UPN United Paramount Network Inc. | |
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Tipo | Extinto canal de televisão estadunidense |
País | Estados Unidos |
Fundação | 16 de janeiro de 1995 por Antiga Viacom |
Extinção | 15 de setembro de 2006 |
Pertence a | Paramount Motion Group (1995-2005) |
Proprietário | Antiga Viacom (1995 - 2005) CBS Corporation (2006) |
Slogan | Turn it up |
Cobertura | Estados Unidos Canadá |
Página oficial | Site da UPN (movido para o site da CBS) |
A UPN (United Paramount Network) foi uma rede de televisão dos Estados Unidos lançada em 16 de janeiro de 1995. A rede foi criada graças a uma parceria entre a Chris-Craft Industries/United Television e a antiga Viacom (embora a Paramount Television produzisse a maioria dos programas) que transformou o canal numa joint venture em 1996 após adquirir 50% das ações da emissora e comprar o restante pertencente a Chris-Craft no ano 2000. A UPN foi repassada a CBS Corporation em dezembro de 2005, quando Viacom e CBS se separaram.
Como resultado, uma parceria entre a CBS Corporation e a Time Warner foi anunciada em 24 de janeiro de 2006, resultando no fim da UPN, que se juntou a sua concorrente The WB, formando a The CW.[1] Em 15 de setembro de 2006, a emissora chegou ao fim e algumas séries da UPN acabaram migrando para a The CW, lançada dois dias após o encerramento de transmissões da UPN.
História
Antecedentes (1949–1994)
A Paramount exerceu um papel fundamental no começo da televisão dos EUA. Eles foram parceiros da DuMont Television Network (uma das primeiras emissoras dos Estados Unidos, hoje extinta) e alguns dos estúdios da Paramount foram usados pela ABC na época. A Paramount Television Network foi lançada em 1948, mas dissolveu-se na metade da década de 1950.
Naquela época, a Universal Studios fornecia programação as emissoras no horário nobre. A Paramount decidiu então ter uma estratégia semelhante e lançou um fornecimento de programação para suas próprias emissoras, chamado Paramount Television Service. A estreia seria em 1978 e só iriam transmitir por um dia, mas o fracasso comercial do projeto fez com que a ideia fosse abortada. Durante a década de 1980, a Paramount e sua eventual parceira Viacom amadureceram a ideia de lançar uma rede de televisão.
Em 1991, a Paramount formou a Paramount Stations Group logo após a compra de emissoras independentes que pertenciam a TVX Broadcast Group. No dia 27 de outubro de 1993, a Paramount e a Chris-Craft Industries anunciaram a junção de suas emissoras independentes para a formação de uma nova rede de televisão nacional que, inicialmente, lançaria duas horas de programação no primetime (horário nobre da televisão americana) em duas noites da semana.[2]
Lançamento (1995–2000)
A estreia da UPN acontece no dia 16 de janeiro de 1995, transmitindo apenas nas segundas e terças a noite, entre 20h e 22h.[3] Em sua estreia, foi exibido um piloto de duas horas de duração da série Star Trek: Voyager. O episódio foi assistido por 21,3 milhões de pessoas, sendo a maior audiência da história do canal. No entanto, a emissora nunca mais conseguiu repetir a façanha, tanto com Voyager, quanto com outras séries. Dentre outras estreias da emissora estavam as séries Nowhere Man, Marker e Legend, a ficção-cientifica The Sentinel e a sitcom Moesha. Apenas Star Trek, Moesha e The Sentinel duraram mais que uma temporada.[4]
Ainda em 1995, o canal estreou um bloco de desenho animado matutino de fim de semana chamado UPN Kids (na temporada 1998-99, foi rebatizado para "The UPN Kids Action Zone"). Ao contrário de outras redes, a UPN deu aos seus afiliados a opção de exibir o bloco aos sábados ou aos domingos. Na temporada de 1997, a UPN adicionou ao bloco a série Sweet Valley High, voltada para público adolescente. Em janeiro de 1998, a rede fez um acordo com a Saban Entertainment para programar o bloco da manhã de domingo (com desenhos como O Incrível Hulk, X-Men e Homem-Aranha se juntando à programação).[5][6]
Dois anos depois do lançamento do canal, a Viacom compra 50% das ações da UPN que até então pertenciam a Chris-Craft por US$ 160 milhões.[7] Aos poucos, a UPN colocava mais programas no ar, o que fez com que as afiliadas da emissora se identificassem como emissoras independentes nos primeiros anos. As emissoras, então, colocavam na grade programas syndicated ou filmes nos dias em que a UPN não transmitia nada.
