso em 24 de setembro de 2011.</ref> Em 2009, mais de 17% da energia da China foi obtida a partir de fontes renováveis, principalmente de [[usinas hidrelétricas]], das quais a China tem uma capacidade total instalada de 197 GW.<ref>[http://www.ecosensorium.org/2010/11/china-tops-world-in-clean-energy.html China tops the world in clean energy production.] Ecosensorium. Acesso em 24 de setembro de 2011.</ref> Em 2011, o governo chinês anunciou planos de investir quatro trilhões de [[yuan]]s (618,55 bilhões de dólares) em projetos de infraestrutura de água ao longo de um período de dez anos e para completar a construção de um sistema de prevenção de inundações e anti-secas até 2020.<ref>[http://www.wantchinatimes.com/news-subclass-cnt.aspx?id=20110711000040&cid=1105&MainCatID=11 "Splashing out: China to spend 4 trillion yuan on water projects"]. Want China Times, 11 de julho de 2011. Acessado em 27 de novembro de 2011.</ref>

== Demografia ==
{{Artigo principal|Demografia da República Popular da China}}
[[Imagem:China at night by VIIRS.jpg|thumbnail|upright=1.4|esquerda|[[Imagem de satélite]] do território chinês e de outras partes da [[Ásia Oriental]] à noite. As províncias litorâneas, no leste do país, são muito mais densamente povoadas do que o interior chinês, no oeste.]]

O censo nacional de 2010 estimou a população da República Popular da China em {{fmtn|1338612968}} habitantes. Cerca de 21% da população ({{fmtn|145461833}} homens; {{fmtn|128445739}} mulheres) tinha 14 anos ou menos, 71% ({{fmtn|482439115}} homens; {{fmtn|455960489}} mulheres) tinha entre 15 e 64 anos de idade e 8% ({{fmtn|48562635}} homens; {{fmtn|53103902}} mulheres) tinha mais de 65 anos anos de idade. A taxa de crescimento populacional em 2006 foi de 0,6%.<ref name=pop>[http://hdrstats.undp.org/en/indicators/89.html HDRstats.undp.org] (2009). UNHD. Acessado em 11 de janeiro de 2013.</ref>

Ao final de 2010, a proporção de pessoas do continente chinês com 14 anos ou mais era de 16,60%, enquanto o número com 60 anos ou mais cresceu para 13,26% da população, dando uma proporção total de dependentes de 29,86%. A proporção da população em idade de trabalho era de cerca de 70%.<ref>{{cite web|author=Michael Bristow Beijing |url=http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-pacific-13218733 |title=China census shows population ageing and urban |publisher=BBC |date=28 de abril de 2011 |accessdate=1 de novembro de 2011}}</ref>

Embora seja um país de renda média para os padrões ocidentais, o rápido crescimento do país tem tirado centenas de milhões de pessoas da pobreza desde 1978. Hoje, cerca de 10% da população chinesa vive abaixo da [[linha de pobreza]] (com 1 dólar por dia), uma queda de 64% em relação aos níveis de 1978. O desemprego urbano na China caiu para 4% no final de 2007, embora o desemprego global real seja de cerca de 10%.<ref name="Ref_abm">[http://english.peopledaily.com.cn/90001/90776/90884/6342385.html Urban unemployment declines to 4% in China] People's Daily Online (22 de janeiro de 2008). Acessado em 27 de julho de 2008.</ref>

Com uma população de mais de 1,3 bilhões e escassez de recursos naturais, a China está muito preocupada com seu crescimento populacional e tentou, com resultados diversos,<ref name="Ref_abcf">{{cite web|url=http://content.nejm.org/cgi/content/full/353/11/1171 |title=The New England Journal of Medicine, Setembro de 2005 |doi=10.1056/NEJMhpr051833 |publisher=Content.nejm.org |accessdate=14 de julho de 2009}}</ref> implementar uma política rigorosa de [[planejamento familiar]], conhecida como "[[política do filho único]]". A meta do governo é de uma criança por família, com exceções para as minorias étnicas e com certo grau de flexibilidade nas áreas rurais. Espera-se que o crescimento populacional da China estabilize-se nas primeiras décadas do século XXI, embora algumas projeções estimam uma população entre 1,4 bilhões e 1,6 bilhões até 2025. O Ministro de Planejamento Familiar da China indicou que a política do filho único será mantida pelo menos até 2020.<ref name="Ref_2008b">{{Cite web|url=http://edition.cnn.com/2008/WORLD/asiapcf/03/10/china.onechild/index.html |title=China to keep one-child policy |publisher=CNN |date=10 de março de 2008 |accessdate=14 de julho de 2009}}</ref> No entanto, essa estratégia do governo encontra resistência, particularmente nas áreas rurais do país, por causa da necessidade de trabalho agrícola e de uma tradicional preferência por meninos (que mais tarde podem servir como herdeiros do sexo masculino). As famílias que não respeitam essa política frequentemente mentem durante os censos.<ref name="censuslie">{{cite web|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/asia-pacific/1246731.stm|title=China's population growth 'slowing'|publisher=BBC|date=28 de março de 2001|accessdate=16 de dezembro de 2012}}</ref>
[[Imagem:Population and Natural Increase Rate of PRC.jpg|thumb|Crescimento populacional chinês de 1949 a 2008]]

A decrescente confiança das estatísticas demográficas da China desde o início do planejamento familiar no final dos anos 1970 torna a avaliação da eficácia dessa política difícil.<ref name="censuslie" /> Os dados do censo de 2010 indicam que a [[taxa de fecundidade]] total pode agora ser em torno de 1,4 filhos por mulher.<ref>{{cite web|url=http://www.economist.com/node/18651512 |title=The most surprising demographic crisis |work=The Economist  |date=5 de maio de 2011 |accessdate=1 de novembro de 2011}}</ref> O governo está particularmente preocupado com o desequilíbrio na proporção entre os sexos no nascimento, aparentemente um resultado de uma combinação da tradicional preferência por meninos e da pressão do planejamento familiar, o que levou à proibição de utilização de dispositivos de [[ultrassonografia]] para situações não emergenciais, em uma tentativa de se evitar [[aborto]]s seletivos.<ref>{{cite web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/china/1480778/Shortage-of-girls-forces-China-to-criminalise-selective-abortion.html|title=Shortage of girls forces China to criminalise selective abortion|work=The Daily Telegraph|date=9 de janeiro de 2005|accessdate=22 de outubro de 2012}}</ref>

Segundo o censo de 2010, havia 118,06 meninos nascidos para cada 100 meninas, o que é 0,53 pontos menor do que o índice obtido em uma pesquisa por amostragem populacional realizada em 2005.<ref name="genderratio">[http://news.xinhuanet.com/english2010/china/2011-04/28/c_13850191.htm "Chinese mainland gender ratios most balanced since 1950s: census data"]. [[Xinhua]]. 28 de abril de 2011. Acessado em 20 de outubro de 2011.</ref> No entanto, a razão de sexo de 118,06 ainda está além da faixa normal de cerca de 105% e os especialistas alertam para uma crescente instabilidade social se esta tendência continuar.<ref name="Ref_2007a">{{Cite web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/6254763.stm|title=Chinese facing shortage of wives|date=12 de janeiro de 2007|publisher=BBC News|accessdate=23 de março de 2009}}</ref> Para a população nascida entre os anos de 1900 e 2000, estima-se que poderia haver 35,59 milhões mulheres a menos do que homens.<ref name=princeton2005>[http://iussp2005.princeton.edu/download.aspx?submissionId=51345 Estimation of the Number of Missing Females in China: 1900–2000] page 20</ref> Outros demógrafos argumentam que os desequilíbrios de gênero observados podem surgir a partir do sub-registro dos nascimentos de meninas.<ref>M. G. Merli and A. E. Raftery. 1990. "Are births under-reported in rural China? Manipulation of statistical records in response to China's population policies", ''Demography'' 37 (February): 109–126.</ref><ref>{{cite journal | doi=10.2307/1972351 | title=The missing girls of China: a new demographic account | last=Johansson | first=Sten | last2=Nygren | first2=Olga | year=1991 | volume=17 | issue=1 | journal = Population and Development Review | pages=35–51 | jstor=1972351}}</ref><ref>{{cite journal | title=Are births underreported in rural China? | first=M. Giovanna | last=Merli | first2=Adrian E. | last2=Raftery | journal=Demography | volume=37 | issue=1 | year=2000 | pages=109&nbsp;126}}</ref><ref name="hidden">[http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/china/7787661/Chinese-hiding-three-million-babies-a-year.html "Chinese hiding three million babies a year"]. ''[[The Daily Telegraph]]'', 30 de maio de 2010. Acessado em 20 de outubro de 2011.</ref> Um estudo recente sugere que até três milhões de bebês chineses sejam escondidos pelos seus pais a cada ano.<ref name="hidden" /> De acordo com o censo de 2010, os homens representavam 51,27% do total da população, enquanto as mulheres compunham 48,73% do total.<ref name="genderratio" />

=== Composição étnica e idiomas ===

[[Imagem:China linguistic map.jpg|thumb|Mapa de grupos etnolinguísticos na China em 1990]]

{{Artigo principal|Etnias da China|Língua chinesa}}
A China reconhece oficialmente [[Etnias da China|56 grupos étnicos distintos]], sendo o maior deles os chineses da [[Han (etnia)|etnia han]], que constituem cerca de 91,51% da população total do país. Os han, o maior [[grupo étnico]] único do mundo, superam outros grupos étnicos chineses em cada província, município e região autônoma, exceto no [[Tibete]] e em [[Xinjiang]]. Eles são descendentes de antigas tribos huaxia que viviam ao longo do [[rio Amarelo]].<ref name="groups">[http://www.stats.gov.cn/english/newsandcomingevents/t20110428_402722244.htm Communiqué of the National Bureau of Statistics of People's Republic of China on Major Figures of the 2010 Population Census (No. 1)]. Acessado em 4 de outubro de 2011.</ref>

As minorias étnicas representam cerca de 8,49% da população chinesa, de acordo com o censo de 2010. Em comparação com o censo populacional de 2000, a população han aumentou em {{fmtn|66537177}} pessoas, ou 5,74%, enquanto a população das 55 minorias nacionais combinadas aumentou {{fmtn|7362627}} de pessoas, ou 6,92%.<ref name="groups" />

O censo de 2010 registrou um total de {{fmtn|593832}} cidadãos estrangeiros que viviam na China. Os maiores desses grupos eram provenientes da [[Coreia do Sul]] ({{fmtn|120750}}), dos [[Estados Unidos]] ({{fmtn|71493}}) e do [[Japão]] ({{fmtn|66159}}).<ref>[http://www.stats.gov.cn/english/newsandcomingevents/t20110429_402722638.htm "Major Figures on Residents from Hong Kong, Macao and Taiwan and Foreigners Covered by 2010 Population Census"]. National Bureau of Statistics of China, 29 de abril de 2011. Acessado em 4 de outubro de 2011.</ref>

Os idiomas mais falados na China pertencem à [[Línguas sino-tibetanas|família linguística sino-tibetana]]. Há, também, vários grandes grupos linguísticos dentro da [[língua chinesa]]. As variedades mais faladas são o [[Língua mandarim|mandarim]] (nativamente falado por mais de 70% da população), o [[Língua wu|wu]] (inclui o [[Dialeto xangainês|xangainês]]), o [[Cantonês|yue]] (inclui o [[Língua cantonesa|cantonês]] e o taishanês), o [[Línguas min|min]] (inclui hokkien e teochew), o [[Língua xiang|xiang]], o [[Língua gan|gan]] e o [[Língua hakka|hakka]]. Línguas não-sínicas faladas amplamente por minorias étnicas incluem o [[Língua zhuang|zhuang]], o [[Língua mongol|mongol]], o [[Língua tibetana|tibetano]], o [[Língua uigur|uigur]], o [[Língua hmong|hmong]] e o [[Língua coreana|coreano]]. O [[mandarim padrão]], uma variedade do mandarim baseada no [[dialeto de Pequim]], é a [[língua oficial]] nacional e é usado como uma [[língua franca]] entre as pessoas de diferentes origens linguísticas.<ref name=language>[http://english.gov.cn/2005-08/16/content_23691.htm Languages]. 2005. GOV.cn. Acessado em 3 de maio de 2006.''</ref>

=== Urbanização ===
{{anexo|Lista de cidades na China|Lista de cidades da República Popular da China por população}}
Desde 2000, as cidades chinesas têm se expandido a uma taxa média de 10% ao ano. Estima-se que a população urbana do país irá aumentar para 400 milhões de pessoas em 2025,<ref>{{cite web| url=http://www.thehindu.com/news/cities/bangalore/article2714400.ece | location=Chennai, India |work=The Hindu  | first=Asha | last=Sridhar | title=Round and about: Urban planning gone haywire | date=14 de dezembro de 2011}}</ref> quando suas cidades irão abrigar uma população de mais de um bilhão de habitantes.<ref name=McKinseyUrbanBillion>{{cite web|url=http://www.mckinsey.com/insights/mgi/research/urbanization/preparing_for_urban_billion_in_china|title=Preparing for China's urban billion|publisher=McKinsey Global Institute|date=Fevereiro de 2009|accessdate=12 de dezembro de 2012}}</ref> A [[taxa de urbanização]] do país aumentou de 17,4% para 46,6% entre 1978 e 2009, uma escala sem precedentes na história humana.<ref name="Ref_abcd">{{cite web|url=http://wbi.worldbank.org/wbi/Data/wbi/wbicms/files/drupal-acquia/wbi/urban_china_urbanization2011.pdf|title=China urbanization (PDF)|publisher=World Bank Institute|year=2011|accessdate=12 de dezembro de 2012}}</ref> Entre 150 e 200 milhões de trabalhadores migrantes trabalham em tempo parcial nas grandes cidades, voltando para o campo periodicamente com os seus ganhos.<ref name="Harney2008">{{Cite web|url=http://www.cnn.com/2008/WORLD/asiapcf/02/01/china.migrants/index.html|title=Migrants are China's 'factories without smoke'|publisher=CNN |first=Alexandra|last=Harney|date=3 de fevereiro de 2008|accessdate=27 de março de 2009}}</ref><ref name="Tschang2009">{{cite web|url=http://www.businessweek.com/globalbiz/content/feb2009/gb2009024_357998.htm|title=A Tough New Year for China's Migrant Workers|work=Business Week |first=Chi-Chu|last=Tschang|date=4 de fevereiro de 2009|accessdate=27 de março de 2009}}</ref>

