Urano Bacelar | |
---|---|
Comandante da Força de Paz na Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti | |
Período | 31 de agosto de 2005 a 7 de janeiro de 2006 |
Ministro | José Alencar |
Antecessor(a) | Augusto Heleno |
Adido do Exército junto à Embaixada do Brasil na Inglaterra | |
Período | 1º de junho de 1995 a 28 de março de 1996 |
Ministro | Zenildo de Lucena |
Antecessor(a) | Armando Avólio Filho |
Dados pessoais | |
Nome completo | Urano Teixeira da Mata Bacelar |
Nascimento | 20 de agosto de 1947[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Bagé, RJ |
Morte | 7 de janeiro de 2006 (58 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Porto Príncipe, Haiti |
Serviço militar | |
Lealdade | Brasil |
Serviço/ramo | Exército Brasileiro |
Graduação | General de Divisão |
Unidade | 25.º Batalhão de Infantaria Paraquedista |
Comandos | 17.ª Brigada de Infantaria de Selva |
Condecorações | Ordem do Mérito Militar[1] |
Urano Teixeira da Mata Bacelar GOMM (Bagé, 20 de agosto de 1947 — Porto Príncipe, 7 de janeiro de 2006) foi um general de divisão combatente do Exército Brasileiro.
Biografia
Foi comandante do Curso Básico da Academia Militar das Agulhas Negras em 1990.[2]
Coronel de infantaria do 25.º Batalhão de Infantaria Paraquedista (25.º BIP) no Rio de Janeiro,[3] Urano Bacelar foi nomeado em 1995 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso como sucessor do coronel Armando Avólio Filho no cargo de adido do Exército junto à Embaixada do Brasil na Inglaterra, chefiado pelo ministro do Exército Zenildo de Lucena.[4]
Entre 1996 e 1998, foi escolhido para integrar a representação do Brasil na Junta Interamericana de Defesa em Washington, D.C. sob o general do Estado-Maior das Forças Armadas Benedito Leonel.[5][6]
Foi feito comandante da 17.ª Brigada de Infantaria de Selva. Em 2000, já havia sido promovido a general de brigada combatente. Em 2002, exerceu o cargo de subchefe do Estado-Maior do Exército.[7] Em novembro de 2004, foi promovido ao posto de general de divisão combatente.[8]
Admitido à Ordem do Mérito Militar em 1993 no grau de Cavaleiro ordinário, foi promovido a Comendador ordinário em 2000 e a Grande-Oficial em 2004.[9][10][1]
Especialista em guerra na selva, foi comandante militar da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah) desde 31 de Agosto de 2005, quando substituiu o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, até o dia 7 de janeiro de 2006, quando foi encontrado morto por um ferimento de arma de fogo na cabeça, em seu quarto de hotel, em Porto Príncipe. O episódio foi considerado como suicídio.[11][12][13]
Morte no Haiti
Apesar de a morte do General haver sido dada como suicídio, vazamentos de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos apontam para morte por homicídio, segundo publicou o jornal britânico Guardian UK em 21 de Janeiro de 2011.[11]
Em 21 de Janeiro de 2011, o Jornal britânico Guardian UK, publicou que cabos liberados através de Wikileaks revelam que o Presidente da República Dominicana Leonel Fernandez suspeita que Bacelar tenha sido assassinado pelo grupo de rebeldes armado pelo governo americano e liderado por Guy Philippe, ex-miltar e ex-chefe de polícia de um grupo de rebeldes que atuou no golpe que depôs o então presidente do Haiti, Jean-Bertrand Aristide
Os cabos revelam que, de acordo com o presidente Fernandez, o mandato do grupo de rebeldes seria promover o caos no Haiti e que o mesmo grupo teria assassinado anteriormente um membro do MINUSTAH canadense e um jordaniano.
O assassinato teria sido em resposta à resistência de Bacellar em usar força nas favelas Haitianas em Cidade Soleil, em oposição à pressão americana e a uma campanha de pressão feita pelo presidente da Câmara de Comércio do Haiti Reginald Boulos e por André Apaid, dono de várias empresas de exploração de trabalhadores (sweatshops) no Haiti e que desempenharam papel importante no golpe que depôs Aristide.
Visto por seus colegas de farda como uma pessoa extremamente ponderada, calma, que mesclava o conhecimento técnico dos temas militares com uma preocupação cultural, Urano parecia ser o oposto do suicida. Quando foi escolhido para suceder o general de divisão Augusto Heleno, seu colega de turma, para comandar as tropas da ONU no Haiti, passou por uma sabatina na sede da ONU, sendo aprovado com louvor.[14]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 Predefinição:Citar lei
- ↑ Mello, João (31 de agosto de 2015). «Morre general brasileiro que comandava missão no Haiti». GGN (em português). Consultado em 11 de fevereiro de 2020
- ↑ Predefinição:Citar lei
- ↑ Predefinição:Citar lei
- ↑ Predefinição:Citar lei
- ↑ Predefinição:Citar lei
- ↑ Predefinição:Citar lei
- ↑ Predefinição:Citar lei
- ↑ Predefinição:Citar lei
- ↑ Predefinição:Citar lei
- ↑ 11,0 11,1 WikiLeaks aponta para interferencia dos Estados Unidos no Haiti ( WikiLeaks points to US meddling in Haiti -em Ingles -por Kim Ives) Guardian UK,21 de Janeiro de 2011
- ↑ Chinaview, 13 de janeiro de 2006.Death of UN force commander in Haiti attributed to suicide.
- ↑ Haiti UN mission chief found dead. BBC, 8 de janeiro de 2006
- ↑ Istoé, 18 de janeiro de 2006. Suicídio do general Urano Bacellar, que comandava a Força de Paz da ONU, revela contradições de uma missão mal conduzida
Ligações externas
- Entrevista com o general Bacelar, ao jornal Zero Hora, em 7 de agosto de 2005.
- Notícia da morte do General Bacellar no Terra
- Notícia da morte no UOL
- Haiti: UN Commander dead in Haiti amid pressure from elite. Haiti Action, 8 de janeiro de 2006.