A primeira expansão do horário nobre ocorreu na temporada 1996-97, com as quartas-feiras entrando no circuito. Numa maneira de aumentar os índices, a UPN escolheu 36 filmes de sci-fi para inaugurar uma sessão de cinema no inicio de 1996. Alguns dos títulos seriam mostrados primeiramente no Showtime, como uma forma de publicidade, já que o Showtime era mais conhecido do público. O canal também firmou uma parceria com a Blockbuster, onde adquiriu os direitos de transmissão da premiação Blockbuster Entertainment Awards, e produziu vários telefilmes sob a marca Blockbuster Shockwave Cinema. Ainda 1996, o canal lançou no bloco infantil a animação Jumanji, inspirada no filme de mesmo nome, lançado no ano anterior.[8] Em 1997, o canal adquiriu os direitos da série adolescente, Clueless, que tinha sido cancelada anteriormente pelo canal ABC.
Na temporada de 1998–99, a UPN finalmente se completa e passa a fornecer uma programação diária (de segunda a sexta) para suas filiais, no entanto, uma das estreias daquela temporada rendeu dores de cabeça para direção da emissora, a sitcom The Secret Diary of Desmond Pfeiffer. que se passa na fase da escravidão, foi alvo de protestos pela comunidade negra dos EUA e pelos anunciantes do canal, por seu enredo. A série foi uma das menos vistas de todos os canais no ano de 1998 e foi cancelada após quatro episódios.[9][10]
Em 1999, o canal vendeu os direitos da programação infantil da rede para a The Walt Disney Company; formando o bloco Disney's One Too, que estreou em 6 de setembro de 1999 e contou com animações, como Recess e Doug.[11] O bloco ocupava duas horas na programação da UPN, que acontecia nas manhãs de domingo e nas tardes de segunda a sexta-feira. No mesmo ano, estréia o programa de luta livre WWE SmackDown, conseguindo bons índices de audiência e permanecendo na programação do canal até seu fim.
Viacom e declínio (2000–2006)
A falta de telespectadores fez com que a UPN ficasse no vermelho, acumulando US$ 800 milhões em prejuízos até o ano 2000.[12] Seis meses após a Viacom anunciar a fusão com a CBS Corporation em 4 de fevereiro de 2000, a Viacom exerceu uma clausula contratual que (com um período de 45 dias) forçaria a Chris-Craft a ou comprar todas as ações da UPN ou obrigava a empresa vender o restante das ações para a Viacom. Três dias depois, em 8 de fevereiro, a Chris-Craft entrou com um processo contra a Viacom na Corte Suprema de Nova York para anular a fusão com a CBS, alegando que o acordo assinado em 1997 impediria ambas as partes de “qualquer interesse” a qualquer rede concorrente, incluindo a CBS até janeiro de 2001. Em 17 de março, o caso foi julgado e a Chris-Craft teve que ceder ao ultimato da Viacom.[13][14]
Em 20 de março de 2000, a Viacom comprou os 50% pertencentes a Chris-Craft por US$ 5 milhões, dando não só a empresa o total controle da rede, como também concedendo um título raro de rede que não possuía emissoras próprias nos maiores mercados: Nova York, Los Angeles e Chicago.[15] Com a Viacom tomando controle total da UPN, a KCOP-TV e a WWOR-TV perderam seus status de emissoras próprias e se tornaram afiliadas.
Pouco depois, a Viacom passava a anunciar a emissora como UPN, já que o projeto em mudar o nome da rede para Paramount Network foi descartado após divergências com afiliadas que insistiam que a mudança de nome confundiria os telespectadores e afetaria os números de audiência.[16]
Quando a UPN foi lançada, a cabeça-da-rede era uma das emissoras da Chris-Craft (a WWOR-TV de Secaucus, Nova Jersey). Mesmo após a Chris-Craft vender sua parte na emissora para Viacom, a WWOR continuou com este status. Por esse motivo, o futuro da UPN esteve em cheque depois da Fox comprar a maioria das emissoras da Chris-Craft por US$ 5,5 bilhões em 12 de agosto de 2000, que incluía muitas afiliadas da UPN no acordo. Mais tarde, a Fox comprou a terceira maior afiliada da UPN, a WPWR-TV de Chicago por US$ 450 milhões em junho de 2002. Apesar das incertezas, a UPN fechou um contrato de quatro anos de afiliação com as emissoras que Fox comprou em 24 de setembro de 2003.
