Exibir código-fonte para Paris

{{ver desambiguação}}
{{Info/Assentamento
| nome_oficial = Paris
| lema = ''[[Fluctuat nec mergitur]]''<br />"É sacudida pelas ondas, mas não afunda"
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    | footer       = '''De cima para baixo e da esquerda para a direita:''' a [[Torre Eiffel]] com o centro financeiro de [[La Défense]] (ao fundo) vistos da [[Torre Montparnasse]]; a [[Catedral de Notre-Dame de Paris]]; a [[Opéra Garnier]]; o [[Arco do Triunfo (França)|Arco do Triunfo]]; a [[Basílica de Sacré Cœur]] e o [[Museu do Louvre]].}}
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'''Paris''' ({{IPA-fr|paʁi|3=Paris1.ogg}}) é a [[capital]] e a [[Lista das cidades mais populosas da França|mais populosa cidade]] da [[França]], com uma população estimada em 2020 de {{Fmtn|2148271}} habitantes em uma área de 105 quilômetros quadrados.<ref name="Estimativa populacional">{{Citar web |url=https://www.insee.fr/fr/statistiques/1893198 |título=Estimation de la population au 1ᵉʳ janvier 2020 |publicado=Institut national de la statistique et des études économiques |data=14 de janeiro de 2020 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> Desde o século XVII, Paris é um dos principais centros de finanças, diplomacia, comércio, moda, ciência e artes da [[Europa]]. A cidade de Paris é o centro e sede de governo da [[Regiões administrativas francesas|região administrativa]] de [[Ilha de França]], que tem uma população estimada em 2020 de {{Fmtn|12278210}} habitantes, ou cerca de 18% da população da França.<ref name="Estimativa populacional" /> Em 2017, a região de Paris teve um [[Produto Interno Bruto|PIB]] de 709 bilhões de euros.<ref name="PIB">{{Citar web |url=https://ec.europa.eu/eurostat/documents/2995521/9618249/1-26022019-AP-EN.pdf/f765d183-c3d2-4e2f-9256-cc6665909c80 |título=Regional GDP per capita ranged from 31% to 626% of the EU average in 2017 |publicado=Eurostat |data=26 de fevereiro de 2019 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> De acordo com a Pesquisa de Custo de Vida da Economist Intelligence Unit em 2018, Paris era a segunda cidade mais cara do mundo, atrás apenas da [[Singapura]] e à frente de [[Zurique]], [[Hong Kong]], [[Oslo]] e [[Genebra]].<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20190330170311/https://www.telegraph.co.uk/travel/city-breaks/most-expensive-and-cheapest-cities-2018/ |título=Revealed: The world's most expensive (and cheapest) cities for 2018 |publicado=The Telegraph |autor=Annabel Fenwick Elliott |data=16 de março de 2018 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref>

Abrangendo numerosos monumentos e por conta de seu considerável papel político e econômico, Paris é também uma importante cidade na [[história do mundo]].<ref>{{Citar web |url=https://exame.abril.com.br/mundo/as-10-metropoles-que-mais-geram-oportunidades-para-seus-habitantes/ |título=As 10 metrópoles que mais geram oportunidades para seus habitantes |publicado=Exame |autor=Marcel Salim |data=13 de setembro de 2016 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> Sua posição numa encruzilhada entre os itinerários comerciais terrestres e fluviais no coração de uma rica região agrícola a tornou uma das principais cidades francesas ao longo do {{séc|X}}, beneficiada com palácios reais, ricas abadias e [[Catedral de Notre-Dame de Paris|uma catedral]].<ref name="Encyclopædia Britannica">{{Citar web |url=https://www.britannica.com/place/Paris |título=Paris |publicado=Encyclopædia Britannica |data=26 de novembro de 2019 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> Ao longo do {{séc|XII}}, se tornou um dos primeiros focos europeus do ensino e da arte.{{sfn|Spielvogel|2010|p=186}} A importância econômica e política de Paris foi reforçada quando os [[Rei de França|Reis de França]] e a [[Corte (realeza)|corte]] fixaram-se na cidade.{{sfn|Wischermann, Steinbrecher & Howell|2018|p=43}}<ref name="Encyclopædia Britannica" /> Assim, Paris se converteu em uma das mais importantes cidades de todo o [[mundo ocidental]], na capital da maior potência política europeia ({{séc|XVII}}), no centro cultural da Europa ({{séc|XVIII}}) e na capital da arte e do lazer ({{séc|XIX}}).<ref name="Encyclopædia Britannica" />

Paris é a capital econômica e comercial da França, onde os negócios da Bolsa e das finanças se concentram. A densidade da sua rede ferroviária, rodoviária e da sua estrutura aeroportuária — um [[Hub (aviação comercial)|hub]] da rede aérea francesa e europeia — fazem-na um ponto de convergência para os transportes internacionais. A cidade abriga dois aeroportos internacionais: o [[Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle]], o segundo aeroporto mais movimentado da Europa, e o [[Aeroporto de Paris-Orly]].<ref>{{Citar web |url=https://www.usatoday.com/story/travel/flights/todayinthesky/2018/04/09/list-worlds-20-busiest-airports-2017/498552002/ |título=The world's 20 busiest airports (2017) |publicado=USA Today |autor=Ben Mutzabaugh |data=9 de abril de 2018 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.airport-world.com/news/general-news/6601-aci-figures-reveal-the-world-s-busiest-passenger-and-cargo-airports.html |título=ACI reveals the world's busiest passenger and cargo airports |publicado=Airport World |autor=Joe Bates |data=9 de abril de 2018 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> Inaugurado em 1900, o metrô da cidade, o [[Metropolitano de Paris]], atende 5,23 milhões de passageiros diariamente;<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20161221051116/http://www.ratp.fr/en/ratp/r_108501/metro2030-our-new-paris-metro/ |título=Métro2030, our new Paris Metro |publicado=RATP |data=2016 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> é o segundo sistema de metrô mais movimentado da Europa, superado pelo [[metrô de Moscou]].<ref>{{Citar web |url=https://www.thoughtco.com/busiest-subways-1435753 |título=The Busiest Subway Systems in the World |publicado=ThoughtCo |autor=Katherine Schulz Richard |data=10 de abril de 2019 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> A [[Gare du Nord]] é a 24.ª estação ferroviária mais movimentada do mundo, porém a primeira localizada fora do [[Japão]], com 262 milhões de passageiros em 2015.<ref>{{Citar web |url=https://japantoday.com/category/features/travel/the-51-busiest-train-stations-in-the-world-all-but-6-located-in-japan |título=The 51 busiest train stations in the world– All but 6 located in Japan |publicado=Japan Today |autor=Master Blaster |data=6 de fevereiro de 2013 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://thelasource.com/fr/2017/11/06/paris-nord-la-gare-mal-aimee/ |título=Paris-Nord, la gare mal aimée |publicado=La Source |autor=Pascal Guillon |data=7-21 de novembro de 2013 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref>

Em 2018, Paris recebeu 16,8 milhões de turistas, sendo a oitava cidade mais visitada do mundo naquele ano, assim como a segunda cidade da Europa, depois de [[Londres]].<ref>{{Citar web |url=https://edition.cnn.com/travel/article/most-visited-cities-euromonitor-2018/index.html |título=Most visited: World's top cities for tourism |publicado=CNN |autor=Maureen O'Hare |data=5 de abril de 2018 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> O clube de futebol [[Paris Saint-Germain Football Club|Paris Saint-Germain]] e o clube de rugby [[Stade Français Club Athlétique des Sports Généraux|Stade Français]] estão sediados em Paris. O [[Stade de France]], com 81 mil lugares, construído para a [[Copa do Mundo FIFA de 1998]], está localizado ao norte da cidade, na comuna vizinha de [[Saint-Denis (Seine-Saint-Denis)|Saint-Denis]].<ref>{{Citar web |url=https://en.parisinfo.com/discovering-paris/themed-guides/paris-loves-sport/watch-sport-in-paris/major-venues-for-top-level-sport-in-paris |título=Major venues for top-level sport in Paris |publicado=Paris |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> Paris organiza anualmente o torneio [[Grand Slam de tênis]]. Sediou os [[Jogos Olímpicos de Verão]] de [[Jogos Olímpicos de Verão de 1900|1900]] e [[Jogos Olímpicos de Verão de 1924|1924]], devendo sediar o de [[Jogos Olímpicos de Verão de 2024|2024]].<ref>{{Citar web |url=https://esporte.ig.com.br/maisesportes/2017-07-31/jogos-olimpicos-2024-2028.html |título=COI confirma Paris como sede dos Jogos Olímpicos de 2024 e Los Angeles em 2028 |publicado=iG |data=31 de julho de 2017 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> Paris também foi a cidade-sede das [[Copa do Mundo FIFA|Copas do Mundo FIFA]] de [[Copa do Mundo FIFA de 1938|1938]] e [[Copa do Mundo FIFA de 1998|1998]], a [[Copa do Mundo de Rugby Union de 2007]] e o [[Campeonato Europeu de Futebol]] de [[Copa das Nações Europeias de 1960|1960]], [[Campeonato Europeu de Futebol de 1984|1984]] e [[Campeonato Europeu de Futebol de 2016|2016]].<ref>{{Citar web |url=https://www.uefa.com/uefaeuro-2020/news/0253-0d80bd7df043-99290da7d318-1000--uefa-euro-2016-venues/ |título=UEFA EURO 2016 venues |publicado=UEFA |data=11 de novembro de 2015 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> A competição de ciclismo de estrada ''[[Tour de France]]'' finaliza-se em Paris em todo mês de julho.<ref>{{Citar web |url=https://en.parisinfo.com/paris-show-exhibition/135477/tour-de-france |título=Tour de France: finish of the 21st and final stage |publicado=Paris |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref>

== Etimologia ==
Paris deve seu nome aos [[Parísios]], um [[Gauleses|povo gaulês]] que habitava a região antes da chegada dos romanos.{{sfn|Margerison|2011|p=167}} Após conquistá-los, os romanos rebatizaram seu assentamento como "[[Lutécia (Paris)|Lutécia dos Parísios]]" ({{langx|la|''Lutetia Parisiorum''}}). Ao longo do {{séc|IX}}, essa denominação, aos poucos, deu lugar ao nome atual.{{sfn|C. Klincksieck.|1857|p=396}} Os Parísios também emprestaram seu nome a algumas outras vilas da região, tais como [[Villeparisis]], Cormeilles-en-Parisis, e Fontenay-en-Parisis.{{sfn|Ritondale|2008|p=279}}

Paris é frequentemente chamada de "cidade das luzes" (''La Ville Lumière''),{{sfn|Robertson|2010|p=37}} tanto por conta de seu papel de liderança durante a [[Era do Iluminismo]] quanto mais literalmente porque Paris foi uma das primeiras grandes cidades europeias a usar a iluminação pública a gás em grande escala em seus bulevares e monumentos. Em 1829, luzes de gás foram instaladas na Place du Carrousel, [[Rue de Rivoli]] e [[Place Vendôme]]. Em 1857, as grandes avenidas foram acesas.{{sfn|Fierro|1996|p=838}} Na década de 1860, as avenidas e ruas de Paris eram iluminadas por 56 mil lâmpadas de gás.{{sfn|Du Camp|1875|p=596}}

== História ==
{{VT|História de Paris}}

=== Origens ===
[[Imagem:ParisiiCoins.jpg|thumb|esquerda|Moedas de ouro cunhadas pelos [[parísios]] ({{-séc|I}})]]
[[Imagem:Le_forum_de_Lutèce,_maquette.JPG|esquerda|thumb|Modelo do fórum de [[Lutécia (Paris)|Lutécia]].]]

Os parísios, uma sub-tribo dos [[Sênones]] [[celtas]], habitavam a área atualmente compreendida como Paris por volta de meados do {{-séc|III}}.{{sfn|Arbois de Jubainville|Dottin|1889|p=132}}{{sfn|Cunliffe|2004|p=201}} Uma das principais rotas comerciais norte-sul da região atravessava o Sena na [[Ilha da Cidade]]; este local de encontro de rotas comerciais tornou-se gradualmente um importante centro comercial.{{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|p=25}} Os Parísios negociaram com muitas cidades fluviais (algumas tão distantes quanto a [[Península Ibérica]]) e cunharam suas próprias moedas para esse propósito.{{sfn|Schmidt|2009|pp=65–70}}

Os [[República Romana|romanos]] conquistaram a Bacia de Paris em {{AC|52|x}} e começaram seu assentamento na [[Rive Gauche|margem esquerda]] de Paris.{{sfn|Schmidt|2009|pp=88–104}} A cidade romana era originalmente chamada de [[Lutécia (Paris)|Lutécia]] ou Lutécia dos Parísios ({{langx|la|''Lutetia Parisiorum''}}). Tornou-se uma cidade próspera com um fórum, [[Termas romanas|termas]], templos, teatros e um anfiteatro.{{sfn|Schmidt|2009|pp=154–67}}

No final do Império Romano do Ocidente, a cidade era conhecida como Parísio, um nome latino que mais tarde se tornaria Paris em francês.{{Sfn|Meunier|2014|p=12}} O [[cristianismo]] foi introduzido em meados do {{séc|III}} por [[Dinis de Paris|São Dionísio]], o primeiro bispo de Paris: segundo a lenda, quando Dionísio se recusou a renunciar à sua fé diante dos ocupantes romanos, foi decapitado na colina que ficou conhecida como ''Monte do Martírio'' (''Mons Martyrum''), mais tarde [[Montmartre]], de onde andou sem sua cabeça para o norte da cidade; o local onde caiu e foi enterrado se tornou um importante santuário religioso, a [[Basílica de Saint-Denis|Basílica de São Dionísio]], onde muitos reis franceses estão enterrados.{{sfn|Schmidt|2009|pp=210–11}}

[[Clóvis]], o primeiro rei da [[Dinastia merovíngia]], fez da cidade sua capital a partir de 508. Quando o domínio franco da Gália começou, houve uma imigração gradual dos [[francos]] para Paris e nasceram os dialetos francófonos parisienses. A fortificação da [[Ilha da Cidade]] não conseguiu evitar o [[Cerco de Paris (845)|saque pelos viquingues em 845]], mas a importância estratégica de Paris—com suas pontes que impediam a passagem de navios—foi estabelecida por uma defesa bem-sucedida no [[Cerco de Paris (885–886)|cerco de Paris (885-86)]], pelo qual o então conde de Paris, [[Eudo de França]], foi eleito rei da [[Frância Ocidental]].{{sfn|Jones|1994|p=48}} Da [[Casa de Capeto|dinastia capetiana]] iniciada com a eleição de 987 de [[Hugo Capeto]], conde de Paris e [[duque dos francos]], como rei de uma Frância unificada, Paris gradualmente se tornou a maior e mais próspera cidade da França.{{sfn|Schmidt|2009|pp=210–11}}

=== Idade Média a Luís XIV ===
[[Imagem:Palais de la Cite.jpg|thumb|O [[Palais de la Cité]] e a [[Sainte-Chapelle]], vistos da [[Rive Gauche|margem esquerda]], no livro ''[[Les très riches heures du duc de Berry]]'' (mês de junho de 1410)]]

No final do {{séc|XII}}, Paris havia se tornado a capital política, econômica, religiosa e cultural da França.{{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|p=27}} O Palais de la Cité, a residência real, ficava no extremo oeste da Ilha da Cidade.<ref>{{Citar web |url=https://frenchmoments.eu/conciergerie-paris/ |título=Discover the historic monument of Conciergerie in Paris |publicado=French Moments Ltd |acessodata=9 de fevereiro de 2020}}</ref> Em 1163, durante o reinado de {{lknb|Luís|VII|de França}}, [[Maurício de Sully]], bispo de Paris, empreendeu a construção da [[Catedral de Notre Dame]] na extremidade oriental da cidade.<ref>{{Citar web |url=https://www.britannica.com/topic/Notre-Dame-de-Paris#ref186273 |título=Notre-Dame de Paris |publicado=Encyclopædia Britannica |data=24 de maio de 2019 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref>

Depois que o pântano entre o [[rio Sena]] e o seu mais lento "braço morto" ao norte foi preenchido por volta do {{séc|X}},{{sfn|Bussmann|1985|p=22}} o centro cultural de Paris começou a se mudar para a margem direita. Em 1137, um novo mercado da cidade (hoje [[Les Halles de Paris]]) substituiu os dois menores na Ilha da Cidade e na Place de la Grève (Hotel de Ville).{{sfn|de Vitriaco|Hinnebusch|1972|p=262}}

No final do {{séc|XII}}, [[Filipe II de França]] estendeu a fortaleza do [[Museu do Louvre|Louvre]] para defender a cidade contra invasões de rios do oeste, deu à cidade suas primeiras muralhas entre 1190 e 1215, reconstruiu suas pontes para ambos os lados da ilha central e pavimentou suas principais vias.{{sfn|Sarmant|2012|pp=36–40}} Em 1190, Filipe II transformou a antiga escola catedral de Paris no que se tornaria a [[Universidade de Paris]] e atrairia estudantes de toda a Europa.{{sfn|Sarmant|2012|pp=28–29}}{{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|p=27}}

Com 200 mil habitantes em 1328, Paris, à época já capital da França, era a cidade mais populosa da Europa. [[Londres]], em comparação, tinha 80 mil em 1300.<ref name=ParisDigest>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20180906195637/https://www.parisdigest.com/history/paris_history.htm |título=Paris history facts |publicado=Paris Digest |data=6 de setembro de 2018 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> Durante a [[Guerra dos Cem Anos]], Paris foi ocupada pelas forças da Borgonha, aliada da Inglaterra, a partir de 1418, antes de ser ocupada pelos ingleses quando [[Henrique V de Inglaterra]] entrou na capital francesa em 1420;{{sfn|Beaucourt|1881|p=32 e 48}} apesar de um [[Cerco de Paris (1429)|esforço em 1429]] por [[Joana d'Arc]] para libertar a cidade,{{sfn|Fierro|1996|pages=52–53}} esta permaneceu sob ocupação inglesa até ser libertada por [[Carlos VII de França|Carlos VII]] em 1436.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/53116084|título=A historiografia religiosa medieval hoje : temas e problemas|data=|editora=Centro de Estudos de História Religiosa, Universidade Católica Portuguesa|outros=Maria de Lurdes Rosa, Universidade Católica Portuguesa. Centro de Estudos de História Religiosa|local=Lisboa|página=176|oclc=53116084}}</ref>

[[Imagem:P1030886 Paris IV hôtel de Sens rwk.JPG|thumb|esquerda|O [[Hôtel de Sens]], um dos muitos prédios remanescentes da [[Idade Média]] em Paris]]

Nas [[Guerras religiosas na França]] do final do {{séc|XVI}}, Paris era uma fortaleza da [[Liga Católica]], responsável por organizar o [[Massacre da noite de São Bartolomeu]] em 24 de agosto de 1572, no qual milhares de protestantes franceses foram mortos.<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20150504150458/http://www.britannica.com/EBchecked/topic/516821/Massacre-of-Saint-Bartholomews-Day |título=Massacre of Saint Bartholomew's Day |publicado=Encyclopædia Britannica |data=23 de novembro de 2014 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref>{{sfn|Bayrou|1994|pp=121–30}} Os conflitos terminaram quando o pretendente ao trono [[Henrique IV de França|Henrique IV]], depois de se converter ao catolicismo e conseguir entrar na cidade em 1594, reivindicou a coroa francesa. Henrique fez várias melhorias na capital durante seu reinado: concluiu a construção da primeira ponte descoberta e revestida de calçada de Paris, a [[Pont Neuf]], construiu uma extensão do Louvre, conectando-o ao [[Palácio das Tulherias]], e criou a primeira praça residencial de Paris, a Place Royale, agora Place des Vosges. Apesar dos esforços de Henrique para melhorar a circulação da cidade, a estreiteza das ruas de Paris foi um fator que contribuiu para seu assassinato perto do mercado Les Halles em 1610.{{sfn|Fierro|1996|p=577}}

Durante o {{séc|XVII}}, o [[Cardeal de Richelieu]], ministro-chefe de [[Luís XIII de França|Luís XIII]], estava determinado a fazer de Paris a cidade mais bonita da Europa. Construiu cinco novas pontes, uma nova capela para o Colégio de Sorbonne e um palácio para si, o Cardeal Palais, que legou a Luís XIII. Após a morte de Richelieu em 1642, o palácio foi renomeado para [[Palais-Royal]].{{sfn|Fierro|1996|p=582}}

Devido às revoltas parisienses durante a guerra civil de [[Fronda]], [[Luís XIV de França|Luís XIV]] mudou sua corte para um novo palácio, [[Palácio de Versalhes|Versalhes]], em 1682. Embora não fosse mais a capital da França, as artes e as ciências da cidade floresceram com a [[Comédie-Française]], a Academia de Pintura e a [[Académie des Sciences|Academia Francesa de Ciências]]. Para demonstrar que a cidade estava a salvo de ataques, o rei demoliu as muralhas da cidade e as substituiu por bulevares arborizados que se tornariam os atuais ''Grands Boulevards''.{{Sfn|Combeau|2003|pp=42–43}} Outras marcas de seu reinado foram o [[Collège des Quatre-Nations]], o [[Place Vendôme]], o [[Place des Victoires]] e o [[Hôtel des Invalides]].{{sfn|Fierro|1996|pp=590–91}}

=== Séculos XVIII e XIX ===
A população de Paris cresceu de cerca de 400 mil habitantes em 1640 para 650 mil em 1780.{{sfn|Durant|1975|pp=3}} Uma nova avenida, a [[Champs-Élysées]], estendeu a cidade a oeste de [[Praça Charles de Gaulle|Étoile]],{{Sfn|Combeau|2003|pp=45–47}} enquanto o bairro [[Faubourg Saint-Antoine]], no leste da cidade e habitado pela classe trabalhadora, ficava cada vez mais lotado de trabalhadores pobres que migravam de outras regiões da França.{{sfn|Sarmant|2012|pp=129–33}}

[[Imagem:Prise de la Bastille.jpg|thumb|A [[Tomada da Bastilha|tomada]] da [[Bastilha]] em 14 de julho de 1789, por [[Jean-Pierre Houël]]]]

Paris foi o centro de uma explosão de atividades filosófica e científica conhecida como [[Iluminismo|Era do Iluminismo]]. [[Denis Diderot|Diderot]] e [[Jean le Rond d’Alembert|d'Alembert]] publicaram sua ''[[Encyclopédie]]'' em 1751, e os [[Irmãos Montgolfier]] lançaram o primeiro voo tripulado em um balão de ar quente em 1783, dos jardins do [[Castelo de la Muette]]. Paris era a capital financeira da Europa continental, o principal centro europeu de publicação de livros, de moda e de fabricação de móveis finos e artigos de luxo.{{sfn|Sarmant|2012|p=120}}

No verão de 1789, Paris se tornou o palco central da [[Revolução Francesa]]. Em 14 de julho, uma multidão apreendeu o arsenal de [[Hôtel des Invalides|Invalides]], adquirindo milhares de armas, e [[Tomada da Bastilha|invadiu]] a [[Bastilha]], um símbolo da autoridade real. A primeira [[Comuna de Paris (1792)|Comuna de Paris]] independente, ou conselho da cidade, reuniu-se no Hôtel de Ville e, em 15 de julho, elegeu um prefeito, o astrônomo [[Jean Sylvain Bailly]].{{sfn|Paine|1998|p=453}}

Luís XVI e a família real foram [[Marcha sobre Versalhes|trazidos para Paris]] e feitos prisioneiros no Palácio das Tulherias. Em 1793, quando a revolução se tornou cada vez mais radical, o rei, a rainha e o prefeito foram guilhotinados (executados) no [[Reino do Terror]], juntamente com mais de 16 mil pessoas em toda a França.{{sfn|Fierro|1996|p=674}} A propriedade da aristocracia e da igreja foi nacionalizada, e as igrejas da cidade foram fechadas, vendidas ou demolidas.{{sfn|Sarmant|2012|p=144}} Uma sucessão de facções revolucionárias governou Paris até [[18 de brumário|9 de novembro de 1799]], quando [[Napoleão Bonaparte]] tomou o poder como primeiro cônsul.{{sfn|Sarmant|2012|p=147}}

[[Imagem:Giuseppe Canella - Le marché aux fleurs, la Tour de l'Horloge, le Pont au Change et le Pont-Neuf - P1910 - Musée Carnavalet.jpg|thumb|esquerda|O mercado de flores, a Torre do Relógio, a [[Pont au Change]] e a [[Pont Neuf]], por [[Giuseppe Canella]], em 1832]]

