Exibir código-fonte para Energia eólica

{{Fontes de energia renovável}}
[[Imagem:Wind-share-energy.svg|thumb|Parcela da produção de energia gerada pelo vento (2018)]]
'''Energia eólica é não renovável ''' é a transformação da [[energia]] do [[pai natal]] em energia útil, tal como na utilização de [LANA RHOADES]]es para produzir [[filhos]], [[MIA KHALIFA|MIA KHALIFA]] para produzir [[energia mecânica]] ou [[Vela (náutica)|velas]] para impulsionar [[veleiro]]s.Pedro Silva é uma figura importante pra história dera energia. A energia eólica, enquanto alternativa das[[PUSSYS Pussy pussy e também das pussysfóssil|combustíveis fósseis]], é [[Energia não renovável|renovável]], está permanentemente disponível, pode ser produzida em qualquer região, é limpa, não produz [[gases de efeito de estufa]] durante a produção e requer menos terreno.<ref>{{Citar periódico|titulo = Land use and electricity generation: A life-cycle analysis|url = http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1364032108001354|jornal = Renewable and Sustainable Energy Reviews|data = 2009-08-01|paginas = 1465-1474|volume = 13|numero = 6–7|doi = 10.1016/j.rser.2008.09.017|primeiro = Vasilis|ultimo = Fthenakis|coautores = Hyung Chul}}</ref> O impacto ambiental é geralmente menos problemático do que o de outras fontes de energia.

Os [[Parque eólico|parques eólicos]] são conjuntos de centenas de aerogeradores individuais ligados a uma rede de [[transmissão de energia elétrica]]. Os parques eólicos de pequena dimensão são usados na produção de energia em áreas isoladas. As companhias de produção elétrica cada vez mais compram o excedente elétrico produzido por aerogeradores domésticos.<ref name="Wind Energy">{{citar periódico|último =Gipe|primeiro =Paul|título=The Wind Industry's Experience with Aesthetic Criticism|periódico=Leonardo|jstor=1575818|volume= 26|número=3 |ano=1993|páginas=243–248|doi=10.2307/1575818}}</ref> Existem também parques eólicos ao largo da costa, uma vez que a força do vento é superior e mais estável que em terra e o conjunto tem menor impacto visual, embora o custo de manutenção seja bastante superior. Em 2010, a produção de energia eólica era responsável por mais de 2,5% da eletricidade consumida à escala global, apresentando taxas de crescimento na ordem dos 25% por ano. A energia eólica faz parte da infraestrutura elétrica em mais de oitenta países. Em alguns países, como a [[Dinamarca]], representa mais de um quarto da produção de energia.

A energia do vento é bastante consistente ao longo de intervalos anuais, mas tem variações significativas em escalas de tempo curtas. À medida que cresce a proporção de energia eólica numa determinada região, torna-se necessário aumentar a capacidade da rede de modo a absorver os picos de produção, através do aumento da capacidade de armazenamento, e de recorrer à importação e exportação de eletricidade para regiões adjacentes quando há menos procura ou a produção eólica é insuficiente. As [[Meteorologia|previsões meteorológicas]] auxiliam o ajustamento da rede de acordo com as variações de produção previstas.<ref>Platt, Reg (21 January 2013) [http://www.newscientist.com/article/mg21729000.200-wind-power-delivers-too-much-to-ignore.html Wind power delivers too much to ignore], ''[[New Scientist]]''.</ref><ref>Platt, Reg; Fitch-Roy, Oscar and Gardner, Paul (August 2012) [http://www.ippr.org/images/media/files/publication/2012/08/beyond-the-bluster_Aug2012_9564.pdf Beyond the Bluster why Wind Power is an Effective Technology] {{Wayback|url=http://www.ippr.org/images/media/files/publication/2012/08/beyond-the-bluster_Aug2012_9564.pdf |date=20130812054724 }}. Institute for Public Policy Research.</ref>

== História ==
=== Energia mecânica ===
[[Imagem:Freiheitu.jpg|thumb|esquerda|A [[quilha|bolina]] sob o [[Barco|barco a vela]] oferece resistência lateral à ação do vento, permitindo um avanço gradual através do vento.]]

A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os [[barco]]s impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de [[moinho]]s, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de [[farinha]]s e ainda para drenagem de canais, sobretudo nos [[Países Baixos]].

Ao longo de milhares de anos, a força do vento tem sido aproveitada de inúmeras formas, desde o impulso de [[veleiro]]s e barcos à vela, até à ventilação natural de edifícios. A utilização do vento para produzir [[energia mecânica]] surgiu relativamente tarde na [[Antiguidade]]. A roda de vento do engenheiro grego [[Heron de Alexandria|Herão de Alexandria]], concebida durante o {{séc|I}} d.C., é o mais antigo registro do uso de uma ferramenta destinada a captar a força do vento para alimentar uma máquina.<ref name="Meri2005" /><ref name="Lohrmann" /><ref name="Drachmann">Drachmann, A.G. (1961) "Heron's Windmill", ''Centaurus'', 7, pp. 145–151</ref>

Os primeiros [[Moinho de vento|moinhos de vento]] apareceram na Pérsia desde, pelo menos, o {{séc|IX}}, provavelmente desde o {{séc|VII}}.<ref name="Lucas2006a">[[Ahmad Y Hassan|Hassan, Ahmad Y]] and [[Donald Routledge Hill|Hill, Donald Routledge]] (1986). ''Islamic Technology: An illustrated history'', p. 54. [[Cambridge University Press]]. ISBN 0-521-42239-6.</ref> O uso de moinhos tornou-se comum no [[Médio Oriente]] e na [[Ásia Central]], chegando mais tarde à para a China e Índia.<ref name="Meri2005">{{citar periódico|doi=10.1038/scientificamerican0591-100|autor =[[Donald Routledge Hill|Hill, Donald R.]]|título=Mechanical Engineering in the Medieval Near East|periódico=Scientific American|data=maio de 1991|páginas=64–69|volume=264|número=5}} (cf. Hill, Donald R., [http://home.swipnet.se/islam/articles/HistoryofSciences.htm Mechanical Engineering])</ref> Por volta do ano 1000, os moinhos eram usados para bombear água do mar até às [[salina]]s na China e na [[Sicília]],<ref name="Kurlansky2002">Kurlansky, Mark (2002) ''Salt: a world history'',Penguin Books, London, ISBN 0-14-200161-9, p. 419</ref> e a partir do {{séc|XI}} são já usados intensivamente na Europa ocidental na moagem de [[farinha]],<ref name="Lohrmann">{{citar periódico|autor =Lohrmann, Dietrich |título=Von der östlichen zur westlichen Windmühle|periódico=Archiv für Kulturgeschichte|volume=77|número=1|ano=1995|páginas=1–30 (10ff.)}}</ref> e na drenagem de terras alagadas para cultivo ou construção.<ref name="Brief History">{{citar web|url=http://www.windmillersgazette.com/history.html|título=Brief History of Windmills in the New World|publicado=Windmillers' Gazette|autor =Baker, T. Lindsay|acessodata=31 de outubro de 2012}}</ref> Os primeiros europeus que vieram à  [[América]] trouxeram a tecnologia consigo do [[Velho Continente]].<ref name="Brief History" /> Em 1881, [[William Thomson]] propôs o uso da energia eólica na ausência. de carvão.<ref name="timeline">{{citar web |url=http://danielyergin.com/World-Energy-timeline/ |título=World Energy Timeline |publicado=Danielyergin.com |data=21 de setembro de 2011 |acessodata=11 de janeiro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130113091051/http://danielyergin.com/World-Energy-timeline/ |arquivodata=2013-01-13 |urlmorta=yes }}</ref>