Hoje, a China tem dezenas de cidades com um milhão ou mais de habitantes, incluindo as três [[Cidade global|cidades globais]] de [[Pequim]], [[Hong Kong]] e [[Xangai]]. Em 2025, estima-se que o país terá 221 cidades com mais de um milhão de habitantes.<ref name=McKinseyUrbanBillion/>
{{Cidades mais populosas da República Popular da China}}

=== Religião ===
{{Artigos principais|Religião na China}}

{{Religião na China}}

Na China, o governo permite um grau limitado de [[liberdade religiosa]], porém a tolerância oficial só é estendida aos membros de organizações religiosas aprovadas pelo Estado e não para aqueles que são adeptos de outras religiões. É difícil se obter o número exato de seguidores de grupos religiosos devido à falta de dados oficiais, mas há um consenso geral de que a religião no país está passando por um tipo de "ressurgimento" nos últimos 20 anos.<ref name="news.bbc.co.uk">{{Citar web |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/6337627.stm |título = Asia-Pacific &#124; Survey finds 300 m China believers |publicado = [[BBC News]] |data=7 de fevereiro de 2007 |acessodata = 15 de junho de 2009}}</ref> Uma pesquisa de Phil Zuckerman, no site ''Adherents.com'', concluiu que em 1998, 59% (mais de 700 milhões de pessoas)<ref>{{Citar web|url=http://www.adherents.com/Na/Na_473.html |título= Nonreligious, continued...|publicado=Adherents.com |data= |acessodata=15 de junho de 2009}}</ref> da população era [[Irreligião|irreligiosa]]. Enquanto outra pesquisa de 2007 constatou que existem 300 milhões de pessoas (23% da população) religiosas, divergindo do número oficial de 100 milhões.<ref name="news.bbc.co.uk"/>

[[Imagem:Hall of Prayer for Good Harvest.JPG|thumb|direita|[[Templo do Céu]], um complexo de edifícios [[Taoísmo|taoistas]] em [[Pequim]]]]

Apesar dos resultados de diferentes pesquisas, a maioria concorda que as religiões tradicionais — [[budismo]], [[confucionismo]], [[taoismo]] e a [[religião tradicional chinesa]] — são as [[Religião|religiões]] dominantes. De acordo com várias fontes, o [[budismo na China]] possui entre 660 milhões (50%) a 1 bilhão de membros (80%),<ref>{{Citar web|url=http://www.vipassanafoundation.com/Buddhists.html |título = Buddhists in the world |publicado = Vipassanafoundation.com |acessodata = 15 de junho de 2009}}</ref> enquanto que o número de taoistas é de 400 milhões de pessoas (~30%).<ref>{{Citar web|url=http://asiasentinel.com/index.php?option=com_content&task=view&id=468&Itemid=34 |título=How Now Tao? |publicado = Asia Sentinel |data=27 de abril de 2007 |acessodata=15 de junho de 2009}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.arcworld.org/downloads/SCMP%20Daoism%2030%20April%202007.pdf |título = Alliance of Religions and Conservation (ARC) |formato=PDF |acessodata = 14 de julho de 2009}}</ref> No entanto, devido ao fato de que uma pessoa pode participar de duas ou mais destas crenças tradicionais e, ao mesmo tempo, pela dificuldade em diferenciar claramente o budismo, o confucionismo, o taoismo e a religião tradicional chinesa, o número de adeptos dessas religiões podem ser sobrepostos. Além disso, os seguidores do budismo e do taoismo não são considerados necessariamente religiosos por aqueles que seguem tais [[filosofia]]s.<ref>{{Citar web|url=http://www.travelchinaguide.com/intro/religion/ |título = Religions and Beliefs in China |publicado = Travelchinaguide.com |date= |acessodata=14 de junho de 2009}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.sacu.org/religion.html |título=Society for Anglo Chinese Understanding |publicado = SACU |acessodata = 14 de junho de 2009}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://web.archive.org/web/20070808030740/http://www.index-china.com/index-english/people-religions-s.html |título = Index-China Chinese Philosophies and religions |publicado = Index-china.com |acessodata = 14 de junho de 2009}}</ref>

Das religiões minoritárias, o [[cristianismo]] tem sido particularmente destacado como uma das de mais rápido crescimento (especialmente desde os últimos 200 anos) e, hoje, possui entre 40 milhões (3%)<ref name="news.bbc.co.uk"/><ref>{{Citar web | url=http://www.guardian.co.uk/china/story/0,,2007690,00.html | título = Christian population in China |editora=[[The Guardian]] | acessodata = 27 de agosto de 2007 | local= Londres | autor = Watts, Jonathan | data=7 de fevereiro de 2007}}</ref> a 54 milhões (4%) de seguidores,<ref>{{Citar web|url=http://www.assistnews.net/STORIES/2007/s07100011.htm |título=China Survey Reveals Fewer Christians than Some Evangelicals Want to Believe |publicado=Assistnews.net |data=1 de outubro de 2007 |acessodata=15 de junho de 2009}}</ref> de acordo com pesquisas independentes, enquanto as estimativas oficiais sugerem que há apenas 16 milhões de cristãos no país.<ref>{{Citar web| título = Chinese government official statistics on Christian population in China |url=http://web.archive.org/web/20080909185140/http://hrwf.org/religiousfreedom/news/2007PDF/China%202007.doc | publicado = hrwf.org | acessodata = 27 de agosto de 2007}}</ref> O [[islamismo]] também está presente no país, porém estatísticas sobre o tema são difíceis de serem encontradas e os valores que a maioria das estimativas fornecem ficam em torno de 20 e 30 milhões de [[muçulmano]]s (1,5% a 2% da população).<ref>{{Citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ch.html |título = China | obra = [[The World Factbook]] | publicado = CIA |acessodata = 15 de junho de 2009}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2006/71338.htm |título = China (includes Hong Kong, Macau, and Tibet) |publicado = [[Departamento de Estado dos Estados Unidos]] |acessodata = 15 de junho de 2009}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.chinadaily.com.cn/bizchina/2008-07/09/content_6831389.htm |título = NW China region eyes global Muslim market |obra = [[China Daily]] |data=9 de julho de 2008 |acessodata = 14 de julho de 2009}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://muslimmedianetwork.com/mmn/?p=1922 |título = Muslim Media Network |publicado = Muslim Media Network |data=24 de março de 2008 |acessodata = 14 de julho de 2009}}</ref> Existem também seguidores de outras religiões minoritárias, como o [[hinduísmo]], o [[dongba]]ismo, o [[bön]] e uma série de [[Novo movimento religioso|novas religiões e seitas]]. Em julho de 1999, a prática espiritual da seita [[Falun Gong]] foi oficialmente proibida pelas autoridades<ref name=ban>[[Xinhua]], [http://english.people.com.cn/special/fagong/1999072200A101.html China Bans Falun Gong], ''[[People's Daily]]'', 22 de julho de 1999</ref> e vários organismos internacionais têm criticado o tratamento do governo à esse grupo.<ref>Mary-Anne Toy, [http://www.theage.com.au/world/underground-existence-for-falun-gong-faithful-20080725-3l2p.html?page=-1 Underground existence for Falun Gong faithful], ''[[The Age]]'', 26 de julho de 2008.</ref>

== Governo e política ==
{{Artigo principal|Política da República Popular da China}}
[[Imagem:ForbiddenCity MaoZedongPortrait (pixinn.net).jpg|esquerda|thumb|[[Tiannamen‎]] com um retrato de [[Mao Tsé-Tung]].]]

A República Popular da China, ao lado do [[Vietnã]], do [[Laos]] e de [[Cuba]], é um dos quatro [[Estado socialista|Estados restantes que se declaram socialistas]] no mundo.<ref>[http://www.americanthinker.com/2007/11/inordinate_fear.html Randall Hoven, 7&nbsp;November&nbsp;2007]. American Thinker. Acessado em 14 de julho de 2009.</ref><ref name="Ref_m">Cienciala, Anna (1996). [http://web.ku.edu/~eceurope/communistnationssince1917/intro.html ''The Rise and Fall of Communist Nations 1917–1994'']. Acessado em 16 de outubro de 2008.</ref> No entanto, na prática, a estrutura política da China não pode ser caracterizada de maneira tão simples.<ref name="notsimple">Boum, Aomar (1999). [http://jpe.library.arizona.edu/volume_6/goodmanonoivol6.htm ''Journal of Political Ecology: Case Studies in History and Society'']. Acessado em 5 de maio de 2007.</ref> O governo chinês tem sido descrito como [[Comunismo|comunista]] e [[Socialismo|socialista]], mas também como [[Autoritarismo|autoritário]], com fortes restrições remanescentes em muitas áreas, principalmente em relação à [[internet]], [[Liberdade de imprensa|imprensa]], [[liberdade de reunião]], direitos reprodutivos e [[liberdade de religião]].<ref name="freedomhouse">{{cite web|url=http://freedomhouse.org/template.cfm?page=22&year=2011&country=8016|title= Freedom House: Freedom in the World 2011: China}}</ref> Seu atual sistema político/econômico é denominado por seus líderes como "[[Socialismo de mercado|socialismo com características chinesas]]".<ref name="Ref_e"/>

O país é governado pelo [[Partido Comunista da China]] (PCC), cujo poder está consagrado na constituição.<ref name="Constituição">{{citar web|url=http://bo.io.gov.mo/bo/i/1999/constituicao/index.asp |título=Constituição da República Popular da China |editor=Imprensa Oficial da Região Administrativa de Macau |acessodata=14 de julho de 2009 }}</ref> O sistema eleitoral chinês é hierárquico, segundo o qual os Congressos Populares locais são [[Eleição|eleitos diretamente]] e todos os níveis mais elevados de Congresso Popular até a [[Assembleia Popular Nacional]] (APN) são eleitos indiretamente pelo Congresso Popular de nível imediatamente inferior.<ref name="Constituição"/> O sistema político é parcialmente descentralizado, com poucos processos democráticos internos ao partido e ao nível das vilas locais, embora estas experiências tenham sido marcadas pela [[Corrupção política|corrupção]]. Há outros partidos políticos na China, referidos no país como partidos democráticos, que participam da Assembleia Popular Nacional e da [[Conferência Consultiva Política do Povo Chinês]] (CPPCC).<ref name="Ref_o">{{cite web|url=http://www.cfr.org/publication/14482/communist_party_of_china.html |title=CFR.org |publisher=CFR.org |accessdate=27 de abril de 2010}}</ref>

Comparada às suas políticas fechadas de até meados dos anos 1970, a liberalização da China resultou em um clima administrativo menos restritivo do que o anterior. O país apoia fortemente o princípio [[Leninismo|leninista]] de "[[centralismo democrático]]",<ref name="Constituição"/> mas a política chinesa é muito diferente da [[democracia liberal]] ou da [[social-democracia]] adotada na maioria dos países do [[Mundo ocidental|Ocidente]] e a Assembleia Nacional Popular tem sido descrita como uma instituição que na prática é muito dependente do governo central.<ref>{{Cite web|url=http://news.bbc.co.uk/2/shared/spl/hi/in_depth/china_politics/government/html/7.stm |title=BBC, Country Report: China |publisher=BBC News |accessdate=14 de julho de 2009 }}</ref> 
[[Imagem:Great Hall Of The People At Night.JPG|thumb|350px|O [[Grande Salão do Povo]], onde está a [[Assembleia Popular Nacional]], na [[Praça da Paz Celestial]], em [[Pequim]].]]

O presidente em exercício do país é [[Xi Jinping]] e seu primeiro-ministro é [[Li Keqiang]], que também é um ex-membro sênior do [[Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista da China|Comitê Permanente do Politburo do Partido]], um órgão com atualmente sete integrantes que dividem os cargos mais importantes do país.<ref name="est">{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,china-comite-permanente-do-politburo-e-renovado,960685,0.htm|título=China: Comitê Permanente do Politburo é renovado|acessodata=7 de fevereiro de 2013 |autor=  |coautores= |data=15 de novembro de 2012 |ano= |mes= |formato= |obra=Estadão |publicado= |páginas= |língua= português|língua2= |língua3= |lang= |citação= }}</ref> O secretário-geral do Partido Comunista da China é atualmente Xi Jinping, que é também o presidente da Comissão Militar Central e serve como [[Líder político da República Popular da China|líder político do país]].<ref name=XiJinpingLiKeqiang/>

Houve alguns movimentos pela liberalização política do país, em que eleições abertas contestadas são agora realizadas nos níveis de vilas e cidades,<ref name="poll">{{citar web|url=http://www.chinadaily.com.cn/en/doc/2003-12/08/content_288018.htm
| title=Beijingers Get Greater Poll Choices
| acessodata=18 de fevereiro de 2007 |editora=China Daily |ano=2003}}</ref><ref name="Ref_p">Lohmar, Bryan; and Somwaru, Agapi; [http://www.ers.usda.gov/publications/aib775/aib775n.pdf ''Does China’s Land-Tenure System Discourage Structural Adjustment?'']. 1 de maio de 2006. USDA Economic Research Service. Acessado em 3 de maio de 2006.</ref> sendo que as legislaturas têm mostrado alguma assertividade de vez em quando. No entanto, o partido mantém o controle efetivo sobre as nomeações governamentais: na ausência de uma [[Oposição política|oposição]] significativa, o PCC ganha por falta de concorrência na maioria das vezes. As preocupações políticas na China incluem diminuir o fosso crescente entre os ricos e os pobres, além do combate à corrupção dentro da liderança do governo.<ref name="Ref_q">[http://www.mindfully.org/WTO/China-Wealth-Gap11may02.htm ''China sounds alarm over fast-growing gap between rich and poor'']. Acessado em 16 de abril de 2006.</ref>

O nível de apoio popular ao governo e à sua gestão do país está entre os mais altos do mundo, sendo que 86% dos cidadãos chineses expressaram satisfação com a economia de sua nação de acordo com uma pesquisa do [[Pew Research Center]] feita em 2008.<ref name="renamed_from_222008_on_20101218235153">{{citar web|url=http://pewresearch.org/pubs/906/china-economy |título=PEWresearch.org |editora=PEWresearch.org |data=22 de julho de 2008 |acessodata=27 de abril de 2010}}</ref>

=== Relações exteriores ===
{{Artigo principal|Relações exteriores da República Popular da China}}
{{Anexo|Missões diplomáticas da República Popular da China}}

[[Imagem:Hu Jintao Bush.jpg|thumbnail|esquerda|[[Hu Jintao]] em encontro com o ex-[[presidente dos Estados Unidos]], [[George W. Bush]], em 2006.]]