A população de Paris havia diminuído 100 mil habitantes durante a Revolução, mas entre 1799 e 1815 aumentou em 160 mil novos residentes, chegando a 660 mil.{{sfn|Sarmant|2012|p=148}} Napoleão substituiu o governo eleito de Paris por um prefeito que reportava apenas a si próprio. Também passou a erguer monumentos para a glorificação militar, incluindo o [[Arco do Triunfo (França)|Arco do Triunfo]], e melhorou a infra-estrutura negligenciada da cidade com novas fontes, o Canal de l'Ourcq, o [[Cemitério do Père-Lachaise]] e a primeira ponte metálica da cidade, a [[Pont des Arts]].{{sfn|Sarmant|2012|p=148}}

Durante a [[Restauração francesa|Restauração]], as pontes e praças de Paris foram devolvidas aos seus nomes pré-Revolução, mas a [[Revolução de Julho|Revolução de Julho de 1830]] em Paris trouxe um monarca constitucional, [[Luís Filipe I de França|Luís Filipe I]], ao poder. A primeira linha ferroviária para Paris foi inaugurada em 1837, iniciando um novo período de migração maciça das [[Antigas províncias da França|províncias]] para a cidade.{{sfn|Sarmant|2012|p=148}} Luís Filipe foi derrubado por uma revolta popular nas ruas de Paris em 1848. Seu sucessor, [[Napoleão III de França|Napoleão III]], e o recém-nomeado prefeito do [[Sena (departamento)|Sena]], [[Georges-Eugène Haussmann]], lançaram um gigantesco projeto de obras públicas para construir novas avenidas, uma nova casa de ópera, um mercado central, novos aquedutos, canos de esgoto e parques, incluindo o [[Bois de Boulogne]] e o [[Bois de Vincennes]].{{sfn|De Moncan|2012|pp=7–35}} Em 1860, Napoleão III também anexou as cidades vizinhas e criou oito novos ''arrondissements'', expandindo Paris aos seus limites atuais.{{sfn|De Moncan|2012|pp=7–35}}

Durante a [[Guerra Franco-Prussiana]] (1870-1871), Paris foi sitiada pelo exército prussiano. Após meses de bloqueio, fome e bombardeio pelos prussianos, a cidade foi forçada a se render em 28 de janeiro de 1871. Em 28 de março, um governo revolucionário chamado [[Comuna de Paris]] tomou o poder em Paris. A Comuna manteve o poder por dois meses, até que foi severamente reprimida pelo exército francês durante a "Semana Sangrenta", no final de maio de 1871.{{sfn|Rougerie|2014|p=118}}

[[Imagem:Louis-Emile Durandelle, The Eiffel Tower - State of the Construction, 1888.jpg|thumb|upright|A [[Torre Eiffel]], em construção em novembro de 1888, surpreendeu os parisienses – e o mundo – com sua modernidade]]

No final do {{séc|XIX}}, Paris sediou duas grandes exposições internacionais: a [[Exposição Universal de 1889]], realizada para marcar o centenário da Revolução Francesa e apresentar a nova Torre Eiffel; e a [[Exposição Universal de 1900]], que deu a Paris a [[Ponte Alexandre III]], o [[Grand Palais]], o [[Petit Palais]] e a primeira linha do [[Metropolitano de Paris]].{{sfn|Fraser|Spalding|2011|p=117}} Na mesma época, Paris tornou-se o laboratório do [[Literatura do naturalismo|naturalismo]] ([[Émile Zola]]) e do [[simbolismo]] ([[Charles Baudelaire]] e [[Paul Verlaine]]), assim como do [[impressionismo]] na arte ([[Gustave Courbet|Courbet]], [[Édouard Manet|Manet]], [[Claude Monet|Monet]] e [[Pierre-Auguste Renoir|Renoir]]).{{sfn|Fierro|1996|pp=490–91}}

=== Séculos XX e XXI ===
Em 1901, a população de Paris havia crescido para {{Fmtn|2715000}}.{{sfn|Combeau|2003|p=61}} No início do século, artistas de todo o mundo, incluindo [[Pablo Picasso]], [[Amedeo Modigliani|Modigliani]] e [[Henri Matisse]], fizeram de Paris sua casa. Foi o berço do [[fauvismo]], [[cubismo]] e da [[arte abstrata]],{{sfn|Fierro|1996|p=497}}{{sfn|Franck|2007|p=}} e autores como [[Marcel Proust]] estavam explorando novas abordagens para a literatura.{{sfn|Fierro|1996|p=491}}

Durante a [[Primeira Guerra Mundial]], Paris às vezes se encontrou na linha de frente do conflito; entre 600 a {{Fmtn|1000}} táxis de Paris tiveram um pequeno papel, mas altamente importante do ponto de vista simbólico, ao transportarem 6 mil soldados para a linha de frente na [[Primeira Batalha do Marne]]. A cidade também foi [[Canhão de Paris|bombardeada]] por zepelins e por armas de longo alcance alemãs.{{sfn|Fierro|1996|p=750}} Nos anos após a guerra, conhecidos como ''Les Années Folles'', Paris continuou sendo uma meca para escritores, músicos e artistas de todo o mundo, incluindo [[Ernest Hemingway]], [[Igor Stravinsky]], [[James Joyce]], [[Josephine Baker]], [[Allen Ginsberg]]<ref name=Wills>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20190119174525/http://www.beatdom.com/4-important-travel-destinations-beat-generation/ |título=Important Destinations for the Beat Generation |publicado=Beatdom Literary Journal |autor=David S. Wills |data=Janeiro de 2019 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> e o [[surrealista]] [[Salvador Dalí]].<ref name=Meisler>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20140518170614/http://www.smithsonianmag.com/arts-culture/the-surreal-world-of-salvador-dali-78993324/ |título=The Surreal World of Salvador Dalí |publicado=Smithsonian Magazine |autor=Stanley Meisler |data=Abril de 2005 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref>

Nos anos seguintes à [[Conferência de Paz de Paris (1919)|Conferência de Paz de Paris]], a cidade agricou um número crescente de estudantes e ativistas de [[Império colonial francês|colônias francesas]] e outros países asiáticos e africanos, que mais tarde se tornaram líderes de seus países de origem, como [[Ho Chi Minh]], [[Zhou Enlai]] e [[Léopold Sédar Senghor]].<ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20180709044120/http://www.cambridge.org/us/academic/subjects/history/twentieth-century-european-history/anti-imperial-metropolis-interwar-paris-and-seeds-third-world-nationalism?format=HB |título=Anti-Imperial Metropolis |publicado=Cambridge University Press |data=4 de setembro de 2015 |acessodata=9 de fevereiro de 2020}}</ref>

[[Imagem:The Liberation of Paris, 25 - 26 August 1944 HU66477.jpg|thumb|esquerda|O general [[Charles de Gaulle]] nos Champs-Élysées comemorando a [[Liberação de Paris|libertação de Paris]], em 26 de agosto de 1944]]

Em 14 de junho de 1940, o exército alemão marchou para Paris, que foi declarada como uma "[[cidade aberta]]".{{sfn|Sarmant|2012|p=217}} De 16 a 17 de julho de 1942, seguindo ordens alemãs, a polícia e os gendarmes franceses prenderam {{Fmtn|12884}} judeus, incluindo {{Fmtn|4115}} crianças, e os confinaram durante cinco dias no [[Rafle du Vélodrome d'Hiver]], de onde foram transportados de trem para o campo de concentração de [[Auschwitz]]; nenhuma das crianças voltou.{{sfn|Fierro|1996|p=637}}{{sfn|Sarmant|2012|p=218}} Em 25 de agosto de 1944, a cidade foi [[Liberação de Paris|libertada]] pela 2.ª Divisão Blindada Francesa e pela 4.ª Divisão de Infantaria do [[Exército dos Estados Unidos]]. O general [[Charles de Gaulle]] liderou uma enorme e emotiva multidão pelos Campos Elísios em direção a Notre Dame de Paris e proferiu um inflamado discurso do [[Hôtel de Ville (Paris)|Hôtel de Ville]].{{sfn|Fierro|1996|pp=242–43}}

Nas décadas de 1950 e 1960, Paris se tornou uma frente da [[Guerra de Independência Argelina]]; em agosto de 1961, a [[Frente de Libertação Nacional (Argélia)|FLN]], pró-independência, atacou e matou 11 policiais de Paris, levando à imposição de um toque de recolher aos muçulmanos da Argélia (que na época eram cidadãos franceses). Em 17 de outubro de 1961, uma manifestação não autorizada, mas pacífica, de argelinos contra o toque de recolher levou a violentos confrontos entre a polícia e manifestantes, nos quais pelo menos 40 pessoas foram mortas, incluindo algumas jogadas no Sena. A anti-independência [[Organisation Armée Secrète]], por sua vez, realizou uma série de atentados em Paris ao longo de 1961 e 1962.<ref>{{Citar web |url=https://www.theguardian.com/world/2011/oct/17/france-remembers-algerian-massacre |título=France remembers Algerian massacre 50 years on |publicado=The Guardian |autor=Kim Willsher |data=26 de outubro de 2014 |acessodata=9 de fevereiro de 2020}}</ref>{{sfn|Fierro|1996|p=658}}

Em maio de 1968, estudantes ocuparam a [[Universidade de Paris|Sorbonne]] e colocaram barricadas no [[Quartier Latin]]. Milhares de trabalhadores parisienses de [[colarinho azul]] se juntaram aos estudantes, e o movimento se transformou em uma greve geral de duas semanas. Os eventos de [[maio de 1968]] no país resultaram na divisão da Universidade de Paris em 13 campi independentes.{{sfn|Sarmant|2012|p=226}} Em 1975, a Assembleia Nacional mudou o status de Paris para o de outras cidades francesas e, em 25 de março de 1977, [[Jacques Chirac]] se tornou o primeiro prefeito eleito da cidade desde 1793.{{sfn|Fierro|1996|p=260}} A população de Paris caiu de {{Fmtn|2850000}} em 1954 para {{Fmtn|2152000}} em 1990, quando famílias da classe média se mudaram para os subúrbios.{{sfn|Combeau|2003|pp=107–08}} Uma rede ferroviária suburbana, o [[RER d'Île-de-France|RER]], foi construída para complementar o metrô, e a via expressa [[Boulevard périphérique de Paris|Périphérique]] que circunda a cidade foi concluída em 1973.{{sfn|Bell|de-Shalit|2011|p=247}}

[[Imagem:Marche républicaine 2015 à Paris Charlie Hebdo (14).jpg|thumb|Em 2015, cerca de 1,5 milhão de pessoas participaram da [[Marcha pela República]] em Paris]]

A maioria dos presidentes do pós-guerra, período conhecido como [[Quinta República Francesa|Quinta República]], buscaram deixar suas marcas em Paris; [[Georges Pompidou]] iniciou o [[Centre Georges Pompidou]] (1977), [[Valéry Giscard d'Estaing]] deu início ao [[Musée d'Orsay]] (1986); President [[François Mitterrand]], no poder por 14 anos, construiu a [[Ópera da Bastilha]] (1985–1989), o novo local da [[Biblioteca Nacional da França]] (1996), o [[Arche de la Défense]] (1985–1989), e a pirâmide do Louvre, com seu pátio subterrâneo (1983–1989); [[Jacques Chirac]] (2006), o [[Museu do Quai Branly]].{{sfn|Sarmant|2012|pp=226–30}}

Entre julho e outubro de 1995, uma série de bombardeios realizados pelo [[Grupo Islâmico Armado]] da [[Argélia]] causou 8 mortes e mais de 200 feridos.<ref>{{citar jornal|url=https://www.nytimes.com/2002/11/01/world/french-court-sentences-2-for-role-in-1995-bombings-that-killed-8.html|título=French Court Sentences 2 for Role in 1995 Bombings That Killed 8|primeiro =Alan|último =Riding|obra=The New York Times|data=1 de novembro de 2002|acessodata=1 de janeiro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20181018085701/https://www.nytimes.com/2002/11/01/world/french-court-sentences-2-for-role-in-1995-bombings-that-killed-8.html|arquivodata=18 de outubro de 2018}}</ref> O atentado mais mortífero ocorreu na estação de metro de Saint-Michel-Notre Dame, em 25 de julho daquele, onde foram registradas as 8 mortes.<ref>{{Citar web|titulo=Último ataque em solo francês foi em 1995 - DN|url=https://www.dn.pt/globo/europa/ultimo-ataque-em-solo-frances-foi-em-1995-1667151.html}}</ref>

No início do {{séc|XXI}}, a população de Paris começou a aumentar lentamente novamente, à medida que mais jovens se mudaram para a cidade; em 2012 atingiu cerca de 2,2 milhões de habitantes.<ref>{{Citar web |url=https://www.britannica.com/place/Paris/People |título=Paris: People |publicado=Encyclopædia Britannica |data=26 de novembro de 2019 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref> Em 2001, [[Bertrand Delanoë]] se tornou o primeiro prefeito socialista. Em 2007, em um esforço para reduzir o tráfego de carros na cidade, Delanoë lançou o [[Vélib']], um sistema de aluguel de bicicletas para o uso de moradores e visitantes.<ref>{{Citar web |url=http://www.citymayors.com/mayors/paris_mayor.html |título=Bertrand Delanoë: former Mayor of Paris |publicado=City Mayors |autor=Andrew Stevens e James Monaghan |data=2008 |acessodata=2 de fevereiro de 2020}}</ref>

Em 7 de janeiro de 2015, dois extremistas muçulmanos franceses [[Massacre do Charlie Hebdo|atacaram a sede do ''Charlie Hebdo'']] em Paris e mataram treze pessoas, em um ataque reivindicado pela [[Al-Qaeda na Península Arábica]]<ref>{{citar web|url=http://www.cnn.com/2015/01/21/europe/2015-paris-terror-attacks-fast-facts/index.html|título=2015 Charlie Hebdo Attacks Fast Facts|último =Library|primeiro =C.N.N.|website=CNN|acessodata=20 de junho de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170623154608/http://www.cnn.com/2015/01/21/europe/2015-paris-terror-attacks-fast-facts/index.html|arquivodata=23 de junho de 2017}}</ref> e em 9 de janeiro, um terceiro terrorista, que alegou ser parte do [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante]] (ISIS), matou quatro reféns durante um ataque a um supermercado judeu em Porte de Vincennes.<ref>{{citar web|url=http://www.lemonde.fr/les-decodeurs/article/2015/01/14/attentats-terroristes-les-questions-que-vous-nous-avez-le-plus-posees_4554653_4355770.html |obra=Le Monde |data=15 de janeiro de 2015 |acessodata=15 de janeiro de 2015 |título=Attentats terroristes : les questions que vous nous avez le plus posées |língua=francês |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150114153341/http://www.lemonde.fr/les-decodeurs/article/2015/01/14/attentats-terroristes-les-questions-que-vous-nous-avez-le-plus-posees_4554653_4355770.html |arquivodata=14 de janeiro de 2015}}</ref> Em 11 de janeiro, cerca de [[Marcha pela República|1,5 milhão de pessoas marcharam em Paris]] em uma demonstração de solidariedade contra o terrorismo e em apoio à [[liberdade de expressão]].<ref>{{citar web|url=http://www.lefigaro.fr/politique/le-scan/citations/2015/01/11/25002-20150111ARTFIG00086-les-politiques-s-affichent-a-la-marche-republicaine.php |título=Les politiques s'affichent à la marche républicaine |obra=Le Figaro |data=11 de janeiro de 2015 |acessodata=11 de janeiro de 2015 |língua=French |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150111213532/http://www.lefigaro.fr/politique/le-scan/citations/2015/01/11/25002-20150111ARTFIG00086-les-politiques-s-affichent-a-la-marche-republicaine.php |arquivodata=11 de janeiro de 2015 }}</ref> Em 13 de novembro do mesmo ano, uma [[Ataques de novembro de 2015 em Paris|série de ataques terroristas coordenados]] em Paris e [[Saint-Denis (Seine-Saint-Denis)|Saint-Denis]] foram reivindicados pelo ISIS e causaram a mais de mais de 100 pessoas.<ref>{{citar jornal|título=Islamic State claims Paris attacks that killed 127 |url=https://www.reuters.com/article/2015/11/14/us-france-shooting-idUSKCN0T22IU20151114 |jornal=Reuters |data=14 de novembro de 2015 |acessodata=14 de novembro de 2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20151114014250/http://www.reuters.com/article/2015/11/14/us-france-shooting-idUSKCN0T22IU20151114 |arquivodata=14 de novembro de 2015}}</ref>

== Geografia ==
[[imagem:Paris_by_Sentinel-2.jpg|thumb|esquerda|[[Imagem de satélite]] de Paris]]

Paris está localizada no norte da França central, ao norte do [[rio Sena]], que inclui duas ilhas, a [[Île Saint-Louis]] e a [[ Île de la Cité]], que formam a parte mais antiga da cidade. A foz do rio no [[Canal da Mancha]] (''La Manche'') fica a 375 km a jusante da cidade. A cidade está espalhada amplamente nas duas margens do rio.<ref name=City>{{citar enciclopédia|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/443621/Paris|título=Paris|acessodata=4 de julho de 2013|enciclopédia=Encyclopædia Britannica Online|data=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130707083834/http://www.britannica.com/EBchecked/topic/443621/Paris|arquivodata=7 de julho de 2013}}</ref> No geral, Paris é relativamente plana e o ponto mais baixo fica 35 m acima do [[nível do mar]]. A cidade tem várias colinas proeminentes, a mais alta das quais é [[Montmartre]], a 130 m.{{sfn|Blackmore|McConnachie|2004|p=153}}

Excluindo os parques periféricos de [[Bois de Boulogne]] e [[Bois de Vincennes]], Paris cobre uma área oval medindo cerca de 87 km² de área, cercada pelo anel viário de 35 km, o [[Boulevard Périphérique]].{{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|p=69}} A última grande anexação de territórios periféricos da cidade em 1860 não apenas lhe deu sua forma moderna, mas também criou os 20 [[Arrondissements de Paris|arrondissements]] em espiral no sentido horário (bairros municipais). Da área de {{Fmtn|1860}} km de 78 km², os limites da cidade foram expandidos marginalmente para 86,9 km² na década de 1920. Em 1929, os parques florestais de Bois de Boulogne e Bois de Vincennes foram oficialmente anexados à cidade, elevando sua área a cerca de 105 km².<ref>{{citar web|website=Mairie de Paris |url=http://www.paris.fr/portail/english/Portal.lut?page_id=8125&document_type_id=5&document_id=29918&portlet_id=18748 |título=Key figures for Paris |publicado=Paris.fr |data=15 de novembro de 2007 |acessodata=5 de maio de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090306220509/http://www.paris.fr/portail/english/Portal.lut?page_id=8125&document_type_id=5&document_id=29918&portlet_id=18748 |arquivodata=6 de março de 2009}}</ref> A área metropolitana da cidade tem 2 300 km².<ref name=City/>

Dum e doutro lado do rio, o relevo apresenta várias formações isoladas de [[gipsita]] que formam pequenas colinas.<ref>{{Citar web |url=http://www.paris.fr/portail/accueil/Portal.lut?page_id=4946&document_type_id=5&document_id=3079&portlet_id=10579 |título=Dimensions |acessodata=7 de abril de 2020 |editor=Prefeitura de Paris}}</ref> Na margem direita: [[Montmartre]] (131 metros de altitude), com ponto culminante no Cimetière du Calvaire;<ref>{{Citar web |url=http://www.paris.fr/portail/Parcs/Portal.lut?page_id=1771 |título=Cimetière du Calvaire |acessodata=7 de abril de 2020 |editor=Prefeitura de Paris}}</ref> Belleville (128,5 metros), com ponto culminante na Rue du Télégraphe; Ménilmontant (108 metros); Buttes-Chaumont (103 metros); Passy (71 metros); e Chaillot (67 metros). Sobre a margem esquerda: [[Montparnasse]] (66 metros); Butte-aux-Cailles (63 metros); e Montagne Sainte-Geneviève (61 metros). A cidade de Paris com 105&nbsp;km² ocupa o 113º lugar dentre as [[Comuna francesa|comunas da França]] metropolitana em área. Por outro lado, a unidade urbana de Paris, como se diz da própria cidade mais a sua aglomeração urbana periférica, cobre uma superfície de 2 723&nbsp;km² reunindo {{fmtn|9644507}} habitantes repartidos, em 1999, dentre 396 comunas da [[Île-de-France]].<ref>{{Citar web |url=http://www.insee.fr/fr/insee_regions/idf/zoom/chif_cles/uu99/fuu9900851.htm |título=INSEE - Unité urbaine de Paris (1999) |acessodata=}}</ref>

=== Hidrografia ===
{{Artigo principal|Rio Sena}}
[[Imagem:The Seine from Ballon Generali, 7 August 2016 001.jpg|thumb|Imagem aérea do [[rio Sena]] em Paris.]]

O [[Rio Sena|Sena]] corta a cidade formando um arco, entrando pelo sudeste e saindo pelo sudoeste. Mais de trinta pontes permitem a travessia do curso fluvial, que é igualmente atravessado por dois outros cursos d'água: o Bièvre, que vem do sul de Paris, hoje em dia inteiramente subterrâneo; e o [[canal Saint-Martin]], inaugurado em 1825, com comprimento de 4,5 quilómetros. Este canal é parcialmente subterrâneo desde a rue du Faubourg-du-Temple até a Bastille e constitui a parte terminal do canal de l'Ourcq, de 108 quilómetros de comprimento, que entra na cidade pelo nordeste. O canal Saint-Martin alimenta a bacia de Villette, passa sob a Place de la Bastille antes de se juntar ao Sena num curso acima da [[île Saint-Louis]], após o porto do Arsenal. Um canal dele se divide na bacia de Villette na direção de [[Saint-Denis (Seine-Saint-Denis)|Saint-Denis]], o canal Saint-Denis, de 4,5 quilómetros de comprimento, aberto em 1821. O canal Saint-Denis deságua no Sena rio abaixo, evitando cortar a cidade.{{sfn|Fierro|1996|p=748}}

=== Geologia ===

A Bacia parisiense forma um grande conjunto de estratos sedimentares sucessivos. É um dos primeiros lugares que serviram de objeto duma [[carta geológica]], inspirando homens como [[Georges Cuvier]] que firmaram as bases de numerosas teorias em geologia tais como a [[paleontologia]] e a [[anatomia comparada]].<ref name="museum_geol">{{citar web|url=http://www.mnhn.fr/mnhn/geo/collectionlutetien/fichebp.html|publicado=Muséum nationale d'Histoire Naturelle de Paris|titulo=Le bassin de Paris, le berceau de la géologie|acessodata =07/07/2007}}</ref> Constituída há 41 milhões de anos, trata-se uma bacia marinha [[epicontinental]] em repouso sobre um [[maciço]] datando do [[Paleozoico]], nomeadamente, o [[Vosges|Maciço de Vosges]], o [[Maciço Central]] e o Maciço Armoricano. Com a formação dos [[Alpes]], a bacia se deformou mas continuou aberta para o [[Canal da Mancha]] e para o [[Oceano Atlântico]]. Assim se prefiguraram as futuras bacias fluviais do [[Rio Loire|Loire]] e do [[Rio Sena|Sena]]. Ao final do [[Oligoceno]], a bacia parisiense se torna continental.<ref name="museum_geol" />
[[imagem:Jms_paris_elevation_hydrography.png|thumb|Mapa topográfico e hidrográfico de Paris]]

Em 1911, Paul Lemoine mostra que a bacia é composta de estratos dispostos em depressões concêntricas.<ref>{{citar web|url=http://www.mnhn.fr/mnhn/geo/collectionlutetien/fichebp2.html|publicado=Muséum nationale d'Histoire Naturelle de Paris|titulo=Le bassin de Paris, Près de 200 ans de progrès stratigraphiques|acessodata =07/07/2007}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.annales.org/archives/x/lemoine4.html|publicado=Annales des Mines|titulo=Paul LEMOINE (1878-1940)|acessodata =07/07/2007}}</ref> Mais tarde, os estudos se aprofundaram na coleta de dados sísmicos; perfurações e poços permitiram desenhar cartas sísmicas precisas. Estes mesmos confirmam a disposição dos estratos em depressões concêntricas mas com objetos complexos, como as [[Falha geológica|falhas]]. As formações do relevo parisiense se situam nos estratos do [[Mesozoico]] e do [[Paleogeno]] ([[Terciário|era terciária]]) e foram elaboradas pela [[erosão]]. O primeiro estrato datando da era terciária é constituído de aluviões do Sena de época moderna. Os depósitos mais antigos são de [[areia]] e de [[argila]] datando do estágio do [[Ypresiano]] presentes no 16º arrondissement de Auteuil até Trocadéro. Mas o estágio mais conhecido é o [[Lutetiano]], rico em [[gipsita]] e em [[calcário]].<ref>{{citar web|url=http://www.mnhn.fr/mnhn/geo/collectionlutetien/lutetien3-2.html|publicado=Muséum nationale d'Histoire Naturelle de Paris|titulo=Le lutétien du bassin de Paris|acessodata =07/07/2007}}</ref>

O subsolo parisiense se caracteriza pela presença de numerosas pedreiras de [[calcário]], [[gipsita]] e pedra de mó. Algumas foram usadas como [[Catacumbas de Paris|catacumbas]] e formam o [[ossário]] do conselho, do qual uma parte está aberta ao público. O calcário foi explorado até o {{séc|XIV}} sobre a margem esquerda, da Place d'Italie até Vaugirard. Hoje em dia, a sua extração está deslocada mais para o [[Oise]], em Saint-Maximin por exemplo.<ref>R. Soyer et A. Cailleux, ''Géologie de la région parisienne'', édition presses Universitaires de France, coll. Que-sais-je ?, 1959, page 94</ref> A exploração da gipsita era muito ativa em [[Montmartre]] e em [[Bagneux (Hauts-de-Seine)|Bagneux]]. A [[hidrogeologia]] é muito influenciada pela urbanização. O Rio Bièvre, pequeno afluente do Sena que um dia modelou toda a margem esquerda, foi coberto no {{séc|XIX}} por razões higiênicas. Numerosos riachos subterrâneos estão presentes no subsolo parisiense, como os de Auteuil, os quais fornecem uma fonte de água subterrânea para a cidade. O riacho albienne é o mais conhecido da região e tem sido explorado por Paris desde 1841 pelos [[Poço artesiano|poços artesianos]] de Grenelle.<ref>R. Soyer et A. Cailleux, ''op. cit.'', p.&nbsp;108&nbsp;et&nbsp;109.</ref>

=== Parques ===
[[Imagem:Un été au bois de Vincennes (48108771342).jpg|thumb|esquerda|[[Bosque de Vincennes]], o maior [[parque urbano|parque]] de Paris.]]

