Horácio Queirós de Matos foi um político e coronel do sertão baiano na primeira metade do século XX. Foi chefe do exército de jagunços, envolvendo-se em diversas lutas armadas ao longo da vida - inclusive de forma capital na perseguição à Coluna Miguel Costa-Prestes, até ser assassinado durante o Estado Novo. Queirós de Matos cresceu em um ambiente familiar onde os parentes, particularmente Clementino Matos, seu tio e chefe da família, possuíam inimizades e brigas travadas com outras famílias e coronéis. Depois de se estabelecer como comerciante em Morro do Chapéu, Horácio assumiu o comando de sua família, substituindo o tio Clementino.
Tão logo assume o poder patriarcal, Horácio vai em segredo até o arquiinimigo do clã, o coronel Militão, e propõe uma trégua, que é aceita. Essa trégua permitiu que famílias de Brotas de Macaúbas e Barra do Mendes, durante muitos anos afastadas, viessem a se visitar e conhecer. A paz dura até o assassinato de seu irmão, Vítor. Procurando vingança, defendeu a resolução do conflito pela justiça mas, sem resposta quando as intimações foram rasgadas em praça pública, iniciou a batalha de Campestre, que durou 42 dias de cerco e lutas e foi a primeira na vida deste homem que, apesar de pregar o desarmamento do sertão, viveu sempre em batalhas. Com a morte do coronel Horácio de Matos, o coronelismo no Brasil é extinto. (leia mais...)