A República Popular da China (RPC) tem relações diplomáticas com 171 países e mantém [[Missões diplomáticas da República Popular da China|embaixadas em 162 deles]].<ref>{{citar web|título=Background Note: China|url=http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/18902.htm|work=Bureau of Public Affairs|publisher=Departamento de Estado dos EUA|acessodata=10 de março de 2011}}</ref> A sua [[legitimidade]] é contestada pela [[República da China]] (RC, conhecida simplesmente como [[Taiwan]]) e alguns outros países; portanto, é o maior e mais populoso país, mas com reconhecimento relativamente limitado. A [[Suécia]] foi o primeiro país ocidental a estabelecer relações diplomáticas com a RPC em 9 de maio de 1950.<ref>{{citar web|url=http://www.scbr.se/blog-3/files/a850082626f149c0f4e76712a0b8c1c7-4.html |título=Why is President Hu’s visit to Denmark important? | editora=SCBR.se|date=16 de junho de 2012|acessodata=9 de dezembro de 2012}}</ref> Em 1971, a RPC substituiu a RC como o único representante da China nas [[Nações Unidas]] e como um dos cinco membros permanentes do [[Conselho de Segurança]].<ref name="Ref_r">Chang, Eddy (22 de agosto de 2004). [http://www.taipeitimes.com/News/editorials/archives/2004/08/22/2003199768 ''Perseverance will pay off at the UN''], ''The Taipei Times''.</ref> O país também é um ex-membro e ex-líder do [[Movimento de Países Não-Alinhados]] e ainda se considera um defensor dos [[países em desenvolvimento]].<ref name="Ref_2009">{{Cite web|url=http://english.peopledaily.com.cn/90001/90776/90883/6847341.html|title=China says communication with other developing countries at Copenhagen summit transparent|date=21 de dezembro de 2009|accessdate=20 de agosto de 2010|work=People's Daily}}</ref>

Sob a sua interpretação da "[[Política de Uma China]]", o país tornou um pré-requisito para o estabelecimento de relações diplomáticas que o outro país reconheça a sua reivindicação sob [[Taiwan]] e corte os laços oficiais com o governo taiwanês. As autoridades chinesas protestaram em várias ocasiões quando países estrangeiros fizeram aberturas diplomáticas com a RC,<ref>{{Cite web|url=http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5iNP2McsYhIeRMgrn036WkQdrN3LQ |title=Taiwan's Ma to stopover in US: report |agency=Agence France-Presse |date=11 de janeiro de 2010 }}</ref> especialmente em relação a vendas de armamentos.<ref>{{Cite web|url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article7010435.ece |work=The Times |location=London |date=1 de fevereiro de 2010 |title=China says US arms sales to Taiwan could threaten wider relations |author=Macartney, Jane }}</ref> Reuniões políticas entre líderes de governos estrangeiros e o [[14º Dalai Lama]] também sofrem oposição do governo chinês, que considera o [[Tibete]] parte formal do seu território.<ref>{{Cite web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/china/6952556/China-cancels-UK-human-rights-summit-after-Akmal-Shaikh-execution.html |title=China cancels UK human rights summit after Akmal Shaikh execution |author=Moore, Malcolm |date= 8 de janeiro de 2010 |work=The Daily Telegraph |location=Reino Unido | location=Londres}}</ref>

Grande parte da atual política exterior da China é declaradamente baseada nos Cinco Princípios de Coexistência Pacífica de [[Zhou Enlai]]: não-interferência nos assuntos de outros países, não-agressão, convivência pacífica, igualdade e benefícios mútuos. A política externa do país também é impulsionada pelo conceito de "harmonia sem uniformidade", que incentiva as relações diplomáticas entre os Estados, apesar de diferenças ideológicas. Esta política levou a China a apoiar os Estados que são considerados perigosos ou repressivos pelas nações ocidentais, como [[Zimbabué]], [[Coreia do Norte]] e [[Irã]].<ref name="Keith">{{Citar livro|ultimo=Keith|primeiro=Ronald C.|título=China from the inside out – fitting the People's republic into the world|editora=PlutoPress}}</ref>

[[Ficheiro:Dmitry Medvedev in China 14 April 2011-2.jpeg|thumb|direita|[[Terceira cúpula do BRICS|Terceira cúpula]] dos países membros do [[BRICS]] na cidade chinesa de [[Sanya]], em abril de 2011.]]

Conflitos com países estrangeiros ocorreram em alguns momentos da história chinesa recente, particularmente com os Estados Unidos, como no bombardeio americano da embaixada chinesa em [[Belgrado]], durante a [[Guerra do Kosovo]] em maio de 1999, e no incidente entre aviões militares dos dois países em abril de 2001 na província chinesa de [[Hainan]]. A relações internacionais do país com muitas nações ocidentais estremeram-se por um tempo após a repressão militar no [[Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989]], embora nos últimos anos o país tenha melhorado suas relações diplomáticas com o Ocidente.<ref>{{cite web|url=http://www.economist.com/node/144689|title=Ready to face the world?|work=The Economist|date=6 de março de 1997|accessdate=24 de março de 2011}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.economist.com/node/10202169?story_id=E1_TDNDNTGJ|title=China and Europe: A summit dominated by trade could get frosty|date=27 de novembro de 2007|accessdate=24 de março de 2011|work=The Economist}}</ref> A China também tem uma relação econômica cada vez mais próxima da [[Rússia]] e os dois governos muitas vezes votam em conjunto no Conselho de Segurança.<ref>{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-china-18327632|title=Energy to dominate Russia President Putin's China visit|publisher=BBC|date=5 de junho de 2012}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.nytimes.com/2012/07/20/world/middleeast/russia-and-china-veto-un-sanctions-against-syria.html|title=Friction at the U.N. as Russia and China Veto Another Resolution on Syria Sanctions|work=[[New York Times]]|date=19 de julho de 2012|accessdate=15 de novembro de 2012}}</ref>

O país tem fortes laços políticos e econômicos com várias nações do [[País em desenvolvimento|mundo em desenvolvimento]]. Mais notavelmente, ele tem seguido uma política de engajamento com os países [[África|africanos]] em comércio e cooperação bilateral.<ref name="Ref_ae">McLaughlin, Abraham; [http://www.csmonitor.com/2005/0330/p01s01-woaf.html "A rising China counters US clout in Africa"]. ''[[Christian Science Monitor]]''. 30 de março de 2005.</ref><ref name="Ref_af">Lyman, Princeton N.; [http://www.cfr.org/publication/8436/ "China’s Rising Role in Africa"]. 21 de julho de 2005. Council of Foreign Relations. Acessado em 26 de junho de 2007.</ref> A [[Xinhua]], a [[agência de notícias]] oficial do país, declarou em 2008 que havia cerca de 750 mil cidadãos chineses que trabalhavam ou viviam na África.<ref name="Ref_ag">Politzer, Malia; [http://www.migrationinformation.org/Feature/display.cfm?id=690 "China and Africa: Stronger Economic Ties Mean More Migration"]. Migration Information Source. Agosto de 2008.</ref> Além disso, a China tem reforçado os seus laços com as economias da [[América do Sul]], tornando-se o maior parceiro comercial do [[Brasil]] e construindo laços estratégicos com a [[Argentina]].<ref>[http://www.forbes.com/sites/ricardogeromel/2011/08/24/is-brazil-a-derivative-of-china/ "Is Brazil a derivative of China?"]. [[Forbes]].com. 24 de agosto de 2011. Acessado em 24 de setembro de 2011.</ref><ref>[http://news.xinhuanet.com/english2010/china/2011-09/09/c_131129475.htm "China, Argentina agree to further strategic ties"]. [[Xinhua]].com. 9 de setembro de 2011. Acessado em 24 de setembro de 2011.</ref> Junto com Brasil, Rússia, [[Índia]] e [[África do Sul]], o país é membro do grupo [[BRICS]] de economias emergentes importantes e sediou a [[Terceira cúpula do BRICS|terceira cúpula oficial]] do bloco em [[Sanya]], na província de [[Hainan]], em abril de 2011.<ref>[http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-pacific-13076229 "BRICS summit ends in China"]. BBC. 14 de abril de 2011. Acessado em 24 de outubro de 2011.</ref>

=== Forças armadas ===
{{Artigo principal|Exército de Libertação Popular}}
[[Imagem:China airforce J10.jpg|thumb|[[Caça (avião)|Caça]] chinês [[Chengdu J-10]].]]
[[Imagem:Chinese honor guard in column 070322-F-0193C-014.JPEG|thumb|Soldados da Guarda de Honra do [[Exército da República Popular da China]] em marcha.]]

Com mais de 2,3 milhões de soldados ativos, o [[Exército de Libertação Popular]] (ELP), em inglês People's Liberation Army (PLA), é a maior força militar do mundo, em termos de número de tropas, e possui o [[Lista de países por gastos militares|segundo maior orçamento de defesa]] do mundo.<ref>{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20070712231259/http://www.iiss.org/whats-new/iiss-in-the-press/press-coverage-2005/august-2005/china-seeks-to-allay-us-fears-as-summit-nears |título=China Seeks to Allay US Fears as Summit Nears |data=2006 |acessodata=15 de abril de 2006}}</ref> O ELP consiste de um [[Força Terrestre do Exército de Libertação Popular|exército]], [[Marinha do Exército de Libertação Popular|marinha]], [[Força Aérea do Exército de Libertação Popular|força aérea]] e uma força nuclear estratégica. O governo anunciou que o [[orçamento]] do ELP para 2009 foi de 70 bilhões de dólares. No entanto, os [[Estados Unidos]] afirmam que a China não informa sua despesa militar real. A [[Central Intelligence Agency]] (CIA) estima que o orçamento militar chinês real para 2008 tenha sido entre de 105 e 150 bilhões de dólares.<ref>{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20090326093254/http://www.defenselink.mil/pubs/pdfs/China_Military_Power_Report_2009.pdf |título=China Military Power Report 2009 |editor=Departamento de Defesa dos Estados Unidos |data=2009 |acessodata=9 de janeiro de 2013}}</ref>

A República Popular da China (RPC), com a posse de [[armas nucleares]], é considerada uma [[grande potência]] militar regional e uma [[Superpotência emergente|superpotência militar emergente]].<ref>Nolt, James H. [http://www.atimes.com/china/BA27Ad01.html Analysis: The China-Taiwan military balance]. ''[[Asia Times]]''. Acessado em 15 de abril de 2006.</ref> o país é o único membro do [[Conselho de Segurança da ONU]] com uma capacidade de [[projeção de poder]] relativamente limitada.<ref>{{Citar web|autor=Andrew, Martin  |url=http://www.asianresearch.org/articles/2680.html |título = AsianResearch.org |publicado = AsianResearch.org |acessodata = 27 de abril de 2010}}</ref>

Muito progresso foi feito na última década e a RPC continua a fazer esforços para concluir a modernização de suas [[forças armadas]]. O país comprou [[Caça (avião)|caças]] de última geração da [[Rússia]], como o [[Sukhoi Su-30]], e também produziu os seus próprios caças modernos, especificamente os chineses [[Chengdu J-10]], [[Shenyang J-11]] e [[Chengdu J-20]].<ref>{{Citar web|url=http://www.sinodefence.com/airforce/fighter/j10b.asp |título=Sinodefence.com |publicado=Sinodefence.com |data=28 de março de 2009 |acessodata=27 de abril de 2010}}</ref> Também adquiriu e aprimorou o míssil russo [[S-300]], que é considerado um dos melhores sistemas de interceptação de aeronaves do mundo.<ref>[http://www.sinodefence.com/army/surfacetoairmissile/hongqi9.asp SinoDefence: Surface-to-air Missile System] (2006). Acessado em 7 de julho de 2009.</ref> Em anos recentes, a China divulgou um [[protótipo]] de caça [[Avião furtivo|stealth]], o Chengdu J-20, previsto para entrar em operação entre 2017 e 2019.<ref>{{citar web |url=http://www.globalsecurity.org/military/world/china/j-xx.htm |título=Chinese Stealth Fighter |editor=GlobalSecurity.com |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref> Em anos recentes, a China concentrou-se na construção de navios de longo alcance, introduzindo seu primeiro [[porta-aviões]].<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3338081-EI294,00.html |título=China constrói seu primeiro porta-aviões militar |editor=[[Terra Networks]] |data=19 de novembro de 2008 |acessodata=9 de janeiro de 2013}}</ref>

Há pouca informação disponível sobre as motivações que apoiam a modernização militar da China. Um relatório de 2007 do [[Departamento de Defesa dos Estados Unidos|Secretário de Defesa dos Estados Unidos]] observou que "as ações da China em determinadas áreas aparecem cada vez mais incompatíveis com as suas políticas declaratórias" de ascensão pacífica.<ref>{{Citar web|url=http://www.defense.gov/pubs/pdfs/070523-China-Military-Power-final.pdf |título = China Military Power Report.indd | publicado = [[Departamento de Defesa dos Estados Unidos]] |formato=PDF |acessodata = 27 de abril de 2010}}</ref> Por sua vez, o governo chinês afirma que mantém um exército puramente para fins defensivos.<ref>{{Citar web | url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/asia-pacific/7965084.stm |título = China fury at US military report|publicado = [[BBC News]] |data=26 de março de 2009 |acessodata = 27 de abril de 2010}}</ref>

Algumas "[[Usina de ideias|usinas de ideias]]", como o Conselho Europa-Ásia, alegaram que as atuais tensões entre os [[Estados Unidos]] e a China sobre a decisão abrupta de [[Washington, D.C.]] de vender armas à [[Taiwan]]<ref>{{Citar web |autor = AFP | título = China: US spat over Taiwan could hit co-operation |data=2 de fevereiro de 2010 |publicado = [[Agence France Presse]] |url=http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jDzKLVZ7X2dz8yrsshklcJZh38Cg |acessodata=14 de janeiro de 2013}}</ref> podem desencadear uma nova [[corrida armamentista]] na [[Ásia]] alimentada basicamente por motivos ideológicos nacionais, uma situação que lembra em muitos aspectos a [[era McCarthy]], quando os Estados Unidos foram abertamente favoráveis ao ''[[lobby]]'' de [[Chiang Kai-shek]].<ref>{{Citar web |autor = AEC |título = The New ‘China Lobby’: Return of the McCarthyite Hard-Right |data=31 de janeiro de 2010 |publicado = Asian European Council |url= http://asianeuropean.org/-McCarthyism_in_Asia_.html |acessodata=14 de janeiro de 2013}}</ref>