Hoje, Paris possui mais de 421 parques e jardins municipais, cobrindo mais de três mil [[hectare]]s e contendo mais de 250 mil árvores.{{Sfn|Jarrassé|2007|p=6}} Dois dos jardins mais antigos e famosos de Paris são o [[Jardim das Tulherias]] (criado em 1564 para o [[Palácio das Tulherias]] e refeito por [[André Le Nôtre]] entre 1664 e 1672){{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|p=125}} e o [[Jardim de Luxemburgo]], para o [[Palácio de Luxemburgo]], construído para [[Maria de Médici]] em 1612, que hoje abriga o [[Senado da França|Senado]].{{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|p=208}} O ''[[Jardim das Plantas de Paris|Jardin des plantes]]'' foi o primeiro [[jardim botânico]] de Paris, criado em 1626 pelo médico de [[Luís XIII]], [[Guy de La Brosse]], para o cultivo de [[plantas medicinais]].<ref>{{citar web|título=Le Jardin de Plantes |url=http://www.mnhn.fr/museum/foffice/tous/tous/guidePratique/lieuxVisiter/LieuxAVisiter/FLieuAVisiter.xsp?AE_ID=214&INFO_ID=21&LIEU_ID=158&MAN_ID=273&SITE_ID=10&i=1&idx=6&nav=liste |acessodata=22 de junho de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130615203149/http://www.mnhn.fr/museum/foffice/tous/tous/guidePratique/lieuxVisiter/LieuxAVisiter/FLieuAVisiter.xsp?i=1&nav=liste&INFO_ID=21&SITE_ID=10&AE_ID=214&LIEU_ID=158&idx=6&MAN_ID=273 |arquivodata=15 de junho de 2013 }}</ref>

Entre 1853 e 1870, o imperador [[Napoleão III]] e o primeiro diretor de parques e jardins da cidade, [[Jean-Charles Alphand]], criaram os [[Bois de Boulogne]], [[Bois de Vincennes]], [[Parc Montsouris]] e [[Parc des Buttes-Chaumont]], localizados nos quatro pontos cardeais pela cidade, bem como muitos parques, praças e jardins menores nos bairros de Paris.{{Sfn|Jarrassé|2007|pp=122–61}} Desde 1977, a cidade criou 166 novos parques, principalmente o [[Parc de la Villette]] (1987), [[Parc André Citroën]] (1992), [[Parc de Bercy]] (1997) e [[Parc Clichy-Batignolles]] (2007).{{Sfn|Jarrassé|2007|pp=242–56}} Um dos mais novos parques, a [[Promenade des Berges de la Seine]] (2013), construída em uma antiga rodovia na margem esquerda do Sena, entre a [[Ponte de l'Alma]] e o [[Musée d'Orsay]], possui jardins flutuantes e oferece vistas dos marcos da cidade. Corridas semanais ocorrem no Bois de Boulogne e no [[Parc Montsouris]].<ref>{{citar web| url=https://www.parkrun.fr/boisdeboulogne/ |título=Parkrun du Bois de Boulogne |acessodata=4 de setembro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190804104836/https://www.parkrun.fr/boisdeboulogne/ |arquivodata=4 de agosto de 2019 }}</ref><ref>{{citar web| url=https://www.parkrun.fr/montsouris/ |título=Parkrun de Montsouris |acessodata=4 de setembro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190804110402/https://www.parkrun.fr/montsouris/ |arquivodata=4 de agosto de 2019 }}</ref>

=== Meio ambiente e clima ===

Como todas as grandes metrópoles do planeta, Paris sofre as consequências ambientais ligadas à escalada da sua população e da sua atividade económica.<ref>{{Citar web |url=http://www.paris.fr/portail/Environnement/Portal.lut?page_id=6534 |título=Polluants et sources de pollution |acessodata=7 de abril de 2020 |editor=Prefeitura de Paris}}</ref> Paris é a capital de maior densidade populacional da [[Europa]]. Os [[Espaço verde|espaços verdes]] são poucos e de baixa [[biodiversidade]], apesar dos parques e jardins que tem sido criados no curso das duas últimas décadas a fim de paliar essa carência.<ref>''Les renards sont entrés dans Paris'', Le Monde, 3-4 mai 2009, página 3.</ref> A [[poluição atmosférica]] e a [[poluição sonora]] constituem problemas de saúde pública; por esse motivo, criaram-se redes de monitoramento de poluição. Para melhorar a qualidade do ar, a cidade decidiu proibir automóveis com matrícula anterior a outubro de 1997 de circular nos finais de semana.<ref>{{citar web |url=http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/futuro-das-cidades/contra-a-poluicao-cidade-vai-tirar-os-carros-velhos-da-rua-a7v3nnf3b0ukzmlv8dudvq11o|titulo="Contra a poluição, cidade vai tirar os carros velhos da rua|editor=[[Gazeta do Povo]] |data=22 de junho de 2016|acessodata=29 de março de 2020}}</ref>
[[Imagem:Paris raining autumn cityscape (8252181936).jpg|thumb|esquerda|[[Outono]] na avenue Raphaël.]]

Entrando no domínio das anedotas, Paris possui uma reputação pouco gloriosa em matéria de dejetos caninos. Esses dejetos são considerados como a causa primária da sujeira da cidade pelos habitantes.<ref>{{Citar web |url=http://www.paris.fr/portail/Environnement/Portal.lut?page_id=5922&document_type_id=5&document_id=5870&portlet_id=13278 |título=Baromètre de la propreté 2003 |acessodata=7 de abril de 2020 |editor=Prefeitura de Paris}}</ref> Um estudo do Institut d'aménagement et d'urbanisme (IAU) publicado em 2019 sublinha que os preços da habitação levam os modestos a abandonar Paris e a instalar-se em departamentos vizinhos, como Seine-Saint-Denis, o que tende a provocar uma "gentrificação" da capital e uma pauperização dos departamentos vizinhos.<ref>{{citar web |url=https://www.francetvinfo.fr/france/en-quinze-ans-paris-s-est-enrichi-sa-region-appauvrie-revele-une-etude_3472489.html|titulo=En quinze ans, Paris s'est enrichi, mais sa région s'est appauvrie, révèle une étude |editor=franceinfo |data=3 de junho de 2019 |acessodata=29 de março de 2020}}</ref>

Paris tem um [[Clima oceânico|clima de tipo oceânico de transição]]: a influência oceânica é preponderante sobre a influência continental e se traduz em verões relativamente frios (18&nbsp;°C em média) e invernos amenos (6&nbsp;°C em média). Há chuvas frequentes em todas as estações e um tempo difícil de prever, mas a influência continental faz com que as chuvas sejam bem mais fracas (641 milímetros) do que na costa, independentemente das temperaturas, seja no coração do inverno ou no [[Onda de calor de 2003 na Europa|mais estafante verão]]. O desenvolvimento [[Urbanização|urbano]] provoca uma alta da temperatura assim como uma baixa do número de dias encobertos.<ref>{{citar web|url=http://www.paris.com/tourism/climate |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130308094732/http://www.paris.com/tourism/climate |arquivodata=8 de março de 2013 |título=Climate |publicado=Paris.com |acessodata=29 de junho de 2013 |df=dmy-all }}</ref>

{{Tabela climática de Paris}}

== Demografia ==
{{Artigo principal|Demografia de Paris}}

[[Imagem:Crescimento populacional de Paris.jpg|thumb|upright=1.2|Crescimento populacional de Paris]]
[[Imagem:Population density of Paris, 2017 - INSEE.svg|thumb|upright=1.2|Mapa da densidade populacional dos ''arrondissements'' (distritos) parisienses em janeiro de 2017. Quanto mais escuro, mais habitantes por km² a área possui]]

A estimativa oficial da população da cidade de Paris era de {{Fmtn|2206488}} habitantes em 1 de janeiro de 2019, de acordo com o [[Institut national de la statistique et des études économiques|INSEE]], o órgão oficial de estatística do país. O resultado é um declínio de {{Fmtn|59648}} em relação a 2015.<ref>{{Citar web |url=https://www.worldatlas.com/articles/how-did-paris-get-its-name.html |título=How Did Paris Get Its Name? |publicado=World Atlas |autor=Geoffrey Migiro |data=28 de fevereiro de 2020 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref> Em 2017, Paris era a cidade mais densamente habitada da Europa, com {{Fmtn|20909}} habitantes por quilômetro quadrado.<ref>{{Citar web |url=https://www.worldatlas.com/articles/the-most-densely-populated-cities-in-europe.html |título=How Did Paris Get Its Name? |publicado=World Atlas |autor=John Misachi |data=26 de setembro de 2017 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref> A queda populacional foi atribuída em parte a uma menor taxa de natalidade, à saída de moradores de classe média e à possível perda de moradias na cidade por conta dos aluguéis destinados ao turismo.<ref>{{Citar web |url=http://www.leparisien.fr/paris-75/paris-a-perdu-37-345-habitants-entre-2010-et-2015-27-12-2017-7472928.php |título=Paris perd ses habitants, la faute à la démographie et aux… meublés touristiques pour la Ville |publicado=LeParisien |autor=Nicolas Maviel, Céline Carez e Eric Le Mitouard |data=27 de dezembro de 2017 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20151016022258/http://www.insee.fr/fr/themes/tableau.asp?reg_id=20&ref_id=poptc02101 |título=Évolution de la population au 1er janvier 2014 |publicado=INSEE |data=2015 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref>

Paris é o quarto maior município da União Europeia, depois de [[Berlim]], [[Madri]] e [[Roma]]. O [[Eurostat]], a agência de estatísticas da UE, põem Paris (com 6,5 milhões de pessoas) em segundo lugar, atrás de Londres (8 milhões) e à frente de Berlim (3,5 milhões), segundo projeções de 2012.<ref>{{Citar web |url=http://epp.eurostat.ec.europa.eu/statistics_explained/index.php/Statistics_on_European_cities |título=Statistics on European cities |publicado=Eurostat |data=2012 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref>

A população atual de Paris é inferior ao seu pico histórico de 2,9 milhões em 1921.<ref>{{Citar web |url=http://demographia.com/db-parismet1921.htm |título=Paris Urban and Suburban Population: 1921 to 1999 (Peak City of Paris Population Year) |publicado=Demographia |data=2001 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref> As principais razões foram um declínio significativo no tamanho das famílias e uma migração dramática de moradores para os subúrbios entre 1962 e 1975.<ref>{{Citar web |url=https://www.cairn-int.info/article-E_POPU_503_0307--housing-and-household-size-in-local-popu.htm |título=Housing and Household Size in Local Population Dynamics |publicado=Cairn Info |autor=Alfred Dittgen |data=2005 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref> Os fatores para a migração incluíram desindustrialização, aluguéis caros, a [[gentrificação]] de muitos bairros, a transformação do espaço em escritórios e uma maior riqueza entre as famílias trabalhadoras.<ref>{{Citar web |url=https://www.metropolitiques.eu/Gentrification-in-Paris-the-elite.html |título=Gentrification in Paris: the elite versus the people? |publicado=Metro Politiques |autor=Colin Giraud e Oliver Waine |data=29 de janeiro de 2014 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref> A perda populacional cessou temporariamente no início do século XXI; a estimativa de julho de 2004 mostrou um aumento populacional pela primeira vez desde 1954, e a população atingiu {{Fmtn|2234000}} em 2009, antes de novamente diminuir um pouco em 2017.<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20120829013036/http://www.recensement.insee.fr/chiffresCles.action?codeMessage=5&plusieursReponses=true&zoneSearchField=PARIS&codeZone=75056-COM&idTheme=3&rechercher=Rechercher |título=Commune : Paris (75056) – Thème : Évolution et structure de la population |publicado=INSEE |data=2012 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref>

Paris é o centro de uma área construída que se estende muito além de seus limites: comumente chamada de aglomeração parisiense e estatisticamente como uma unidade urbana, a população da aglomeração parisiense em 2019, de {{Fmtn|10960000}}, a tornou a [[Lista das áreas urbanas da União Europeia|maior área urbana da União Europeia]].<ref>{{Citar web |url=https://www.insee.fr/fr/statistiques/4171583 |título=L’influence de l’agglomération parisienne s’étend aux régions voisines |publicado=INSEE |autor=Noël Gascard e Anh Van Lu |data=13 de junho de 2019 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.demographia.com/db-worldua.pdf |título=Demographia World Urban Areas |publicado=Demographia |data=Abril de 2019 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref> Em 2015, a Área Metropolitana de Paris possuía {{Fmtn|12532901}} habitantes, o que representava um quinto da população da França.<ref>{{Citar web |url=https://www.insee.fr/fr/statistiques/3303318?sommaire=3353488 |título=Tableaux de l'économie française |publicado=INSEE |data=27 de fevereiro de 2008 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref>

=== Desigualdade social ===
[[imagem:Revenus à Paris et Petite Couronne.JPG|esquerda|thumb|As famílias abastadas vivem essencialmente a oeste da cidade, enquanto que, no nordeste, há a concentração das populações mais pobres e de origem imigrante]]
[[imagem:Bidonville à Paris, Pont des Poissonniers.jpg|thumb|esquerda|Uma pequena [[favela]] (''bidonville'') na Pont des Poissonniers, no [[18.º arrondissement de Paris|18.º arrondissement]].]]

A alta contínua dos preços imobiliários explica a substituição progressiva das populações modestas ou intermediárias por uma nova classe mais abastada. Constata-se tal processo de [[gentrificação]] em numerosas outras [[metrópole]]s como [[Londres]] ou [[Nova Iorque]]. Em Paris, essa evolução vulgarizou o termo ''bobos'' (a partir de [[Yuppie|burguês-boêmio]], termo ambíguo porém muito usado ao qual os sociólogos raramente fazem referência) antes de provocar uma mutação social de bairros ainda recentemente considerados como populares, tais como o 10º arrondissement ou certas comunas suburbanas próximas (e.g., Montreuil em [[Seine-Saint-Denis]]). Paris é a 12ª cidade francesa de mais de 20 mil habitantes em proporção de pessoas submetidas ao ''imposto solidário sobre a fortuna'' (ISF, um imposto sobre fortunas superiores a 790 mil euros), isto é, há 34,5 famílias contribuintes fiscais para cada {{fmtn|1000 habitantes}}. {{fmtn|73362}} contribuintes declaravam um patrimônio médio de {{fmtn|1961667}} euros em 2006. O 16º arrondissement encabeça a lista em número de contribuintes, somando {{fmtn|17356}} contribuintes.<ref>{{Citar web |url=http://www.impots.gouv.fr/portal/dgi/public/documentation.impot?pageId=doc_stat_donnees_detaillees&espId=-1&sfid=4503 |título=Site officiel de la direction générale des Impôts |língua=francês |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080630044657/http://www.impots.gouv.fr/portal/dgi/public/documentation.impot?pageId=doc_stat_donnees_detaillees&espId=-1&sfid=4503 |arquivodata=30 de Junho de 2008 |urlmorta=yes }}</ref>

Mas se Paris tem uma imagem de "cidades dos ricos", com uma proporção de classes sociais elevadas do que alhures, a sociologia do intra-muros permanece uma realidade de contrastes. Deve-se primeiro ressaltar que, segundo o índice de [[paridade de poder de compra]] (PPC), as receitas reais dos parisienses são muito inferiores às suas receitas nominais: de facto, o custo de vida no intra-muros (a começar pelo de moradia) é particularmente elevado, e os mesmos produtos custam geralmente mais caro em Paris que no interior. Além disso, as estatísticas de receitas médias frequentemente iludem o observador (como o ressaltou [[Joseph Stiglitz]]) pois qualquer receita muito alta (em jargão estatístico, ''outlier'') pode aumentar exponencialmente a receita média da maioria da população. No caso parisiense, o limiar dos 10% de receitas mais altas (o 9º [[decil]]) explica em grande parte o alto nível de "receitas médias" da capital: a receita média desse limiar é de {{fmtn|50961}} euros anuais.<ref name="revenus des ménages">{{Citar web |url=http://www.insee.fr/fr/themes/document.asp?ref_id=8229 |editor=INSEE |titulo=A Paris, les ménages les plus aisés voisins des plus modestes |língua=francês |acessodata=7 de abril de 2020}}</ref> É por essa mesma razão que a receita mensal [[Mediana (estatística)|mediana]] dos parisienses é muito inferior à receita média.<ref name="revenus des ménages" />

As diferenças sociais são tradicionalmente marcadas entre os habitantes do oeste de Paris (essencialmente abastados) e os do leste. Assim, a receita média declarada no 7º arrondissement, a mais elevada, era de {{fmtn|31521}} euros por contribuinte em 2001, isto é, mais do dobro da do 19º arrondissement que não passa de {{fmtn|13759}} euros, valor próximo da mediana das receitas de [[Seine-Saint-Denis]] de {{fmtn|13155}} euros. Os 6º, 7º, 8º e 16º arrondissements são classificados ao nível das dez comunas de Île-de-France em receita média mais elevada, enquanto que os 10º, 18º, 19º e 20º arrondissements estão ao nível das comunas mais pobres de Île-de-France.<ref>{{Citar web |url=http://www.insee.fr/fr/region/rfc/ficdoc_frame.asp?ref_id=8229&doc_id=8042 |editor=INSEE |titulo= À Paris, les ménages les plus aisés voisins des plus modestes |língua=francês |acessodata=7 de abril de 2020}}</ref> Nota-se enfim fortíssimas disparidades de receita no seio mesmo de todos arrondissements: a razão inter-decil (os 10% das receitas mais elevadas sobre os 10% das receitas mais baixas) menos significante é de 6,7 no 12º arrondissement, contra 13,0 no 2º arrondissement (que apresenta a mais forte dispersão de receitas).<ref name="revenus des ménages" /> Numa perspectiva ampliada, Paris se classifica entre os departamentos da [[França metropolitana]] onde as famílias mais pobres têm as menores receitas (81º lugar<ref name="revenus des ménages" />), e apresenta uma razão interdecil de 10,5 o que a torna o departamento francês com as maiores disparidades sociais.<ref name="revenus des ménages" />

=== Religião ===
[[Ficheiro:Basilique du Sacré-Cœur de Montmartre 1.jpg|thumb|[[Basílica de Sacré Cœur]]]]

Os dados do censo francês não contêm informações sobre afiliação religiosa.<ref>{{citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=mPibBQAAQBAJ&pg=PA188 |título=After Integration: Islam, Conviviality and Contentious Politics in Europe |último =Burchardt |primeiro =Marian |último2 =Michalowski |primeiro2 =Ines |data=26 de novembro de 2014 |publicado=Springer |isbn=978-3-658-02594-6 |língua=en |acessodata=30 de setembro de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171001032126/https://books.google.fr/books?id=mPibBQAAQBAJ&pg=PA188 |arquivodata=1 de outubro de 2017 }}</ref> De acordo com uma pesquisa realizada em 2011 pela IFOP, uma organização francesa de pesquisa de opinião pública, 61% dos residentes da região de Paris ([[Ilha de França]]) se identificaram como [[católicos romanos]], apesar de 46% deles serem [[Católico não praticante|não praticantes]]. Na mesma pesquisa, 7% dos residentes se identificaram como [[muçulmanos]], 4% como [[protestantes]], 2% como [[judeus]] e 25% como [[sem religião]]. Segundo o [[INSEE]], entre 4 e 5 milhões de residentes franceses nasceram ou tiveram pelo menos um dos pais nascidos em um país predominantemente muçulmano, principalmente na [[Argélia]], no [[Marrocos]] e na [[Tunísia]]. Uma pesquisa do IFOP em 2008 relatou que, dos imigrantes desses países predominantemente muçulmanos, 25% iam à [[mesquita]] regularmente; 41% praticavam a religião e 34% eram não praticantes.<ref>{{citar web|url=http://www.lemonde.fr/les-decodeurs/article/2015/01/21/que-pese-l-islam-en-france_4559859_4355770.html|título=que pese l'Islam en France|obra=Le Monde|língua=fr|acessodata=13 de novembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151127053220/http://www.lemonde.fr/les-decodeurs/article/2015/01/21/que-pese-l-islam-en-france_4559859_4355770.html|arquivodata=27 de novembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://plus.lefigaro.fr/note/how-does-france-count-its-muslim-population-20110407-435643|título=How does France count its muslim population?|obra=Le Figaro|acessodata=30 de outubro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151105002152/http://plus.lefigaro.fr/note/how-does-france-count-its-muslim-population-20110407-435643|arquivodata=5 de novembro de 2015}}</ref> Em 2012 e 2013, estimou-se que havia quase 500 mil muçulmanos na cidade de Paris, 1,5 milhão de muçulmanos na região da Ilha de França e 4 a 5 milhões de muçulmanos na França.<ref>{{citar web|url=http://archive.francesoir.fr/actualite/societe/dalil-boubakeur-%E2%80%9Cil-faut-doubler-nombre-mosquees-en-france%E2%80%9D-54083.html |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150128112504/http://archive.francesoir.fr/actualite/societe/dalil-boubakeur-%E2%80%9Cil-faut-doubler-nombre-mosquees-en-france%E2%80%9D-54083.html |arquivodata=28 de janeiro de 2015 |título=Interview with Dalil Boubakeur |obra=Le Soir |língua=fr |acessodata=13 de novembro de 2015}}</ref><ref>{{citar jornal|último1 =Riou |primeiro1 =Mathilde |título=Le manque de mosquée en Ile-de-France |url=http://france3-regions.francetvinfo.fr/paris-ile-de-france/2013/04/29/le-manque-de-mosquee-en-ile-de-france-243225.html |acessodata=17 de novembro de 2017 |obra=France 3 |data=29 de abril de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171117174949/http://france3-regions.francetvinfo.fr/paris-ile-de-france/2013/04/29/le-manque-de-mosquee-en-ile-de-france-243225.html |arquivodata=17 de novembro de 2017}}</ref> A população judaica da região de Paris foi estimada em 2014 em 282 mil, a maior concentração de judeus no mundo fora de [[Israel]] e dos [[Estados Unidos]].<ref>{{citar web|url=http://www.jewishdatabank.org/Studies/details.cfm?StudyID=776 |título=World Jewish Population 2014 |autor =Berman Jewish Databank |acessodata=13 de novembro de 2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20151104100328/http://jewishdatabank.org/Studies/details.cfm?StudyID=776 |arquivodata=4 de novembro de 2015}}</ref>

=== Imigração ===
[[Imagem:Paris-olympiades-wikimedia.jpg|thumb|esquerda|[[Chinatown]] de Paris no [[13.º arrondissement de Paris|13.º arrondissement]].]]