=== Energia elétrica ===
[[Imagem:Wind turbine 1888 Charles Brush.jpg|thumb|Turbina eólica de [[Charles Francis Brush]] em [[1888]] gerava 12kW.]]
Em julho de 1887, [[James Blyth]], um engenheiro escocês, construiu uma turbina com pás de tecido no jardim e aproveitou a eletricidade produzida para carregar acumuladores que usava para iluminar a sua casa.<ref name="Courier">
{{citar web
 |url         = http://www.thecourier.co.uk/Community/Heritage-and-History/article/2332/renewable-energy-and-role-of-marykirk-s-james-blyth.html
 |título     = Renewable energy and role of Marykirk's James Blyth
 |último     = Hardy
 |primeiro    = Chris
 |arquivourl  = https://web.archive.org/web/20120314025335/http://www.thecourier.co.uk/Community/Heritage-and-History/article/2332/renewable-energy-and-role-of-marykirk-s-james-blyth.html
 |arquivodata = 2012-03-14
 |data        = 6 de julho de 2010
 |obra        = The Courier
 |publicado   = D. C. Thomson & Co. Ltd.
 |acessodata  = 12 de dezembro de 2010
 |urlmorta    = yes
}}
</ref> A sua experiência daria origem em 1891 a uma patente. No inverno de 1888, o inventor norte-americano [[Charles Francis Brush]] produziu eletricidade através de um gerador alimentado a energia eólica, que fornecia eletricidade à sua residência e laboratório. Na década de 1890, o inventor dinamarquês [[Poul la Cour]] construiu geradores eólicos para produzir eletricidade, que usava para produzir [[hidrogénio]] e [[oxigénio]] através de [[eletrólise]], guardando uma mistura dos dois gases para usar como combustível. La Cour foi o primeiro a descobrir que turbinas que girassem a uma velocidade maior e com menos pás eram as mais eficientes para produzir eletricidade. Em 1904 fundou a Sociedade dos Eletricistas Eólicos.<ref name="Nixon">{{citar web
 | url = http://www.guardian.co.uk/environment/2008/oct/17/wind-power-renewable-energy
 |título= Timeline: The history of wind power
 |último = NIxon|primeiro =Niki
 |data=17 de outubro de 2008
 |obra= The Guardian
 |publicado= Guardian News and Media Limited}}</ref>

Em meados da década de 1920, algumas empresas começaram a fabricar aerogeradores elétricos de 1-3 quilowatts,<ref name="timeline" /> os quais tiveram uma ampla aceitação nas regiões rurais da América do Norte. No entanto, a instalação de redes elétricas públicas durante a década de 1940 e a necessidade de mais energia tornou estes pequenos geradores obsoletos.<ref name="Dodge">{{citar web
 | url = http://telosnet.com/wind/20th.html
 |título= Part 2&nbsp;– 20th Century Developments|último =Dodge|primeiro =Darrell M.
 |obra= Illustrated history of wind power development
 |publicado= TelosNet Web Development}}</ref> Em 1931 o engenheiro francês [[Georges Darrieus]] obteve uma patente para uma turbina eólica que usava [[aerofólio]]s ao longo de um eixo vertical para criar a rotação. Desenhou ainda uma turbina de 100&nbsp;kW, precursora dos geradores horizontais modernos.<ref name="NTNU">{{citar web
 | url = http://web.archive.org/web/20120328113737/http://www.ivt.ntnu.no/offshore2/?page_id=266
 |título= The historical development of the wind turbine
 |obra= NTNU environmental studies: Wind power
 |publicado=ivt.ntnu.no}}</ref> Em 1956, [[Johannes Juul]], antigo estudante de la Cour, projeta uma turbina com três pás em [[Gedser]], com 200&nbsp;kW, e que viria a influenciar o desenho das turbinas posteriores.<ref name="Nixon" />

Em 1975 o [[Departamento de Energia dos Estados Unidos]] financiou um projeto de desenvolvimento de turbinas eólicas, gerido pela [[NASA]], com a finalidade de serem incorporadas na rede de distribuição. Estas turbinas experimentais abriram o caminho para grande parte da tecnologia que é hoje usada.<ref name="Nixon" /> Desde então, as turbinas têm aumentado significativamente de tamanho, sendo as maiores capazes de produzir 7,5[[Megawatt|MW]]. A potência da turbina é medida em [[Watt|quilowatts]] (kW) ou megawatts (MW), enquanto que a energia produzida é medida em [[Quilowatt-hora|quilowatts-hora]] (kWh) e respetivos múltiplos.<ref>{{citar web
 | url = http://www.windpowermonthly.com/news/1143257/Enercon-E-126-75MW-worlds-biggest/
 |título= Enercon E-126 7.5MW still world's biggest
 |publicado= Windpowermonthly.com
 |data=1 de agosto de 2012
 |acessodata=11 de janeiro de 2013}}</ref>

== Potencial ==
[[Imagem:GreenMountainWindFarm Fluvanna 2004.jpg|thumb|esquerda|[[Parque eólico]] no [[Texas]], [[Estados Unidos]].]]
O vento é o movimento de ar ao longo da superfície da Terra, sendo afetado por áreas de altas e baixas [[pressão atmosférica|pressões atmosféricas]].<ref name="what is wind?">{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20110304181329/http://www.bwea.com/edu/wind.html|título=What is wind?|ano=2010|obra=Renewable UK: Education and careers|publicado=Renewable UK|acessodata=9 de abril de 2012}}</ref> O [[sol]] não aquece a superfície de forma regular, dependendo de factores como o ângulo de incidência dos raios solares, que difere consoante a [[latitude]] e a hora, e se o solo é coberto ou não por vegetação. As grandes massas de água, como os oceanos, aquecem e arrefecem mais lentamente do que em terra. A energia em forma de [[calor]] absorvida pela superfície da Terra é transferida para a atmosfera e, uma vez que o ar aquecido é menos denso que o ar frio, sobe acima do ar arrefecido para formar áreas de elevada pressão atmosférica criando diferenciais de pressão. A [[rotação da Terra]] arrasta a atmosfera envolvente, o que provoca turbulência. É a conjugação de todos estes fenómenos que provoca a alteração constante do padrão de ventos.<ref name="what is wind?" />[[Imagem:Goliath Poldermolen.jpg|thumb|300px|[[Moinhos de vento]] com um moderno [[parque eólico]] ao fundo, nos [[Países Baixos]].]]A quantidade total de potência que é em termos económicos é viável explorar a partir do vento é consideravelmente maior que o atual consumo humano de energia a partir de todas as fontes.<ref>{{citar web|url=http://www.claverton-energy.com/how-much-wind-energy-is-there-brian-hurley-wind-site-evaluation-ltd.html|título=How Much Wind Energy is there?&nbsp;– Brian Hurley&nbsp;– Wind Site Evaluation Ltd|último =Hurley|primeiro =Brian|publicado=Claverton Group|acessodata=8 de abril de 2012}}</ref> O Instituto Max Planck apresentou uma estimativa da quantidade total de energia eólica que existe, concluindo que possam ser extraídos entre 18 e 68 TW.<ref name=nsc2012 /> Uma outra estimativa, desta vez baseada em medições reais da velocidade do vento, concluiu que possa haver 1 700 TW de energia eólica a uma altitude de 100 m acima do mar e da terra. Destes, 72 a 170 TW poderiam ser extraídos de forma prática e economicamente competitiva.<ref name=nsc2012>{{citar web|url=http://www.newscientist.com/article/mg21328491.700-power-paradox-clean-might-not-be-green-forever.html?full=true&print=true |título=Power paradox: Clean might not be green forever |autor =Ananthaswamy, Anil and Le Page, Michael |data=30 de janeiro de 2012 |obra=New Scientist }}</ref> Os mesmos autores mais tarde estimaram ser de 80 TW.<ref>{{Citar periódico|titulo = Saturation wind power potential and its implications for wind energy|url = http://www.pnas.org/content/109/39/15679|jornal = Proceedings of the National Academy of Sciences|data = 2012-09-25|issn = 0027-8424|pmid = 23019353|paginas = 15679-15684|volume = 109|numero = 39|doi = 10.1073/pnas.1208993109|idioma = en|primeiro = Mark Z.|ultimo = Jacobson|coautores = Cristina L.}}</ref> No entanto, a investigação na [[Universidade de Harvard]] estima uma média de 1 Watt/m² e uma capacidade de 2–10 MW/km² para parques eólicos de grande dimensão, sugerindo que estas estimativas de recursos eólicos totais a nível global estejam sobrestimadas por um factor de 4.<ref>{{Citar periódico|titulo = Are global wind power resource estimates overstated?|url = http://stacks.iop.org/1748-9326/8/i=1/a=015021?key=crossref.0c3a057e52f3b771c3b44ad076765852|jornal = Environmental Research Letters|data = 2013-03-01|volume = 8|numero = 1|doi = 10.1088/1748-9326/8/1/015021|idioma = en|primeiro = Amanda S|ultimo = Adams|coautores = David W}}</ref>

=== Produção de energia elétrica ===
[[Imagem:Wind turbine int.svg|thumb|esquerda|Componentes de uma turbina eólica: 1-Fundação, 2-Conector à rede elétrica, 3-Torre, 4-Escada, 5-Controle de orientação (Yaw control), 6-[[Nacelle]], 7-Gerador, 8-[[Anemômetro]], 9-Freio elétrico ou mecânico, 10-[[Caixa de velocidades]], 11-Lâmina, 12-Controle de orientação (pitch control), 13-Roda.]]