=== Problemas sócio-políticos ===
{{Vertambém|Censura na República Popular da China|Trabalho e bem-estar social na República Popular da China}}
[[Imagem:Japanese conservative holds a placard on free Liu Xiaobo 02.jpg|thumb|esquerda|Protestos contra a prisão de [[Liu Xiaobo]] no [[Japão]] em 2010. Liu foi agraciado com o [[Prêmio Nobel da Paz]] de 2010, por "sua longa batalha não-violenta pelos [[direitos humanos]] na China."<ref name="nobel-announcement">{{citar web |url=http://nobelprize.org/nobel_prizes/peace/laureates/2010/announcement.html |título = The Nobel Peace Prize 2010 - Prize Announcement|data=8 de outubro de 2010 |obra = [[Prêmio Nobel|nobelprize.org]]}}</ref>]]

Apesar dos controles econômicos e sociais por parte do governo terem sido muito enfraquecidos na China desde a década de 1970, a [[liberdade política]] é ainda muito restrita. A Constituição da República Popular da China (RPC) afirma que os "direitos fundamentais" dos cidadãos incluem a [[liberdade de expressão]], a [[liberdade de imprensa]], o direito a um julgamento justo e à [[liberdade de religião]], o [[sufrágio universal]] e os [[direitos de propriedade]].<ref name="Constituição"/> No entanto, estas disposições não conferem aos chineses proteção significativa, na prática, contra procedimentos penais do [[Estado]].<ref>{{Citar web|url=http://www.hrw.org/en/world-report-2009/china |título = World Report 2009 |publicado = [[Human Rights Watch]] |acessodata = 14 de julho de 2009}}</ref><ref>''Will the Boat Sink the Water?: The Life of China's Peasants'' / [[Chen Guidi]] and Wu Chuntao (2006) ISBN 1-58648-358-7</ref><ref>''Empire of Lies: The Truth About China in the Twenty-First Century'' / [[Guy Sorman]] (2008) ISBN 1-59403-216-5</ref>

Com a reforma econômica chinesa, dezenas de milhões de trabalhadores rurais do país que se mudaram para as grandes cidades<ref name=ruralmillions>{{Citar web|autor = Wingfield, Rupert |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/4782194.stm |título = China’s rural millions left behind |publicado = [[BBC News]] |data=7 de março de 2006 |acessodata = 14 de julho de 2009}}</ref> foram tratados como pessoas de segunda classe por um sistema obsoleto de registro domésticos, chamado ''hukou'', que controla os benefícios governamentais.<ref name=hukou>{{citar web | autor = Luard, Tim |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/4424944.stm |título = China rethinks peasant apartheid |publicado = [[BBC News]] |data=10 de novembro de 2005 |acessodata = 14 de julho de 2009}}</ref> O sistema de direitos de propriedade é fraco e ocorrem [[Desapropriação|desapropriações]] abusivas de terras de camponeses.<ref name=ruralmillions/> Em 2003/2004, um agricultor médio tinha de pagar três vezes mais [[imposto]]s, embora o seu rendimento tenha sido de apenas um sexto do de um morador urbano médio.<ref name=hukou/> Desde então, uma série de impostos rurais têm sido reduzidos ou suprimidos e outros serviços sociais prestados às populações rurais.<ref>{{Citar web |url=http://articles.latimes.com/2005/dec/30/world/fg-agtax30 |título = Articles | obra = [[Los Angeles Times]] |publicado = articles.latimes.com |data=30 de dezembro de 2005 |acessodata = 27 de abril de 2010 | first=Ching-Ching | last=Ni}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/asia-pacific/6174847.stm |título = China ends school fees for 150m|publicado = [[BBC News]] |data=13 de dezembro de 2006 |acessodata = 27 de abril de 2010}}</ref>

A [[censura]] do discurso político e da informação, inclusive na [[internet]],<ref>{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20081022064544/http://hrichina.org/public/contents/article?revision_id=29582&item_id=29576 |título=Media Control in China |data=2004 |editor=Human Rights in China |localização=Nova York |acessodata=12 de janeiro de 2013}}</ref> é aberta e usada rotineiramente para silenciar as críticas ao governo e ao [[Partido Comunista Chinês]].<ref>{{cite web|url=http://web.archive.org/web/20110626071201/http://www.freedomhouse.org/images/File/FotN/China2011.pdf |title= Freedom House: Freedom on the Net Report: China |acessodata=9 de janeiro de 2013}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.ibtimes.com/rare-defiance-chinese-journalists-protest-against-party-censors-993066|title=In Rare Defiance, Chinese Journalists Protest Against Party Censors|work=International Business Times|date=4 de janeiro de 2013|accessdate=4 de janeiro de 2013}}</ref> Em 2010, a organização [[Repórteres sem Fronteiras]] classificou a China na 171ª posição (entre 178 estados) em seu relatório anual do "[[Índice de Liberdade de Imprensa]]".<ref name = "rsf.org-554">{{Citar web|url=http://en.rsf.org/press-freedom-index-2010,1034.html |título = Annual Worldwide Press Freedom Index – 2005 |publicado = [[Repórteres sem Fronteiras]] |data=2010 |acessodata = 14 de novembro de 2010}} {{en}}</ref> 
[[Imagem:HK_Occupy_Central_in_Harcourt_Eoad_20141001.jpg|thumb|[[Protestos em Hong Kong em 2014|Manifestantes pró-democracia]] reunidos no dia 1 de outubro de 2014 em [[Hong Kong]].]]

O governo reprime as manifestações de organizações e crenças que considera uma potencial ameaça para o controle da "estabilidade social", como foi o caso do [[Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989]]. O Partido Comunista tem tido pouco sucesso em controlar a informação: um poderoso sistema de controle de mídia enfrenta o avanço muito forte do [[mercado]] e de [[cidadão]]s cada vez mais educados, além de mudanças culturais que estão tornando o país mais aberto, especialmente em relação a questões ambientais.<ref>[http://www.usembassy-china.org.cn/sandt/chplca.htm 1998 US Embassy Beijing report "The Fading of Environmental Secrecy"]{{ligação inativa|date=março de 2009}}. Acessado em 4 de fevereiro de 2007.</ref><ref>[http://www.usembassy-china.org.cn/sandt/ngo3.htm 1997 US Embassy Beijing report "Environmental NGOs in China: Green is Good, But Don't Openly Oppose the Party"]{{ligação inativa|date=março de 2009}}. Acessado em 4 de fevereiro de 2007.</ref>

Vários governos estrangeiros e [[ONG]]s rotineiramente criticam a RPC, alegando violações generalizadas dos [[direitos civis]], incluindo a utilização sistemática de [[detenção]] de ativistas políticos prolongada sem julgamento justo, [[confissões]] forçadas, [[tortura]], maus-tratos de prisioneiros, além de restrições à liberdade de expressão, [[Liberdade de reunião|de reunião]], [[Liberdade de associação|associação]], de religião e aos [[Direito do trabalho|direitos trabalhistas]].<ref name="freedomhouse" /> A China [[Pena de morte|executa]] mais pessoas do que qualquer outro país no mundo, respondendo por 72% do total mundial de execuções em 2009, embora não seja o maior carrasco ''[[per capita]]'' do mundo.<ref>{{Citar web |url=http://www.theepochtimes.com/n2/content/view/14602/|título = China Responsible for 72 Percent of Executions Worldwide|autor = Yixiang, Lin|publicado = [[The Epoch Times]]|data=1 de abril de 2009|acessodata = 19 de agosto de 2010}}</ref> O país também tem a segunda maior população carcerária do planeta (atrás apenas dos [[Estados Unidos]]), com 1.701.344 presos em todo o território chinês.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/06/1465527-brasil-passa-a-russia-e-tem-a-terceira-maior-populacao-carceraria-do-mundo.shtml |título=Brasil passa a Rússia e tem a terceira maior população carcerária do mundo |editor=Folha de S. Paulo |data=5 de junho de de 2014}}</ref>

O governo chinês responde às críticas afirmando que a noção de [[direitos humanos]] deve levar em conta o atual nível de desenvolvimento econômico e a situação [[geopolítica]], além de se concentrar mais sobre os direitos do povo à subsistência e desenvolvimento.<ref name = "yqlgro">[http://english.gov.cn/official/2005-07/28/content_18115.htm "China's Progress in Human Rights"], julho de 2005. Acessado: 18 de abril de 2008.</ref> O aumento da [[alfabetização]], da [[expectativa de vida]] e do [[padrão de vida]] dos chineses médios nas últimas três décadas é visto pelo governo como um progresso tangível em matéria de direitos humanos.<ref>[http://www.china-embassy.org/eng/zt/first%20beginning/t56058.htm "China's reform and opening-up promotes human rights, says premier"]. 11 de dezembro de 2003. Embassy of the People's Republic of China in the United States. Acessado em 28 de abril de 2006.</ref> Os esforços na última década para combater [[desastres naturais]], como as constantes [[enchente]]s do [[rio Yangtzé]] e [[Acidente de trabalho|acidentes de trabalho]] também são retratados pelo governo como um progresso em matéria de direitos humanos para um país em desenvolvimento.<ref name = "yqlgro"/>

== Subdivisões ==
{{Artigo principal|Subdivisões da República Popular da China|Distritos de Hong Kong|Freguesias e municípios de Macau}}
A República Popular da China (RPC) tem o controle administrativo sobre [[Províncias da República Popular da China|22 províncias]] e considera [[Taiwan]] como a sua 23ª província, apesar da ilha ser atualmente administrada pela [[República da China]] (RC), que contesta a alegação da RPC. A China também tem cinco subdivisões oficialmente denominadas [[Regiões autónomas da República Popular da China|regiões autônomas]] (cada uma com um grupo étnico minoritário designado); [[Municípios da República Popular da China|quatro municípios]] e [[Região administrativa especial|duas Regiões Administrativas Especiais]] (RAE), que possuem um alto grau de autonomia política. Estas 22 províncias, cinco regiões autônomas e quatro municípios podem ser referidos coletivamente como "[[China continental]]", um termo que geralmente exclui as RAE de [[Hong Kong]] e [[Macau]]. Nenhuma dessas divisões são reconhecidas pelo governo da RC, que reivindica a totalidade do território da RPC.<ref name="Ref_ap">Gwillim Law (2 de abril de 2005). [http://www.statoids.com/ucn.html Provinces of China]. Acessado em 15 de abril de 2006.</ref>

{{Divisões políticas da China}}
{{Mapa das províncias da China}}

== Economia ==
[[Imagem:PudongSkyline-pjt (cropped).jpg|thumbnail|direita|O distrito financeiro de [[Pudong]], em [[Xangai]], se tornou símbolo de rápida [[Abertura econômica da China|expansão econômica da China]] desde os anos 1990, após as reformas promovidas por [[Deng Xiaoping]].]]
[[Imagem:Roewe_950_02_China_2012-06-02.JPG|thumb|Roewe 950, carro produzido pela [[Shanghai Automotive Industry Corporation|SAIC Motor]], a maior montadora de veículos do país.]]
{{Artigo principal|Economia da República Popular da China}}

A economia da República Popular da China é a segunda maior do mundo.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/mercado/775066-china-supera-japao-e-e-a-2-maior-economia-do-mundo-diz-bc-chines.shtml|titulo=China supera Japão e é a segunda maior economia do mundo, diz BC chinês|data=30 de julho de 2010|publicado=Folha.com|acessodata=31 de julho de 2010}}</ref> Seu [[produto interno bruto]] (PIB nominal) é estimado em 7,3 trilhões de dólares (dados de 2011),<ref>{{citar web |url=http://www.stats.gov.cn/english/newsandcomingevents/t20120117_402779577.htm |título=National Economy Maintained Steady and Fast Development in the Year of 2011 |editor=Escritório Nacional de Estatísticas da China |data=17 de janeiro de 2012 |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref> enquanto seu [[Paridade de Poder de Compra|poder de compra]] foi calculado em pouco mais de 11,3 trilhões de dólares. A renda ''per capita'' do país está em [[Lista de países por PIB nominal per capita|5.185]] dólares por pessoa (nominal) e [[Lista de países por PIB (Paridade do Poder de Compra) per capita|8.395]] dólares por pessoa (PPP) em 2011, de acordo com o [[Fundo Monetário Internacional]]. A China é a nação com o [[crescimento econômico|maior crescimento econômico]] dos últimos 25 anos, com a média do crescimento do PIB em 10% por ano.<ref name="usatoday2007">{{Citar web|lingua=Inglês |url=http://www.usatoday.com/money/world/2007-10-25-china-gdp_N.htm |titulo=Chinese economy slows to still sizzling 11.5% growth |data=25 de outubro de 2007 |obra=[[USA Today]] |acessodata=30 de outubro de 2007}}</ref> A [[renda per capita|renda ''per capita'']] da China cresceu 8% ao ano nos últimos 30 anos. Além disso, é um dos [[BRIC|países BRIC]].<ref>[http://www.goldmansachs.com/our-thinking/topics/brics/brics-reports-pdfs/progress-on-building-the-brics.pdf A Progress Report on the Building of the BRICs], Goldman Sachs, Acesso em 11 de novembro de 2012.</ref>