De acordo com o censo francês de 2012, {{Fmtn|586163}} moradores da cidade de Paris (26,2% do total), e {{Fmtn|2782834}} da região de Paris (Ilha de França) (23,4%), nasceram fora da região metropolitana da França.<ref name="Migração">{{Citar web |url=https://www.insee.fr/fr/statistiques/3565914?sommaire=3558417 |título=Individus localisés à la région en 2015 - Recensement de la population - Fichiers détail |publicado=INSEE |data=18 de outubro de 2018 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref> Haviam nascido na [[Departamentos e territórios ultramarinos da França|França Ultramarina]] {{Fmtn|26700}} residentes da cidade e {{Fmtn|210159}} da região, sendo mais de dois terços dos quais nas [[Antilhas francesas]]. Este grupo não é considerado imigrante pois possuem nacionalidade francesa.<ref name="Migração" />

Nasceram em países estrangeiros, mas obtiveram cidadania francesa ao nascer, {{Fmtn|103648}} habitantes da cidade e {{Fmtn|412114}} da região.<ref name="Migração" /> Tal grupo abrange muitos cristãos e judeus no norte da África que se mudaram para a França e Paris após a independência dos países que nasceram. O grupo restante, de pessoas nascidas em países estrangeiros sem cidadania francesa ao nascer, são aquelas definidas como imigrantes pela lei francesa. Segundo o censo de 2012, {{Fmtn|135853}} residentes da cidade de Paris eram imigrantes da Europa, {{Fmtn|112369}} eram do [[Magrebe]], {{Fmtn|70852}} da [[África Subsaariana]] e [[Egito]], {{Fmtn|5059}} da [[Turquia]], {{Fmtn|91297}} da [[Ásia]] (fora da Turquia), {{Fmtn|38858}} das [[Américas]] e {{Fmtn|1365}} do [[Oceania|Pacífico Sul]].<ref>{{Citar web |url=http://www.insee.fr/fr/themes/tableau_local.asp?ref_id=IMG1B&millesime=2012&niveau=2&nivgeo=DEP&codgeo=75 |título=Les immigrés par sexe, âge et pays de naissance – Département de Paris (75) |publicado=INSEE |data=2012 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref>

Na região de Paris, {{Fmtn|590504}} moradores eram imigrantes da Europa, {{Fmtn|627078}} do Magrebe, {{Fmtn|435339}} da África Subsaariana e Egito, {{Fmtn|69338}} da Turquia, {{Fmtn|322330}} da Ásia (fora da Turquia), {{Fmtn|113363}} das Américas e {{Fmtn|2261}} do  Pacífico Sul.<ref>{{Citar web |url=http://www.insee.fr/fr/themes/tableau_local.asp?ref_id=IMG1B&millesime=2012&niveau=2&nivgeo=REG&codgeo=11 |título=Les immigrés par sexe, âge et pays de naissance – Région d'Île-de-France (11) |publicado=INSEE |data=2016 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref> Em 2012, havia {{Fmtn|8810}} cidadãos britânicos e {{Fmtn|10019}} norte-americanos morando na cidade de Paris (Ville de Paris) e {{Fmtn|20466}} britânicos e {{Fmtn|16408}} norte-americanos morando em toda a região de Paris (Île-de-France).<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20160101095821/http://www.insee.fr/fr/themes/tableau_local.asp?ref_id=NAT1&millesime=2012&niveau=3&nivgeo=REG&codgeo=11 |título=Population par sexe, âge et nationalité – Région d'Île-de-France (11) |publicado=INSEE |data=2016 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20160101095821/http://www.insee.fr/fr/themes/tableau_local.asp?ref_id=NAT1&millesime=2012&niveau=3&nivgeo=DEP&codgeo=75 |título=Population par sexe, âge et nationalité – Département de Paris (75) |publicado=INSEE |data=2016 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref>

=== Habitação ===
[[Imagem:Rue de Rivoli at night, Paris August 2013.jpg|thumb|esquerda|A [[Rue de Rivoli]], em 2013.]]

As ruas residenciais mais caras de Paris em 2018, em preço médio por metro quadrado, foram a Avenue Montaigne (no 8º ''arrondissement''), ao preço de 22 372 euros por metro quadrado, a Place Dauphine (1º ''arrondissement''; 20 373 euros) e a Rue de Furstemberg (6º ''arrondissement''; {{Fmtn|18839}} euros).<ref>{{Citar web |url=https://parispropertygroup.com/blog/2018/which-paris-streets-have-the-highest-property-values/ |título=Expert Insight, Breaking News, and Insider Stories on Real Estate in Paris |publicado=The Paris Life |data= |acessodata=14 de março de 2020}}</ref> O número total de residências na cidade em 2011 era de {{Fmtn|1356074}}, acima do registrado em 2006, de {{Fmtn|1334815}}. Destas, {{Fmtn|1165541}} (85,9%) eram residências "principais", {{Fmtn|91835}} (6,8%) residências secundárias e 7,3% estavam vazias (abaixo dos 9,2% em 2006).<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20150904011013/http://www.insee.fr/fr/themes/tableau_local.asp?ref_id=LOG&millesime=2011&typgeo=DEP&search=75 |título=Chiffres Cléfs Logements (2011) – Département de Paris (75) |publicado=Institut national de la statistique et des études économiques |data=2011 |acessodata=14 de março de 2020}}</ref>

Em relação ao ano de construção, 62% das edificações datavam de 1949 ou antes disso, 20% foram construídos entre 1949 e 1974 e apenas 18% após essa data.<ref name="Habitação">{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20141101214159/http://www.notaires.paris-idf.fr/sites/default/files/deux_decennies_dimmobilier_final.pdf |título=Un territoire ancien et de petite taille |publicado=Notaires|data=Fevereiro de 2012 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref> Dois terços das 1,3 milhão de residências da cidade eram estúdios e apartamentos de dois quartos. Paris tinha uma média de 1,9 pessoas por residência, um número que permanece constante desde a década de 1980, mas é menor que a média de 2,33 pessoas por residência da Ilha de França. Ademais, a maior parte da população pagava aluguel.<ref name="Habitação" />

Na noite de 8 a 9 de fevereiro de 2019, durante um período de clima frio, uma ONG de Paris realizou sua contagem anual de moradores de rua em toda a cidade. Ao todo, a organização contabilizou {{Fmtn|3641}} pessoas [[mendigo]]s, dos quais 12% eram mulheres. Mais da metade estava desabrigada há mais de um ano. Moravam nas ruas ou parques {{Fmtn|2871}} pessoas, 298 nas estações de trem e metrô e 756 em outras formas de abrigo temporário. O número total representou um aumento de 588 pessoas desde 2018.<ref>{{Citar web |url=https://www.thelocal.fr/20190319/in-numbers-how-the-homeless-population-of-paris-is-growing |título=In numbers: How the homeless population of Paris is growing |publicado=Institut national de la statistique et des études économiques |data=19 de março de 2019 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref>

=== Subúrbios ===
[[Imagem:Grand paris express.png|thumb|Mapa do projeto Grand Paris Express, que pretende conectar as cidades da [[Grande Paris]] através do sistema de metrô.]]

Além da adição do Bois de Boulogne, do Bois de Vincennes e do heliporto de Paris no século XX, os limites administrativos de Paris permanecem inalterados desde 1860. Um departamento administrativo maior do [[Sena (departamento)|Sena]] governava Paris e seus subúrbios desde a sua criação em 1790, mas a crescente população suburbana dificultou sua manutenção como entidade única. Tal problema foi "resolvido" quando o Distrito da região de Paris foi reorganizado em vários novos departamentos desde 1968: Paris tornou-se um departamento em si, e a administração de seus subúrbios foi dividida entre os três novos departamentos ao seu redor. O distrito da região de Paris foi renomeado para "[[Ilha de França]]" em 1977, mas esse nome abreviado de "região de Paris" ainda é comumente usado atualmente para descrever a Ilha de França e como uma vaga referência a toda a aglomeração de Paris.<ref>{{Citar web |url=http://www.driea.ile-de-france.developpement-durable.gouv.fr/IMG/pdf/Chapitre5_de_Breve_histoire_de_amenagement_de_Paris_DREIF_Auteur_Claude_Cottour_cle0344bc.pdf |título=Une brève histoire de l'aménagement de Paris et sa région Du District à la Région Île-de-France |publicado=DRIEA Île-de-France |data=1 de janeiro de 2017 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref> Em janeiro de 2016, os antigos esforços para unir Paris e seus subúrbios foram reforçados com a criação da [[Metrópole da Grande Paris]].<ref name="Metrópole" />

A desconexão de Paris com seus subúrbios e sua falta de transporte suburbano tornaram-se bastante evidentes com o crescimento da aglomeração de Paris. Paul Delouvrier prometeu resolver o desacordo dos subúrbios de Paris quando se tornou chefe da região em 1961:{{sfn|Masson|1984|p=536}} dois de seus projetos mais ambiciosos para a região foram a construção de cinco "villes nouvelles" ("novas cidades") suburbanas{{sfn|Yarri|2008|p=407}} e a rede de trens urbanos [[RER d'Île-de-France|RER]].{{sfn|Gordon|2006|pp=46–47}} Muitos outros distritos residenciais suburbanos (grandes conjuntos) foram construídos entre as décadas de 1960 e 1970 para fornecer uma solução de baixo custo a uma população em rápida expansão.{{sfn|Castells|1983|p=75}} A princípio tais distritos eram socialmente variados,{{sfn|Tomas|Blanc|Bonilla|IERP|2003|p=237}} mas poucos moradores possuíam suas casas (a economia crescente os tornou acessíveis à classe média somente a partir da década de 1970).<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20160326035711/http://www.laburba.fr/app/download/7815645/Article%2Bvilles%2Bnouvelles.pdf |título=Les Politiques Nationales du Logement et le Logement dans les Villes Nouvelles |publicado=Laburba |data=26 de março de 2016 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref>

Ademais, a sociologia urbana da aglomeração de Paris é basicamente a mesma do século XIX: suas classes afortunadas estão situadas no oeste e sudoeste, e as classes média-baixa estão no norte e leste. As áreas restantes são em sua maioria ocupadas por habitantes da classe média, rodeados por "ilhas" populacionais de pessoas mais afortunadas que estão ali localizadas devido a motivos históricos, nomeadamente [[Saint-Maur-des-Fossés]] ao leste e [[Enghien-les-Bains]] ao norte de Paris.<ref>{{Citar web |url=http://www.insee.fr/fr/themes/document.asp?reg_id=20&ref_id=20529&page=alapage/alap414/alap414_carte.htm#carte1 |título=Une forte hétérogénéité des revenus en Île-de-France |publicado=INSEE |data=2014 |acessodata=21 de março de 2020}}</ref>

{{panorama|Tour Eiffel 360 Panorama.jpg|1600px|align-cap=center|Panorama de Paris, visto da Torre Eiffel, em uma visão completa de 360 graus|dir=rtl}}

== Administração ==
=== Governo municipal ===
[[Imagem:Paris arr jms-num.gif|thumb|esquerda|Mapa com os [[Arrondissements de Paris|''arrondissements'' de Paris]].]]

Durante quase toda a sua longa história, exceto por alguns breves períodos, Paris foi governada diretamente por representantes do rei, imperador ou presidente da França. A cidade não recebeu autonomia municipal pela Assembleia Nacional até 1974.{{sfn|Fierro|1996|p=334}} Abolido em 1871, o cargo de prefeito foi restabelecido em 1977, com a eleição de [[Jacques Chirac]].<ref>{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/09/jacques-chirac-foi-mediador-em-1968-critico-da-invasao-ao-iraque-e-icone-dos-millennials.shtml |título=Jacques Chirac foi mediador em 1968, crítico da invasão ao Iraque e ícone dos millennials |publicado=Folha de S. Paulo |autor=Mathias Alencastro |data=26 de setembro de 2019 |acessodata=25 de fevereiro de 2020}}</ref> O prefeito de Paris é [[Eleição indireta|eleito indiretamente]]; os eleitores de cada um dos 20 ''arrondissements'' da cidade elegem membros para o Conselho de Paris (''Conseil de Paris''), que posteriormente elege o prefeito.<ref name="Eleições" /> A atual prefeita é [[Anne Hidalgo]], do [[Partido Socialista (França)|Partido Socialista]], eleita em 5 de abril de 2014.<ref>{{Citar web |url=http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/04/socialista-anne-hidalgo-e-formalmente-eleita-prefeita-de-paris.html |título=Socialista Anne Hidalgo é formalmente eleita prefeita de Paris |publicado=G1 |obra=France Press |data=5 de abril de 2014 |acessodata=25 de fevereiro de 2020}}</ref>

O Conselho de Paris é composto por 163 membros, com cada distrito alocando um número de assentos dependendo do tamanho de sua população, sendo um mínimo de 10 membros para cada um dos distritos menos populosos (1º a 9º) a 34 membros para os mais populosos (15º). Os conselheiros são eleitos usando a [[representação proporcional]] em [[lista fechada]] em um [[Sistema eleitoral a duas voltas|sistema de dois turnos]].<ref name="Eleições">{{Citar web |url=https://welections.wordpress.com/2014/03/22/election-preview-france-municipal-elections-2014-part-i/ |título=Election Preview: France Municipal Elections 2014 – Part I |publicado=World Elections |data=22 de março de 2014 |acessodata=25 de fevereiro de 2020}}</ref> As listas de partidos que obtiverem maioria absoluta no primeiro turno - ou pelo menos uma pluralidade no segundo turno - ganham automaticamente metade dos assentos de um distrito.<ref name="Eleições" />

[[Imagem:Facade of Hôtel de Ville de Paris - 2012.jpg|thumb|O [[Hôtel de Ville (Paris)|Hôtel de Ville]], ou prefeitura, está no mesmo local desde 1357.]]

A metade restante dos assentos do Conselho é distribuída proporcionalmente a todas as listas que ganharam pelo menos 5% dos votos, usando o método das médias mais altas. Desta forma, há a garantia de que o partido ou coalizão vencedora sempre conquiste a maioria dos assentos, mesmo que não ganhe a maioria absoluta dos votos.<ref name="Eleições" />

Cada um dos 20 ''arrondissements'' de Paris tem sua própria prefeitura e um conselho eleito diretamente (''conseil d'arrondissement''), que, por sua vez, elege um prefeito do ''arrondissements''.{{sfn|Shales|2007|p=16}} O conselho de cada ''arrondissements'' é composto por membros do Conselho de Paris e também membros que servem apenas no conselho do ''arrondissements''. O número de vice-prefeitos em cada ''arrondissements'' varia de acordo com sua população. Há um total de 20 prefeitos e 120 vice-prefeitos.{{sfn|Fierro|1996|p=334}}

O orçamento da cidade para 2018 foi de 9,4 bilhões de euros, com um déficit de 5,7 bilhões de euros. Destes, 7,8 bilhões de euros foram destinados à administração da cidade (despesas operacionais) e 1,6 bilhões de euros para investimentos. O número de funcionários públicos municipais aumentou de {{Fmtn|40300}} em 1990 para 52 mil em 2019; os gastos com pessoal em 2018 totalizaram 2,4 bilhões de euros.<ref>{{Citar web |url=https://lexpansion.lexpress.fr/actualite-economique/un-rapport-s-alarme-des-finances-de-la-ville-de-paris_2093859.html |título=Un rapport s'alarme des finances de la Ville de Paris |publicado=L'Express |data=9 de agosto de 2019 |acessodata=25 de fevereiro de 2020}}</ref>

=== Metrópole da Grande Paris ===
{{Artigo principal|Grande Paris}}
[[Imagem:Métropole_du_Grand_Paris.svg|thumb|Mapa da [[Metrópole da Grande Paris]] e suas 131 comunas na região de [[Île-de-France]].]]

A [[Metrópole da Grande Paris]] foi formalmente criada em 1 de janeiro de 2016.<ref name="Metrópole">{{Citar web |url=https://www.legifrance.gouv.fr/affichCodeArticle.do?cidTexte=LEGITEXT000006070633&idArticle=LEGIARTI000028528695&dateTexte=vig |título=Code général des collectivités territoriales – Article L5219-1 |publicado=Legifrance |data= |acessodata=26 de fevereiro de 2020}}</ref> É uma estrutura administrativa de cooperação entre a cidade de Paris e seus subúrbios mais próximos. Além da cidade de Paris, abrange comunas dos três departamentos dos subúrbios ([[Altos do Sena]], [[Seine-Saint-Denis]] e [[Vale do Marne]]), sete comunas nos subúrbios, incluindo [[Argenteuil (Val-d'Oise)|Argenteuil]] em [[Val-d'Oise]] e [[Paray-Vieille-Poste]] em [[Essonne]], que foram adicionados para incluir os principais aeroportos de Paris. A Metrópole cobre uma área de {{convert|814|km2|sqmi|0|abbr=off}} e tem uma população de 6,945 milhões de pessoas.<ref>{{Citar web |url=https://www.legifrance.gouv.fr/eli/decret/2015/9/30/RDFB1519847D/jo/texte |título=Décret n° 2015-1212 du 30 septembre 2015 constatant le périmètre fixant le siège et désignant le comptable public de la métropole du Grand Paris |publicado=Legifrance |data=30 de setembro de 2015 |acessodata=26 de fevereiro de 2020}}</ref><ref name="Metrópole II">{{Citar web |url=https://www.lemoniteur.fr/article/la-metropole-du-grand-paris-verra-le-jour-le-1er-janvier-2016.755209 |título=La métropole du Grand Paris verra le jour le 1er janvier 2016 |publicado=Le Moniteur |autor=Nathalie Moutarde |data=17 de julho de 2015 |acessodata=26 de fevereiro de 2020}}</ref>

A nova estrutura é administrada por um Conselho Metropolitano formado por 210 membros, não eleitos diretamente, mas escolhidos pelos conselhos das comunas. Suas competências básicas incluem planejamento urbano, habitação e proteção do meio ambiente.<ref name="Metrópole" /><ref name="Metrópole II" /> Embora a Metrópole tenha uma população de quase sete milhões de pessoas e represente 25% do PIB da França, possui um orçamento muito pequeno: apenas 65 milhões de euros.<ref>{{Citar web |url=https://wayback.archive-it.org/all/20171010075732/http://www.lemonde.fr/politique/article/2016/01/22/du-grand-paris-a-la-metropole-du-grand-paris_4851596_823448.html?xtmc=du_grand_paris_a_la_metropole_du_grand_paris&xtcr=1 |título=Du Grand Paris à la Métropole du Grand Paris |publicado=Le Monde |autor=Manon Rescan |data=22 de janeiro de 2016 |acessodata=26 de fevereiro de 2020}}</ref>

=== Governo nacional ===
[[Imagem:Élysée Palace Sep. 2017 (3).jpg|thumb|esquerda|O [[Palácio do Eliseu]], residência oficial do [[presidente da França]].]]

Como capital da França, Paris é a sede do governo nacional do país. Os chefes do Executivo possuem residências oficiais, que também são utilizadas como local de trabalho. O [[Presidente da França|presidente da República Francesa]] reside no [[Palácio do Eliseu]], localizado no [[8.º arrondissement de Paris|8.º ''arrondissement'']],<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20170519171226/http://www.elysee.fr/la-presidence/le-palais-de-l-elysee-et-son-histoire-2 |título=Le Palais de L'Élysée et son histoire |publicado=Palácio do Eliseu |data=2013 |acessodata=27 de fevereiro de 2020}}</ref> enquanto que o [[Lista de primeiros-ministros da França|primeiro-ministro]] fica no [[Hôtel Matignon]], no [[7.º arrondissement de Paris|7.º ''arrondissement'']].<ref>{{Citar web |url=https://franceintheus.org/spip.php?article633 |título=Matignon Hotel |publicado=Embaixada da França em Washington, D.C. |data=1 de dezembro de 2007 |acessodata=27 de fevereiro de 2020}}</ref>{{sfn|Knapp|Wright|2006|pp=93–94}} Os ministérios do governo estão localizados em várias partes da cidade; muitos estão localizados no 7º ''arrondissement'', perto do Hôtel Matignon.{{sfn|Borrus|2012|p=288}}

As duas casas do Parlamento francês estão localizadas na [[Rive Gauche|margem esquerda]]. A câmara alta, o [[Senado da França|Senado]], reúne-se no [[Palácio do Luxemburgo]], no [[6.º arrondissement de Paris|6º ''arrondissement'']], enquanto a câmara baixa mais importante, a [[Assembleia Nacional Francesa|Assembleia Nacional]], tem sua sede no [[Palácio Bourbon]], no 7º ''arrondissement''.<ref>{{Citar web |url=https://books.google.com.br/books?id=RcisAgAAQBAJ&pg=PT333&lpg=PT333&dq=houses+of+france+parliament+located+on+Left+Bank+paris&source=bl&ots=XwzgbmwJR8&sig=ACfU3U1IClW1gj1XgAWMEcyhO4CrbHbTbw&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjEvqD74PHnAhXkILkGHY4lCRsQ6AEwDXoECAgQAQ#v=onepage&q=houses%20of%20france%20parliament%20located%20on%20Left%20Bank%20paris&f=false |título=The Routledge Dictionary of Cultural References in Modern French |publicado=Routledge |autor=Michael Mould |data=27 de abril de 2011 |acessodata=27 de fevereiro de 2020}}</ref> O presidente do Senado, o segundo cargo público mais elevado hierarquicamente (sendo o presidente da República o único superior), reside no "Petit Luxembourg", um palácio anexo menor do Palácio do Luxemburgo.<ref>{{Citar web |url=http://www.senat.fr/presidence/hotel.html |título=A la découverte du Petit Luxembourg |publicado=Senado da França |data=2013 |acessodata=27 de fevereiro de 2020}}</ref>

[[Imagem:Paris December 2012-2.jpg|thumb|O [[Palais Royal]], sede do Conseil d'État.]]