Na atualidade utiliza-se a energia eólica para mover [[aerogerador]]es - grandes turbinas colocadas em lugares com muito vento. Essas turbinas têm a forma de um catavento ou um moinho que produz com o movimento da hélice um campo magnético na turbina. Esse movimento, através de um gerador, produz [[energia elétrica]]. Precisam agrupar-se em [[parque eólico|parques eólicos]], concentrações de aerogeradores, necessários para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a utilização de [[Aerogerador#Aerogeradores de baixa tensão|aerogeradores de baixa tensão]] quando se trata de requisitos limitados de energia elétrica.

A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa, amplamente distribuída globalmente e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do [[efeito estufa]]. Em países como o Brasil, que possuem uma grande malha hidrográfica, a energia eólica pode se tornar importante no futuro, porque ela não consome água, que é um bem cada vez mais escasso e que também vai ficar cada vez mais controlado. Em países com uma malha hidrográfica pequena, a energia eólica passa a ter um papel fundamental já nos dias atuais, como talvez a única energia limpa e eficaz nesses locais. Além da questão ambiental, as turbinas eólicas possuem a vantagem de poderem ser utilizadas tanto em conexão com redes elétricas como em lugares isolados, não sendo necessário a implementação de linhas de transmissão para alimentar certas regiões (que possuam aerogeradores).

A tecnologia de instalação da geração eólica pode ser ''onshore'' (em terra) ou ''offshore'' (marítima), na tecnologia offshore o custo de instalação é mais elevado comparado com onshore, contudo na offshore o potencial de geração é maior. Por este motivo a tecnologia offshore é utilizada em países com pequena extensão territorial ou com pouco espaço disponível para as instalações em terra.

O sistema de geração de energia elétrica pode ser ''on-grid'' (interligado à rede) ou ''off-grid'' (isolado da rede). No sistema on-grid a geração de energia é interligada à rede elétrica do Sistema Interligado Nacional ([[Sistema Interligado Nacional|SIN]]) o qual é mais utilizado comercialmente. Já no sistema off-grid a geração é isolada da rede convencional trabalhando de forma autônoma, aplicado em regiões rurais ou marítimas afastadas em que não é viável traspor linhas de transmissão.
[[Imagem:Middelgrunden wind farm 2009-07-01 edit filtered.jpg|thumb|[[Parque eólico]] Middelgrunden na [[Dinamarca]].]]

A produção de energia elétrica através de energia eólica tem várias vantagens das quais podemos ressaltar as principais. É uma fonte renovável, não emite gases de efeito estufa, gases poluentes e nem gera resíduos na sua operação, o que a torna uma fonte de energia de baixíssimo impacto ambiental. Os parques eólicos (ou fazendas eólicas) são compatíveis com os outros usos do terreno como a agricultura ou pecuária, já que os atuais aerogeradores têm dezenas de metros de altura.<ref>{{Citar web |url=http://www.energiasealternativas.com/beneficios-energia-eolica.html |titulo=Benefícios da Energia Eólica. |acessodata=2012-02-17 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100212181140/http://www.energiasealternativas.com/beneficios-energia-eolica.html |arquivodata=2010-02-12 |urlmorta=yes }}</ref> O grande potencial eólico no mundo aliado com a possibilidade de gerar energia em larga escala torna esta fonte a grande alternativa para diversificar a matriz energética do planeta e reduzir a dependência ao petróleo. Em 2011 na União européia ela já representa 6,3% da matriz energética,<ref>[http://www.gwec.net/fileadmin/images/recruitment/A_energia_eolica_avanca_apesar_da_crise_economica.pdf  A energia eólica avança apesar da crise econômica, 21% de aumento na capacidade global instalada, Global Wind Energy Council.]</ref> e no mundo mais de 3,0% de toda a energia elétrica.<ref>[http://www.wwindea.org/home/images/stories/publications/half_year_report_2011_wwea.pdf Half-year Report 2011, Página da World Wind Energy Association.] {{Wayback|url=http://www.wwindea.org/home/images/stories/publications/half_year_report_2011_wwea.pdf |date=20111111200210 }} {{en}}</ref> Finalmente, com a tendência de redução nos custo de produção de energia eólica, e com o aumento da escala de produção, deve se tornar uma das fontes de energia mais barata.<ref name=wwind2/>

No entanto, apesar de todos os pontos positivos se não forem feitos estudos de mapeamento, medição e previsão dos ventos, ela não é uma fonte de energia confiável. Não há muitos dados sobre o regime de ventos no Brasil, e eles costumam serem aproveitáveis somente durante parte do ano. Além disso, os parques eólicos produzem poluição sonora e visual. Também podem interferir na rota migratória de pássaros, e os aerogeradores interferem na paisagem do local. Além disso, todo o equipamento é caro, o que pode inviabilizar a criação de parques eólicos.<ref>{{Citar web |url=http://cienciahoje.uol.com.br/especiais/meio-ambiente-em-foco/de-vento-em-popa |titulo=Ciência Hoje - De vento em popa |acessodata=2012-01-10 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130729113157/http://cienciahoje.uol.com.br/especiais/meio-ambiente-em-foco/de-vento-em-popa |arquivodata=2013-07-29 |urlmorta=yes }}</ref> Quanto ao impacto visual, gera poluição visual devido à alteração da paisagem do local, não que as demais fontes não alterem, como para alguns as pás dos geradores é uma poluição visual, para outros pode ser considerado um atrativo turístico como uma bela alternativa às demais fontes de energia. Em relação à poluição sonora, apesar de não ter pesquisas conclusivas indicando impacto na fauna, deve-se ter cuidado para evitar instalação em corredores de migração de aves ou habitats de reprodução de animais silvestres, e se preciso utilizar linhas de transmissão subterrâneas. Como qualquer máquina, também exige manutenção interna dos aerogeradores que deve ser realizada de forma preventiva e constante. A maior desvantagem é a não regularidade da geração (ou intermitência da geração), pois a geração depende do vento que não são sempre constantes, e nem sempre há vento quando a eletricidade é necessária. Deste modo, como a disponibilidade de energia diária varia de um dia para outro, a geração eólica pode ser menos confiável que as fontes convencionais. Devendo ser alternativa complementar e não substituta na matriz energética.