Desde sua fundação em 1949, a República Popular da China adotava um estilo soviético de [[economia planificada]]. Com a morte de Mao Tse-tung e o fim da [[Revolução Cultural]], os novos dirigentes chineses começaram a reformar a economia.  A sua transformação em [[economia mista]], foi iniciada por [[Deng Xiaoping]] em 1978, após a falha da [[economia planificada]] em desenvolver os sistemas produtivos chineses a níveis aceitáveis.<ref>{{citar web |url=http://www.janelanaweb.com/digitais/gregorio1.html |título=A herança de Deng Xiao Ping |autor=Maria-João Gregório |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref> As reformas de Xiaoping incluíram a [[privatização]] das fazendas, o que pôs fim à agricultura coletiva, e de indústrias estatais que fossem consideradas de baixo desempenho na época, como mineração e produtos básicos (roupas, processamento de alimentos), entre outras. Em 1978, a China e o Japão normalizaram as relações diplomáticas e a China aceitou empréstimos do Japão. Nas últimas décadas este país tem sido o maior credor estrangeiro da China.<ref>{{Citar web|url=http://web.archive.org/web/20070206204405/http://elsa.berkeley.edu/~yqian/how%20far%20across%20the%20river.pdf |título = Berkeley.edu |formato=PDF |acessodata=27 de abril de 2010}}</ref> Para selar sua condição de economia globalizada, em 2001 a China foi aceita na [[Organização Mundial do Comércio]].<ref>{{citar web |url=http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/conheca_pais/china/economia.html |título=O novo gigante do mercado |editor=Veja |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref> Atualmente, 70% da economia da China é privada, e este número continua crescendo.<ref>{{citar web |url=http://www.businessweek.com/magazine/content/05_34/b3948478.htm |título=China Is a Private-Sector Economy |editor=[[BusinessWeek]] |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref> A economia da China composta por membros capitalistas "transplantados num corpo socialista debilitado", modifica, em 1995, a taxa de crescimento, impulsionada principalmente pelo setor não-estatal, para 8,9%, superando as expectativas do governo e antecipando a meta prevista no IX Plano Quinquenal (1996-2000).<ref name="Livro do Ano 1996">. "Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda". Páginas 110-112 - (ISBN 85-7026-395-3) São Paulo.</ref>

Este robusto crescimento econômico, combinado com excelentes fatores internos como estabilidade política, grandes reservas em moeda estrangeira (a maior do mundo, com 818,9 bilhões de dólares),<ref>{{citar web |url=http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=243762 |título=Reservas cambiais da China crescem 34,3% e alcançam patamar recorde |editor=Ministério do Planejamento do Brasil |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref> mercado interno com grande potencial de crescimento, faz com que a China seja actualmente um dos melhores locais do mundo para investimentos estrangeiros, com uma avaliação de risco (Moody's) A2, índice considerado excelente.<ref>{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20080917183416/http://www.forbes.com/markets/feeds/afx/2007/07/11/afx3902085.html |título=Hong Kong, China ratings may be upgraded in a few months |editor= [[Forbes]] |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref>
[[Imagem:GDP of China in RMB.svg|lang=pt|thumb|esquerda|Crescimento do PIB nominal chinês entre 1952 e 2012.]]
[[Imagem:Shanghaistockexchange.jpg|thumb|esquerda|Edifício da [[Bolsa de Valores de Xangai]] no centro financeiro de [[Pudong]], [[Xangai]].]]

As grandes mudanças sociais e econômicas promovidos pelos seguidores de [[Deng Xiaoping]] deram uma nova dinâmica política à China contemporânea e limitaram as opções dos governantes do país. Houve nos últimos anos uma melhoria no padrão de vida dos chineses, embora seja um país com renda média para os padrões mundiais. O rápido crescimento econômico do país conseguiu retirar centenas de milhões de pessoas da pobreza desde 1978 - o número de camponeses pobres caiu de 200 milhões para 80 milhões em 10 anos. Apenas 10% da população vive abaixo da linha de [[pobreza]] (em comparação com 64% em 1978) e 99,8% dos jovens são alfabetizados. Desemprego urbano diminuiu para 4 por cento em 2007 (desemprego real pode estar em 10%). A [[expectativa de vida]] chinesa é a terceira maior do [[Ásia oriental|leste asiático]], com 73 anos, atrás da [[Coreia do Sul]] com 77,3 e do [[Japão]] com 82,2.<ref name="Livro do Ano 1996" /> A China é o segundo maior consumidor mundial de bens de luxo, com 27,5% da quota global, atrás do Japão.<ref>{{citar web |url=http://www.chinadaily.com.cn/2010-03/03/content_9536600.htm |título=Super Rich have Craze for luxury goods |editor=''China Daily'' |data=3 de março de 2010 |acessodata=4 de março de 2010}}</ref> O mercado de varejo da China cresceu 16,8% ao ano.<ref>{{citar web |url=http://www.stats.gov.cn/english/statisticaldata/monthlydata/t20080313_402467812.htm |título=Total Retail Sales of Consumer Goods (2007.12) |editor=Escritório Nacional de Estatísticas da China |data=13 de março de 2008 |acessodata=21 de novembro de 2008}}</ref>

Com reformas econômicas iniciados em 1978, a China cresceu 90 vezes,<ref>{{citar web|url=http://www.chinadaily.com.cn/bizchina/2008-11/21/content_7228346.htm|título = China must be cautious in raising consumption|obra = [[China Daily]] |acessodata = 8 de fevereiro de 2009}}</ref> se tornando a economia de maior crescimento mundial nos últimos 25 anos, com crescimento do PIB em torno de 10% por ano. A [[renda per capita|renda ''per capita'']] da China tem crescido cerca de 8% ao ano nos últimos 30 anos. Levando em conta a renda per capita e moeda desvalorizada, o custo de vida na China é baixo.<ref name="usatoday2007"/>

A China é o quarto país mais visitado do mundo, com 50,9 milhões de visitantes internacionais em 2009.<ref>{{Citar web|url=http://www.unwto.org/facts/eng/pdf/barometer/UNWTO_Barom10_update_april_en_excerpt.pdf |título = UNWTO Barom07 2 en.doc |formato=PDF |acessodata = 14 de maio de 2010}}</ref> Actualmente a China é a segunda potência comercial do mundo, atrás dos Estados Unidos e a frente do Japão. Suas [[reservas internacionais]] de moedas estrangeiras atingiram 2,4 trilhões de dólares, os maiores do mundo.<ref>{{Citar web |url=http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601087&sid=alZgI4B1lt3s|título = China’s Foreign-Exchange Reserves Surge, Exceeding $2&nbsp;Trillion|data=15 de julho de 2009|obra =[[Bloomberg L.P.]]|acessodata = 19 de julho de 2010}}</ref> A China possui cerca de 1,6 trilhão de dólares de títulos financeiros dos Estados Unidos.<ref>{{Citar web |url=http://www.reuters.com/article/bondsNews/idUSPEK16627420090820|título = China must keep buying US Treasuries for now-paper|obra =[[Reuters]]|acessodata = 19 de agosto de 2009 | data=20 de agosto de 2009}}</ref> A China detém 801,5 bilhões de dólares em títulos do Tesouro americano, tornando-se o maior credor estrangeiro da dívida pública americana.<ref>{{citar web |url=http://money.cnn.com/2009/07/29/news/economy/china_america_lender_respect.fortune/index.htm |título=Washington learns to treat China with care |editor=[[CNN|CNNMoney.com]] |data=29 de julho de 2009 |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.reuters.com/article/newsOne/idUSTRE58M25U20090923|título = Factbox: US-China Interdependence Outweighs Trade Spat|publicado = [[Reuters]]|data=23 de setembro de 2009|acessodata = 25 de setembro de 2009 | autor = Hornby, Lucy}}</ref> O investimento da China no mercado internacional está crescendo rapidamente. Em 2008 era o sexto maior investidor no mercado internacional.<ref>{{Citar web |url=http://www.chinadaily.com.cn/bizchina/2009-08/03/content_8507784.htm|título = On China's rapid growth in outward FDI|data = 3 de agosto de 2009|obra = [[China Daily]] |acessodata = 19 de julho de 2010}}</ref>

O sucesso comercial da China tem sido devido principalmente ao seu baixo custo de produção. São atribuídos uma combinação de fatores como mão-de-obra de baixo custo, boa infraestrutura, bom nível de tecnologia, alta produtividade, em alguns casos, o não pagamento de licenças comerciais, a política governamental favorável e uma moeda muito desvalorizada.<ref>{{Citar web |url=http://www.china-embassy.org/eng/gyzg/t213645.htm|título = China widens yuan, non-dollar trading range to 3%|data=23 de setembro de 2005|acessodata = 19 de julho de 2010}}</ref>

O Estado ainda predomina nas áreas-chaves da indústria como a energia e as indústrias pesadas, a iniciativa privada (30 milhões de empresas privadas) responde entre 33%<ref>{{Citar web|autor=english@peopledaily.com.cn |url=http://english.people.com.cn/200507/13/eng20050713_195876.html |title=People.com |obra = People.com.cn |data=13 de julho de 2005 |acessodata = 27 de abril de 2010}}</ref> a 70% do PIB em 2005, enquanto que a estimativa da [[OCDE]] é superior a 50% da produção nacional da China,<ref>{{Citar web|url=http://www.oecd.org/dataoecd/16/3/36174313.pdf |título = China2bandes.doc |formato=PDF |acessodata = 27 de abril de 2010}}</ref> muito superior a 1% de 1978.<ref>{{Citar web|url=http://www.businessweek.com/magazine/content/05_34/b3948478.htm |título = China Is a Private-Sector Economy |obra = [[BusinessWeek]] |data=22 de agosto de 2005 |acessodata = 27 de março de 2007}}</ref>
[[Imagem:Longji terrace - 03.JPG|thumb|Plantação de [[arroz]] em Longsheng, [[Guangxi]].]]

A China ocupa posição 29 no ranking no [[Índice de Competitividade Global]].<ref>{{citar web |url=http://www.weforum.org/pdf/GCR09/GCR20092010fullreport.pdf |título=The Global Competitiveness Report 2009-2010 |editor=[[Fórum Econômico Mundial]] |data=2009-2010 |acessodata=24 de setembro de 2009}}</ref> Quarenta e seis empresas chinesas entraram na lista da ''[[Fortune Global 500]]'' em 2010.<ref>{{citar web |url=http://money.cnn.com/magazines/fortune/global500/2010/countries/China.html |título=Global 500 |data=2010 |editor=[[CNN]].com. |acessodata=27 de julho de 2010}}</ref> Utilizando o cálculo de capitalização de mercado, quatro das dez empresas mais valiosas do mundo são chinesas. Algumas delas incluem a primeira no ranking mundial [[PetroChina Company]] (empresa de petróleo mais valiosa do mundo), terceiro no ranking [[Banco Industrial e Comercial da China]] (banco mais valioso do mundo), quinto no ranking [[China Mobile]] (empresa de telecomunicações mais valiosa do mundo) e sétima no ranking [[China Construction Bank]].<ref>{{citar web |url=http://media.ft.com/cms/27fa616e-6c76-11de-a6e6-00144feabdc0.pdf |título=Global 500 2009 |editor=[[Financial Times]] |data=2009 |acessodata=12 de agosto de 2009}}</ref>

Apesar do progresso significativo dos últimos anos, existem grandes obstáculos para o crescimento chinês a longo prazo. A significativa piora da [[distribuição de renda]] é apenas um dos fatores negativos para o desenvolvimento social, com um [[coeficiente de Gini]] em 41,1 e cada vez maior.<ref>{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20070717023111/http://hdr.undp.org/hdr2006/statistics/countries/data_sheets/cty_ds_CHN.html |título=Human development reports 2006 |editor=[[PNUD]] |data=2006 |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref> Outro grande problema é o [[direito previdenciário]] que, com a política do filho único e aumento da expectativa de vida, apresenta desequilíbrios no fluxo de caixa, sendo cada vez menor a relação entre trabalhadores contribuintes por aposentado. Cerca de 21% da população tem 14 anos ou menos de idade e 8% tem mais de 65 anos. Outro aspecto é a diferença de [[desenvolvimento econômico]] entre as áreas costeiras (urbanas), nordeste e leste da China e o seu interior, principalmente no sul e oeste, ainda predominantemente agrário e de baixa renda, exacerbada com a liberação do mercado, pois os investidores preferem investir em áreas com melhor infraestrutura e trabalhadores mais qualificados.<ref>{{citar web |url=http://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/Publicacoes/REN-Numeros_Publicados/docs/ren2005_v36_n4_a3.pdf |título=Disparidades Regionais na China: do planejamento Central do PCC à globalização |editor=Banco do Nordeste |data=2005 |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref>

== Infraestrutura ==

=== Educação ===

[[Imagem:TsinghuaUniversitypic1.jpg|thumb|direita|Campus e auditório da [[Universidade de Tsinghua]], em [[Pequim]], uma [[universidade]] muito bem avaliada na [[China continental]].]]

Em 1986, o país estabeleceu a meta de longo prazo de fornecer [[educação básica]] obrigatória de nove anos para cada criança. Em 2007, havia 396.567 [[Escola primária|escolas primárias]], 94.116 [[Ensino secundário|escolas secundárias]] e 2.236 instituições de [[ensino superior]] na República Popular da China.<ref>[http://caedu.yzu.edu.cn/en/Article_show.asp?ID=55 Factbox: Education in China] (2008). China-Arab Education Information Network. Acessado em 12 de janeiro de 2013.</ref> Em fevereiro de 2006, o governo avançou sua meta de educação básica se comprometendo a fornecer educação de nove anos completamente de graça, incluindo livros didáticos e taxas.<ref>[http://en.ce.cn/National/Rural/200602/21/t20060221_6154334.shtml China pledges free 9-year education in rural west] (21 de fevereiro de 2006). China Economic Net.</ref> Portanto, o sistema de ensino atual na China, introduziu a [[educação obrigatória]] e gratuita para todos os [[cidadãos]] chineses, com [[ensino fundamental]] com duração de 9 anos (6-15) e quase todas as crianças nas áreas urbanas continuam seus três anos do [[ensino médio]]. Muitos pais estão profundamente comprometidos com a educação de seus filhos, muitas vezes, investindo grande parte da renda da família na educação. Aulas particulares e atividades recreativas, como em línguas estrangeiras ou música, são populares entre as famílias de [[classe média]] que podem pagar por esses serviços.<ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/3693714.stm "China's graft: Tough talk, old message" by Mary Hennock]. [[BBC News]] (27 de setembro de 2004). Acessado em 2 de abril de 2006.</ref>

Em 2007, 93,3% da população acima de 15 anos de idade era alfabetizada.<ref name="pop"/> A [[taxa de alfabetização]] da juventude chinesa (idade 15-24) foi de 98,9% (99,2% para o sexo masculino e 98,5% feminino), em 2000.<ref>{{Citar web|url=http://portal.unesco.org/education/en/file_download.php/b44872c5f2dfd9c825236194562a2b7fRoss_China.doc|título = Where And Who Are The World’s Illiterates: China|acessodata = 14 de julho de 2009|publicado = [[UNESCO]]}}</ref> Em março de 2007, a China anunciou a decisão de tornar a educação uma "prioridade estratégica nacional", o [[orçamento]] central das bolsas nacionais será triplicado em dois anos e 223,5 bilhões de [[yuan]]s (28,65 bilhões de dólares) de um financiamento adicional será atribuído pelo governo central nos próximos cinco anos, para melhorar o ensino obrigatório nas zonas rurais.<ref>[http://news.xinhuanet.com/english/2007-03/05/content_5800996.htm Premier Wen announces hefty educational investment]. ''[[Xinhuanet]]'' (2007). Acessado em 6 de março de 2007.</ref>

A qualidade das faculdades e universidades varia consideravelmente em todo o país. As cinco melhores universidades classificadas na [[China continental]] são a [[Universidade de Tsinghua]], a [[Universidade de Pequim]], a [[Universidade de Nanquim]], a [[Universidade Fudan]] e a [[Universidade de Ciência e Tecnologia da China]].<ref>[http://rank2003.netbig.com/en/rnk_1_0_0.htm All-around Ranking] (2003). Acessado em 17 de abril de 2006.</ref>

=== Saúde ===

[[Imagem:泰达国际心血管病医院 TEDA International Cardiovascular Hosipital.jpg|thumb|esquerda|Hospital Internacional Cardiovascular TEDA, em [[Tianjin]].]]