Os tribunais de mais alta instância da França estão localizados em Paris. A [[Corte de Cassação da França|Corte de Cassação]], o tribunal superior nas matérias criminais e civis, está localizado no [[Palácio da Justiça (Paris)|Palácio da Justiça]], na Île de la Cité,<ref>{{Citar web |url=https://www.courdecassation.fr/institution_1/visite_cour_11/introduction_74.html |título=Introduction |publicado=Corte de Cassação da França |data= |acessodata=28 de fevereiro de 2020}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.courdecassation.fr/about_the_court_9256.html |título=About the Court |publicado=Corte de Cassação da França |data= |acessodata=28 de fevereiro de 2020}}</ref> enquanto o Conseil d'État, que presta assessoria jurídica ao executivo e atua como o mais alto tribunal da ordem administrativa, julgando litígios contra órgãos públicos, está localizado no [[Palais Royal]], no [[1.º arrondissement de Paris|1º ''arrondissement'']].<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20130410103133/http://www.conseil-etat.fr/fr/histoire-patrimoine-1 |título=Histoire & Patrimoine |publicado=Conseil d'Etat |data= |acessodata=28 de fevereiro de 2020}}</ref> O [[Conselho Constitucional da França|Conselho Constitucional]], um órgão consultivo com autoridade máxima sobre a constitucionalidade de leis e decretos governamentais, também se reúne na ala Montpensier do Palais Royal.<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20140323125504/http://www.conseil-constitutionnel.fr/conseil-constitutionnel/root/bank/pdf/conseil-constitutionnel-5206.pdf |título=Le siège du Conseil constitutionnel |publicado=Conselho Constitucional da França |data=24 de fevereiro de 2014 |acessodata=28 de fevereiro de 2020}}</ref>

Paris e sua região ainda abrigam a sede de várias organizações internacionais, incluindo a [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura]] (UNESCO),<ref>{{Citar web |url=http://architectuul.com/architecture/unesco-building |título=UNESCO Building |publicado=Architectuul |autor=Marcel Breuer e Bernard Zehrfuss |data= |acessodata=28 de fevereiro de 2020}}</ref> a [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]] (OCDE),<ref>{{Citar web |url=http://www.fazenda.gov.br/assuntos/atuacao-internacional/cooperacao-internacional/ocde |título=Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE |publicado=Governo Federal do Brasil |data= |acessodata=28 de fevereiro de 2020}}</ref> a [[Câmara de Comércio Internacional]],<ref>{{Citar web |url=https://www.uscib.org/international-chamber-of-commerce-icc-ud-754/ |título=INTERNATIONAL CHAMBER OF COMMERCE (ICC) Econômico - OCDE |publicado=United States Council for International Business |data= |acessodata=28 de fevereiro de 2020}}</ref> a [[Agência Espacial Europeia]],<ref>{{Citar web |url=https://www.esa.int/About_Us/Corporate_news/ESA_headquarters |título=ESA headquarters |publicado=European Space Agency |data= |acessodata=28 de fevereiro de 2020}}</ref> a [[Agência Internacional de Energia]]<ref>{{Citar web |url=https://www.iea.org/about/history |título=From oil security to steering the world toward secure and sustainable energy transitions |publicado=International Energy Agency |data= |acessodata=28 de fevereiro de 2020}}</ref> e o [[Bureau Internacional de Exposições]].<ref>{{Citar web |url=https://www.bie-paris.org/site/en/who-we-are |título=Who we are |publicado=International Exhibition Bureau |data= |acessodata=28 de fevereiro de 2020}}</ref>

=== Força policial ===
[[Imagem:Gendarmerie BMW R1100RT.jpg|thumb|esquerda|Policiais de Paris, em 2006]]

A segurança de Paris é principalmente de responsabilidade da Prefeitura de Polícia de Paris, uma subdivisão do Ministério do Interior. Tem como atribuições supervisionar as unidades da [[Polícia Nacional (França)|Polícia Nacional]] que patrulham a cidade e os três departamentos vizinhos. Também é responsável por fornecer serviços de emergência, incluindo o Corpo de Bombeiros de Paris.<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20130308061047/http://www.police-nationale.interieur.gouv.fr/Presentation-generale |título=Présentation générale |publicado=Police nationale — Ministère de l'intèrieur |data= |acessodata=29 de fevereiro de 2020}}</ref>

A Prefeitura de Polícia da cidade conta com 34 mil policiais.<ref>{{Citar web |url=https://books.google.com.br/books?id=bA7bCwAAQBAJ&pg=PT106&lpg=PT106&dq=Prefecture+of+Police+of+Paris+34,000+officers&source=bl&ots=USTCCRLh1a&sig=ACfU3U2pDe9XArQTWr2-gJ6A1gvkf4dwhg&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjfksH5gvbnAhWfKLkGHX0bCM0Q6AEwE3oECAoQAQ#v=onepage&q=Prefecture%20of%20Police%20of%20Paris%2034%2C000%20officers&f=false |título=Coup d'État: A Practical Handbook, Revised Edition |publicado=Harvard University Press |autor=Edward N. Luttwak |data=11 de abril de 2016 |acessodata=29 de fevereiro de 2020}}</ref> A polícia nacional possui sua própria unidade especial para controle de distúrbios, multidões e segurança de prédios públicos, denominada Compagnies Républicaines de Sécurité (CRS), uma unidade formada em 1944 logo após a libertação da França.<ref>{{Citar web |url=https://www.britannica.com/topic/Compagnies-Republicaines-de-Securite |título=Compagnies Républicaines de Sécurité |publicado=Encyclopædia Britannica |data=29 de novembro de 2017 |acessodata=29 de fevereiro de 2020}}</ref> Ademais, a polícia é apoiada pela [[Gendarmaria Nacional (França)|Gendarmaria Nacional]], um ramo das [[Forças Armadas da França|Forças Armadas francesas]], embora suas operações policiais agora sejam supervisionadas pelo Ministério do Interior.<ref>{{Citar web |url=https://books.google.com.br/books?id=MD4L5RD2ugsC&pg=PA57&lpg=PA57&dq=paris+police+supported+by+supported+by+the+National+Gendarmerie&source=bl&ots=NClmgvVV7X&sig=ACfU3U3cAIxaS8sImgl1wiDaeU3O3BtOBQ&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjVvcOghfbnAhXkHrkGHabvCtQQ6AEwBnoECAgQAQ#v=onepage&q=paris%20police%20supported%20by%20supported%20by%20the%20National%20Gendarmerie&f=false |título=Plural Policing: A Comparative Perspective |publicado=Routledge |autor=Trevor Jones e Tim Newburn |data=18 de abril de 2016 |acessodata=29 de fevereiro de 2020}}</ref>

De acordo com relatório da embaixada norte-americana na França, os índices de criminalidade em Paris são "semelhantes ao da maioria das grandes cidades" e "os crimes violentos são relativamente raros no centro da cidade." O relatório prosseguiu afirmando que a violência política é "relativamente incomum. Grandes manifestações em Paris são geralmente gerenciadas por uma forte presença policial, mas esses eventos podem se tornar perigosos e devem ser evitados.".<ref>{{Citar web |url=http://www.bu.edu/paris/emergency-information/us-embassy-security-advice/ |título=US Embassy Security Advice |publicado=Study abroad: Paris |obra=U.S. Embassy in France |data= |acessodata=29 de fevereiro de 2020}}</ref>
=== Relações exteriores ===

Paris tem uma [[Geminação de cidades|cidade gémea]]<sup>([[português europeu]])</sup>/cidade-irmã<sup>([[português brasileiro]])</sup> e cidades parceiras:<ref name="partners2">{{Citar web | url = http://www.paris.fr/en/city_government/international/special_partners.asp | autor = Mairie de Paris | titulo = International relations : special partners | acessodata = 2007-10-14 | arquivourl = https://web.archive.org/web/20081225090448/http://www.v1.paris.fr/EN/city_government/international/special_partners.asp | arquivodata = 25 de dezembro de 2008 | urlmorta = yes }}</ref>

; Cidade-irmã
* {{ITAb}} '''[[Roma]]''', [[Itália]], (1956)<ref name="paris">{{Citar web|url=http://www.paris.fr/portail/accueil/Portal.lut?page_id=6587&document_type_id=5&document_id=16468&portlet_id=14974 |título=Partners cities from Paris |publicado=Porto Alegre, RS |acessodata = 2009-07-19}}</ref>

; Cidades parceiras
{{dividir em colunas|cols=4}}
* {{DZAb}} '''[[Argel]]''', [[Argélia]], (2003)
* {{JORb}} '''[[Amã]]''', [[Jordânia]], (1987)
* {{GRCb}} '''[[Atenas]]''', [[Grécia]], (2000)
* {{LEBb}} '''[[Beirute]]''', [[Líbano]], (1992)
* {{DEUb}} '''[[Berlim]]''', [[Alemanha]], (1987)
* {{ARGb}} '''[[Buenos Aires]]''', [[Argentina]], (1999)
* {{EGYb}} '''[[Cairo]]''', [[Egito]], (1985)
* {{MARb}} '''[[Casablanca]]''', [[Marrocos]] (2004)
* {{USAb}} '''[[Chicago]]''', [[Estados Unidos]], (1996)
* {{DNKb}} '''[[Copenhaga]]''', [[Dinamarca]], (2005)
* {{ARMb}} '''[[Erevan]]''', [[Armênia]], (1998)
* {{CHEb}} '''[[Genebra]]''', [[Suíça]], (2002)
* {{IDNb}} '''[[Jacarta]]''', [[Indonésia]], (1995)
* {{JPNb}} '''[[Quioto (cidade)|Quioto]]''', [[Japão]], (1958)
* {{PRTb}} '''[[Lisboa]]''', [[Portugal]], (1998)
* {{GBRb}} '''[[Londres]]''', [[Reino Unido]], (2001)
* {{ESPb}} '''[[Madrid]]''', [[Espanha]], (2000)
* {{MEXb}} '''[[Cidade do México]]''', [[México]], (1999)
* {{CANb}} '''[[Montreal]]''', [[Canadá]], (2006)
* {{RUSb}} '''[[Moscou]]''', [[Rússia]], (1992)
* {{PRCb}} '''[[Pequim]]''', [[China]], (1997)
* {{BRAb}} '''[[Porto Alegre]]''', [[Brasil]], (2001)<ref name="paris" />
* {{CZEb}} '''[[Praga]]''', [[República Checa]], (1997)
* {{CANb}} '''[[Quebec (cidade)|Quebec]]''', [[Canadá]], (2003)
* {{MARb}} '''[[Rabat]]''', [[Marrocos]], (2004)
* {{SAUb}} '''[[Riade]]''', [[Arábia Saudita]], (1997)
* {{RUSb}} '''[[São Petersburgo]]''', [[Rússia]], (1997)
* {{YEMb}} '''[[Sana]]''', [[Iêmen]], (1987)
* {{USAb}} '''[[São Francisco (Califórnia)|São Francisco]]''', [[Estados Unidos]], (1996)
* {{CHLb}} '''[[Santiago (Chile)|Santiago]]''', [[Chile]], (1997)
* {{BRAb}} '''[[São Paulo]]''', [[Brasil]], (2004)
* {{KORb}} '''[[Seul]]''', [[Coreia do Sul]], (1991)
* {{BGRb}} '''[[Sófia]]''', [[Bulgária]], (1998)
* {{AUSb}} '''[[Sydney]]''', [[Austrália]], (1998)
* {{GEOb}} '''[[Tbilisi]]''', [[Geórgia]], (1997)
* {{JPNb}} '''[[Tóquio]]''', [[Japão]], (1982)
* {{TUNb}} '''[[Tunes (Tunísia)|Tunes]]''', [[Tunísia]], (2004)
* {{POLb}} '''[[Varsóvia]]''', [[Polônia]], (1999)
* {{USAb}} '''[[Washington, DC]]''', [[Estados Unidos]], (2000)
{{dividir em colunas fim}}

; Outro
* {{GBRb}} '''[[Whitwell (Rutland)|Whitwell]]''', [[Rutland]], [[Reino Unido]] afirma ser geminada com Paris.<ref>{{Citar web | autor = Parlamento do Reino Unido, Westminster, Londres | url = http://www.parliament.the-stationery-office.co.uk/pa/cm199293/cmhansrd/1992-12-11/Debate-3.html | titulo = Câmara dos Comuns Hansard Debate de 11 Dez 1992 | acessodata = 2007-10-09 | arquivourl = https://web.archive.org/web/20031203203416/http://www.parliament.the-stationery-office.co.uk/pa/cm199293/cmhansrd/1992-12-11/Debate-3.html | arquivodata = 3 de Dezembro de 2003 | urlmorta = yes }}</ref><ref>{{Citar web | url = http://www.guardian.co.uk/comment/story/0,3604,939491,00.html | autor = Guardian News e Media Limited | titulo = Smallweed | acessodata = 2007-10-09}}</ref>

== Economia ==
{{Artigo principal|Economia de Paris}}
[[Imagem:Palais Brongniart, Paris May 2012.jpg|thumb|upright|Sede da [[Euronext Paris]].]]

Paris, como o resto da [[Île-de-France]] mas de maneira ainda mais marcada, é mais rica e mais [[Setor terciário|terceirizada]] que a média francesa. A aglomeração parisiense é todavia claramente menos especializada economicamente que outros grandes centros econômicos mundiais, notadamente [[Londres]], sua grande rival na [[Europa]], que é particularmente dinâmica no setor [[Finanças|financeiro]]. Todavia, segundo Éric Le Boucher, a Île-de-France conhece um declínio econômico e perdas de emprego: "nenhuma região-capital do mundo perde tantos empregos como Paris, obscurecida por seu passado brilhante, mal governada, fragmentada em seus egoísmos, anêmica, sem haver se inscrito resolutamente na competição mundial entre as metrópoles do {{séc|XXI}}.<ref>« {{citar web | url=http://www.lemonde.fr/opinions/article/2008/02/02/paris-capitale-du-malthusianisme-par-eric-le-boucher_1006714_3232.html | título= Paris, capitale du malthusianisme | publicado=www.lemonde.fr |acessodata=7 de abril de 2020}} », ''in [[Le Monde]]'', 2 de fevereiro de 2007</ref>

Ao se tratar da rivalidade entre Paris e Londres, John Ross, conselheiro econômico do prefeito de Londres, estima em 2008 no ''[[The Economist]]'' que Paris perdeu há muito tempo a competição econômica com Londres: "Nós não nos consideramos como em competição com Paris, nós já ganhamos esse combate. Nós nos medimos contra [[Nova Iorque]]<ref>''The rivals'', portraits croisés de Londres et de Paris, ''The Economist'', 15 mars 2008, p.&nbsp;29-31</ref>". Essa afirmação é testemunha da agudeza da rivalidade entre as grandes metrópoles mundiais e especialmente entre Londres e Paris, assim como das disputas de comunicação que rodeiam essa concorrência para atrair para atrair as perspectivas de investimentos associados. ''The Economist'' ajunta que Londres ultrapassa desde então Paris em quase todos os grandes indicadores econômicos. Todavia, Paris dispõe de um número maior de grupos do [[Fortune 500]] que na cidade tem suas sedes,<ref>{{citar web |url=http://money.cnn.com/magazines/fortune/global500/2008/cities/|editor=[[CNN]] |acessodata=29 de março de 2020 |titulo=Global 500}}</ref> a Île-de-France se impõe como a primeira região europeia, à frente da [[Grande Londres]], em número de empregos criados pelas implantações internacionais em 2007<ref>{{Citar web |url=http://www.paris-region.com/ard/agence-regionale-de-developpement-ile-de-france/en-direct/actualites/l-ile-de-france-est-la-premiere-region-europeenne-pour-les-emplois-crees-par-les-implantations-internationales-en-2007--5239.kjsp?RH=NEWS |titulo=Paris Ile de France, capitale Economique |acessodata=4 de Janeiro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20091006054346/http://www.paris-region.com/ard/agence-regionale-de-developpement-ile-de-france/en-direct/actualites/l-ile-de-france-est-la-premiere-region-europeenne-pour-les-emplois-crees-par-les-implantations-internationales-en-2007--5239.kjsp?RH=NEWS |arquivodata=6 de Outubro de 2009 |urlmorta=yes }}</ref> e por fim a capital francesa emite a cada ano mais patentes que a capital inglesa e dispõe de uma maior proporção de pesquisadores na sua mão-de-obra.<ref>{{Citar web |url=http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_OFFPUB/KS-NS-06-013/FR/KS-NS-06-013-FR.PDF |titulo=Cópia arquivada |acessodata=4 de Janeiro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090624113236/http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_OFFPUB/KS-NS-06-013/FR/KS-NS-06-013-FR.PDF |arquivodata=24 de Junho de 2009 |urlmorta=yes}}</ref> Neste momento, o [[PIB]] por [[paridade do poder de compra]] da aglomeração parisiense, estimada em 460 mil milhões<sup>[[Português europeu|PE]]</sup>/bilhões<sup>[[Português brasileiro|PB]]</sup> de dólares, é comparável, ou até mesmo superior ao de Londres.<ref>{{citar web|url=http://www.ukmediacentre.pwc.com/imagelibrary/downloadMedia.asp?MediaDetailsID=863|título=UK Economic Outlook|língua=en|acessodata=4 de Janeiro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070610175146/http://www.ukmediacentre.pwc.com/imagelibrary/downloadMedia.asp?MediaDetailsID=863|arquivodata=10 de Junho de 2007|urlmorta=yes}} chiffres de 2005 (PriceWaterhouseCoopers) ; d'après cette étude, Tokyo, New York et Los Angeles distancent Chicago, Paris et Londres qui ont des PIB comparables ; toutefois, Londres dépasserait Chicago et Paris d'ici à 2020.</ref>
[[Imagem:Galerie Lafayette Haussmann Dome.jpg|upright|esquerda|thumb|Loja de departamento ''[[Galeries Lafayette]]'' decorada para o natal]]

Paris continua sendo de longe o [[Departamentos da França|departamento]] que agrupa mais empregos na região com cerca de {{fmtn|1650600}} em 2004, ou seja, 31% dos empregos privados da região, à frente de [[Hauts-de-Seine]] com {{fmtn|848200}} empregos (16%).<ref>{{citar web | url=http://www.paris-iledefrance.cci.fr/?page=eco_regionale_chiffres_cles_fr_2007 | editor=Chambre Régionale de Commerce et d'Industrie |titulo= Les chiffres-clés de la région Île-de-France |data=2007|acessodata=7 de abril de 2020}}</ref> Os [[salário]]s parisienses (19 euros por hora por ano, em 2002) são ligeiramente superiores à média regional (18,2 euros) e largamente superiores à média nacional (13,1 euros). Entretanto, essa diferença se explica essencialmente pela forte sobre-representação dos quadros [[Gerência|gerenciais]] que constituem 25% dos assalariados. A cidade se caracteriza sobretudo por sua forte desigualdade social: os 10% dos assalariados mais bem pagos ganha quatro vezes mais que os 10% menos bem pagos, o que está um pouco acima da média regional (3,7), mas é bastante superior à disparidade constatada no resto da França (2,6). Semelhantemente, as desigualdades geográficas aparecem no próprio seio da cidade: o salário horário médio oferecido no 8° arrondissement (24,2 euros) é superior em 82% ao do 20° arrondissement (13,3 euros). Contrariamente, as disparidades salariais homem-mulher que ocupam idênticas posições profissionais não passa de 6% em Paris contra 10% no resto da França.<ref>{{citar web | url=http://www.insee.fr/fr/region/rfc/ficdoc_frame.asp?ref_id=8977&doc_id=8739 | editor=INSEE |titulo=Les salaires offerts à Paris : pas d'effet "capitale" |acessodata=7 de abril de 2020}}</ref>

Em [[La Défense]] está a maior parte das sedes de grandes empresas e dos empregos de alto nível. Duas zonas são dignas de nota: o centro de Paris e o bairro de [[La Défense]],<ref>{{citar web | url=http://www.ladocumentationfrancaise.fr/spip/IMG/jpg/EUROPE-France-09-01.jpg | título=Plan du site de La Défense | publicado=www.ladocumentationfrancaise.fr | acessodata=4 de janeiro de 2010 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20090624113240/http://www.ladocumentationfrancaise.fr/spip/IMG/jpg/EUROPE-France-09-01.jpg | arquivodata=24 de junho de 2009 | urlmorta=yes }}</ref> nos subúrbios do oeste. O bairro de negócios no centro de Paris se estende sobre um perímetro bastante grande em torno da casa de ópera e da estação de Saint-Lazare.<ref>Voir par exemple les cercles sur une {{citar web | url=http://www.ccip75.ccip.fr/upload/pdf/atlas_activites_economiques.pdf | título= carte de la CCIP | publicado=www.ccip75.ccip.fr }} (page 6)</ref> Este bairro conserva um papel importante mas os preços imobiliários dos seus [[escritório]]s são muito elevados e a área que pode ser ocupada é limitada pelas regras de urbanismo. Entre 1994 e 2005, o seu número de empregos privados claramente diminuiu em benefício dos subúrbios vizinhos no oeste<ref>Voir la carte p.&nbsp;6 de ce {{citar web | url=http://www.paris-iledefrance.cci.fr/pdf/eco_regionale/chiffres_cles/2007/04_emploi.pdf | título=document de la CCIP | publicado=www.paris-iledefrance.cci.fr |acessodata=7 de abril de 2020}}</ref> principalmente La Défense.

{{panorama|La Défense vue depuis la Tour Eiffel.png|800px|Panorama de ''[[La Défense]]'', em Paris, o maior [[centro financeiro]] da [[Europa]].<ref>{{citar web | url=http://ecohearth.com/eco-blogs/eco-international/835-la-defense-europes-largest-business-district-sets-a-new-standard-for-sustainable-development.html | título=La Défense: Europe largest buisiness district Sets a New Standart for Sustainable Devloment | acessodata=18 de Março de 2011 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20110205112759/http://ecohearth.com/eco-blogs/eco-international/835-la-defense-europes-largest-business-district-sets-a-new-standard-for-sustainable-development.html | arquivodata=5 de Fevereiro de 2011 | urlmorta=yes }} - EcoHeart</ref>}}

=== Turismo ===
[[Imagem:Invalides_aerial_view.jpg|thumb|upright|[[Fotografia aérea]] do [[Hôtel des Invalides]] e do [[rio Sena]] ao fundo.]]

Em 2018, medido pelo Índice de Destino de Cidades Globais da MasterCard, Paris era o segundo destino aéreo mais movimentado do mundo, com 19,10 milhões de visitantes, atrás de [[Bangcoc]] (22,78 milhões), mas à frente de [[Londres]] (19,09 milhões).<ref>{{citar web|último =Rosen|primeiro =Eric|título=The World's Most-Visited City Is Bangkok|url=https://www.forbes.com/sites/ericrosen/2019/09/04/the-worlds-most-visited-city-is-bangkok/|obra=[[Forbes]]|data=4 de setembro de 2019|acessodata=21 de setembro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190914054101/https://www.forbes.com/sites/ericrosen/2019/09/04/the-worlds-most-visited-city-is-bangkok/|arquivodata=14 de setembro de 2019}}</ref> De acordo com a Convenção de Paris e o Bureau de Visitantes, {{Fmtn|393008}} trabalhadores na [[Grande Paris]], ou 12,4% da força de trabalho total, estão envolvidos em setores relacionados ao turismo, como hotéis, restauração, transporte e lazer.<ref name="TIP2016">{{citar web|título= Tourism in Paris – Key Figures 2016 |url = https://press.parisinfo.com/key-figures/key-figures/Tourism-in-Paris-Key-Figures-2016 |data= 9 de agosto de 2017 |publicado= Paris Convention and Visitors Bureau |acessodata= 2018-02-18 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20180219151215/https://press.parisinfo.com/key-figures/key-figures/Tourism-in-Paris-Key-Figures-2016 |arquivodata= 19 de fevereiro de 2018 }}</ref>

A principal atração turística da cidade era a [[Catedral de Notre Dame]], que recebeu cerca de 12 milhões de visitantes em 2018, mas agora está fechada para reforma após o [[Incêndio da Catedral de Notre-Dame de Paris|incêndio de 15 de abril de 2019]] e não se espera que seja reaberta por vários anos. O segundo foi a [[Basilique du Sacré-Coeur]] em [[Montmartre]], com um número estimado de 11 milhões de visitantes, seguido pelo [[Museu do Louvre]] (10,1 milhões de visitantes); [[Centre Pompidou]] (3,5 milhões de visitantes); [[Museu d'Orsay]] (3,3 milhões); [[Museu Nacional de História Natural (França)|Museu Nacional de História Natural da França]] (2,4 milhões de visitantes); [[Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa]] (2 milhões de visitantes); [[Arco do Triunfo]] (1,7 milhão de visitantes) e [[Sainte-Chapelle]] (1,3 milhão de visitantes).<ref name="ReferenceC">[https://pro.parisinfo.com/etudes-et-chiffres/key-figures-english-version/surveys-and-reports/cultural-visitor-numbers Key Figures 2018: Paris Convention and Visitors Bureau]. Acessado em 7 de abril de 2020.</ref>