=== Por país ===
[[Imagem:Windenergy.jpg|thumb|Um [[aerogerador]] é um dispositivo que aproveita a energia eólica e a converte em [[energia elétrica]].]]Em 2012 a capacidade mundial de geração de energia elétrica através da energia eólica foi de aproximadamente 282 gigawatts (GW),<ref name=gws-2012>{{citar web|título= Global Wind Report Annual market update 2012  | url=http://www.gwec.net/wp-content/uploads/2012/06/Annual_report_2012_LowRes.pdf |formato=PDF |publicado=Global Wind Energy Council |acessodata=23 de abril de 2013}}</ref> o suficiente para  abastecer as necessidades básicas de dois países como o [[Brasil]](o Brasil gastou em média 70 gigawatts em janeiro de 2010).<ref>[http://www.viacomercial.com.br/2010/02/04/gasto-de-energia-no-brasil-e-recorde-com-calor/ Gasto de Energia Brasileiro em janeiro de 2010 bate recorde.]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> Para se ter uma ideia da magnitude da expansão desse tipo de energia no mundo, em 2008 a capacidade mundial foi de cerca de 120 GW e, em 2007, 59 GW.<ref name="gws-2012"/>

A capacidade de geração de energia eólica no Brasil vem aumentando ano a ano. Em 2008 era de 341 MW, em 2009 passou 606 MW, e em 2010 atingiu o valor de 920 MW. O Brasil responde por cerca da metade da capacidade instalada na América Latina, mas representa apenas 0,38% do total mundial.<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u689283.shtml Brasil aumentou em 77% capacidade de geração de energia eólica, Folha de S.Paulo.]</ref>

Até 2005 a Alemanha liderava o ranking dos países em produção de energia através de fonte eólica, mas em 2008 foi ultrapassada pelos EUA.

Desde 2010 a china é o maior produtor de energia eólica. Em 2020 o total da capacidade instalada nesse país ultrapassava os 288 GW, um aumento de 21% comparado aos 230GW instalados até 2019.<ref name="gwec_2021"/>[[Imagem:Éoliennes Caen.jpg|thumb|Parque eólico próximo a [[Caen]], [[França]].|alt=|esquerda]]

Em alguns países, a energia elétrica gerada a partir do vento representa significativa parcela da demanda. Em 2020, 48% da eletricidade consumida na [[Dinamarca]] foi gerada por turbinas eólicas, 25% em [[Portugal]], 22% na [[Espanha]], 38% na [[Irlanda]] e 27% na [[Alemanha]] <ref name="wind_europe"/>. Globalmente, a energia eólica é responsável por cerca de 6%<ref name="gwec_2021"/> da eletricidade gerada. Desde 2011, 83 países usam energia eólica em escala comercial.<ref name=ren212011>{{citar web |url=http://germanwatch.org/klima/gsr2011.pdf |título=Renewables 2011: Global Status Report |autor=REN21 |ano=2011 |página=11 |acessodata=2014-03-03 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130619200844/http://germanwatch.org/klima/gsr2011.pdf |arquivodata=2013-06-19 |urlmorta=yes }}</ref>

O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos anos. Em 2005 o custo da energia eólica era cerca de um quinto do que custava no final dos anos 1990, e essa queda de custos deve continuar com a ascensão da tecnologia de produção de grandes aerogeradores. No ano de [[2003]] a energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos [[Estados Unidos]].<ref>{{Citar web|url=http://www.feis.unesp.br/#!/departamentos/engenharia-eletrica/pesquisas-e-projetos/eco2/fontes-de-energia/eolica/|titulo=UNESP: Câmpus de Ilha Solteira - Faculdade de Engenharia|acessodata=2016-08-22|obra=www.feis.unesp.br}}</ref>

[[Imagem:Global Wind Power Cumulative Capacity.svg|miniaturadaimagem|lang=pt|Evolução do potencial de energia eólica instalado no mundo de 1996 a 2013.]]A maioria das formas de geração de eletricidade requerem altíssimos investimentos de capital e baixos custos de manutenção. Isto é particularmente verdade para o caso da energia eólica, onde os custos com a construção de cada aerogerador podem alcançar milhões de reais, os custos com manutenção são baixos e o custo com [[combustível]] é zero. Na composição do cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta diversos fatores, como a produção anual estimada, as taxas de [[juros]], os custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos geradores. Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada usina.

Apesar da grandiosidade dos modernos moinhos de vento, a tecnologia utilizada continua a mesma de há 1000 anos, tudo indicando que brevemente será suplantada por outras tecnologias de maior eficiência, como é o caso da [[turbovela]], uma [[voluta|voluta vertical]] apropriada para capturar vento a baixa pressão ao passar nos [[turbina|rotores axiais]] protegidos internamente. Esse tipo oferece certos riscos de colisões das pás com objetos voadores (animais silvestres) mas não interfere na áudiovisão. Essa tecnologia já é uma realidade que tanto pode ser introduzida no meio ambiente marinho uma vez que os animais aquáticos não correm riscos de colisão como no ambiente terrestre.<ref>{{Citar web |url=http://www.avesderapinabrasil.com/materias/avesderapina_usinaseolicas.htm |titulo=Aves de rapina e as usinas eólicas. |acessodata=2011-08-17 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110810173140/http://www.avesderapinabrasil.com/materias/avesderapina_usinaseolicas.htm |arquivodata=2011-08-10 |urlmorta=yes }}</ref>