O Ministério da Saúde, juntamente com os gabinetes provinciais de saúde, supervisiona as necessidades médicas da população chinesa.<ref name="Ref_abcr">{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20070614192847/http://www.casy.org/Chindoc/mohprofile.htm |título=China AIDS Survey at Yahoo |acessodata=18 de abril de 2006}}</ref> A ênfase na [[saúde pública]] e na [[medicina preventiva]] tem caracterizado a política de saúde do país desde 1950. Naquela época, o Partido Comunista começou a Campanha de Saúde Patriótica, que visava a melhoria do [[saneamento básico]] e da [[higiene]], além do tratamento e prevenção de diversas patologias. Doenças como [[cólera]], [[febre tifoide]] e [[escarlatina]], que anteriormente eram frequentes por toda a China, quase foram erradicadas pela campanha. Depois que [[Deng Xiaoping]] começou a implantação de reformas econômicas em 1978, a saúde pública melhorou rapidamente devido a melhor [[nutrição]] da população, apesar de muitos dos serviços gratuitos de saúde prestados no campo terem desaparecido junto com as [[Comuna popular (China)|comunas populares]]. O sistema de saúde chinês tornou-se na maior parte privatizado e experimentou um aumento significativo na qualidade. A [[expectativa de vida]] nacional ao nascer subiu de cerca de 35 anos em 1949 para 73,18 anos em 2008<ref name="Ref_abcs">{{cite web|url=http://www.globalgeografia.it/temi/Population%20Growth%20in%20China.pdf |title=Population Growth in China : The Basic Characteristics of China's Demographic Transition |format=PDF |accessdate=1 de novembro de  2011}}</ref><ref name="Ref_abct">[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ch.html "China"]. CIA World Factbook, 16 de maio de 2008</ref> e a [[mortalidade infantil]] caiu de 300 por mil em 1950 para cerca de 23 por mil em 2006.<ref name=autogenerated2>[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ch.html CIA World Factbook]. 20 de abril de 2006. Acessado em 3 de maio de 2006.</ref><ref name="Ref_abcu">[http://www.china.org.cn/english/19012.htm China’s Infant Mortality Rate Down]. CHINA.ORG.CN, 11 de setembro de 2001. Acessado em 3 de maio de 2006.</ref> A [[desnutrição]] atingia 12% da população em 2002, de acordo com fontes da [[Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação|FAO]], das [[Nações Unidas]].<ref name="Ref_abcv">{{cite web|url= http://www.fao.org/ag/agn/nutrition/cpr-e.stm|title= Nutrition country profiles: China summary|accessdate=22 de julho de 2007 |archiveurl = http://web.archive.org/web/20070915190801/http://www.fao.org/ag/agn/nutrition/cpr-e.stm |archivedate = 15 de setembro de 2007}}</ref> Em 2009, o governo começou uma iniciativa de grande escala para prestar cuidados médico no valor de 124 bilhões de dólares e que se espera possa vir a atingir 90% da população da China.<ref>{{cite web|url=http://www.latimes.com/news/nationworld/nation/la-na-global-health-reform-20120512,0,4695600.story|author=Noam N. Levey|work=[[Los Angeles Times]]|title=Global push to guarantee health coverage leaves U.S. behind|date= 12 de maio de 2012|accessdate=15 de maio de 2012}}</ref>

Em 2012, a expectativa de vida média ao nascer da China era de 74,8 anos<ref>{{cite web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2102rank.html|title=Country Comparison: Life Expectancy at Birth|publisher=CIA|year=2012|accessdate=7 de junho de 2012}}</ref> e sua taxa de mortalidade infantil era de 15,6 por mil nascimentos.<ref>{{cite web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2091rank.html|title=Country Comparison: Infant Mortality Rate|publisher=CIA|year=2012|accessdate=7 de junho de 2012}}</ref> Apesar dos significativos avanços na saúde e na construção de avançadas instalações médicas, o país tem vários problemas emergentes de saúde pública, como [[doenças respiratórias]] causadas pela [[poluição do ar]] generalizada<ref name = "FT-china-pollution">{{cite web|url= http://www.ft.com/cms/s/8f40e248-28c7-11dc-af78-000b5df10621.html|title= 750,000 a year killed by Chinese pollution|accessdate=22 de julho de 2007 |work=Financial Times |date= 2 de julho de 2007|author=McGregor, Richard}}</ref> e centenas de milhões de habitantes que são [[Tabagismo|fumantes de cigarros]],<ref name="Ref_abcw">[http://www.hcc.hawaii.edu/~pine/Phil110/chinasmoking.html "Smoking 'will kill one third of young Chinese men'"]. 16 de agosto de 2001. Honolulu Community College. Acessado em 17 de abril de 2006.</ref><ref name="Ref_abcx">[http://www.nytimes.com/2010/06/11/world/asia/11iht-letter.html "China's Tobacco Industry Wields Huge Power"] artigo de Didi Kirsten Tatlow no ''[[The New York Times]]'' de 10 de junho de 2010. Acessado em 10 de janeiro de 2013.</ref> uma possível [[epidemia]] de [[HIV]]/[[AIDS]] no futuro e o aumento da [[obesidade]] entre os jovens urbanos.<ref name="Ref_abcy">[http://www.cnn.com/SPECIALS/1999/china.50/dispatches/09.23.health/ "Serving the people?"]. 1999. Bruce Kennedy. CNN. Acessado em 17 de abril de 2006.</ref><ref name="Ref_abcz">[http://english.people.com.cn/english/200008/04/eng20000804_47271.html "Obesity Sickening China's Young Hearts"]. 4 de agosto de 2000. ''People's Daily''. Acessado em 17 de abril de 2006.</ref> A grande população do país e suas cidades densamente povoadas levaram a surtos de doenças graves nos últimos anos, como o de [[SARS]] em 2003, embora este tenha sido contido com sucesso.<ref name="Ref_abcda">[http://www.who.int/csr/don/2004_05_18a/en/index.html "China’s latest SARS outbreak has been contained, but biosafety concerns remain"]. 18 de maio de 2004. [[Organização Mundial da Saúde]]. Acessado em 17 de abril de 2006.</ref>

Estima-se que cerca de {{fmtn|760000}} pessoas morrem anualmente na China por causa da [[poluição ambiental]] (além do [[tabagismo]]), principalmente a partir da poluição do ar e da água (incluindo a [[Qualidade do ar interior|poluição do ar interior]]).<ref name="Ref_abcdb">{{cite web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/6265098.stm |title=China 'buried smog death finding' |publisher=BBC News |date=3 de julho de 2007 |accessdate=1 de novembro de 2011}}</ref> Em 2007, a China ultrapassou os [[Estados Unidos]] como o maior emissor mundial de [[dióxido de carbono]].<ref name="Ref_abcdc">{{cite web|author=John Vidal and David Adam |url=http://www.guardian.co.uk/environment/2007/jun/19/china.usnews |title=China overtakes US as world's biggest CO2 emitter |work=The Guardian |location=London |date= 19 de junho de 2007|accessdate=1 de novembro de 2011 }}</ref> Cerca de 90% das cidades chinesas sofrem com algum grau de [[poluição da água]]<ref name="Ref_abcdd">{{cite web|url=http://www.chinadaily.com.cn/english/doc/2005-06/07/content_449451.htm |title=China says water pollution so severe that cities could lack safe supplies |work=China Daily  |date=7 de junho de 2005 |accessdate=1 de novembro de 2011}}</ref> e quase 500 milhões de pessoas não tinham acesso à água potável em 2005.<ref name="Ref_abcde">{{cite web|last=Kahn |first=Joseph |url=http://www.nytimes.com/2007/08/26/world/asia/26china.html |title=As China Roars, Pollution Reaches Deadly Extremes |location=China |work=The New York Times |date=26 de agosto de 2007 |accessdate=1 de novembro de 2011}}</ref> Relatórios do [[Banco Mundial]] e do [[New York Times]] indicaram a poluição industrial, particularmente do ar, como um perigo significativo à saúde da população do país.<ref name="Ref_1900">{{cite web| title=Air Pollution in Yixian | url=http://7ride.com/rides/cycling-china-2009/day-6-fangshan-to-yixian.aspx | work=Air Pollution in Yixian | date=16 de setembro de 2009 | accessdate=25 de maio de 2010}}</ref>

=== Telecomunicações ===
[[Imagem:Cctv 2009.jpg|thumb|direita|[[sede da Televisão Central da China|Nova sede]] da [[Televisão Central da China]], em [[Pequim]].]]

A China tem atualmente a maioria dos usuários de [[celular]]es no mundo, com mais de 800 milhões de usuários em julho de 2010.<ref>{{Citar web|url=http://www.digitimes.com/news/a20100928VL201.html |título=China August mobile phone users top 823&nbsp;million |obra=People's Daily |data= |acessodata=28 de setembro de 2010}}</ref> O país também tem o maior número de usuários de [[internet]] e [[banda larga]] no mundo.<ref>{{Cite web|url=http://www.nytimes.com/2008/07/26/business/worldbusiness/26internet.html |title=China Surpasses US in Number of Internet Users |publisher=NY times |date= 26 de julho de 2008|accessdate=26 de julho de 2008 | first=David | last=Barboza}}</ref>

A [[China Telecom]] e a [[China Unicom]], dois grandes prestadores de serviços de [[banda larga]], são responsáveis por 20% dos assinantes de banda larga global, enquanto os dez maiores fornecedores de serviços de banda larga do mundo, respondem juntos por 39% dos clientes de banda larga do planeta. A China Telecom tem mais de 55 milhões de assinantes de banda larga e a China Unicom, tem mais de 40 milhões, enquanto o terceiro maior fornecedor, a [[Nippon Telegraph and Telephone|NTT]], possui menos de 18 milhões de assinantes. O espaço entre os dois grandes  prestadores de banda larga chineses e os prestadores do resto do mundo, continuará a crescer rapidamente, visto que os outros dez maiores provedores de banda larga operam em mercados desenvolvidos, com elevados níveis de penetração da banda larga e com rápida desaceleração do crescimento de assinantes.<ref>{{citar web |url=http://www.telegeography.com/cu/article.php?article_id=33858 |título=Broadband provider rankings: The Rise and Rise of China |editor=TeleGeography |data=28 de julho de 2010 |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref>

=== Transportes ===

[[Ficheiro:Map of NTHS Expressways of China.png|thumb|esquerda|Mapa do Sistema Nacional de [[Autoestrada]]s da China:<br>{{colorbox|#3E22A4}} Em operação<br>{{colorbox|#FB0C24}} Em construção/planejado.]]

O transporte na parte continental da República Popular da China melhorou significativamente desde a década de 1990 como parte de um esforço do governo para vincular toda a nação através de uma série de vias expressas. O comprimento total da rede de [[autoestrada]]s era de {{fmtn|65000}} km no final de 2009, a segunda maior rede do mundo, perdendo apenas para os [[Estados Unidos]].<ref>{{Citar web|url=http://www.sourcejuice.com/1295980/2010/01/15/China-total-mileage-expressways-open-traffic-reached-65-000/ |título=China's total mileage of expressways open to traffic reached 65,000 kilometers |publicado=English.peopledaily.com.cn |data=15 de janeiro de 2010 |acessodata=14 de julho de 2010}}</ref> A posse de um [[automóvel]] privado está aumentando a uma taxa anual superior a 30%. A venda de automóveis começou a aumentar rapidamente após a [[Crise econômica de 2008-2009|crise financeira em 2009]]. Cerca de 18,06 milhões de veículos foram vendidos na China em 2010, uma expansão de 33% em relação a 2009 com 13,8 milhões.<ref>{{Citar web |url=http://carros.ig.com.br/noticias/china+ultrapassa+18+milhoes+de+veiculos+vendidos/2281.html/ |título=China ultrapassa 18 milhões de veículos vendidos |acessodata=14 de maio de 2010 |data=8 de janeiro de 2010}}</ref> Os analistas preveem que as vendas anuais de veículos no país possa subir para 40 milhões em 2020.<ref>[http://uk.reuters.com/article/2012/04/23/uk-autoshow-idUKBRE83M0NQ20120423 "China premium car sector remains bright spot"]. [[Reuters]], 23 de abril de 2012. Acessado em 24 de abril de 2012.</ref> Um efeito colateral do rápido crescimento da rede de estradas chinesa é que tem havido um aumento significativo nos acidentes de trânsito, causados pela má aplicação de leis de tráfego; apenas em 2011, cerca de 62 mil chineses morreram em acidentes rodoviários.<ref>{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-china-19383337|title=Chinese bus collides with tanker, killing 36|publisher=BBC|date=26 de agosto de 2012|accessdate=28 de agosto de 2012}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-20927269|title=China suspends tough new traffic penalties|publisher=BBC|date=6 de janeiro de 2013|accessdate=6 de janeiro de 2013}}</ref>

A China também possui a maior rede ferroviária de [[Trem de alta velocidade|alta velocidade]] do mundo, com mais de {{fmtn|9676}} km de linhas em serviço.<ref>{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-china-20842836|title=China opens world's longest high-speed rail route|publisher=BBC|date=26 de dezembro de 2012|accessdate=26 de dezembro de 2012}}</ref> Destes, {{fmtn|3515}} km servem trens com velocidade máxima de 300&nbsp;km/h.<ref>{{cite web|url=http://www.dailymail.co.uk/news/article-1357455/Japans-bullet-train-speed-310-mph.html?ITO=1490 |title=Japan's bullet train will have a top speed of 310 mph |work=Daily Mail |location=London |date=16 de fevereiro de 2011 |accessdate=1 de novembro de 2011 }}</ref> Em 2011, a China produziu seus primeiros trens de alta velocidade construídos inteiramente sem assistência estrangeira.<ref name=HS2011>[http://www.ft.com/cms/s/0/dcf63854-306e-11e1-b96f-00144feabdc0.html#axzz1iM5tUVzI "China pushes ahead with high-speed rail"]. ''[[Financial Times]]'', 27 de dezembro de 2011. Acessado em 3 de janeiro de 2012.</ref> O país pretende operar cerca de {{fmtn|16000}} km de linhas ferroviárias de alta velocidade até 2020.<ref name=AFPviaRaw>[http://www.rawstory.com/rs/2011/07/24/china-boasts-biggest-high-speed-rail-network/ "China boasts biggest high-speed rail network"]. [[Agence France-Presse]] via The Raw Story, 24 de julho de 2011. Retrieved 24 de abril de 2012.</ref>

[[Ficheiro:A maglev train coming out, Pudong International Airport, Shanghai.jpg|thumb|direita|[[Transrapid de Xangai]]. A China tem o maior sistema [[Comboio de alta velocidade|ferroviário de alta velocidade]] em todo o mundo, com mais de 6.500 km de linhas em serviço.]]

