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Vítor Pomar

Predefinição:Info/Artista plástico

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Vitor Pomar, Sem título, 1982, acrílico sobre tela, 220 x 158 cm. Coleção CAM, FCG.

Vítor Pomar (Lisboa, 1949 —) é um artista plástico e pintor português.

Biografia / Obra

Artista plástico, filho do pintor Júlio Pomar, Vítor Pomar nasceu em 1949. Entre 1966 e 1969 frequentou a Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) e de Lisboa (ESBAL).[1]

Em 1970 realiza a sua primeira exposição individual (Galeria Quadrante, Lisboa). Nesse mesmo ano parte para a Holanda, onde reside até 1985; estuda na Academia Livre de Haia e na Academia de Arte de Roterdão, completando os estudos em 1973. Ensina serigrafia na Academia Livre de Haia (1973-1974). Visita o México em 1974 com uma bolsa do Ministério da Cultura da Holanda e trabalha durante cinco meses em Nova Iorque em 1982.

"Foi durante este período que Vítor Pomar consolidou um processo criativo muito próprio, combinando experimentalismo e espiritualidade na sua abordagem exploratória da pintura, e sobretudo no modo como esta se entrecruza com outras técnicas artísticas a que recorre sistematicamente, como a fotografia, o vídeo, o filme, o desenho ou a escultura".[2]

Na sua obra inicial aproxima-se do expressionismo abstrato, em pinturas a preto e branco caracterizadas por "pinceladas de ritmos livres e orgânicos", a que se segue uma outra fase "em que estas pesquisas pictóricas de teor expressionista cedem lugar a composições mais estruturadas" (ver, por exemplo, Sem título, 1982, coleção CAM, FCG).[3]

Pomar dedica-se também à fotografia; e realiza filmes experimentais em formato Super 8 e 16mm onde estabelece um "diálogo com a fotografia e a pintura, dentro duma estética concetual tributária de Stan Brakhage, Jonas Mekas ou Chris Marker. Os vídeos experimentais de Pomar, [...] eram como registos diarísticos da sua ocupação do estúdio, da cidade que o envolvia e da evolução dos seus trabalhos pictóricos, revelando a sua absoluta indistinção entre o viver e o fazer artístico".[2]

Após o regresso a Portugal em 1985 interrompe a produção artística. Funda e dirige a Associação cultural Casa-Museu Álvaro de Campos em Tavira entre 1987 e 1989. Retoma a prática artística no final da década, expandindo a sua atividade para novos meios de expressão. Realiza pinturas, fotografias, instalações, objetos. Expõe na Galeria EMI - Valentim de Carvalho e na Galeria Graça Fonseca. Em 1988 a sua obra fotográfica é alvo de uma exposição no Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

Em 2001 expõe na Galeria Trem, Faro, e na Galeria Pedro Cera, Lisboa, "reunindo, em ambas as mostras, composições firmadas no uso da cor, que traduzem um programa de pintura que toma a filosofia oriental (Budismo Zen) e a dimensão mística e espiritual da própria existência pessoal do artista como valores essenciais da criação artística".[3]

Em 2003 é-lhe atribuído o Prémio EDP Arte 2002, ao que se seguiu uma exposição antológica da sua obra no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto.[4]

Em 2007 a editora ASA (agora pertencente à Leya) publica a primeira grande retrospectiva em dois volumes sobre o trabalho do artista nas várias vertentes: pintura, desenho, fotografia, escultura e vídeo. A publicação inclui ainda três extensos ensaios com uma explicação teórica e filosófica sobre Vítor Pomar que combina experiência estética e reflexão sobre a condição humana, bem como uma antologia de textos da autoria do artista. No ano seguinte a Fundação de Serralves re-edita o livro Vitor Pomar - O Meu Campo de Batalha, relativo à exposição de 2003 no Museu de Arte Contemporânea de Serralves (textos de João Fernandes).[5][6][7]

Em 2011 expõe uma vez mais no Centro de Arte Moderna (FCG, Lisboa), apresentando séries fotográficas e a quase totalidade da sua obra fílmica e videográfica[8]. A sua exposição Atributos do Ar, teve lugar na galeria Bloco 103 em 2012[9][10]. Nesse mesmo ano apresenta, no Museu da Electricidade / Fundação EDP, Lisboa, a exposição Uma Pátria Assim... Such a Homeland[11][12]; essa exposição ficou registada também em livro com o título Uma Pátria Assim[13].

Vítor Pomar está representado em diversas coleções, públicas e privadas, podendo destacar-se as seguintes: Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Lisboa; Caixa Geral de Depósitos, Lisboa; Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto; Ministério das Finanças, Lisboa.[14]

Referências

  1. «Vítor Pomar». Infopédia. Consultado em 14 de julho de 2012 
  2. 2,0 2,1 «Vítor Pomar, Biografia». Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Fundação Calouste Gulbenkian. Consultado em 14 de julho de 2012 
  3. 3,0 3,1 Jürgens, Sandra Vieira – Vítor Pomar. In: A.A.V.V - Centro de Arte Moderna Gulbenkian: Roteiro da Coleção. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004, p. 190. ISBN 972-635-155-3
  4. «Vítor Pomar». Museu de Serralves. Consultado em 14 de julho de 2012 
  5. Vitor Pomar (2007). «Vítor Pomar (Retrospectiva em 2 volumes/2007)». Consultado em 1 de dezembro de 2013 
  6. Vitor Pomar (2007). «Vítor Pomar - O Meu Campo de Batalha». Consultado em 1 de dezembro de 2013 
  7. Vitor Pomar e outros (2003). «Vítor Pomar - O Meu Campo de Batalha». Fundação de Serralves. Consultado em 1 de dezembro de 2013 
  8. «Vítor Pomar – Nada para fazer nem sítio para onde ir». CAM, FCG. Consultado em 14 de julho de 2012 
  9. «Vítor Pomar no Bloco 103». Consultado em 28 de novembro de 2013 
  10. «Vítor Pomar - Os atributos do ar». Consultado em 28 de novembro de 2013 
  11. «Vítor Pomar, Uma Pátria Assim... Such a Homeland». Jornal Público. 2012. Consultado em 1 de dezembro de 2013 
  12. Fundação EDP (2012). «Uma Pátria Assim... Such a Homeland». Consultado em 1 de dezembro de 2013 
  13. Vários (2012). «"Uma Pátria Assim"». FNAC. Consultado em 1 de dezembro de 2013 
  14. «Vítor Pomar». Círculo Artístico e Cultural Artur Bual. Consultado em 14 de julho de 2012 

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