<!-- DETAIL TABLE: Capacidade instalada de energia eólica (por país) -->
{| class="wikitable sortable" style="text-align:right"
|+Potência instalada de energia eólica, mundialmente (MW)<ref name="gwec_2021">[https://gwec.net/global-wind-report-2021/ Annual Wind Report 2019 (Hrsg.): „GWEC END OF 2020“.]{{en}}</ref><ref name="wind_europe">[https://proceedings.windeurope.org/biplatform/rails/active_storage/disk/eyJfcmFpbHMiOnsibWVzc2FnZSI6IkJBaDdDRG9JYTJWNVNTSWhNamhwZEd4ck5uTXpjMnczTW1sMmJHNWthSE0yTTNRd1ltWXpiZ1k2QmtWVU9oQmthWE53YjNOcGRHbHZia2tpQVk1cGJteHBibVU3SUdacGJHVnVZVzFsUFNKWGFXNWtSWFZ5YjNCbExWZHBibVF0Wlc1bGNtZDVMV2x1TFVWMWNtOXdaUzF6ZEdGMGFYTjBhV056TFRJd01qQXVjR1JtSWpzZ1ptbHNaVzVoYldVcVBWVlVSaTA0SnlkWGFXNWtSWFZ5YjNCbExWZHBibVF0Wlc1bGNtZDVMV2x1TFVWMWNtOXdaUzF6ZEdGMGFYTjBhV056TFRJd01qQXVjR1JtQmpzR1ZEb1JZMjl1ZEdWdWRGOTBlWEJsU1NJVVlYQndiR2xqWVhScGIyNHZjR1JtQmpzR1ZBPT0iLCJleHAiOiIyMDIxLTA0LTAxVDE0OjA5OjQzLjY0M1oiLCJwdXIiOiJibG9iX2tleSJ9fQ==--552b6db9d81e19b137da7ac3498374bf01d3e546/WindEurope-Wind-energy-in-Europe-statistics-2020.pdf?content_type=application%2Fpdf&disposition=inline%3B+filename%3D%22WindEurope-Wind-energy-in-Europe-statistics-2020.pdf%22%3B+filename%2A%3DUTF-8%27%27WindEurope-Wind-energy-in-Europe-statistics-2020.pdf Wind Europe (Hrsg.): „Wind energy in Europe: 2020 Statistics and the outlook for 2021-2025“, February 2021.] {{en}}</ref><ref>{{cite web |url=https://www.irena.org/-/media/Files/IRENA/Agency/Publication/2021/Apr/IRENA_RE_Capacity_Statistics_2021.pdf |title=RENEWABLE CAPACITY STATISTICS 2021 página 25 | access-date = 25 May 2021}}</ref>
|-
!style="background-color:#cfb" data-sort-type="number"|Pos.
!style="background-color:#cfb"|País
!style="background-color:#cfb" data-sort-type="number"|2020
|-
| 1 || align=left|{{flagicon|China}} China ||  281.993
|-
| 2 || align=left|{{flagicon|United States}} Estados Unidos || 117.744
|-
| 3 || align=left|{{flagicon|Germany}} Alemanha || 62.184
|-
| 4 || align=left|{{flagicon|India}} Índia || 38.559
|-
| 5 || align=left|{{flagicon|Spain}} Espanha || 27.089
|-
| 6 || align=left|{{flagicon|United Kingdom}} Reino Unido || 24.665
|-
| 7 || align=left|{{flagicon|France}} França ||  17.382
|-
| 8 || align=left|{{flagicon|Brazil}} Brasil || 17.198
|-
| 9 || align=left|{{flagicon|Canada}} Canadá || 13.577
|-
| 10 || align=left|{{flagicon|Italy}} Itália || 10.839
|-
| 11 || align=left|{{flagicon|Sweden}} Suécia || 9.688
|-
| 12 || align=left|{{flagicon|Australia}} Austrália || 9.457
|-
| 13 || align=left|{{flagicon|Turkey}} Turquia || 8.832
|-
| 14 || align=left|{{flagicon|Mexico}} México || 8.128
|-
| 15 || align=left|{{flagicon|Netherlands}} Holanda || 6.600
|-
| 16 || align=left|{{flagicon|Poland}} Polônia || 6.267
|-
| 17 || align=left|{{flagicon|Denmark}} Dinamarca || 6.235
|-
| 18 || align=left|{{flagicon|Portugal}} Portugal || 5.239
|-
| 19 || align=left|{{flagicon|Belgium}} Bélgica || 4.692
|-
| 20 || align=left|{{flagicon|Ireland}} Irlanda || 4.300
|-
| 21 || align=left|{{flagicon|Japan}} Japão || 4.206
|-
| 22 || align=left|{{flagicon|Greece}} Grécia || 4.113
|-
| 23 || align=left|{{flagicon|Norway}} Noruega || 3.977
|-
| 24 || align=left|{{flagicon|Austria}} Áustria || 3.224
|-
| 25 || align=left|{{flagicon|Romania}} Romênia || 3.023
|-
| 26 || align=left|{{flagicon|South Africa}} África do Sul || 2.636
|-
| 27 || align=left|{{flagicon|Argentina}} Argentina || 2.624
|-
| 28 || align=left|{{flagicon|Finland}} Finlândia || 2.474
|-
| 29 || align=left|{{flagicon|Chile}} Chile || 2.149
|-
| 30 || align=left|{{flagicon|South Korea}} Coréia do Sul || 1.636
|-
| 31 || align=left|{{flagicon|Uruguay}} Uruguai || 1.514
|-
| 32 || align=left|{{flagicon|Thailand}} Tailândia || 1.507
|-
| 33 || align=left|{{flagicon|Morocco}} Marrocos || 1.405
|-
| 34 || align=left|{{flagicon|Ukraine}} Ucrânia || 1.402
|-
| 35 || align=left|{{flagicon|Egypt}} Egito || 1.375
|-
| 36 || align=left|{{flagicon|Pakistan}} Paquistão || 1.236
|-
| 37 || align=left|{{flagicon|Russia}} Rússia || 945
|-
| 38 || align=left|{{flagicon|Taiwan}} Taiwan || 854
|-
| 39 || align=left|{{flagicon|Croatia}} Croácia || 788
|-
| 40 || align=left|{{flagicon|New Zealand}} Nova Zelândia || 784
|-
| 41 || align=left|{{flagicon|Bulgaria}} Bulgária || 703
|-
| 42 || align=left|{{flagicon|Vietnam}} Vietnam || 600
|-
| 43 || align=left|{{flagicon|Lithuania}} Lituânia || 539
|-
| 44 || align=left|{{flagicon|Jordan}} Jordânia || 515
|-
| 45 || align=left|{{flagicon|Colombia}} Colômbia || 510
|-
| - || align=left| África || 6.491
|-
| - || align=left| Ásia || 332.088
|-
| - || align=left| América do Norte || 139.448
|-
| - || align=left| América do Sul || 24.493
|-
| - || align=left| América Central e Caribe || 1.931
|-
| - || align=left| Oceania || 10.295
|-
| - || align=left| Oriente Médio || 915
|-
| - || align=left| Europa || 207.747
|-
| - || align=left| Eurásia || 9.867
|-
| - || align=left| Mundial || 733.276
|}

{{panorama|San gorgonio pass wind farm california pano.jpg|1400px|<div style="text-align: center;">O ''[[San Gorgonio Pass Wind Farm]]'', em [[Desert Hot Springs]] na [[Califórnia]], [[Estados Unidos]].</div>}}

=== Brasil ===
{{artigo principal|Energia eólica no Brasil}}
[[Imagem:Eolic Park in Osorio 2008.jpg|thumb|[[Parque eólico de Osório]], [[Rio Grande do Sul]].]]
O Brasil possui grande potencial em energia eólica. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o território brasileiro tem capacidade para gerar até 522 gigawatts na modalidade ''onshore'' (em terra), sem contar as usinas eólicas que podem ser instaladas no mar.<ref name=":1">{{citar jornal
| url        = http://revistapesquisa.fapesp.br/2019/01/10/ventos-promissores-a-caminho
|data= 22 de janeiro de 2019
|título= Ventos promissores a caminho
|acessodata= 22 de  janeiro de 2019
|urlmorta= não|arquivourl= https://web.archive.org/web/20190122032416/http://revistapesquisa.fapesp.br/2019/01/10/ventos-promissores-a-caminho/
|arquivodata= 22 de janeiro de 2019
|publicado= [[Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo]]
}}</ref> <ref>[http://www2.ctee.com.br/brazilwindpower/2016/zpublisher/materia/?url=potencial-eolico-onshore-brasileiro-pode-ser-de-880-gw-indica-estudo-20161026 Potencial eólico onshore brasileiro pode ser de 880 GW, indica estudo]</ref> A capacidade eólica instalada vem crescendo em média 2 GW ao ano desde 2013: somou 2,2 GW em 2013, 4,8 GW em 2014, 7,6 GW em 2015, 10,1 GW em 2016, 12,3 GW em 2017, 14,8 GW em 2018, 15,4 GW em 2019 e 17,2 GW em 2020, o que representa cerca de 3,5% do potencial. <ref name="gwec_2021" /><ref>[https://www.irena.org/-/media/Files/IRENA/Agency/Publication/2021/Apr/IRENA_RE_Capacity_Statistics_2021.pdf RENEWABLE CAPACITY STATISTICS 2021 página 27]</ref>

A maior fonte de eletricidade do Brasil são as [[Usina hidrelétrica|usinas hidrelétricas]]. Um estudo indica que o país poderia substituir a energia térmica pela energia eólica. Isso porque as [[Usina termoelétrica|usinas termoelétricas]] só são acionadas durante os períodos de seca, quando os rios ficam mais baixos e as hidrelétricas são insuficientes para produzir toda a energia consumida. Porém, é justamente nesse período que o regime de ventos no Nordeste é mais intenso.<ref>{{Citar web |url=http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/09/aposta-nos-ventos |titulo=Ciência Hoje - Aposta nos ventos |acessodata=2012-01-10 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120121160410/http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/09/aposta-nos-ventos |arquivodata=2012-01-21 |urlmorta=yes }}</ref>

O maior centro de geração de energia eólica do país é o [[complexo eólico Alto Sertão I]], situado na [[Bahia]], com capacidade de gerar até 300 MW,<ref name=":0">[http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias/2011/02/24/obras-de-14-parques-de-energia-eolica-comecam-na-regiao-de-guanambi Obras de 14 Parques de Energia Eólica Começam na Região de Guanambi, Governo da Bahia.]</ref> seguido do [[Parque eólico de Osório]], localizado no [[Rio Grande do Sul]], com a capacidade de gerar até 150 MW e ainda tem o Parque Eólico Cerro Chato com capacidade de gerar 91 MW localizado em Santana do Livramento - RS.

