O tufão Hinnamnor passou pelo Mar do Leste da Coreia do Sul na manhã de ontem. De acordo com a Administração Meteorológica da Coreia, o tufão tocou terra perto da Ilha Jeju, no sul de Gyeongsangnam-do, às 4h50 da madrugada e depois rumou pelo mar ao largo de Ulsan.
O fenômeno causou danos consideráveis no país, onde chegou com ventos de mais de 154km/h. De acordo com a Sede Central de Contramedidas de Desastres e Segurança da Coreia, houve 3 mortes, 8 desaparecidos e 1 ferido. Além disso, mais de 190 casas foram inundadas, 339 estradas e pontes foram destruídas e 3.815 hectares de terras agrícolas foram inundadas. O tufão também forçou centenas de cancelamentos de voos, a suspensão de operações comerciais e o fechamento de escolas.
Esta manhã 3.463 pessoas haviam sido evacuadas, a maioria das regiões do sul, reportou a VOA News.
De 43-70mm de chuva caíram na área de Hwanghae-do, incluindo Kaesong, uma cidade histórica da Coreia do Norte, situada perto da fronteira com a Coreia do Sul. Em Pohang choveu 400mm em 24 horas, reportou o Korea Times.
Supertufão
O tufão Hinnamnor é o sistema mais intenso a ter se formado nos Oceanos até agora em 2022, tendo sido classificado como um tufão de categoria 5 no final de semana, com ventos sustentados de mais de 250km/h e rajadas que atingiram 300km/h.
Ele se formou a partir de uma área de distúrbio que começou a ser monitorada no dia 27 de agosto passado, tendo se intensificado para uma tempestade tropical no dia seguinte, quando foi nomeado Hinnamnor pela JMA . Ele continuou a ganhar força e no dia 29 se tornou um tufão de categoria 1, com ventos sustentados de cerca de 100km/h, passando no mesmo dia para a categoria 3. Hinnamnor enfraqueceu à medida que se aproximava de Okinawa, no sul do Japão, mas voltou a se intensificar enquanto vagava para oeste e ao entrar na área monitorada pelo Pagasa, no dia 31, foi nomeado Henry e era então um furacão de categoria 5, a maior existente, com ventos estimados em 257 km/h pelo Centro de Previsão Conjunto de Tufões (JTWC) do Pacífico. Ele voltou a perder força e hoje estava classificado como um tufão de categoria 1 ou 2.
Hinnamnor foi o terceiro tufão mais poderoso a atingir a Coréia do sul, depois de Sarah, que em 1959 registrou 951,5 hectopascais (hPa), e Maemi, que em 2003 alcançou 954 hPa. Hinnamnor registrou 955,9 hPa.