O centro de Paris contém os monumentos mais visitados da cidade, incluindo a Catedral de Notre Dame (agora fechada para restauração) e o Louvre, bem como a Sainte-Chapelle; [[Les Invalides]], onde está localizado o túmulo de [[Napoleão]], e a [[Torre Eiffel]] estão localizadas na margem esquerda, a sudoeste do centro. O [[Panthéon]] e as [[Catacumbas de Paris]] também estão localizados na margem esquerda do Sena. As margens do principal rio da cidade, da [[Pont de Sully]] a [[Pont d'Iéna]], estão listadas como [[Patrimônio Mundial]] pela [[UNESCO]] desde 1991.<ref name="unescowh">{{citar web|url=https://whc.unesco.org/en/list/600/ |título=Paris banks of the Seine |obra=UNESCO World Heritage Centre |acessodata=26 de outubro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141008223316/https://whc.unesco.org/en/list/600/ |arquivodata=8 de outubro de 2014 }}</ref> Vários outros marcos muito visitados estão localizados nos subúrbios da cidade; a [[Basílica de Saint-Denis]], em [[Seine-Saint-Denis]], é o berço do estilo gótico da arquitetura e da necrópole real dos reis e rainhas franceses.<ref>{{citar web|url=https://uk.tourisme93.com/basilica/saint-denis-abbey.html|título=Saint-Denis Basilica, royal necropolis of France|obra=Seine-Saint-Denis Tourisme|acessodata=26 de outubro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141026223222/http://uk.tourisme93.com/basilica/saint-denis-abbey.html|arquivodata=26 de outubro de 2014}}</ref> A região de Paris abriga três outros locais do patrimônio da UNESCO: o [[Palácio de Versalhes]], a oeste,<ref>{{citar web|url=https://whc.unesco.org/en/list/83/|título=Palace and Park of Versailles|obra=UNESCO World Heritage Centre|acessodata=26 de outubro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141008211931/https://whc.unesco.org/en/list/83/|arquivodata=8 de outubro de 2014}}</ref> o [[Palácio de Fontainebleau]], ao sul,<ref>{{citar web|url=https://whc.unesco.org/en/list/160/|título=Palace and Parks of Fontainebleau|obra=UNESCO World Heritage Centre|acessodata=26 de outubro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141009135828/https://whc.unesco.org/en/list/160/|arquivodata=9 de outubro de 2014}}</ref> e o local de feiras medievais de [[Provins]], a leste.<ref>{{citar web|url=https://whc.unesco.org/en/list/873/|título=Provins, Town of Medieval Fairs|obra=UNESCO World Heritage Centre|acessodata=26 de outubro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141009052925/https://whc.unesco.org/en/list/873/|arquivodata=9 de outubro de 2014}}</ref> Na região também está localizada a [[Disneyland Paris]], em [[Marne-la-Vallée]], a 32 quilômetros a leste do centro de Paris e que recebeu 9,8 milhões de visitantes em 2018.<ref name="2018 attendance">{{citar web|título=TEA/AECOM 2018 Global Attractions Attendance Report Report|url=http://www.teaconnect.org/images/files/328_572762_190522.pdf|publicado=Themed Entertainment Association|acessodata=25 de maio de 2019|ano=2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190523131129/http://www.teaconnect.org/images/files/328_572762_190522.pdf|arquivodata=23 de maio de 2019}}</ref>

Paris é famosa por seus grandes hotéis. O Hotel Meurice, aberto para viajantes britânicos em 1817, foi um dos primeiros hotéis de luxo em Paris.{{sfn|Fierro|1996|p=938}} A chegada das ferrovias e a [[Exposição Universal de 1855]] trouxeram a primeira inundação de turistas e os primeiros grandes hotéis modernos; o Hôtel du Louvre (agora um mercado de antiguidades) em 1855; o Grand Hotel (agora o InterContinental Paris Le Grand Hotel) em 1862; e o Hôtel Continental em 1878. O [[Hôtel Ritz (Paris)|Hôtel Ritz]] na Place Vendôme foi inaugurado em 1898, seguido pelo Hôtel Crillon em um edifício do século XVIII na Place de la Concorde em 1909; o Hotel Bristol na [[Rue du Faubourg-Saint-Honoré]] em 1925; e o Hotel George V em 1928.{{sfn|Fierro|1996|pp=937–38}}

{{panorama|Disneyland_Paris_Fantasyland_Panorama.jpg|1200px|Panorama da [[Disneyland Resort Paris]] (também conhecida como Eurodisney).}}

== Infraestrutura ==

=== Educação ===
[[imagem:Chapelle_Sainte-Ursule_de_la_Sorbonne,_Paris_001.jpg|upright|esquerda|thumb|A capela da Sorbonne na [[Universidade de Paris]]]]

Paris é o departamento com a maior proporção de pessoas altamente educadas. Em 2009, cerca de 40% dos parisienses possuíam diploma de nível superior, a maior proporção na França,<ref>{{citar web|url=http://www.insee.fr/fr/themes/detail.asp?reg_id=99&ref_id=base-indic-cc-dipl-form|título=Indicateurs départementaux et régionaux sur les diplômes et la formation en 2009|publicado=INSEE|acessodata=29 de junho de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130910144530/http://www.insee.fr/fr/themes/detail.asp?reg_id=99&ref_id=base-indic-cc-dipl-form|arquivodata=10 de setembro de 2013}}</ref> enquanto 13% não possuem diploma, a terceira menor porcentagem na França. A educação em Paris e na região de [[Île-de-France]] emprega aproximadamente 330 mil pessoas, {{Fmtn|170000}} das quais são professores ensinando aproximadamente 2,9 milhões de crianças e estudantes em cerca de 9 mil escolas e instituições de ensino fundamental, médio e superior.<ref name="idf_education">{{citar web|url=http://www.idf.pref.gouv.fr/donnees/enseignement.htm|autor =La Préfecture de la Région d'Île-de-France|título=L'enseignement|acessodata=9 de outubro de 2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070824203147/http://www.idf.pref.gouv.fr/donnees/enseignement.htm |arquivodata= 24 de agosto de 2007|língua=fr}}</ref>

A [[Universidade de Paris]], fundada no século XII, é frequentemente chamada de [[Sorbonne]] por causa de uma de suas faculdades medievais originais. Foi dividido em treze universidades autônomas em 1970, após as manifestações estudantis em 1968. Atualmente, muitos dos ''campi'' estão no [[Quartier Latin]], onde a antiga universidade estava localizada, enquanto outros estão espalhados pela cidade e pelos subúrbios.{{sfn|Combeau|2013|pages=213–14}}

A região de Paris abriga a maior concentração francesa das grandes ''écoles'' - 55 centros especializados de ensino superior fora da estrutura da universidade pública. As prestigiadas universidades públicas são geralmente consideradas grandes instituições. A maioria das grandes ''écoles'' foi transferida para os subúrbios de Paris nas décadas de 1960 e 1970, em novos ''campi'' muito maiores que os antigos campi da movimentada cidade de Paris, embora a [[École Normale Supérieure]] tenha permanecido na rue d'Ulm no 5º arrondissement.<ref>{{citar web|url=http://www.ens.fr/spip.php?article171&lang=en|título=Contact and Maps|acessodata=18 de junho de 2013|língua=francês|publicado=[[École Normale Supérieure]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130607052638/http://www.ens.fr/spip.php?article171&lang=en|arquivodata=7 de junho de 2013|df=dmy-all}}</ref> Há um grande número de escolas de engenharia, lideradas pelo Instituto de Tecnologia de Paris, que compreende várias faculdades, como a [[École Polytechnique]], a [[École des Mines]], a [[AgroParisTech]], a [[Télécom Paris]], a [[Arts et Métiers]] e a [[École des Ponts et Chaussées]]. Existem também muitas escolas de negócios, incluindo [[Escola de Altos Estudos Comerciais de Paris|HEC]], [[Institut européen d'administration des affaires|INSEAD]], [[École supérieure des sciences économiques et commerciales|ESSEC]] e [[ESCP Business School|ESCP]]. A escola administrativa, como a [[Escola Nacional de Administração]], foi transferida para [[Estrasburgo]], a escola de ciências políticas Sciences-Po ainda está localizada no 7º arrondissement de Paris e a mais prestigiada universidade de economia e finanças, [[Université Paris-Dauphine|Paris-Dauphine]], está localizada no 16º de Paris. O departamento CELSA da escola parisiense de jornalismo da Universidade Paris-Sorbonne está localizado em [[Neuilly-sur-Seine]].<ref>{{citar web|url=http://www.celsa.fr/acces.php|língua=French|título=Accès|publicado=Celsa.fr|acessodata=16 de junho de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130629185623/http://www.celsa.fr/acces.php|arquivodata=29 de junho de 2013}}</ref>

=== Saúde ===
[[Imagem:Hôtel-Dieu from Notre-Dame de Paris, 12 June 2010.jpg|thumb|[[Hôtel-Dieu de Paris]], o mais antigo [[hospital]] da cidade.<ref name="Hotel Dieu"/>]]

Os serviços de saúde e serviços médicos de emergência na cidade de Paris e nos seus subúrbios são fornecidos pela Assistance Publique – Hôpitaux de Paris (AP-HP), um sistema público que emprega mais de 90 mil pessoas (incluindo profissionais, pessoal de apoio e administradores) em 44 hospitais.<ref name="hospital"/> É o maior sistema hospitalar da Europa, fornecendo assistência médica, ensino, pesquisa, prevenção, educação e serviços médicos de emergência em 52 ramos da medicina. Os hospitais recebem mais de 5,8 milhões de visitas anuais de pacientes.<ref name="hospital">{{citar web|url=http://rapport-activite.aphp.fr/activite_ambulatoire.php |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140327062949/http://rapport-activite.aphp.fr/activite_ambulatoire.php |arquivodata=27 de março de 2014 |título=Rapport Annuel 2008 |publicado=Rapport Activite |acessodata=21 de abril de 2013 |língua=French|df=dmy-all }}</ref>

Um dos hospitais mais notáveis é o [[Hôtel-Dieu de Paris|Hôtel-Dieu]], fundado em 651, o hospital mais antigo da cidade,<ref name="Hotel Dieu">{{citar web|url=http://www.sciencemuseum.org.uk/broughttolife/people/hoteldieu.aspx|título=Hotel Dieu|publicado=London Science Museum|acessodata=21 de abril de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130508100917/http://www.sciencemuseum.org.uk/broughttolife/people/hoteldieu.aspx|arquivodata=8 de maio de 2013}}</ref> embora o edifício atual seja o produto de uma reconstrução de 1877. Outros hospitais incluem o [[Hospital da Salpêtrière|Hospital Pitié-Salpêtrière]] (um dos maiores da Europa), o [[Instituto Curie]], o [[Hôpital Lariboisière]] e o [[Hospital Americano de Paris]].<ref name="hospital"/>

=== Eletricidade ===

A eletricidade é fornecida a Paris através de uma rede periférica alimentada por várias fontes. Até 2012, cerca de 50% da eletricidade gerada na [[Ilha de França]] vem de usinas de cogeração localizadas próximas aos limites externos da região; outras fontes de energia incluem a [[Usina Nuclear de Nogent]] (35%), incineração de lixo (9% - com usinas de cogeração, estas também fornecem a cidade no calor), gás [[metano]] (5%), hidráulica (1%), [[energia solar]] (0,1%) e uma quantidade insignificante de [[energia eólica]] (0,034 GWh).<ref name="prod_electrique_IDF">{{citar web|url=http://www.driee.ile-de-france.developpement-durable.gouv.fr/IMG/pdf/Seminaire_du_6_mars_2012_-_Presentations_Approvisionnement_electrique_du_Grand_Paris__cle2dcb2f-1.pdf |título=La production électrique en IdF |publicado=La DRIEE – Prefet de la région d'Île-de-France |acessodata=11 de novembro de 2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20151007034916/http://www.driee.ile-de-france.developpement-durable.gouv.fr/IMG/pdf/Seminaire_du_6_mars_2012_-_Presentations_Approvisionnement_electrique_du_Grand_Paris__cle2dcb2f-1.pdf |arquivodata=7 de outubro de 2015}}</ref> Um quarto do aquecimento urbano da cidade é proveniente de uma fábrica em Saint-Ouen-sur-Seine, queimando uma mistura 50/50 de [[carvão]] e 140 mil toneladas de [[pellet de madeira]] vindas dos [[Estados Unidos]] por ano.<ref>{{citar web|url=http://www.globalwoodmarketsinfo.com/paris-to-import-wood-pellets-from-the-us/|título=Paris to be heated with US wood pellets|obra=Global Wood Markets Info|acessodata=11 de março de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160312072201/http://www.globalwoodmarketsinfo.com/paris-to-import-wood-pellets-from-the-us/|arquivodata=12 de março de 2016e|data=11 de março de 2016}}</ref>

=== Mídia ===
[[Imagem:Agence_France_Presse.JPG|thumb|Sede da [[Agence France Presse]], uma das [[agência de notícias]] mais antigas do mundo.]]

Paris e seus subúrbios próximos abrigam inúmeros jornais, revistas e publicações, como ''[[Le Monde]]'', ''[[Le Figaro]]'', ''[[Libération]]'', ''[[Le Nouvel Observateur]]'', ''[[Le Canard enchaîné]]'', ''[[La Croix]]'', ''Pariscope'', ''[[Le Parisien]]'' (em [[Saint-Ouen (Seine-Saint-Denis)|Saint-Ouen]]), ''[[Les Échos]]'', ''Paris Match'' (Neuilly-sur-Seine), ''Réseaux & Télécoms'', [[Reuters]] e ''L'Officiel des Spectacles''.<ref>{{citar web|url=http://french.about.com/od/newspapers/French_and_Francophone_Newspapers_and_Magazines.htm|título=French and Francophone Publications|publicado=French.about.com|acessodata=3 de julho de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130513093151/http://french.about.com/od/newspapers/French_and_Francophone_Newspapers_and_Magazines.htm|arquivodata=13 de maio de 2013}}</ref> Os dois jornais de maior prestígio da França, ''Le Monde'' e ''Le Figaro'', são as peças centrais da indústria editorial parisiense.<ref>{{citar web|url=http://about-france.com/french-newspapers.htm|título=Paris' Top Newspapers|publicado=About-France.com|acessodata=3 de julho de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130628080310/http://about-france.com/french-newspapers.htm|arquivodata=28 de junho de 2013}}</ref> A [[Agence France-Presse]] (AFP) é a [[agência de notícias]] mais antiga da França e uma das mais antigas do mundo, operando continuamente. A AFP, como é abreviada coloquialmente, mantém sua sede em Paris, como desde 1835.<ref>{{citar web|url=http://www.afp.com/en/|título=Agence France-Presse|publicado=Agence France-Presse website|acessodata=3 de julho de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130708144823/http://www.afp.com/en|arquivodata=8 de julho de 2013}}</ref> [[France 24]] é um canal de notícias de televisão pertencente e operado pelo governo francês e está sediado em Paris.<ref>{{citar web|url=http://www.france24.com/en/ |título=France 24 |publicado=France24.com |acessodata=3 de julho de 2013 |arquivourl=https://wayback.archive-it.org/all/20141015174237/http://www.france24.com/en/ |arquivodata=15 de outubro de 2014 }}</ref> Outra agência de notícias é a France Diplomatie, de propriedade e operada pelo [[Ministério dos Negócios Estrangeiros (França)|Ministério dos Negócios Estrangeiros]], e refere-se apenas a notícias e ocorrências diplomáticas.<ref>{{citar web|url=http://www.diplomatie.gouv.fr/en/|título=France Diplomatie|publicado=Diplomatie.gouv.fr|acessodata=3 de julho de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130629133112/http://www.diplomatie.gouv.fr/en/|arquivodata=29 de junho de 2013}}</ref>

A rede mais vista em França, a [[TF1]], fica nas proximidades de [[Boulogne-Billancourt]]. [[France 2]], [[France 3]], [[Canal+]], [[France 5]], [[M6]] ([[Neuilly-sur-Seine]]), [[Arte (canal de televisão)|Arte]], [[C8 (canal de televisão)|D8]], [[w:fr:W9|W9]], [[TFX]], [[NRJ 12]], [[La Chaîne parlementaire]], [[France 4]], [[BFM TV]] e [[Gulli]] são outras estações localizadas nos arredores a capital.<ref>{{citar web|url=http://french.about.com/od/tv/French_and_Francophone_Television_Stations_Watch_French_TV.htm|título=French and Francophone TV Stations|publicado=French.about.com|acessodata=3 de julho de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130520074251/http://french.about.com/od/tv/French_and_Francophone_Television_Stations_Watch_French_TV.htm|arquivodata=20 de maio de 2013}}</ref> A [[Radio France]], emissora pública de rádio da França e seus diversos canais, está sediada no [[16º arrondissement de Paris]]. A [[Rádio França Internacional]], outra emissora pública também está sediada na cidade.<ref>{{citar web|url=http://www.listenlive.eu/france.html |título=France's Radio Stations|publicado=Listenlive.eu|acessodata=3 de julho de 2013}}</ref> Paris também possui a sede da [[La Poste]], a transportadora postal nacional da França.<ref>{{citar web|url=http://www.laposte.com |título=La Poste |publicado=Laposte.com |acessodata=3 de julho de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130712042008/http://www.laposte.com/ |arquivodata=12 de julho de 2013|df=dmy-all }}</ref>

=== Transportes ===

[[Imagem:Paris_-_Station_de_métro_Abbesses_-_PA00086748_-_001.jpg|thumb|esquerda|O [[metrô de Paris]] é o mais movimentado da [[União Europeia]].]]
[[imagem:Hugh llewelyn 4342 (5699078246).jpg|thumb|esquerda|[[Thalys]] na estação [[Gare du Nord]].]]
[[imagem:CDG P1020431.JPG|thumb|esquerda|[[Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle]], um dos mais movimentados do mundo.]]

Paris é um importante centro de transporte ferroviário, rodoviário e aéreo. A [[Île-de-France Mobilités]] (IDFM), anteriormente o Syndicat des transports d'Île-de-France (STIF) e antes disso Syndicat des transports parisiens (STP), supervisiona a rede de trânsito na região.<ref name="stif">{{citar web|url=http://www.stif-idf.fr|título=Le web des voyageurs franciliens|autor =Syndicat des Transports d'Île-de-France (STIF)|acessodata=10 de abril de 2006|língua=French|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060411124843/http://www.stif-idf.fr/|arquivodata=11 de abril de 2006|df=dmy-all}}</ref> O sindicato coordena o transporte público e o contrata para o [[Régie Autonome des Transports Parisiens|RATP]] (que opera 347 linhas de ônibus, o [[Metrô de Paris|metrô]], oito linhas de bondes e seções do RER), o [[SNCF]] (que opera trilhos suburbanos, uma linha de bondes e as demais seções do [[RER d'Île-de-France|RER]]) e o consórcio [[Organização profissional dos transportes de Île-de-France|Optile]] de operadores privados que gerenciam 1 176 linhas de ônibus.<ref>{{citar web|url=http://www.optile.com/notre-mission/|título=Optile en bref|publicado=Optile|acessodata=27 de novembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151208081030/http://www.optile.com/notre-mission/|arquivodata=8 de dezembro de 2015}}</ref>

Desde a inauguração de sua primeira linha em 1900, a rede do [[metrô de Paris]] cresceu e se tornou o sistema de transporte local mais usado da cidade; hoje, transporta cerca de 5,23 milhões de passageiros diariamente<ref>{{citar web|url=http://www.ratp.fr/en/ratp/c_5043/metro/|título=Métro2030, notre nouveau métro de Paris|publicado=RATP|acessodata=27 de novembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160101095822/http://www.ratp.fr/en/ratp/c_5043/metro/|arquivodata=1 de janeiro de 2016|df=dmy-all}}</ref> através de 16 linhas, 303 estações (385 paradas) e 220 km de trilhos. Sobreposta a isso está uma 'rede expressa regional', a [[RER d'Île-de-France|RER]], cujas cinco linhas (A, B, C, D e E), 257 paradas e 587 km de trilhos conectam Paris a partes mais distantes da cidade.{{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|pp=278–83}} Mais de 26,5 bilhões de euros serão investidos nos próximos 15 anos para estender a rede metrô aos subúrbios,{{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|pp=278–83}} com destaque para o projeto [[Grand Paris Express]]. Além disso, a região de Paris é servida por uma rede ferroviária de nove [[Tramway d'Île-de-France|linhas de tramway]].<ref>{{citar web|url=http://www.ratp.fr/en/ratp/r_80565/ratps-tram-network-in-ile-de-france/|título=RATP's tram network in Île-de-France|publicado=RATP|acessodata=27 de novembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151208071832/http://www.ratp.fr/en/ratp/r_80565/ratps-tram-network-in-ile-de-france/|arquivodata=8 de dezembro de 2015|df=dmy-all}}</ref> Atualmente, cinco novas linhas ferroviárias leves estão em vários estágios de desenvolvimento.<ref>{{citar web|url=http://www.stif.org/developpements-et-avenir/nouveau-grand-paris/tramway.html|título=tramway|publicado=STIF|acessodata=27 de novembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151208180639/http://www.stif.org/developpements-et-avenir/nouveau-grand-paris/tramway.html|arquivodata=8 de dezembro de 2015}}</ref>

Paris é um importante centro de transporte aéreo internacional, com o quinto sistema aeroportuário mais movimentado do mundo. A cidade é servida por três aeroportos internacionais comerciais: [[Paris-Charles de Gaulle]], [[Paris-Orly]] e [[Beauvais-Tillé]]. Juntos, esses três aeroportos registraram tráfego de 96,5 milhões de passageiros em 2014.<ref>{{citar web|url=http://www.developpement-durable.gouv.fr/sites/default/files/Bulletin_Statistique_2014.pdf|título=Bulletin statistique, trafic aérien commercial – année 2014|página=15|publicado=Direction générale de l'Aviation civile|acessodata=28 de novembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170329083555/http://www.developpement-durable.gouv.fr/sites/default/files/Bulletin_Statistique_2014.pdf|arquivodata=29 de março de 2017}}</ref> Há também um aeroporto de aviação geral, [[Paris-Le Bourget]], historicamente o aeroporto parisiense mais antigo e mais próximo do centro da cidade, que agora é usado apenas para voos comerciais particulares e shows aéreos. O aeroporto de Orly, localizado nos subúrbios do sul de Paris, substituiu o Le Bourget como o principal aeroporto de Paris entre as décadas de 1950 e 1980.<ref>{{citar web|url=http://www.aeroportsdeparis.fr/groupe/groupe-et-strategie/histoire/1961_a_1981 |título=Histoire d'Aéroports de Paris de 1945 à 1981 |publicado=[[Aéroports de Paris]] |acessodata=27 de novembro de 2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20151208075947/http://www.aeroportsdeparis.fr/groupe/groupe-et-strategie/histoire/1961_a_1981 |arquivodata=8 de dezembro de 2015 }}</ref> O aeroporto Charles de Gaulle, localizado na periferia dos subúrbios ao norte de Paris, foi aberto ao tráfego comercial em 1974 e se tornou o aeroporto parisiense mais movimentado em 1993.<ref>{{citar web|url=http://www.side.developpement-durable.gouv.fr/EXPLOITATION/DEFAULT/doc/IFD/IFD_REFDOC_TEMIS_0077449/trafic-aeroportuaire-1986-2012-flux-de-trafic-commercial-1986-2012 |título=Trafic aéroportuaire 1986–2013 |páginas=15–17 |publicado=Direction générale de l'Aviation civile |acessodata=27 de novembro de 2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170405170444/http://www.side.developpement-durable.gouv.fr/EXPLOITATION/DEFAULT/doc/IFD/IFD_REFDOC_TEMIS_0077449/trafic-aeroportuaire-1986-2012-flux-de-trafic-commercial-1986-2012 |arquivodata=5 de abril de 2017}}</ref> Para o ano de 2017, foi o quinto aeroporto mais movimentado do mundo por tráfego internacional e é o centro da transportadora aérea francesa, a [[Air France]].{{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|pp=278–83}}

A cidade também é o centro mais importante da rede de rodovias nacionais e é cercada por três rodovias orbitais: a [[Boulevard périphérique de Paris|Périphérique]],{{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|p=69}} que segue o caminho aproximado das fortificações do século XIX ao redor de Paris, a rodovia A86 nos subúrbios e, finalmente, a autoestrada [[Francilienne]] nos subúrbios. Paris possui uma extensa rede de estradas com mais de 2 mil quilômetros de [[autoestrada]]s e rodovias.<ref>{{citar web | url=http://www.francilienne.net/Actualites/Actualites.html | título=Actualités du projet de bouclage de la Francilienne. | publicado=www.francilienne.net | acessodata=2018-01-11 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20121102155136/http://www.francilienne.net/Actualites/Actualites.html | arquivodata=2012-11-02 | urlmorta=yes }}</ref>

A municipalidade promove uma política de transporte coletivo e de ciclismo. Assim, a cidade dispõe desde o fim dos anos 1990 de uma rede de [[ciclovia]]s que aumenta constantemente. Pelo fim de 2006, há 371 quilômetros de vias alternativas em Paris, incluindo as faixas e pistas de ciclismo assim como os corredores de ônibus estendidos.<ref>{{citar web | url=http://www.paris.fr/portail/deplacements/Portal.lut?page_id=7053 | título=Vélo et circulations douces |acessodata=7 de abril de 2020 |editor=Prefeitura de Paris}}</ref><ref>{{citar web | url=http://www.apur.org/images/notes4pages/4P22.pdf | título=Atelier Parisien d'urbanisme - Le développement de la bicyclette, une politique partagée par toutes les collectivités. | publicado=www.apur.org }}</ref> Seguindo o exemplo de [[Rennes]] e [[Lyon]], a Prefeitura de Paris lança em 15 de julho de 2007 um sistema de aluguel de bicicletas, batizado ''[[Vélib']]'', a rede de compartilhamento de bicicletas mais densa da Europa, tendo 20 mil bicicletas pelo fim de 2007, {{fmtn|1400}} estações de aluguel em Paris, <!-- une tous les 300 mètres en moyenne, -->gerida por [[JCDecaux]].<ref>{{citar web | url=http://www.velib.paris.fr/ | título=Site municipal de ''Vélib''' | publicado=www.velib.paris.fr | acessodata=7 de Janeiro de 2010 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20100802015005/http://www.velib.paris.fr/ | arquivodata=2 de Agosto de 2010 | urlmorta=yes }}</ref> A cidade conta além disso com {{fmtn|15500}} [[táxi]]s lançados em 2007.<ref>{{citar web | url=http://www.paris.fr/portail/deplacements/Portal.lut?page_id=381&document_type_id=5&document_id=4843&portlet_id=1199 | título=Les taxis à Paris |acessodata=7 de abril de 2020 |editor=Prefeitura de Paris}}</ref>

=== Água e saneamento ===
[[Imagem:Ile_de_la_Cite_from_Pont_de_la_Tournelle.jpg|thumb|Vista do Sena, a [[Île de la Cité]] e um ''[[bateau-mouche]]''.]]