A previsão é que a participação da fonte de energia eólica na matriz energética brasileira continua crescendo, como vem acontecendo no resto do mundo, apresentando taxas de crescimento médias de potência instalada superiores a 20%.<ref>[http://www.ewea.org/fileadmin/ewea_documents/documents/00_POLICY_document/Offshore_Statistics/GWEC_Global_Wind_Report_2010Extract.pdf Global Wind Report, World Wind Energy Association, 2010.]</ref>

== Economia ==
[[Ficheiro:Turbine Blade Convoy Passing through Edenfield.jpg|miniaturadaimagem|Um comboio de lâminas de turbina sendo transportadas por Edenfield, no Reino Unido (2008). Peças de duas lâminas maiores são produzidas e montadas no local, para reduzir a dificuldade de transporte.]]De acordo com a BusinessGreen, o custo da energia feita por turbinas eólicas atingiram grau de paridade (ou seja, atingiram equivalência) com o custo da energia de fontes tradicionais em algumas áreas da Europa no meio da década de 2000 e nos Estados Unidos em torno do mesmo período. Já em 2010, a queda de preços continua a motivar o nivelado custo baixo e isso vem sugerindo um grau de paridade generalizado pela Europa e, além disso, também assim será nos Estados Unidos em torno de 2016, graças a uma esperada redução no capital de custo de aproximadamente 12%.<ref>{{Citar web|titulo=Onshore wind to reach grid parity by 2016|url=https://www.businessgreen.com/bg/news/2124487/onshore-wind-reach-grid-parity-2016|obra=http://www.businessgreen.com|data=2011-11-14|acessodata=2019-11-17|lingua=en}}</ref> De acordo com a PolitiFact, é difícil prever se a energia eólica seria viável nos Estados Unidos sem [[Subsídio|subsídios]].<ref name=":2">{{Citar web|titulo=Does Wind ‘Work’ Without Subsidies?|url=https://www.factcheck.org/2019/07/does-wind-work-without-subsidies/|obra=FactCheck.org|data=2019-07-16|acessodata=2019-11-17|lingua=en-US|primeiro=Jessica|ultimo=McDonald}}</ref> 

A energia eólica é um [[capital intensivo]], mas não possui custos de combustível.<ref name=":2" /> O preço da energia eólica é, portanto, muito mais estável do que os preços voláteis dos combustíveis fósseis.<ref>{{citar periódico|ultimo=|primeiro=National Grid|data=Setembro de 2006|titulo=Capturing the Prevailing Winds for the Benefit of Customers|url=https://www9.nationalgridus.com/non_html/c3-3_NG_wind_policy.pdf|jornal=Transmission and Wind Energy|acessodata=17/11/2019}}</ref> O [[custo marginal]] da energia eólica, após a construção da estação, é usualmente menos que 1 cent (0,042 centavos de real) por kW/h.<ref>{{citar livro|url=http://www.fanarco.net/books/misc/Wind_and_power_Solar_System.pdf|título=Wind and solar power systems: design, analysis, and operation|ultimo=Patel|primeiro=Mukund R.|editora=Taylor & Francis|ano=2006|edicao=2ª|local=Estados Unidos da América|páginas=|acessodata=17/11/2019}}</ref>

Entretanto, o [[custo médio]] estimado por unidade de energia elétrica deve incorporar o custo de construção da turbina e sistemas de transmissão, [[Empréstimo|empréstimos]], retornos para os investidores (inclusive os custos de risco), estimativa anual de produção e outros componentes, além disso, a média da longevidade dos equipamentos projetados, os quais devem estar em excesso após 20 anos. O custo estimado de energia é altamente dependente dessas presunções, então o custo pode diferenciar-se substancialmente. Em 2004, o custo da energia eólica era 1/50 do que custava na década de 1980, e alguns esperavam que essa tendência de queda continuasse na medida que maiores turbinas de vários megawatts fossem produzidas em massa.<ref>{{Citar web|titulo=Uncle Sam's New Year's Resolution|url=https://web.archive.org/web/20071118125045/http://arizonaenergy.org/News&Events/Uncle%20Sam%27s%20New%20Year%27s%20Resolution.htm|obra=web.archive.org|data=2007-11-18|acessodata=2019-11-17}}</ref> Em 2012, o capital de custo para turbinas eólicas baixaram substancialmente quando comparadas ao período de 2008-2010 mas ainda continuam em maiores níveis que os de 2002.<ref>{{Citar web|titulo=Wind Program Newsletter: LBNL/NREL Analysis Predicts Record Low LCOE for Wind Energy in 2012-2013|url=https://web.archive.org/web/20120305025648/http://apps1.eere.energy.gov/wind/newsletter/detail.cfm/articleId=45|obra=web.archive.org|data=2012-03-05|acessodata=2019-11-17}}</ref> Num relatório de 2011, a Associação Estadunidense de Energia Eólica afirmou: {{quote|O preço da eólica tem caído nos últimos dois anos, numa faixa de 5 até 6 cents por killowatt/hora recentemente [...] quase 2 cents mais barato do que a energia elétrica proveniente da queima de carvão, e mais projetos foram financiados por negociamentos de dívidas do que equidade tributária em estruturas no ano passado, um sinal positivo de que a eólica vem ganhando mais aceitação dos bancos de Wall Street. [...] Os produtores de equipamentos também podem enviar produtos no mesmo ano que seus produtos foram requisitado, ao invés de esperar três anos como era o caso em ciclos anteriores, uma prova clara da maturidade da cadeia de produção. [...] 5,600 MW da nova capacidade instalada está em construção nos Estados Unidos, mais que o dobro até então em comparação com o mesmo período em 2010. Trinta e cinco porcento de toda energia gerada construída nos Estados Unidos desde 2005 tem vindo da eólica, mais que as novas plantas de gás natural e carvão combinadas, à medida que os provedores de energia estão se seduzindo pela eólica como uma proteção conveniente contra movimentos imprevisíveis dos preços das commodities.<ref>{{Citar web|titulo=Cost of Wind Power -- Kicks Coal's Butt, Better than Natural Gas (& Could Power Your EV for $0.70/gallon)|url=https://cleantechnica.com/2011/05/01/cost-of-wind-power-kicks-coals-butt-better-than-natural-gas-could-power-your-ev-for-0-70gallon/|obra=CleanTechnica|data=2011-05-01|acessodata=2019-11-21|lingua=en-US}}</ref></blockquote>}}Um relatório da Associação Britânica de Energia Eólica fornece um custo médio de geração em solo da energia eólica como em torno de 3,2 pence (R$0,20 - R$0,25) por Kw·h (2005).<ref>{{Citar web|titulo="BWEA report on onshore wind costs"|url=https://web.archive.org/web/20120311101709/http://www.bwea.com/pdf/briefings/target-2005-small.pdf|obra=BWEA|data=2012-03-11|acessodata=2019-11-23|publicado=British Wind Energy Association|ultimo=|primeiro=}}</ref> Em 2006, o custo por unidade de energia produzida foi estimado em 5 a 6 porcento acima do custo para nova geração por carvão e gás natural nos EUA.<ref>{{Citar web|titulo=International Energy Outlook 2006 - Special Topics|url=https://www.eia.gov/outlooks/archive/ieo06/special_topics.html|obra=www.eia.gov|acessodata=2019-11-23}}</ref> Em 2011, estudos comparativos no Reino Unido trouxeram resultados similares.<ref>{{citar periódico|ultimo=Doyle|primeiro=Guy|ultimo2=Vantsiotis|primeiro2=George|data=Maio de 2011|titulo=Costs of low-carbon generation technologies|url=http://portal.coiim.es/uploads/files/96d44d10a272492393783f1c0bd7ba6273c7a8f0.pdf|jornal=Committee on Climate Change|acessodata=23 de novembro de 2019}}</ref> Entretanto, também em 2011, a energia de turbinas eólicas pode ser mais barata que as de plantas nucleares e de combustíveis fósseis, também se espera que a energia eólica torne-se a mais barata no futuro.<ref>{{citar periódico|ultimo=Armaroli|primeiro=Nicola|ultimo2=Balzani|primeiro2=Vincenzo|data=20 de julho de 2011|titulo=Towards an electricity-powered world|url=https://pubs.rsc.org/en/content/articlelanding/2011/ee/c1ee01249e/unauth#!divAbstract|jornal=Energy & Environmental Science|acessodata=23 de novembro de 2019}}</ref> A presença dessa energia, mesmo que subsidiada, pode reduzir os preços aos consumidores (€5 bilhões/ano na Alemanha) reduzindo o [[custo marginal]] pela minimização do uso de [[usinas de pico]], que só operam quando há um pico na demanda por eletricidade.<ref>{{Citar web|titulo="The Merit-Order Effect: A Detailed Analysis of the Price Effect of Renewable Electricity Generation on Spot Market Prices in Germany"|url=https://www.webcitation.org/5sLyvXbZ6?url=http://isi.fraunhofer.de/isi/publ/download/isi07a18/merit-order-effect.pdf?pathAlias=/publ/downloads/isi07a18/merit-order-effect.pdf|obra=Fraunhofer Institute Systems and Innovation Research|acessodata=2019-11-23|data=11 de janeiro de 2008|publicado=Fraunhofer Institute Systems and Innovation Research|ultimo=Sensfuß|primeiro=Frank|ultimo2=Ragwitz|primeiro2=Mario|primeiro3=Massimo|ultimo3=Genoese}}</ref>
{| class="wikitable sortable"
|+Custo por unidade de energia produzida em 2006 (com o dólar corrigido pela inflação e, após isso, transformado em real)<ref>{{Citar web|titulo=International Energy Outlook 2006 - Special Topics|url=https://www.eia.gov/outlooks/archive/ieo06/special_topics.html|obra=www.eia.gov|acessodata=2019-11-23}}</ref>
!Energia a base de:
!Custo por Mw·h
(Em 2006)
!Correção da inflação
(com base no dia 23/11/2019)
|-
|Vento
|$55,80
|$71,23 (R$298,92)
|-
|Carvão
|$53,10
|$67,78 (R$284,44)
|-
|Gás natural
|$52,50
|$67,02 (R$281,25)
|}
Um estudo da União Europeia, em 2012, mostra o custo base da energia eólica terrestre como equivalente a da com base em carvão, quando [[Subsídio|subsídios]] e [[externalidades]] são desconsiderados. Embora a energia eólica ainda tenha muitos subsídios, ela possui um dos menores custos externos, já o carvão (e os combustíveis fósseis no geral) possui um dos maiores.<ref>{{citar periódico|ultimo=Blok|primeiro=Kornells|data=11 de novembro de 2014|titulo=Subsidies and costs of EU energy. Project number: DESNL14583|url=https://ec.europa.eu/energy/sites/ener/files/documents/ECOFYS%202014%20Subsidies%20and%20costs%20of%20EU%20energy_11_Nov.pdf|jornal=Ecofys|acessodata=23 de novembro de 2019}}</ref>