Em 2000, estreia na programação a sitcom Girlfriends, com bons índices de audiência, a série durou seis temporadas no canal. No ano de 2001, a UPN disputava com a The WB a aquisição de duas séries da 20th Century Fox. Se sagrando vitoriosa, a partir daquele momento, a UPN passaria a exibir as últimas temporadas das séries Buffy e Roswell.[17] Em 2002, o canal produziu uma nova versão da série The Twilight Zone, que não obteve o mesmo nível de sucesso crítico ou de audiência que a série original ou a versão dos anos 80, e durou apenas uma temporada. Na temporada de 2003, a UPN volta a ficar em evidência com a estreia do reality show America’s Next Top Model e a sitcom All of Us. Na temporada de 2004-2005, o canal lança seus dois últimos sucessos Veronica Mars e Everybody Hates Chris.
Fim
Em 24 de janeiro de 2006, a CBS Corporation (dona da UPN) e a Time Warner (dona majoritária da The WB) anunciaram uma junção entres seus canais, que iria acarretar na extinção das duas emissoras e no lançamento de um novo canal de televisão: a The CW.[18] Imediatamente, a nova emissora assinou contrato com 16 emissoras afiliadas a The WB e outras 11 que eram afiliadas a UPN. As afiliadas da UPN que pertenciam a Fox passaram a se chamar MyNetworkTV.[19]
Nos meses seguintes, foram feitas discussões para decidir quais programas da UPN e da The WB seguiriam na programação. A UPN escolheu salvar os programas America’s Next Top Model, Veronica Mars, Everybody Hates Chris, Girlfriends, All of Us e WWE Smackdown.
Sem qualquer cerimônia, a UPN encerra suas transmissões no dia 15 de setembro de 2006, após 11 anos de existência.
Ver também
Referências
- ↑ «UPN, WB to Merge Into CW Network»
- ↑ «Paramount Plans a TV Network». The New York Times (em English). 27 de outubro de 1993
- ↑ «2 Would-Be Networks Get Set for Prime Time». The New York Times (em English). 9 de janeiro de 1995
- ↑ «UPN Network Cancels 3 of Its 4 Programs». The New York Times (em English). 18 de maio de 1995
- ↑ «Marvel, Saban set kids shows for UPN». Variety (em English). 29 de janeiro de 1998
- ↑ «UPN serves up superheroes». Variety (em English). 24 de fevereiro de 1998
- ↑ «Viacom Buys 50 Percent Stake in Upn Network». The New York Times (em English). 5 de dezembro de 1996
- ↑ TV.com. «Jumanji». TV.com. Consultado em 15 de agosto de 2019
- ↑ «As UPN debuts 'Desmond Pfeiffer,' viewers tune in other channels.». Los Angeles Times (em English). 7 de outubro de 1998
- ↑ «300 Protest at Studio Against TV Comedy Set in Slavery Era». Los Angeles Times (em English). 1 de outubro de 1998
- ↑ «Mickey Mouse brands UPN kidvid». Variety (em English). 19 de julho de 1999
- ↑ «Why Won't Anyone Pull the Plug on UPN?». 27 de março de 2000
- ↑ «Chris-Craft Loses UPN Ruling». The New York Times (em English). 17 de março de 2000
- ↑ «BHC Sues UPN Partner Viacom Over CBS Deal». Los Angeles Times (em English). 9 de fevereiro de 2000
- ↑ «Viacom Buys Chris-Craft's Stake in UPN For $5 Million». The New York Times (em English). 21 de março de 2000
- ↑ «UPN Will Become Paramount Network». The New York Times (em English). 31 de julho de 2000
- ↑ «UPN makes bid for 'Buffy'». Variety (em English). 22 de março de 2001
- ↑ «UPN and WB to Combine, Forming New TV Network». The New York Times (em English). 24 de janeiro de 2006
- ↑ «News Corp. to launch new mini-network for UPN stations». usatoday30.usatoday.com