Em 2012, a China foi o maior construtor mundial de novos [[aeroporto]]s e o governo chinês começou um projeto de cinco anos e de 250 bilhões de dólares para expandir e modernizar o [[transporte aéreo]] doméstico.<ref>{{cite web|url=http://www.npr.org/2012/05/19/152945291/chinas-new-plan-a-great-leap-into-the-air|title=China's New Plan: A Great Leap Into The Air|publisher=NPR|date=19 de maio de 2012}}</ref> No entanto, o transporte de longa distância continua a ser dominado por ferrovias e sistemas de ônibus fretados. As ferrovias são o suporte vital do país, são monopolizadas pelo Estado e divididas em vários gabinetes ferroviários em diferentes regiões. Devido à grande demanda, o sistema está regularmente sujeito a superlotação, especialmente durante os períodos de férias, como durante o [[Ano Novo Chinês]]. A rede ferroviária chinesa transportou cerca de 1,68 bilhões de passageiros apenas em 2010. Em áreas urbanas, as [[bicicleta]]s continuam a ser um modo muito comum de transportes, apesar do aumento da prevalência de automóveis - em 2012 existiam cerca de 470 milhões de bicicletas na China.<ref name=AFPviaRaw/>

Os sistemas de [[metrô]] também estão em rápido desenvolvimento nas grandes cidades chinesas, sob a forma de redes de sistemas de trens subterrâneos ou [[VLT]]s. [[Hong Kong]] tem um dos mais desenvolvidos sistemas de [[transporte público]] do mundo, enquanto que [[Xangai]] tem [[Transrapid de Xangai|uma linha ferroviária maglev de alta velocidade]] que liga a cidade ao seu principal aeroporto internacional, o [[Aeroporto Internacional de Pudong]]. A China está ainda a desenvolver o seu próprio [[sistema de navegação por satélite]], chamado [[Beidou]], que começou a oferecer serviços de navegação comerciais em toda a Ásia em 2012<ref name=CustomersDec2012>{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/news/technology-20852150|title=China's Beidou GPS-substitute opens to public in Asia|publisher=BBC|date=27 de dezembro de 2012|accessdate=27 de dezembro de 2012}}</ref> e está planejado para oferecer uma cobertura global até 2020.<ref>[http://europe.chinadaily.com.cn/epaper/2012-04/27/content_15159105_3.htm "The final frontier"]. ''China Daily''. 27 de abril de 2012.</ref>
{{panorama|Panorama_Yangshan.jpg|1100px|[[Porto de Xangai]], em uma ilha da [[Baía de Hangzhou]], se tornou o mais movimentado do mundo em 2010}}

=== Energia ===
[[Imagem:ThreeGorgesDam-China2009.jpg|thumb|direita|[[Hidrelétrica de Três Gargantas]], a maior barragem do mundo.]]

A economia da China é altamente deficiente no que diz respeito ao aproveitamento. O país gasta de 20% a 100% de energia adicional em comparação com países da [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico|OCDE]] para os mesmos processos industriais. A China é o maior consumidor de energia do mundo,<ref>{{Citar web |url=http://online.wsj.com/article/SB10001424052748703720504575376712353150310.html?mod=djemalertNEWS|título = China Becomes World's Biggest Energy Consumer|data=19 de julho de 2010|obra = [[Wall Street Journal]] |acessodata = 19 de julho de 2010 | autor = Swartz, Spencer e Oster, Shai}}</ref> mas depende do [[carvão]] para fornecer 70% das suas necessidades energéticas.<ref>{{Citar web|url=http://web.archive.org/web/20080617043523/http://www.ecoworld.com/home/articles2.cfm?tid=450 |título = China’s Coal|autor = Feller, Gordon|publicado = ECOworld|acessodata = 19-7-2010}}</ref> Tudo isso aliado a uma regulamentação ambiental deficiente, tem como consequência a grave e maciça poluição do ar e da água (a China tem 20 das 30 cidades mais poluídas do mundo). Por conseguinte, o governo prometeu aumentar a utilização de [[energias renováveis]], estabelecendo a meta de atingir 10% do consumo total de energia até 2010 e 30% em 2050.<ref>{{Citar web |url=http://www.reuters.com/article/pressRelease/idUS39879+12-Mar-2008+BW20080312|título = China have set a Renewable Energy Target of 10% of Electric Power Capacity by 2010|data=11 de março de 2008|obra = [[Reuters]]|acessodata = 19 de julho de 2010}}</ref>

=== Ciência e tecnologia ===

==== Histórico ====
A China foi um dos líderes mundiais em [[ciência e tecnologia]] até a [[Dinastia Ming]]. Antigas descobertas e invenções chinesas, como a fabricação do [[papel]], a [[impressão]], a [[bússola]] e a [[pólvora]] (as Quatro Grandes Invenções), contribuíram para o desenvolvimento econômico de toda a [[Ásia]] e [[Europa]]. No entanto, a atividade científica chinesa entrou em um declínio prolongado no século XIV. Ao contrário dos cientistas europeus da [[Revolução Científica]], os pensadores chineses medievais não tentaram reduzir as observações da natureza às leis matemáticas e não formaram uma comunidade acadêmica que oferecia a [[revisão por pares]] e a pesquisa progressiva. Houve um aumento da concentração sobre a literatura, as artes, a administração pública, enquanto a ciência e a tecnologia eram vistas como triviais ou restritas a um número limitado de aplicações práticas. As causas desta [[Grande Divergência]] continuam a ser discutidas.<ref name=LOC>Donald D. DeGlopper (1987). [http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/cntoc.html ''A Country Study: China''. Chapter 9 – Science and Technology]. [[Biblioteca do Congresso]]. Acessado em 9 de abril de 2012.</ref>

Depois de repetidas derrotas militares para as [[Mundo ocidental|nações ocidentais]] no século XIX, os reformadores chineses começaram a promoção da ciência e da tecnologia modernas, como parte do movimento de auto-fortalecimento. Após a vitória [[Partido Comunista da China|comunista]] na [[Guerra Civil Chinesa]] em 1949, foram feitos esforços para organizar a ciência e a tecnologia baseando-se no modelo da [[União Soviética]]. No entanto, a [[Revolução Cultural]] (1966-1976) de [[Mao Tsé-Tung]] teve um efeito catastrófico na pesquisa chinesa, já que acadêmicos foram perseguidos e a formação de cientistas e engenheiros foi severamente restringida por quase uma década. Após a morte de Mao em 1976, a ciência e a tecnologia se estabeleceram como uma das [[Quatro Modernizações]] e o sistema acadêmico de inspiração soviética foi gradualmente reformado.<ref name=LOC/>

==== Era moderna ====
{{Mais informações|Programa espacial chinês}}
[[Ficheiro:The Launch of Long March 3B Rocket.jpg|thumb|Lançamento do foguete Longa Marcha 3B, no [[Centro Espacial de Xichang]].]]
Desde o fim da Revolução Cultural, o país se tornou um dos líderes mundiais em poderes tecnológicos,<ref>[http://www.greenbiz.com/blog/2010/12/07/7-technologies-where-china-has-us-beat "7 Technologies Where China Has the U.S. Beat"]. GreenBiz.com. 7 de dezembro de 2010. Acessado em 30 de agosto de 2012.</ref> gastando cerca mais de 100 bilhões de dólares em [[pesquisa e desenvolvimento]] apenas em 2011.<ref>[http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-12885271 "China 'to overtake US on science' in two years"]. BBC News, 28 de março de 2011. Acessado em 26 de abril de 2012.</ref> A ciência e a tecnologia são vistas como vitais para a realização da coesão econômica e dos objetivos políticos do país, além de serem consideradas uma fonte de orgulho nacional a um grau às vezes descrito como "tecno-nacionalista".<ref name=TeNat>David Kang and Adam Segal, [http://www.feer.com/articles1/2006/0603/free/p005.html "The Siren Song of Technonationalism"]. ''Far Eastern Economic Review''. Março de  2006.</ref> Quase todos os membros do Comitê Permanente do [[Politburo]] do PCC têm cursos de engenharia.<ref name=Battelle2011>[http://www.battelle.org/aboutus/rd/2011.pdf "2011 Global R&D Funding Forecast"]. Battelle.org. 2011. Acessado em 9 de abril de 2012.</ref>

A China está rapidamente desenvolvendo seu sistema de ensino, com ênfase na [[ciência]], [[matemática]] e [[engenharia]]. Em 2009, o país  produziu mais de 10 mil [[Doutorado em filosofia|Ph.D.]]s graduados em engenharia e cerca de 500 mil [[Bachelor of Science|BSc]]s graduados, mais do que qualquer outro país.<ref>[http://money.cnn.com/2010/07/29/news/international/china_engineering_grads.fortune/index.htm "Desperately seeking math and science majors"]. CNN, 29 de julho de 2009. Acessado em 9 de abril de 2012.</ref> O país é também o segundo que mais publica trabalhos científicos no mundo, produzindo 121.500 só em 2010, incluindo 5.200 nos principais [[Revista científica|periódicos científicos]] internacionais.<ref>[http://news.xinhuanet.com/english2010/china/2011-12/02/c_131284862.htm "China publishes the second most scientific papers in international journals in 2010: report"]. Xinhua, 2 de dezembro de 2011. Acessado em 25 de abril de 2012.</ref> Empresas de tecnologia chinesas, como a [[Huawei]] e a [[Lenovo]], se tornaram líderes mundiais em telecomunicações e computação pessoal,<ref>{{citar web|url=http://www.economist.com/node/21559922|titulo= Who’s afraid of Huawei?|obra=[[The Economist]]|data=4 de agosto de 2012|acessodata=11 de agosto de 2012}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.nst.com.my/latest/shares-in-china-s-lenovo-rise-on-profit-surge-1.126374#|title=Shares in China's Lenovo rise on profit surge|work=[[New Straits Times]]|date=17 de agosto de 2012}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/news/business-19906119|titulo=Lenovo ousts HP as world's top PC maker, says Gartner|editor=BBC|data=11 de outubro de 2012}}</ref> e os [[supercomputador]]es chineses são consistentemente classificados [[TOP500|entre os mais poderosos do mundo]].<ref>{{citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/technology/news/9672501/Titan-supercomputer-is-worlds-most-powerful.html|titulo='Titan' supercomputer is world's most powerful|obra=[[The Daily Telegraph]]|data=12 de novembro de  2012|acessodata=13 de novembro de 2012}}</ref> A China é ainda o maior investidor mundial em tecnologia de [[energias renováveis]].<ref name=ChinaLeadingEnergy/>

O [[programa espacial chinês]] é um dos mais ativos no mundo e é um grande orgulho nacional.<ref>{{citar web|url=http://www.wired.com/dangerroom/2012/04/china-rocket-launches/|titulo=China Now Tops U.S. in Space Launches|obra=[[Wired Magazine|Wired]]|data=16 de abril de 2012|acessodata=24 de outubro de 2012}}</ref><ref>David Eimer, [http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/china/8872196/Chinas-huge-leap-forward-into-space-threatens-US-ascendancy-over-heavens.html "China's huge leap forward into space threatens US ascendancy over heavens"]. ''The Telegraph''. 5 de novembro de 2011.</ref> Em 1970, a China lançou seu primeiro satélite, o Dong Fang Hong I. Em 2003, o país se tornou o terceiro a independentemente enviar seres humanos ao espaço, com o taikonauta [[Yang Liwei]] a bordo da [[Shenzhou 5]]. Em setembro de 2012, oito cidadãos chineses viajaram para o espaço. Em 2008, a China realizou sua primeira [[caminhada espacial]] durante a missão [[Shenzhou 7]]. Em 2011, o primeiro módulo da estação espacial chinesa, Tiangong-1, foi lançado, marcando o primeiro passo de um projeto para montar uma grande estação tripulada em 2020.<ref>{{citar web |url=http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-15112760|título="Rocket launches Chinese space lab"|editor=BBC|data=29 de setembro de 2011|acessodata=20 de maio de 2012}}</ref> O Programa de Exploração Lunar Chinês inclui uma missão de exploração em 2013 e, possivelmente, um [[Alunissagem|pouso lunar]] tripulado em 2025.<ref>{{citar web|url=http://www.sen.com/news/china-chang-e-3-lunar-probe.html|título=China to launch lunar rover in 2013|editor=Sen.com|data=3 de agosto de 2012|acessodata=1 de setembro de 2012}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.guardian.co.uk/world/2010/sep/20/china-could-make-moon-landing-by-2025|título="China could make moon landing in 2025" |editor=''[[The Guardian]]''|data=20 de setembro de 2010|acessodata=17 de outubro de 2011}}</ref> A experiência adquirida com o programa lunar poderá ser utilizada para futuros programas, tais como a [[exploração de Marte]] e de [[Exploração de Vênus|Vênus]].<ref>LOUISE WATT, [http://abcnews.go.com/Technology/wireStory?id=14043200#.T3pzd6vmN3k China's Space Program Shoots for Moon, Mars, Venus], [[Associated Press]], 11 de julho de 2011.</ref> No entanto, alguns analistas estrangeiros têm acusado a China de secretamente usar suas missões espaciais civis para fins militares, como o lançamento de satélites de vigilância.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/news/technology-19509641|título=Questions over Chinese satellites 'to monitor sea'|editor=BBC|data=6 de setembro de 2012}}</ref>

== Cultura ==
{{Artigo principal|Cultura da China}}
{{Mais informações|Arquitetura chinesa|Arte da China|Culinária da China|Mitologia chinesa}}
{{Vertambém|Cultura de Hong Kong|Cultura de Macau}}

[[Ficheiro:Confuciusstatue.jpg|thumb|esquerda|upright|Estátua de [[Confúcio]] em [[Xangai]].]]