<br />

== Impacto ambiental ==
[[Ficheiro:Wb deichh drei kuhs.jpg|miniaturadaimagem|Gado pastando perto de uma turbina eólica.]]
O [[impacto ambiental]] da energia eólica quando comparado ao dos combustíveis fósseis é relativamente pequeno. De acordo com o [[Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas]] (IPCC), nas avaliações do potencial de aquecimento global do ciclo de vida das fontes de energia, as turbinas eólicas têm um valor médio entre 12 e 11 ([[Grama|g]][[Dióxido de carbono|CO<sub>2</sub>]]<nowiki/>eq/[[Kilowatt-hora|kWh]]) dependendo se estão sendo avaliadas as turbinas terrestres ou as marítimas. <ref>{{Citar web|titulo=Wayback Machine|url=https://web.archive.org/web/20140616215117/http://report.mitigation2014.org/drafts/final-draft-postplenary/ipcc_wg3_ar5_final-draft_postplenary_annex-iii.pdf|obra=web.archive.org|data=2014-06-16|acessodata=2019-11-27}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Wayback Machine|url=https://web.archive.org/web/20140929140555/http://report.mitigation2014.org/drafts/final-draft-postplenary/ipcc_wg3_ar5_final-draft_postplenary_annex-ii.pdf|obra=web.archive.org|data=2014-09-29|acessodata=2019-11-27}}</ref> Quando comparadas com outras fontes de [[Energia renovável|energias renováveis]], as turbinas eólicas possuem um dos menores [[potencial de aquecimento global]] por unidade de energia elétrica gerada.<ref>{{citar periódico|ultimo=Guezuraga|primeiro=Begoña|ultimo2=Zauner|primeiro2=Rudolf|data=Janeiro de 2012|titulo=Life cycle assessment of two different 2 MW class wind turbines|url=https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0960148111002254?via%3Dihub|jornal=Elsevier|acessodata=26 de novembro de 2019}}</ref>

Fazendas de turbinas terrestres causam um impacto visual significativo, além de um impacto na paisagem.<ref>{{citar periódico|ultimo=Kirchhoff|primeiro=Thomas|data=2014|titulo=Energiewende und Landschaftsästhetik Versachlichung ästhetischer Bewertungen von Energieanlagen durch Bezugnahme auf drei intersubjektive Landschaftsideale|url=http://www.naturphilosophie.org/wp-content/uploads/2014/01/Kirchhoff_2014_Energiewende-und-Landschaftsaesthetik.pdf|jornal=Naturschutz und Landschaftsplanung|acessodata=01/12/2019}}</ref> Suas redes de turbinas, estradas de acesso, linhas de transmissão e sub-estações podem resultar em um "alastramento da energia".<ref name=":3">{{citar periódico|ultimo=Jones|primeiro=Nathan F.|data=22/01/2015|titulo=The Energy Footprint: How Oil, Natural Gas, and Wind Energy Affect Land for Biodiversity and the Flow of Ecosystem Services|url=https://academic.oup.com/bioscience/article/65/3/290/236920|jornal=BioScience|acessodata=01/12/2019}}</ref> Nesse tipo de estações, tipicamente se tem a necessidade de cobrir mais terra e de se espalhar mais que em estações de outras energias.<ref>{{Citar web|titulo=What are the pros and cons of onshore wind energy?|url=http://www.lse.ac.uk/GranthamInstitute/faqs/what-are-the-pros-and-cons-of-onshore-wind-energy/|obra=Grantham Research Institute on climate change and the environment|acessodata=2019-12-01|lingua=en-US}}</ref> Para suprir a demanda energética de uma cidade somente com energia eólica, seria necessário construir fazendas eólicas maiores que a própria cidade.<ref>{{Citar web|titulo=How many wind farms are needed to power the world's major cities?|url=http://www.gevwindpower.com/2019/02/05/how-many-wind-farms-are-needed-to-power-the-worlds-major-cities/|obra=GEV Wind Power|data=2019-02-05|acessodata=2019-12-01|lingua=en-GB}}</ref> Na maioria das vezes, se precisa construí-las em áreas rurais, o que pode acarretar em uma "[[industrialização]] do campo"<ref>{{citar livro|título=Wind Power in Europe: Politics, Business and Society.|ultimo=Szarka|primeiro=Joseph|editora=Springer|ano=2007|páginas=176|acessodata=01/12/2019}}</ref> e perda de [[habitat]].<ref name=":3" /> Um relatório do Conselho de Montanhismo Escocês concluiu que as fazendas eólicas trazem um impacto negativo no [[turismo]] de áreas conhecidas por sua paisagem natural e visões panorâmicas.<ref>{{citar periódico|ultimo=Gordon|primeiro=David S.|data=Novembro de 2017|titulo=Wind farms and tourism in Scotland: A review with a focus on mountaineering and landscape.|url=https://www.mountaineering.scot/assets/contentfiles/media-upload/Wind_farms_and_tourism_in_Scotland_-_a_review,_Nov_2017_20171106.pdf|jornal=Mountaineering Scotland|acessodata=01/12/2019}}</ref> Entretanto, a terra entre as turbinas e estradas podem ser utilizadas para agricultura.<ref>{{Citar web|titulo=BWEA - Frequently Asked Questions|url=https://web.archive.org/web/20060419225935/http://www.bwea.com/ref/faq.html|obra=web.archive.org|data=2006-04-19|acessodata=2019-12-01}}</ref>

