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Umkhonto we Sizwe

Lança da Nação, em língua zulu Umkhonto we Sizwe (MK), era o braço armado do Congresso Nacional Africano (ANC/CNA). Foi fundado a 16 de dezembro de 1961 pelo ANC e pelo Partido Comunista Sul-Africano (SACP) como resposta à opressão política, social e económica movida contra a população negra, mestiça e indiana da África do Sul pelo regime político do apartheid.

Teve inicialmente o seu quartel-general em Rivonia, um subúrbio de Joanesburgo. A 11 de Julho de 1962, 19 líderes do ANC e do MK, incluindo o futuro Presidente da África do Sul Nelson Mandela, foram detidos na Liliesleaf Farm, Rivonia. Essa fazenda/quinta era propriedade de Arthur Goldreich e havia sido comprada com fundos do SACP. Segue-se o Julgamento de Rivonia, no qual dez líderes do Congresso Nacional Africano foram julgados por 221 atos de sabotagem com o intuito de "fomentar uma revolução violenta". Walter Mkwayi, na altura líder do MK, escapou durante o julgamento.

O MK levou a cabo numerosos ataques a bomba contra alvos militares, industriais e civis. A tática inicial era a sabotagem, evitando baixas humanas, mas a escalada de violência na África do Sul durante as décadas de 1970 e 1980 também se refletiu numa mudança nas táticas empregadas pelo MK, que realizou alguns ataques notáveis, como o perpetrado contra o canteiro de obras da central nuclear de Koeberg, nas proximidades da Cidade do Cabo, a 8 de janeiro de 1982 (coincidindo com o 70.º aniversário da formação do ANC), e o atentado com um carro-bomba contra o Magoo's Bar, em Durban, a 14 de junho de 1986, no qual três pessoas morreram e 73 ficaram feridas. Não se conhece exatamente o total de mortos e feridos no decurso dos trinta anos de atividade do MK, mas as estatísticas da polícia sul-africana indicam que, no período de 1976 a 1986, aproximadamente 130 pessoas foram mortas por aqueles que a fonte chama de 'terroristas'. Entre essas pessoas, cerca de trinta eram membros de forças de segurança e cem eram civis. Entre os civis, 40 eram brancos e 60 eram negros.[1]

O MK suspendeu as suas operações a 11 de agosto de 1990 e foi integrado à Força Nacional de Defesa da África do Sul em 1994.

Referências

  1. «The Liberation Movements from 1960 to 1990» (PDF). Truth and Reconciliation Commission (South Africa). Truth and Reconciliation Commission of South Africa Report. 2: 327 

Veja também

Ligações externas

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