Desde os tempos antigos, a [[cultura chinesa]] foi fortemente influenciada pelo [[confucionismo]] e por filosofias conservadoras. Durante grande parte da era dinástica do país, oportunidades de progresso social podiam ser alcançadas através de um alto desempenho nos prestigiosos [[exames imperiais]], que foram instituídos em 605 d.C. para ajudar o Imperador a selecionar os burocratas mais hábeis. A ênfase literária dos exames afetou a percepção geral de refinamento cultural da nação, como a crença de que a [[Caligrafia chinesa|caligrafia]] e a [[Pintura da China|pintura]] literata eram formas superiores de [[Arte da China|arte]] do que a dança ou o teatro. A cultura chinesa há muito enfatiza um profundo senso histórico e uma forte perspectiva nacional introspectiva.<ref name=ChinaFuture>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/news/magazine-19995218|título=A Point Of View: What kind of superpower could China be?|editor=BBC|data=19 de outubro de 2012|acessodata=21 de outubro de 2012}}</ref>

Várias linhas de pensamento mais autoritárias e [[Racionalismo|racionais]] também foram influentes, sendo o [[Legalismo (filosofia chinesa)|legalismo]] um exemplo proeminente. Durante muitas ocasiões houve conflito entre essas filosofias - por exemplo, a [[Individualismo|individualista]] e neo-confucionista [[dinastia Song]] acreditava que o legalismo afastava-se do espírito original do confucionismo. Os exames e a [[Meritocracia|cultura do mérito]] ainda permanecem muito valorizados na China atual. Nos últimos anos, vários neo-confucionistas alegaram que os modernos [[Democracia|ideais democráticos]] e os [[direitos humanos]] são compatíveis com os valores confucionistas tradicionais.<ref name="Ref_abcdee">{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20050311041507/http://www.columbia.edu/cu/ccba/cear/issues/fall97/graphics/special/debary/debary.htm |título=Constructive Engagement with Asian Values |autor=Bary, Theodore de |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref>

[[Ficheiro:Fearther03.jpg|thumb|direita|Um espetáculo de [[ópera chinesa]] (''[[ópera de Pequim]]'') em [[Pequim]].]]
[[Ficheiro:Neun-Drachen-Mauer.jpg|thumb|direita|Muro dos Nove Dragões, na [[Cidade Proibida]]. O [[dragão chinês]] era um símbolo reservado ao [[Imperador da China]] ou às famílias de alto nível imperial durante a [[dinastia Qing]].]]

Os primeiros líderes da República Popular da China (RPC) nasceram na ordem imperial tradicional, mas foram influenciados pelo [[Movimento de Quatro de Maio]] e pelos ideais reformistas. Eles tentaram mudar alguns aspectos tradicionais da cultura chinesa, como a posse da terra rural, o [[sexismo]] e o sistema educacional confucionista, preservando outros, como a estrutura familiar e a cultura de obediência ao [[Estado]].<ref name="Comunismo e Cultura">{{citar web |url=http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/edicoes/56/artigo210224-1.asp |título=China: um comunismo reinventado |editor=Revista Filosofia |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref>

Alguns analistas veem o período após o estabelecimento da RPC, em 1949, como uma continuação da história dinástica tradicional chinesa, enquanto outros afirmam que o governo do Partido Comunista danificou os fundamentos da cultura chinesa, especialmente através de movimentos políticos, como a [[Revolução Cultural Chinesa|Revolução Cultural]] dos anos 1960, onde muitos aspectos da cultura tradicional foram destruídos, tendo sido denunciados como "regressivos e prejudiciais" ou "vestígios do [[feudalismo]]". Muitas características importantes da moral e da cultura tradicional do país, como o confucionismo, a arte, a [[Literatura da China|literatura]] e as artes cênicas, como a [[Ópera de Pequim]], foram alterados conforme as políticas do governo e a [[propaganda]] da época.<ref name="Comunismo e Cultura"/>

Atualmente, o governo chinês aceita vários elementos da cultura tradicional chinesa como sendo parte integrante da sociedade do país. Com a ascensão do [[nacionalismo]] chinês e o fim da Revolução Cultural, as várias formas de arte tradicional, literatura, [[Música da China|música]], [[Cinema da China|cinema]], moda e [[Arquitetura da China|arquitetura chinesa]] têm experimentado um forte renascimento.<ref name="Ref_abcdef">{{citar web|url=http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+cn0133) |título="China: Traditional arts". Library of Congress – Country Studies |editor=Lcweb2.loc.gov |acessodata=1 de novembro de 2011}}</ref><ref name="Ref_abcdeg">{{citar web|url=http://www.britannica.com/eb/article-258942/China |título=China: Cultural life: The arts |editor=Britannica.com |acessodata=1 de novembro de 2011}}</ref> O [[Mitologia chinesa|folclore]] e a arte em geral também têm despertado o interesse nacional e internacional.<ref name="Ref_abcdeh">{{citar web|url=http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+cn0138) |título=China: Folk and Variety Arts" |obra=Library of Congress – Country Studies |editor=Lcweb2.loc.gov |acessodata=1 de novembro de 2011}}</ref>

Antes do início do comércio marítimo sino-europeu, no século XVI, a China [[medieval]] e a [[Europa Ocidental]] estavam ligadas pela [[Rota da Seda]], que era uma rota-chave de intercâmbio cultural e econômico. Artefatos da história dessa rota, além da história natural do [[deserto de Gobi]], são exibidos no Museu da Rota da Seda em [[Jiuquan]].<ref name="Ref_abcdei">{{citar web|url=http://www.silkroutemuseum.com |título=Museu da Rota da Seda |editor=Museu da Rota da Seda |acessodata=14 de julho de 2009}}</ref>

A [[culinária chinesa]] é altamente diversificada, com base em vários milênios de história. Os imperadores das antigas dinastias chinesas eram conhecidos por promover banquetes com mais de cem pratos servidos em uma mesma ocasião, empregando funcionários da cozinha imperial e inúmeras concubinas para preparar a comida. Tais pratos reais gradualmente se tornaram parte de uma ampla cultura chinesa. O alimento básico é o [[arroz]], mas o país também é conhecido pelos seus pratos com carne. [[Especiaria]]s são endêmicas da culinária do país.<ref name="Kong">{{Citar livro|autor= Kong Foong Ling|título="The Food of Asia"|editor=Tuttle Publishing|data=2002|ISBN=0-7946-0146-4}}</ref>

=== Esportes ===
{{Imagem múltipla
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 | image1    = 2008 Summer Olympics opening ceremony - Fireworks.jpg
 | caption1  = [[Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008|Cerimônia de abertura]] dos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2008]] no [[Estádio Nacional de Pequim]].

 | image2    = Dragon boat racing.jpg
 | caption2  = Corrida de [[Barco Dragão]] em [[Hong Kong]], um esporte popular no país.

}}
{{Vertambém|China nos Jogos Olímpicos}}

A China tem uma das culturas esportivas mais antigas do mundo. Há evidências de que um tipo de [[futebol]] era jogado no país por volta do ano 1000.<ref name="Ref_abcdel">{{citar web|url=http://athleticscholarships.net/history-of-soccer.htm |título=Origins of the Great Game |editor=Athleticscholarships.net |acessodata=1 de novembro de 2011}}</ref> Hoje, alguns dos esportes mais populares no país incluem as [[artes marciais]], o [[basquete]], o futebol, o [[tênis de mesa]], o [[badminton]], a [[natação]] e a [[sinuca]]. Jogos de tabuleiro, como o [[go]] (conhecido como ''weiqi'' na China), [[xiangqi]] e, mais recentemente, o [[xadrez]] também são jogados em nível profissional.<ref>{{citar web|url=http://thestar.com.my/lifestyle/story.asp?file=/2011/9/2/lifeliving/9398979&sec=lifeliving |título="Chinese players dominate at Malaysia open chess championship"]. TheStar.com |data=2 de setembro de 2011 |acessodata=24 de setembro de 2011}}</ref>

A [[aptidão física]] é amplamente enfatizada na cultura chinesa. Exercícios matinais são uma atividade comum, sendo que os cidadãos idosos são incentivados a praticar [[qigong]] e [[tai chi chuan]].<ref>{{citar web|url=http://www.chinaonthebrink.com/content/tai-chi-helps-seniors-live-fuller-lives|título==Tai Chi Helps Seniors Live Fuller Lives|publisher=China On The Brink|acessodata=13 de julho de 2012}}</ref> Os jovens chineses também têm interesse em basquete, especialmente nos centros urbanos. A [[National Basketball Association]] (NBA), dos [[Estados Unidos]], tem um enorme número de seguidores entre a juventude do país, com alguns jogadores de origem chinesa, como [[Yao Ming]].<ref name="Beech2003">{{Citar periódico |url=http://web.archive.org/web/20050121161751/http://www.time.com/time/asia/2003/heroes/yao_ming.html |título=Yao Ming |acessodata=30 de março de 2007 |ultimo=Beech |primeiro=Hannah |obra=Time Magazine | data=28 de abril de 2003}}</ref> [[Academias de ginástica]] estão ganhando popularidade rapidamente no país, com mais de três mil estabelecimentos que atendiam cerca de 3 milhões de clientes ativos nas principais cidades chinesas em 2010.<ref>{{citar web|url=http://chinasportsbiz.com/2011/07/01/huge-potential-of-fitness-market-in-china/|título=China health club market – Huge potential & challenges|editor=China Sports Business|data=1 de julho de 2011|acessodata=31 de julho de 2012}}</ref> Além disso, a China é o lar de vários ciclistas, com uma estimativa de 470 milhões de [[bicicleta]]s em 2012.<ref name=470MBikes>{{citar web|url=http://www.bloomberg.com/news/2012-08-16/bicycle-maker-giant-says-fitness-lifestyle-boosting-china-sales.html|título="Bike-Maker Giant Says Fitness Lifestyle Boosting China Sales"|editora=Bloomberg.com|data=17 de agosto de 2012|acessodata=8 de setembro de 2012}}</ref>

Muitos esportes mais tradicionais também são praticados na China. Corridas de [[Barco Dragão]] ocorrem durante o [[Festival do Barco Dragão]] todos os anos e desde então ganharam popularidade no exterior. Na [[Mongólia Interior]], esportes como a luta mongol e o [[turfe]] são populares. No [[Tibete]], [[tiro com arco]] e [[hipismo]] são parte de festivais tradicionais da cultura local.<ref name="Ref_abcden">Qinfa, Ye. [http://chineseculture.about.com/library/weekly/aa032301a.htm Sports History of China]. About.com. Acessado em 21 de abril de 2006.</ref>

A China participa dos [[Jogos Olímpicos]] desde 1932, apesar de ter apenas participado como República Popular da China a partir de 1952. O país sediou os [[Jogos Olímpicos de Verão de 2008]] em [[Pequim]], onde seus atletas receberam 51 medalhas de ouro – o [[Quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008|maior número de medalhas de ouro]] de todas as nações participantes naquele ano.<ref name="Ref_abcdeo">{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/sport1/hi/olympics/7583735.stm |título="China targets more golds in 2012"]|editor=BBC Sport |data=27 de agosto de 2008|acessodata=27 de novembro de 2011}}</ref> O país também ganhou o maior número de medalhas do que qualquer outra nação durante os [[Jogos Paralímpicos de Verão de 2012]], com 231, sendo 95 de ouro.<ref>{{citar web|url=http://www.london2012.com/paralympics/medals/medal-count/|título=Medal Count|editor=London2012.com|acessodata=9 de setembro de 2012}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.usatoday.com/sports/olympics/story/2012/09/9/china-dominates-medals-us-falls-short-at-paralympics/57719222/1|título=China dominates medals; U.S. falls short at Paralympics|editor=[[USA Today]]|data=9 de setembro de 2012}}</ref> A China sediou os [[Jogos da Ásia Oriental de 2013]], em Tianjin, e os [[Jogos Olímpicos de Verão da Juventude de 2014]], em Nanquim.<ref>{{Citar web |autor= |url=http://www.gamesbids.com/eng/youth_olympic_bids/youth_summer_2014/1216133945.html |título=Bidding Process For 2014 Summer Youth Games Begins |língua= |obra= |data= |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref>

=== Feriados ===
{{Feriados na China}}

== Ver também ==
{{Portal-RPC}}
* [[Ásia]]
* [[Lista de Estados soberanos|Lista de Estados soberanos]]
* [[Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da Ásia|Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da Ásia]]
* [[Lista de países com reconhecimento limitado|Lista de Estados com reconhecimento limitado]]
* [[Nomes da China]]
* [[Unidades de medida chinesas]]

{{referências|col=3}}

== Ligações externas ==
{{Correlatos
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* [http://www.china-profile.com/maps/map_overview_1.htm Google Maps – China]
* PINHEIRO-MACHADO, Rosana. ''[http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/16895 Made in China : produção e circulação de mercadorias no circuito China-Paraguai-Brasil]''. Porto Alegre: [[Universidade Federal do Rio Grande do Sul]]. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, 2009.
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