A fragmentação e perda de [[habitat]] são alguns dos impactos das fazendas eólicas na [[vida selvagem]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Jones|primeiro=Nathan F.|ultimo2=Pejchar|primeiro2=Liba|ultimo3=Kiesecker|primeiro3=Joseph M.|data=2015-03-01|titulo=The Energy Footprint: How Oil, Natural Gas, and Wind Energy Affect Land for Biodiversity and the Flow of Ecosystem Services|url=https://academic.oup.com/bioscience/article/65/3/290/236920|jornal=BioScience|lingua=en|volume=65|numero=3|paginas=290–301|doi=10.1093/biosci/biu224|issn=0006-3568}}</ref> Outros relatórios afirmam que as turbinas eólicas afetam os pássaros e morcegos, os quais são até encontrados mortos nas fazenda eólicas, por:

* Atrapalharem estes animais de diversos modos, como pelo som produzido e por atrapalharem sua visão do solo.
* Causarem perda do habitat, pois os planejadores muitas vezes falham em considerar o impacto de implementar centenas, e até milhares, de turbinas em áreas importantes para as presas desses pássaros.
* Colidirem com as pás das turbinas, porque fazendas podem ser construídas em fluxos migratórios destes animais.<ref name=":4" />

A escala do [[impacto ambiental]] pode ser significante<ref>{{Citar periódico|data=2009-04-16|titulo=Renewable Energy's Environmental Paradox|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2009/04/15/AR2009041503622.html|lingua=en-US|issn=0190-8286}}</ref> ou não<ref name=":4">{{Citar web|titulo=Wind Farms & Climate Change|url=https://www.rspb.org.uk/our-work/our-positions-and-casework/our-positions/climate-change/action-to-tackle-climate-change/uk-energy-policy/wind-farms/|obra=The RSPB|acessodata=2019-12-03|lingua=en-GB}}</ref>, dependendo das circunstâncias. A prevenção e mitigação de fatalidades da vida-selvagem, e proteção de [[turfeiras]]<ref>{{Citar web|titulo=Wayback Machine|url=https://web.archive.org/web/20131218090914/http://www.uel.ac.uk/erg/documents/Derrybrien.pdf|obra=web.archive.org|data=2013-12-18|acessodata=2019-12-03}}</ref>, afetam a localização e operação de turbinas eólicas.

As turbinas eólicas geram [[poluição sonora]]. Dada esta poluição, em áreas residenciais só se pode construir uma turbina eólica numa distância de 300 metros pois ela é capaz de atingir aproximadamente 45 dB, o que é um pouco mais do que o som de uma [[geladeira]] domestica. A uma distância de 1,5 km de distância elas se tornam impossíveis de se ouvir.<ref>{{Citar web|titulo=How Much Noise Does A Wind Turbine Make?|url=https://www.ge.com/reports/post/92442325225/how-loud-is-a-wind-turbine/|obra=GE Reports|data=2014-08-02|acessodata=2019-12-03|lingua=en-US|primeiro=Tomas|ultimo=Kellner}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=8itBNxBL4igC&pg=PA376&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false|título=Wind Energy Comes of Age|ultimo=Gipe|primeiro=Paul|data=1995-04-14|editora=John Wiley & Sons|lingua=en|isbn=978-0-471-10924-2}}</ref> Existem relatórios anedóticos de efeitos negativos à saúde pelo barulho em pessoas que vivem bem próximas a turbinas eólicas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Gohlke|primeiro=Julia M.|ultimo2=Hrynkow|primeiro2=Sharon H.|ultimo3=Portier|primeiro3=Christopher J.|data=2008-6|titulo=Health, Economy, and Environment: Sustainable Energy Choices for a Nation|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2430245/|jornal=Environmental Health Perspectives|volume=116|numero=6|paginas=A236–A237|doi=10.1289/ehp.11602|issn=0091-6765|pmc=2430245|pmid=18560493}}</ref> Pesquisas [[Revisão por pares|revisada por pares]], de forma generalizada, não suportam essas ressaltas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Chapman|primeiro=Simon|ultimo2=Simonetti|primeiro2=Teresa|data=2015-04-10|titulo=Summary of main conclusions reached in 25 reviews of the research literature on wind farms and health.|url=https://ses.library.usyd.edu.au/handle/2123/10559|lingua=en-AU}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Wind gets clean bill of health {{!}} The Star|url=https://www.thestar.com/business/2009/12/15/wind_gets_clean_bill_of_health.html|obra=thestar.com|acessodata=2019-12-03|lingua=en}}</ref>

A [[Força Aérea dos Estados Unidos|Força Aérea]] e a [[Marinha dos Estados Unidos|Marinha]] dos [[Estados Unidos]] teem expressado preocupações de que grandes turbinas eólicas situadas próximas às bases "terão um impacto negativo nos [[Radar|radares]] ao ponto que controles de trafego aéreo perderão a localização da [[aeronave]].".<ref>{{Citar web|titulo=Navy, Air Force share concerns about wind turbines|url=https://www.wind-watch.org/news/2016/05/06/navy-air-force-share-concerns-about-wind-turbines/|obra=National Wind Watch|acessodata=2019-12-03|lingua=en|primeiro=National Wind|ultimo=Watch}}</ref>

Antes de 2019, diversas lâminas de turbinas eólicas foram feitas de [[Fibra de vidro|fibras de vidro]] com modelos que garantiam uma longevidade de 10 a 20 anos.<ref name=":5">{{Citar web|titulo=Sioux Falls landfill tightens rules after Iowa dumps dozens of wind turbine blades|url=https://www.argusleader.com/story/news/city/2019/08/27/why-sioux-falls-landfill-has-crack-down-dumping-minnesotas-wind-turbine-blades/2125629001/|obra=Argus Leader|acessodata=2019-12-03|lingua=en|primeiro=Joe|ultimo=Sneve}}</ref> Dada a tecnologia disponível, em fevereiro de 2018 não havia mercado para reciclagem dessas lâminas velhas.<ref>{{Citar web|titulo=Retiring worn-out wind turbines could cost billions that nobody has|url=https://www.valleymorningstar.com/2017/02/18/retiring-worn-out-wind-turbines-could-cost-billions-that-nobody-has/|obra=Valley Morning Star|data=2017-02-18|acessodata=2019-12-03|lingua=en-US|primeiro=Rick|ultimo=Kelley}}</ref> Uma opção comum de descarte era levá-las até [[Aterro sanitário|aterros]]. Por serem desenhadas para serem ocas, elas tomam um volume enorme quando comparado a sua massa. Com isso em mente, operadores do aterro tem começado a destruírem antes delas serem levadas aos aterros.<ref name=":5" />

== Ver também ==

* [[Aerogerador]]
* [[Moinhos de vento]]
* [[Parque eólico]]
* [[Turbovela]]
* [[Usinas eólicas do Brasil]]

{{Referências}}

== Ligações externas ==
{{Commons|Wind power}}
* {{Link|pt|2=http://www.portal-energia.com/category/eolica/documentacao-energia-eolica/|3=Documentação Sobre Energia Eólica.}}
* {{Link|pt|2=http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010115071130|3=Super turbina eólica utiliza levitação magnética para produzir até 1 GW.}}
* {{Link|pt|2=http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=balao-que-gera-eletricidade-a-partir-do-vento-comeca-a-ser-testado|3=Balão que gera eletricidade a partir do vento começa a ser testado.}}
* {{Link|pt|2=http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nova-turbina-eolica-e-inspirada-nas-nadadeiras-de-baleias-e-golfinhos|3=Nova turbina eólica é inspirada nas nadadeiras de baleias e golfinhos.}}
* {{Link|en|2=http://www.lawea.org/ing|3=Latin America Wind Energy Association, LAWEA}}
* {{Link|pt|2=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u689283.shtml|3=Brasil aumentou em 77% capacidade de geração de energia eólica}}
* [http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/energia_eolica/6_3.htm ANEEL:Potencial eólico brasileiro]
* [http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/OperacaoGeracaoTipo.asp?tipo=7&ger=Combustivel&principal=E%F3lica Lista completa das usinas eólicas em operação no Brasil]

{{Fontes de energia}}
{{Portal3|Ambiente|Ecologia}}

{{DEFAULTSORT:Energia Eolica}}
[[Categoria:Energia eólica| ]]
[[Categoria:Sustentabilidade]]
[[Categoria:Energias renováveis]]