Paris em sua história inicial tinha apenas os rios [[Rio Sena|Sena]] e [[Rio Bièvre|Bièvre]] para o abastecimento de água. Desde 1809, o [[Canal de l'Ourcq]] forneceu a Paris água de rios menos poluídos para o nordeste da capital.<ref>{{citar web|url=http://www.paris.fr/pratique/musees-expos/musee-des-egouts/visite-publique-des-egouts-de-paris/rub_9691_stand_5943_port_23931|título=Historique des égouts|acessodata=18 de junho de 2013|língua=French|publicado=Paris.fr|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140410232647/http://www.paris.fr/pratique/musees-expos/musee-des-egouts/visite-publique-des-egouts-de-paris/rub_9691_stand_5943_port_23931|arquivodata=10 de abril de 2014}}</ref> Desde 1857, o engenheiro civil [[Eugène Belgrand]], sob [[Napoleão III]], supervisionou a construção de uma série de novos aquedutos que traziam água de locais por toda a cidade para vários reservatórios construídos no topo dos pontos mais altos da capital.{{sfn|Burchell|1971|p=93}}

A partir de então, o novo sistema de reservatórios tornou-se a principal fonte de água potável de Paris, e os restos do antigo sistema, bombeados para níveis mais baixos dos mesmos reservatórios, passaram a ser usados para a limpeza das ruas de Paris. Este sistema ainda é uma parte importante da moderna rede de abastecimento de água de Paris. Atualmente, Paris tem mais de {{Fmtn|2400}} km  de passagens subterrâneas dedicadas à evacuação dos resíduos líquidos de Paris.<ref name="sewers">{{citar web|url=http://www.paris.fr/portail/Environnement/Portal.lut?page_id=1313&document_type_id=5&document_id=2158&portlet_id=3139 |título=Les égouts parisiens |website=Mairie de Paris |acessodata=15 de maio de 2006 |língua=French |arquivourl=https://web.archive.org/web/20061003225317/http://www.paris.fr/portail/Environnement/Portal.lut?page_id=1313&document_type_id=5&document_id=2158&portlet_id=3139 |arquivodata=3 de outubro de 2006}}</ref>

=== Planejamento urbano ===
[[Imagem:View from the roof of Galeries Lafayette, January 31, 2012.jpg|thumb|upright|esquerda|Vista do Boulevard Haussmann]]

A maioria dos governantes franceses desde a [[Idade Média]] fez questão de deixar sua marca em uma cidade que, ao contrário de muitas outras capitais do mundo, nunca foi destruída por uma catástrofe ou guerra. Ao modernizar sua infraestrutura ao longo dos séculos, Paris preservou até sua história mais antiga em seu mapa urbano.<ref>{{Citar web |url=https://www.nature.com/articles/srep02153 |título=Self-organization versus top-down planning in the evolution of a city |publicado=Nature.com |autor=Marc Barthelemy, Patricia Bordin, Henri Berestycki e Maurizio Gribaudi |data=13 de outubro de 2016 |acessodata=29 de fevereiro de 2020}}</ref>

A Paris moderna deve muito de seu plano do centro e harmonia arquitetônica a [[Napoleão III]] e seu prefeito do Sena, o [[Georges-Eugène Haussmann|Barão Haussmann]], que entre 1853 e 1870 reconstruíram o centro da cidade, criaram as amplas avenidas e praças do centro da cidade onde as avenidas se cruzavam, impuseram fachadas padrão ao longo das avenidas, exigiram que as fachadas fossem construídas com a distinta "pedra de Paris" (que possuem a cor cinza-creme), e construíram os principais parques ao redor do centro da cidade.<ref>De Moncan, Patrice, ''Le Paris de Haussmann'', Les Éditions de Mecene, Paris, {{ISBN|978-2-907970-98-3}}</ref> A grande população residencial do centro da cidade também a torna muito diferente da maioria das outras grandes cidades ocidentais.{{sfn|Braimoh|Vlek|2008|p=12}}

As leis que regem o urbanismo de Paris permanecem sob rigoroso controle desde o início do século XVII, particularmente no que diz respeito ao alinhamento rua-frente, altura e distribuição de edifícios. Em modificações recentes, uma limitação imposta entre 1974 a 2010 às alturas das construções, de {{convert|37|m}}, foi aumentada para {{convert|abbr=on|50|m}} em áreas centrais e {{convert|180|m}} em alguns dos bairros periféricos da cidade. No entanto, para alguns dos bairros mais centrais, leis ainda mais antigas sobre altura de edifícios permanecem em vigor.<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20140410225515/http://www.paris.fr/viewmultimediadocument?multimediadocument-id=21647 |título=Plan des hauteurs |publicado=Paris |data= |acessodata=29 de fevereiro de 2020}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.bbc.com/future/article/20130722-revolution-in-paris-street-design |título=The revolution that built the streets of Paris |publicado=BBC |autor=Philip Ball |data=21 de julho de 2013 |acessodata=29 de fevereiro de 2020}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://books.google.com.br/books?id=gmGKAwAAQBAJ&dq= |título=Piercing Time: Paris After Marville and Atget, 1865-2012 |publicado=Intellect Books |autor=Peter Sramek |página=25 |data=2013 |acessodata=29 de fevereiro de 2020}}</ref>


A [[Torre Montparnasse|Tour Montparnasse]], com {{convert|210|m}}, era o edifício mais alto de Paris e da França até 1973, mas foi ultrapassada com a reconstrução da [[Tour First]] em 2011.<ref>{{Citar web |url=https://www.aviewoncities.com/paris/tourmontparnasse.htm |título=Tour Montparnasse |publicado=A View on cities |data= |acessodata=29 de fevereiro de 2020}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.emporis.com/buildings/110514/tour-first-courbevoie-france |título=Tour First |publicado=Emporis |data= |acessodata=29 de fevereiro de 2020}}</ref>

Existem desde muito tempo atrás regras estritas de urbanismo, em particular, limites à altura dos imóveis. Atualmente, novos prédios com mais de 37 metros não são autorizados senão sob título excepcional. Em numerosos bairros, o limite de altura é ainda mais estrito.<ref>Les hauteurs maximales par quartier sont indiquées sur le {{citar web | url=http://paris-a-la-carte-version-pl.paris.fr/carto/mapping/ | título=site de la mairie | publicado=paris-a-la-carte-version-pl.paris.fr }}</ref> Paris contava com {{fmtn|6088}} vias públicas ou privadas em 1997. Dentre as mais notáveis, pode-se citar a ''Avenue Foch'' (16º arrondissement), a mais larga avenida de Paris com 120 metros, enquanto que a ''Avenue de Selves'' (8º arrondissement) é a avenida mais curta com 110 metros de comprimento. A rua mais longa de Paris é a ''Rue de Vaugirard'' (6º e 15º arrondissements) com {{fmtn|4360}} metros. A ''Rue des Degrés'' (2º arrondissement) é a rua mais curta, com somente 5,75 metros, enquanto que a ''Rue du Chat-qui-Pêche'' (5º arrondissement) é oficialmente a mais estreita com uma largura mínima de 1,80 metro (porém, algumas fontes mencionam o ''Sentier des Merisiers'', no 12º arrondissement, que mede menos de um metro, ou ainda a ''Passage de la Duée'' no 20º arrondissement, que, se bem que seu lado direito haja sido destruído e ladeado por uma paliçada, mede somente 80&nbsp;cm de largura). Por fim, a via mais inclinada é a ''Rue Gasnier-Guy'' (20º arrondissement) com uma inclinação de 17%.<ref>{{citar web | url=http://www.v1.paris.fr/Carto/Nomenclature_maj/index.nom.htm | título=index des rues de Paris | acessodata=16 de Maio de 2010 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20070712183359/http://www.v1.paris.fr/Carto/Nomenclature_maj/index.nom.htm | arquivodata=12 de Julho de 2007 | urlmorta=yes }} extrait du site municipal officiel de Paris.</ref>

{{panorama|Paris arc.jpg|1200px|Vista panorâmica de Paris, do topo do [[Arco do Triunfo (Paris)|Arco do Triunfo]].}}

== Cultura ==

=== Arquitetura ===
{{Info/Sítio do Patrimônio Mundial
| nome          = Margens do Rio Sena em Paris
| imagem        = [[Imagem:La_Tour_Eiffel_vue_de_la_Tour_Saint-Jacques,_Paris_août_2014_(2).jpg|250px|centro]]
| imagem_legenda= 
| país          = França
| ano           = 1991
| critério      = i, ii, iv
| id            = 600
| coordenadas   = 48°52′0″N,2°19′59″E
}}

Os monumentos mais célebres de Paris datam de épocas diversas, se encontrando com frequência no centro ou nas margens do Sena. Os cais do Sena que ficam entre a ''Pont de Sully'' au ''[[Pont de Bir-Hakeim]]'' constituem uma das mais belas paisagens fluviais urbanas e fazem parte do [[patrimônio mundial]] da [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|UNESCO]]. Ali se encontram, a leste e a oeste: a [[Catedral de Notre-Dame de Paris|Notre-Dame]], o [[Palácio do Louvre|Louvre]], os [[Hôtel des Invalides|Invalides]], a [[Ponte Alexandre III]], o [[Grand Palais]], o [[Museu do Quai Branly]], a [[Torre Eiffel]] e o [[Trocadéro]]. Vários monumentos de [[Classicismo|estilo clássico]] igualmente deixam sua marca no centro de Paris. A capela da [[Sorbonne]] no coração do [[Quartier Latin]], foi erguida no início do [[século XVII]]. O [[Palácio do Louvre|Louvre]], residência da realeza, foi embelezado no século XVII e retocado muitas vezes mais desde então. O [[Hôtel des Invalides]], com seu famoso domo dourado, foi erigido no fim do século XVII nos subúrbios da cidade por [[Luís XIV de França|Luís XIV]], que estava ansioso por oferecer um hospital para soldados feridos. O monumento abriga desde 15 de dezembro de 1840 as cinzas de [[Napoleão Bonaparte]] e também sua sepultura desde 2 de abril de 1861.<ref>{{citar web | url=http://www.invalides.org/pages/dome.html | título=Inhumation de Napoléon aux invalides | publicado=www.invalides.org | acessodata=18 de Maio de 2010 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20111227184145/http://www.invalides.org/pages/dome.html | arquivodata=27 de Dezembro de 2011 | urlmorta=yes }}</ref>

O patrimônio do século XIX é muito abundante em Paris, a saber, o [[Arco do Triunfo (França)|Arco do Triunfo]], os ''passeios cobertos'', o [[Ópera Garnier|Palácio Garnier]] (construído desde o fim do [[Segundo Império Francês|Segundo Império]] até o início da [[Terceira República Francesa|Terceira República]] e que abriga a [[Ópera Nacional de Paris|Ópera de Paris]]) e a [[Torre Eiffel]] (construção "provisória" erguida por [[Gustave Eiffel]] para a [[Exposição Universal de 1889]], mas que nunca chegou a ser desmantelada). A torre virou o emblema de Paris, visível da maioria dos bairros da cidade e até mesmo dos subúrbios próximos. Ao longo do século XX, os melhores arquitetos semearam as ruas de Paris com suas realizações: [[Hector Guimard|Guimard]], Charles Plumet<ref>{{citar web | url=http://paris1900.blogspot.com/2007/05/36-rue-de-tocqueville-17e.html | título=Paris 1900 - Charles Plumet | publicado=paris1900.blogspot.com | acessodata=21 de Maio de 2010 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20110708055959/http://paris1900.blogspot.com/2007/05/36-rue-de-tocqueville-17e.html | arquivodata=8 de Julho de 2011 | urlmorta=yes }}</ref> e Jules Lavirotte, verdadeiras referências da [[Art nouveau]] na França, seguidos pelas realizações de Robert Mallet-Stevens, Michel Roux-Spitz, [[Willem Marinus Dudok|Dudok]], Henri Sauvage, [[Le Corbusier]],<ref>{{citar web |url=https://www.britannica.com/EBchecked/topic/137221 |titulo=Le Corbusier |editor=[[Enciclopédia Britânica]] |acessodata=7 de abril de 2020}}</ref> [[Auguste Perret]], entre outros, durante o [[período entre-guerras]].<ref>{{citar web |url=https://www.britannica.com/biography/Auguste-Perret |titulo=Auguste Perret |editor=[[Enciclopédia Britânica]] |acessodata=7 de abril de 2020}}</ref>

A arquitetura contemporânea é representada em Paris pelo [[Centro Georges Pompidou]], edifício dos [[Década de 1970|anos 1970]] que abriga o Museu Nacional de Arte Moderna<ref name="Arte Moderna">{{citar web | url=http://www.centrepompidou.fr/Pompidou/Musee.nsf/0/2986F8A0D35157FBC1256DA40045A27D?OpenDocument&sessionM=3.2&L=1 | título=Museu Nacional de Arte Moderna | publicado=www.centrepompidou.fr | acessodata=15 de Maio de 2010 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20100210052234/http://www.centrepompidou.fr/Pompidou/Musee.nsf/0/2986F8A0D35157FBC1256DA40045A27D?OpenDocument&sessionM=3.2&L=1 | arquivodata=10 de Fevereiro de 2010 | urlmorta=yes }}</ref> assim como a Biblioteca Pública de Informação.<ref>{{citar web | url=http://www.bpi.fr/fr/index.html | título=Biblioteca Pública de Informação | publicado=www.bpi.fr | acessodata=2010-05-21 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20110511084031/http://www.bpi.fr/fr/index.html | arquivodata=2011-05-11 | urlmorta=yes }}</ref> Não menos importantes as realizações idealizadas pelo presidente [[François Mitterrand]]: a [[Biblioteca Nacional da França]],<ref>{{citar web | url=http://www.parisrivegauche.com/ | título= Paris Rive Gauche | publicado=www.parisrivegauche.com }}</ref> a Ópera Bastille e, provavelmente a mais célebre, a [[Pirâmide do Louvre]], obra do arquiteto [[Ieoh Ming Pei]] erigida no pátio principal do [[Museu do Louvre|Louvre]].<ref name="SimonsNYT">{{citar jornal|último =Simons|primeiro =Marlise|título=5 Pieces of Africa's Past Return to Life: France; A vast new exhibition space as the Louvre renovates |obra=New York Times|data=1993-03-28|url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9F0CEFDF1F39F93BA15750C0A965958260|acessodata=2008-10-07}}</ref> Mais recentemente, o [[Museu do Quai Branly]], ou Museu das Artes e Civilizações de África, Ásia, Oceania e Américas desenhado por [[Jean Nouvel]] e inaugurado em 2006, veio enriquecer ainda mais a diversidade arquitetural e cultural da capital.<ref name="key-figures">{{citar web|url=http://www.quaibranly.fr/en/missions-and-operations/key-figures/|título=Key figures|obra=Official website|publicado=musée du quai Branly - Jacques Chirac|acessodata=1 de outubro de 2016}}</ref>

=== Cemitérios ===
[[Imagem:Catacombes De Paris.jpg|thumb|As [[Catacumbas de Paris]] guardam os restos mortais de mais de 6 milhões de pessoas.]]

Durante a [[Roma Antiga|era romana]], o principal cemitério da cidade estava localizado nos arredores do assentamento da margem esquerda, mas isso mudou com a ascensão do [[cristianismo]] [[católico]], onde quase todas as igrejas do centro da cidade tinham cemitérios adjacentes para serem usados por suas paróquias. Com o crescimento de Paris, muitos deles, particularmente o maior cemitério da cidade, o [[Cemitério dos Santos Inocentes]] (''Cimetière des Innocents''), estavam cheios, criando condições bastante insalubres para a capital. Quando os enterros da cidade foram proibidos a partir de 1786, o conteúdo de todos os cemitérios paroquiais de Paris foi transferido para uma seção renovada das minas de pedra da cidade, fora do portão "Porte d'Enfer", hoje a praça Denfert-Rochereau no 14º arrondissement.{{sfn|Whaley|2012|p=101}}{{sfn|Broadwell|2007|p=92}} O processo de mover ossos da Cimetière des Innocents para as [[Catacumbas de Paris]] ocorreu entre 1786 e 1814.{{sfn|Andia|Brialy|2001|p=221}}

Após uma tentativa de criação de vários cemitérios suburbanos menores, o prefeito Nicholas Frochot, sob [[Napoleão Bonaparte]], forneceu uma solução mais definitiva na criação de três cemitérios parisienses maciços fora dos limites da cidade.{{sfn|Ayers|2004|p=271}} Aberto a partir de 1804, estes foram os cemitérios de [[Cemitério do Père-Lachaise|Père Lachaise]], [[Cemitério de Montmartre|Montmartre]], [[Cemitério do Montparnasse|Montparnasse]] e, mais tarde, [[Cemitério de Passy|Passy]]; esses cemitérios tornaram-se parte do centro da cidade mais uma vez quando Paris anexou todas as comunas vizinhas ao interior de seu anel de fortificações suburbanas em 1860. Novos cemitérios suburbanos foram criados no início do século XX: o maior deles são o Cimetière parisien de Saint-Ouen, o [[Cimetière parisien de Pantin]] (também conhecido como Cimetier Parisien de Pantin-Bobigny), o Cimetier Parisien d'Ivry e o Cimetier Parisien de [[Bagneux (Hauts-de-Seine)|Bagneux]].<ref name="Parisian Cemeteries">{{citar web|título=Les 20 cimetières Parisiens|url=http://www.paris.fr/cimetieres|publicado=Paris.fr|acessodata=4 de abril de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170405170430/http://www.paris.fr/cimetieres|arquivodata=5 de abril de 2017}}</ref>

=== Museus ===
[[imagem:Louvre_Pyramid_(248047581).jpeg|thumb|esquerda|[[Museu do Louvre]], o mais visitado do mundo.<ref name=Visitors/>]]
[[imagem:Musée d'Orsay, Paris 7th 008.JPG|thumb|esquerda|Interior do [[Museu de Orsay]]]]

Paris e a região [[Île-de-France]] possuem a maior oferta museográfica da [[França]]. Há não menos de 100 museus em Paris intra-muros aos quais se deve ajuntar os mais de 110 museus da região. Mas além dos grandes números, é sobretudo na diversidade das coleções que a riqueza se sobressai. O museu mais antigo, de maior área e de maior coleção é o [[Museu do Louvre]]. Com um recorde de frequentação de 9,6 milhões de visitantes em 2019, o Louvre é de longe o museu de arte mais visitado do mundo.<ref name=Visitors>{{citar web|url=https://presse.louvre.fr/96-millions-de-visiteursbr-au-louvre-en-2019//|título=9,6 millions de visiteurs au Louvre en 2019|data=2020-01-03|website=Louvre.fr|língua=fr-FR|acessodata=2020-01-09}}</ref> Outros de renome mundial são o Museu Nacional de Arte Moderna (dentro do [[Centro Georges Pompidou]])<ref name="Arte Moderna"/> e o [[Museu de Orsay]], consagrado essencialmente ao [[impressionismo]]. Na proximidade de Paris, o [[Palácio de Versalhes]], edificado pelo [[Luís XIV de França|Rei-Sol]] e residência dos reis da França ao longo dos séculos XVII e XVIII, atrai igualmente milhões de visitantes ao ano. O palácio e o parque de [[Versalhes]] são classificados na [[Património Mundial|lista dos patrimônios mundiais]] da [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|UNESCO]] desde 1979.<ref>{{citar web |url=http://whc.unesco.org/fr/list/83 |titulo=Palais et parc de Versailles |editor=[[UNESCO]] |acessodata= 7 de abril de 2020}}</ref>

Os museus estão sob diversos estatutos administrativos: os mais célebres são museus nacionais, isto é, pertencentes ao [[Estado]] francês. Outros dependem de ministérios, como o Museu do Exército (no [[Hôtel des Invalides]]) e o Museu Aeroespacial (no [[Aeroporto de Le Bourget]]) que pertencem ao Ministério da Defesa.<ref>{{citar web | url=http://www.museeairespace.fr/ | título=Museu Aeroespacial de Paris | acessodata=7 de abril de 2020 |editor=Museu Aeroespacial de Paris}}</ref> Pode-se também citar o [[Panteão (Paris)|Panteão]], onde repousam os "grandes homens" da nação francesa, como [[Victor Hugo]], [[Voltaire]], [[Jean Moulin]], [[Jean Jaurès]] e [[Marie Curie]]. Outros museus pertencem ao [[Institut de France]] ou ainda a particulares. O município de Paris possui e gerencia por si próprio quatorze museus e sítios, dos quais os mais célebres são o [[Museu Carnavalet]], consagrado à história de Paris, perto da antiga casa de Victor Hugo ou ainda as [[Catacumbas de Paris|catacumbas]]. Também não há falta de exposições temáticas.<ref>{{citar web | url=http://www.paris.fr/portail/Culture/Portal.lut?page_id=144 | título=Musées | acessodata=7 de abril de 2020 |editor=Prefeitura de Paris}}</ref>

Paris abriga um dos maiores museus de ciência da Europa, a [[Cité des Sciences et de l'Industrie]], em [[La Villette]]. O [[Museu Nacional de História Natural (França)|Museu Nacional de História Natural]], localizado perto do [[Jardim das Plantas de Paris]], é famoso por seus artefatos de dinossauros, coleções de minerais e sua Galeria da Evolução. A história militar da França, desde a Idade Média até a Segunda Guerra Mundial, é vividamente apresentada por exposições no Musée de l'Armée em [[Les Invalides]], perto do túmulo de Napoleão. Além dos museus nacionais, administrados pelo [[Ministério da Cultura (França)|Ministério da Cultura]], a cidade de Paris opera 14 museus, incluindo o [[Museu Carnavalet]] sobre a história de Paris, o [[Museu de Arte Moderna da Paris]], o [[Palais de Tokyo]], a [[Maison de Victor Hugo]], a [[Maison de Balzac]] e as [[Catacumbas de Paris]].<ref>{{citar web|url=http://www.paris.fr/musees|título=Municipal museums|publicado=Maire de Paris|acessodata=23 de novembro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141123165959/http://www.paris.fr/musees|arquivodata=23 de novembro de 2014}}</ref>

=== Bibliotecas ===

[[Imagem:Salle de lecture Bibliotheque Sainte-Genevieve n03.jpg|thumb|Sala de leitura da [[Biblioteca de Sainte-Geneviève]]]]

A [[Biblioteca Nacional da França]] (BnF) opera bibliotecas públicas em Paris, entre elas a Biblioteca François Mitterrand, Biblioteca Richelieu, Louvois, Biblioteca Opéra e Biblioteca Arsenal.<ref>{{citar web|url=http://www.bnf.fr/pages/zNavigat/frame/version_anglaise.htm?ancre=english.htm |título=How to find us |obra=[[Bibliothèque nationale de France]] |autor = |data= |arquivourl=https://web.archive.org/web/20051016135133/http://www.bnf.fr/pages/zNavigat/frame/version_anglaise.htm?ancre=english.htm |arquivodata=16 de outubro de 2005 |df=dmy-all }}</ref> Existem três bibliotecas públicas no 4º arrondissement. A Biblioteca Forney, no distrito de Marais, é dedicada às artes decorativas; a Biblioteca do Arsenal ocupa um antigo prédio militar e possui uma grande coleção de literatura francesa; e a Bibliothèque historique de la ville de Paris, também em Le Marais, contém o serviço de pesquisa histórica de Paris. A [[Biblioteca de Sainte-Geneviève]] fica no 5º arrondissement; projetada por [[Henri Labrouste]] e construída em meados do século XIX, contém uma rara divisão de livros e manuscritos.<ref name=Woodward2006>{{citar jornal|último =Woodward |primeiro =Richard B. |título=At These Parisian Landmarks, Shhh Is the Word |url=https://www.nytimes.com/2006/03/05/travel/05journeys.html |acessodata=4 de julho de 2013 |jornal=The New York Times |data=5 de março de 2006 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141214124549/http://www.nytimes.com/2006/03/05/travel/05journeys.html |arquivodata=14 de dezembro de 2014 }}</ref> A [[Bibliothèque Mazarine]], no 6º arrondissement, é a biblioteca pública mais antiga da França. A Médiathèque Musicale Mahler, no 8º arrondissement, foi inaugurada em 1986 e contém coleções relacionadas à música. A Biblioteca François Mitterrand (apelidada de ''Très Grande Bibliothèque'') no 13º arrondissement foi concluída em 1994 para um projeto de [[Dominique Perrault]] e contém quatro torres de vidro.<ref name=Woodward2006/>

Existem várias bibliotecas e arquivos acadêmicos em Paris. A Biblioteca Sorbonne, no 5º arrondissement, é a maior biblioteca universitária de Paris. Além da localização da [[Sorbonne]], existem filiais em Malesherbes, Clignancourt-Championnet, Instituto de Arte e Arquitetura Michelet, Serpente-Maison de la Recherche e Institut des Etudes Ibériques.<ref>{{citar web|título=Paris-Sorbonne libraries|url=http://www.english.paris-sorbonne.fr/libraries/|publicado=Paris-Sorbonne University|acessodata=4 de julho de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130703101116/http://www.english.paris-sorbonne.fr/libraries/|arquivodata=3 de julho de 2013}}</ref> Outras bibliotecas acadêmicas incluem a Biblioteca Farmacêutica da Interuniversidade, a Biblioteca da Universidade Leonardo da Vinci, a Biblioteca da [[Mines ParisTech|Escola de Minas de Paris]] e a Biblioteca da [[Université de Paris (2019)|Universidade de Paris]].<ref name=nd.edu>{{citar web|título=French Libraries and Archives|url=http://www.library.nd.edu/help/study-abroad/France.shtml|publicado=University of Notre Dame, Hesburgh Libraries|acessodata=5 de julho de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131017053726/http://library.nd.edu/help/study-abroad/France.shtml|arquivodata=17 de outubro de 2013}}</ref>

=== Óperas, teatros e salas de espetáculo ===

[[imagem:Paris_Opera_full_frontal_architecture,_May_2009.jpg|thumb|A [[Ópera Garnier]]]]

As maiores casas de ópera de Paris são a [[Opéra Garnier]] do século XIX (histórica [[Ópera Nacional de Paris]]) e a moderna [[Ópera da Bastilha]]; a primeira tende a balés e óperas mais clássicos, enquanto a segunda fornece um repertório misto de clássico e moderno.{{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|p=178}} Em meados do século XIX, havia três outras casas de ópera ativas e concorrentes: a Ópera-Comique (que ainda existe), o Théâtre-Italien e o Théâtre Lyrique (que nos tempos modernos mudou  seu perfil e nome para Théâtre de la Ville).{{Sfn|Schumacher|1996|p=60}} A Philharmonie de Paris, a moderna sala de concertos sinfônicos de Paris, foi inaugurada em janeiro de 2015.<ref>{{citar web |url=http://philharmoniedeparis.fr/en/philharmonie |editor=Philharmonie de Paris |titulo=Presentation |acessodata=7 de abril de 2020}}</ref>

O teatro tradicionalmente ocupa um grande lugar na cultura parisiense, e muitos de seus atores mais populares hoje também são estrelas da televisão francesa. O mais antigo e famoso teatro de Paris é a [[Comédie-Française]], fundada em 1680. Dirigida pelo governo da França, apresenta principalmente clássicos franceses na Salle Richelieu no [[Palais-Royal]], na 2 rue de Richelieu, ao lado do Louvre.{{Sfn|Fierro|1996|page=1173}} Outros teatros famosos incluem o [[Teatro do Odéon|Odéon-Théâtre de l'Europe]], ao lado dos [[Jardins de Luxemburgo]], também uma instituição estatal e um marco teatral; o Théâtre Mogador e o Théâtre de la Gaîté-Montparnasse.<ref>{{citar livro|título=Who's Where|url=https://books.google.com/books?id=Tj4WAQAAIAAJ|acessodata=2 de julho de 2013|ano=1961|página=304|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130907162159/http://books.google.com/books?id=Tj4WAQAAIAAJ|arquivodata=7 de setembro de 2013}}</ref>

=== Cinema ===
[[Imagem:Legrandrexfacade.jpg|thumb|esquerda|[[Grand Rex]], a maior sala de cinema da Europa.<ref name="Grande Rex"/>]]

A [[indústria cinematográfica]] nasceu em Paris quando [[Auguste e Louis Lumière]] projetaram o primeiro filme para um público pagante no Grand Café em 28 de dezembro de 1895.{{sfn|Lester|2006|p=278}} Muitas das salas de concerto/dança de Paris foram transformadas em cinemas quando esse tipo de mídia se tornou popular a partir dos anos 1930. Mais tarde, a maioria dos maiores cinemas foi dividida em várias salas menores. A maior sala de cinema de Paris hoje está no teatro [[Grand Rex]], com 2 700 lugares.<ref name="Grande Rex">{{citar web|título= The Grand Rex ... and its Etoiles|url = http://www.english.rfi.fr/visiting-france/20101024-grand-rex-and-its-etoiles|website = RFI|acessodata= 5 de outubro de 2015|arquivourl= https://web.archive.org/web/20151007024417/http://www.english.rfi.fr/visiting-france/20101024-grand-rex-and-its-etoiles|arquivodata= 7 de outubro de 2015}}</ref>

Grandes cinemas multiplex foram construídos desde os anos 1990. O UGC Ciné Cité Les Halles com 27 telas, a MK2 Bibliothèque com 20 telas e o UGC Ciné Cité Bercy com 18 telas estão entre as maiores.<ref>{{citar web|título= Le Cinéma à Paris|url = http://www.paris.fr/services-et-infos-pratiques/culture-et-patrimoine/cinema/le-cinema-a-paris-2347|publicado= Paris.fr|acessodata= 5 de outubro de 2015|arquivourl= https://web.archive.org/web/20151016022258/http://www.paris.fr/services-et-infos-pratiques/culture-et-patrimoine/cinema/le-cinema-a-paris-2347|arquivodata= 16 de outubro de 2015}}</ref>

Os parisienses tendem a compartilhar as mesmas tendências de cinema que muitas das cidades globais do mundo, com os cinemas dominados principalmente pelo entretenimento gerado por [[Hollywood]]. O [[cinema francês]] chega em segundo lugar, com grandes diretores (''réalisateurs''), como [[Claude Lelouch]], [[Jean-Luc Godard]] e [[Luc Besson]], e o gênero mais popular, com o diretor [[Claude Zidi]] como exemplo. Os filmes europeus e asiáticos também são amplamente exibidos e apreciados.<ref>{{citar web|url=http://articles.timesofindia.indiatimes.com/2012-12-27/news-interviews/36021870_1_tamil-films-screen-films-south-asian-films|título=2 Tamil Films in 1st SAFF in Paris|obra=The Times of India |data=27 de dezembro de 2012 |acessodata=2 de julho de 2013 |arquivourl=https://archive.is/20130702190758/http://articles.timesofindia.indiatimes.com/2012-12-27/news-interviews/36021870_1_tamil-films-screen-films-south-asian-films |arquivodata=2 de julho de 2013}}</ref> Em 2 de fevereiro de 2000, Philippe Binant realizou a primeira projeção de [[cinema digital]] na Europa, com a tecnologia DLP CINEMA desenvolvida pela [[Texas Instruments]], em Paris.<ref>{{citar revista|título=N/A |revista=[[Cahiers du cinéma]] n°hors-série |local=Paris |data=Abril de 2000 |página=32}} (''cf.'' also {{citar livro|língua=fr |url=https://academiecine.tv/files/8113/7674/5261/Histoire_communications.pdf |título=Histoire des communications |ano=2011 |página=10 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121029054701/http://academiecine.tv/acces_public/Histoire.pdf |arquivodata=29 de outubro de 2012 }})</ref>

=== Moda ===
[[Ficheiro:Magdalena Frackowiak.jpg|thumb|upright|[[Magdalena Frackowiak]] na [[Paris Fashion Week]] de 2011]]

Desde o século XIX, Paris tem sido uma [[Capital da moda|capital internacional da moda]], particularmente no domínio da [[alta costura]] (roupas feitas à mão sob encomenda para clientes particulares).<ref>{{citar web|último1 =Carr-Allinson|primeiro1 =Rowena|título=11 Ways to Look like a Local in Paris|url=http://www.iexplore.com/destinations/paris/how-to-look-like-a-local-in-paris|website=iExplore.com|publicado=Inside-Out Media|acessodata=16 de setembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160924211810/http://www.iexplore.com/destinations/paris/how-to-look-like-a-local-in-paris|arquivodata=24 de setembro de 2016}}</ref> É o lar de algumas das maiores casas de moda do mundo, incluindo [[Dior]] e [[Chanel]], além de muitos outros estilistas conhecidos e mais contemporâneos, como [[Karl Lagerfeld]], [[Jean-Paul Gaultier]], [[Yves Saint Laurent]], [[Givenchy]] e [[Christian Lacroix]]. A [[Paris Fashion Week]], realizada em janeiro e julho no Carrousel du Louvre, entre outras localidades renomadas da cidade, é um dos quatro principais eventos do calendário internacional de moda. As outras capitais da moda do mundo, [[Milão]], [[Londres]] e [[Nova York]] também recebem semanas de moda.<ref>{{citar livro|último1 =Bradford|primeiro1 =Julie|título=Fashion Journalism|publicado=Routledge|ano=2014|página=129|url=https://books.google.com/books?id=H2xeBAAAQBAJ&pg=PA129|isbn=978-1-136-47536-8|acessodata=25 de outubro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160101095821/https://books.google.com/books?id=H2xeBAAAQBAJ&pg=PA129|arquivodata=1 de janeiro de 2016}}</ref><ref>{{citar livro|primeiro =Susan|último =Dillon|título=The Fundamentals of Fashion Management|publicado=A&C Black|ano=2011|página=115|url=https://books.google.com/books?id=3XFMAQAAQBAJ&pg=PA115|isbn=978-2-940411-58-0|acessodata=25 de outubro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160101095821/https://books.google.com/books?id=3XFMAQAAQBAJ&pg=PA115|arquivodata=1 de janeiro de 2016}}</ref> Além disso, Paris também é o lar da maior empresa de cosméticos do mundo: a [[L'Oréal]], além de três dos cinco maiores fabricantes mundiais de acessórios de moda de luxo: [[Louis Vuitton]], [[Hermès]] e [[Cartier SA|Cartier]].<ref>{{citar web|url=http://www.insidermonkey.com/blog/top-8-luxury-brands-in-the-world-317665/7/|publicado=Insidermonkey.com|título=Global ranking of manufacturers of luxury goods|acessodata=16 de janeiro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150119134339/http://www.insidermonkey.com/blog/top-8-luxury-brands-in-the-world-317665/7/|arquivodata=19 de janeiro de 2015}}</ref>

=== Culinária ===
{{Mais informações|Culinária da França}}
Desde o final do século XVIII, Paris é famosa por seus restaurantes e [[alta-cozinha]], com comida meticulosamente preparada e artisticamente apresentada. Um restaurante de luxo, o La Taverne Anglaise, inaugurado em 1786 nas arcadas do [[Palais-Royal]] por Antoine Beauvilliers, apresentava uma elegante sala de jantar, um extenso menu, toalhas de linho, uma grande lista de vinhos e garçons bem treinados; o local tornou-se um modelo para futuros restaurantes de Paris. O restaurante Le Grand Véfour no Palais-Royal data do mesmo período.{{sfn|Fierro|1996|pp=1136–38}} Os famosos restaurantes parisienses do século XIX, incluindo o Café de Paris, o Rocher de Cancale, o Café Anglais, a Maison Dorée e o Café Riche, estavam localizados principalmente perto dos teatros do Boulevard des Italiens, tendo sido imortalizados nos romances de [[Balzac]] e [[Émile Zola]]. Vários dos restaurantes mais conhecidos de Paris apareceram hoje durante o ''[[Belle Epoque]]'', incluindo [[Maxim's]] na Rue Royale, Ledoyen nos jardins dos Champs-Élysées e o Tour d'Argent no Quai de la Tournelle.{{sfn|Fierro|1996|p=1137}}
[[imagem:Lesdeuxmagots.jpg|thumb|esquerda|O [[Café (estabelecimento)|café]] ''[[Les Deux Magots]]'', um café parisiense célebre de Saint-Germain-des-Prés]]

Atualmente, devido à população cosmopolita de Paris, toda culinária regional francesa e quase toda culinária internacional podem ser encontradas na cidade, que possui mais de 9 mil restaurantes.{{sfn|Dominé|2014}} O [[Guia Michelin]] é um guia padrão de restaurantes franceses desde 1900, concedendo seu prêmio mais alto, três estrelas, aos melhores restaurantes da França. Em 2018, dos 27 restaurantes Michelin três estrelas na França, dez estão localizados em Paris. Isso inclui os dois restaurantes que servem cozinha francesa clássica, como o L'Ambroisie na Place des Vosges, e os que servem menus não tradicionais, como o L'Astrance, que combina culinária francesa e asiática. Vários dos chefs mais famosos da França, como [[Alain Ducasse]], têm restaurantes de três estrelas em Paris.<ref>{{citar web|url=https://restaurant.michelin.fr|título=Michelin Guide|publicado=[[Guia Michelin]]|acessodata=23 de novembro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141125110232/http://restaurant.michelin.fr/|arquivodata=25 de novembro de 2014}}</ref>

Além dos restaurantes clássicos, Paris tem vários outros tipos de restaurantes tradicionais. O [[café]] chegou a Paris no século XVII, quando a bebida foi trazida da [[Turquia]] e, no século XVIII, os cafés parisienses eram centros da vida política e cultural da cidade. O Café Procope, na margem esquerda, data desse período. No século XX, os cafés da Margem Esquerda, especialmente o Café de la Rotonde e [[Dôme|Le Dôme]], em Montparnasse, [[Café de Flore]] e [[Les Deux Magots]], no Boulevard Saint Germain, todos ainda em atividade, eram importantes pontos de encontro de pintores, escritores e filósofos.{{sfn|Fierro|1996|p=1137}} Um [[bistrô]] é um tipo de local para comer vagamente definido como um restaurante de bairro, com uma decoração e preços modestos, uma clientela regular e uma atmosfera agradável. Diz-se que seu nome veio em 1814 dos soldados russos que ocuparam a cidade; "bistrô" significa "rapidamente" em [[Língua russa|russo]] e queriam que suas refeições fossem servidas rapidamente para que pudessem voltar ao acampamento. Bistrôs de verdade são cada vez mais raros em Paris, devido ao aumento dos custos, à concorrência de restaurantes étnicos mais baratos e aos diferentes hábitos alimentares dos clientes parisienses.{{sfn|Fierro|1996|p=715}} Uma [[brasserie]] era originalmente uma [[taberna]] localizada ao lado de uma cervejaria, que servia cerveja e comida a qualquer hora. Começando com a [[Exposição Universal de 1867]]; tornou-se um tipo popular de restaurante que apresentava cerveja e outras bebidas servidas por mulheres jovens com roupas nacionais associadas à bebida, como roupas alemãs específicas para cerveja. Agora as brasseries, como cafés, servem comida e bebida durante todo o dia.{{sfn|Fierro|1996|p=773}}

=== Festividades ===
[[Imagem:French Republican Guard Bastille Day 2007 n1.jpg|thumb|upright|Membro da [[Guarda Republicana (França)|Guarda Republicana]] no [[Queda da Bastilha|Dia da Bastilha]]]]

O caráter festivo da cidade é marcado desde 2002 pelas operações de Paris Plages, organizadas entre julho e agosto, e que consiste em transformar uma parte dos cais do [[Rio Sena|Sena]] em praias com cadeiras-de-praia e atividades diversas.<ref>{{citar web |url=http://www.paris-plages.fr/|editor=paris-plages.fr|titulo=Paris Plages|acessodata=7 de abril de 2020}}</ref> Também há a Nuit Blanche, que permite ao público assistir gratuitamente a diferentes expressões da [[arte contemporânea]] através da cidade durante a noite do primeiro sábado para o primeiro domingo de outubro.<ref>{{citar web |url=http://www.nuitblanche.paris.fr/|editor=Nuit Blanche|titulo=Nuit Blanche|acessodata=7 de abril de 2020}}</ref>

Paris acolhe ao longo de todo o ano várias festividades: ao fim de janeiro, as ruas do [[13º arrondissement de Paris|13º arrondissement]] se animam com as celebrações do [[ano novo chinês]]; o cortejo tradicional do [[Carnaval de Paris]] desfila no mês de fevereiro; ao fim de fevereiro, ocorre o Salão Internacional da Agricultura;<ref>{{citar web |url=http://www.salon-agriculture.com/|editor=Salão Internacional da Agricultura|titulo=Salão Internacional da Agricultura|acessodata=7 de abril de 2020}}</ref> em março, vê-se o Salão do Livro;<ref>{{citar web |url=http://www.salondulivreparis.com/|editor=Salão do Livro|titulo=Salão do Livro|acessodata=7 de abril de 2020}}</ref> ao fim de abril ou início de maio, a Feira de Paris relembra as grandes multidões dos tempos medievais.<ref>{{citar web |url=http://www.foiredeparis.fr/|editor=Feira de Paris|titulo=Feira de Paris|acessodata=7 de abril de 2020}}</ref>

O dia 14 de julho é a ocasião do tradicional desfile militar em [[Champs-Élysées]] e dos fogos-de-artifício lançados dos jardins do Trocadéro.<ref>{{citar web | url=http://www.paris.fr/accueil/accueil-paris-fr/les-evenements-autour-du-14-juillet/rub_1_actu_117223_port_24329 | título=Feu d'artifice du 14 juillet : vous étiez plus de 800.000 ! |data=17 de julho de 2012 |acessodata=24 de julho de 2012}}</ref>

Outubro é o mês do [[Mundial do Automóvel]] nos anos pares, alternando com o mundial de duas-rodas nos anos ímpares. No mesmo mês, há a Feira Internacional de Arte Contemporânea (FIAC).<ref>{{citar web |url=http://www.fiac.com/|editor=Feira Internacional de Arte Contemporânea|titulo=Feira Internacional de Arte Contemporânea|acessodata=7 de abril de 2020}}</ref> No segundo sábado de outubro, o bairro [[Montmartre]] se reata com seu passado vitícola na Festa da Colheita de Montmartre.<ref>{{citar web |url=http://www.fetedesvendangesdemontmartre.com/|editor=Festa da Colheita de Montmartre|titulo=Festa da Colheita de Montmartre|acessodata=7 de abril de 2020}}</ref> Uma das mais antigas manifestações de arte em Paris é a Bienal de Paris, fundada em 1959 por [[André Malraux]].<ref>{{citar web |url=http://www.biennaledeparis.org/|editor=Bienal de Paris|titulo=Bienal de Paris|acessodata=7 de abril de 2020}}</ref>

=== Esportes ===
[[Imagem:StadeFranceNationsLeague2018.jpg|thumb|esquerda|[[Stade de France]]]]
[[Imagem:Tour_de_france_2010_-_Champs_Elysées_n10.jpg|thumb|esquerda|[[Tour de France]] 2010, [[Champs Élysées]].]]

Os clubes esportivos mais populares de Paris são o clube de futebol  [[Paris Saint-Germain F.C.]] e os clubes da união de [[rugby]] [[Stade Français]] e [[Racing 92]], o último dos quais está localizado nos arredores da cidade. O [[Stade de France]], com 80 mil lugares, construído para a [[Copa do Mundo FIFA de 1998]], está localizado ao norte de Paris, na comuna de [[Saint-Denis (Seine-Saint-Denis)|Saint-Denis]].{{sfn|Lawrence|Gondrand|2010|pp=300–01}} É usado para futebol, [[rugby union]] e [[atletismo]], hospedando a [[Seleção Francesa de Futebol]] para amistosos e eliminatórias para grandes torneios, anualmente organiza os jogos em casa da [[Seleção Francesa de Rugby Union]] no campeonato das [[Seis Nações]] e hospeda vários jogos importantes da equipe de rugby do Stade Français. Além do Paris Saint-Germain F.C., a cidade possui vários outros clubes de futebol profissional e amador: [[Paris FC]], [[Red Star Football Club|Red Star]], entre outros.<ref name = "placar">BETTINE, Lucas (outubro de 2012). PSG: Paris sem grana. [[Revista Placar|Placar]] n. 1371. Editora Abril, p. 80</ref>

Paris sediou os [[Jogos Olímpicos de Verão de 1900]] e [[Jogos Olímpicos de Verão de 1924|1924]] e sediará os [[Jogos Olímpicos de Verão de 2024]] e os Jogos Paraolímpicos de 2024. A cidade também sediou as finais da [[Copa do Mundo FIFA de 1938]] (no [[Stade Olympique Yves-du-Manoir|Stade Olympique de Colombes]]), bem como a [[Copa do Mundo FIFA de 1998]] e a final da [[Copa do Mundo de Rugby de 2007]] (ambas no [[Stade de France]]). Duas finais da [[Liga dos Campeões da UEFA|Liga dos Campeões]] da [[UEFA]] no século atual também foram disputadas no Stade de France: as edições de 2000 e 2006.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/sport1/hi/football/europe/4750383.stm|acessodata=21 de abril de 2013|data=16 de junho de 2006|título=Arsenal aim to upset the odds|obra=BBC Sport|local=London|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170912155904/http://news.bbc.co.uk/sport1/hi/football/europe/4750383.stm|arquivodata=12 de setembro de 2017}}</ref> Mais recentemente, Paris foi anfitriã do [[UEFA Euro 2016]], tanto no [[Parc des Princes]], na cidade propriamente dita quanto no Stade de France, e este último sediou a partida de abertura e a final.<ref>[http://news.bbc.co.uk/sport1/hi/football/europe/8711016.stm "France beat Turkey and Italy to stage Euro 2016"]. BBC Sport (British Broadcasting Corporation). 28 de maio de 2010.</ref>

A etapa final das corridas de bicicleta mais famosas do mundo, o [[Tour de France]], sempre termina em Paris. Desde 1975, a corrida terminou nos [[Champs-Elysées]].<ref>{{citar web|url=http://www.letour.fr/le-tour/2013/us/overall-route.html|título=2013 route|obra=Le Tour|acessodata=21 de abril de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130517063542/http://www.letour.fr/le-tour/2013/us/overall-route.html|arquivodata=17 de maio de 2013|df=dmy-all}}</ref> O [[tênis]] é outro esporte popular em Paris e em toda a França; o [[Aberto da França]], realizado todos os anos na argila vermelha do Centro Nacional de Tênis de [[Roland Garros]], é um dos quatro eventos de [[Grand Slam de tênis|Grand Slam]] da turnê mundial de tênis profissional.<ref>{{citar web|título=Roland-Garros|url=http://www.rolandgarros.com/en_FR/|publicado=Roland Garros|acessodata=21 de abril de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130415075857/http://www.rolandgarros.com/en_FR/|arquivodata=15 de abril de 2013}}</ref>

== Ver também ==
* [[Grande Paris]]
* [[Geografia da França]]

{{Referências}}

{{Bibliografia sobre Paris}}

== Ligações externas ==
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}}

* {{Link|fr|2=http://www.paris.fr |3=Prefeitura de Paris}}
* {{Link|en|2=http://whc.unesco.org/pg.cfm?cid=31&id_site=600|3=UNESCO – Património Mundial - Margens do rio Sena em Paris}}
* {{Link|en|2=http://www.abcparislive.com |3=Paris Webcams}}

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