Tucumã | |||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||||
| |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
Astrocaryum tucuma[1] |
Tucumã (Astrocaryum aculeatum), acaiúra, acuiuru, coqueiro-tucumã, tucum, tucumã-açu, tucumã-arara, tucum-açu, tucumaí-da-terra-firme, tucumãí-uaçu, tucumã-piririca, tucumã-purupuru, tucum-do-mato ou tucumã-do-amazonas[2] é uma palmeira que chega a medir até 15 metros, geralmente solitária, de estipe com faixas de espinhos negros, folhas ascendentes, inflorescência ereta e frutos amarelos com tons avermelhados.
Etimologia
"Tucumã" é procedente do tupi tuku'mã.[3]
Características
É uma palmeira nativa da Colômbia e de Trinidad ao Brasil, especialmente dos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, sendo explorada ou cultivada por seu palmito e frutos comestíveis (dos quais se faz uma espécie de vinho), pela sua madeira, usada para fazer brincos, pelo óleo das sementes, utilizado em cozinha, e também pelas folhas, das quais se extrai fibra de tucum para a confecção de redes e cordas que resistem à água salgada.[3]
Óleo
O fruto do tucumã é composto por um caroço lenhoso de cor quase preta, que contém uma amêndoa de massa branca, oleaginosa, bastante dura e recoberta por uma polpa amarelo-alaranjada, de pouca consistência e oleosa.
Principalmente no estado do Amazonas, com destaque à cidade de Manaus, a capital, a polpa do Tucumã é bastante consumida em forma de sanduíches. A procura é tanta que o preço da "massa", polpa, em Quilo grama facilmente ultrapassa aos R$50,00 (2022).
Dois tipos de óleos são produzidos por este fruto: o óleo da polpa externa e o óleo da amêndoa. O óleo encontra-se, no fruto, na seguinte proporção:[4]
Parte do fruto | R. Bolton (%) | Autor (%) |
---|---|---|
Óleo na polpa externa | 47,50 | 33,00 |
Óleo na amêndoa | 32,50 - 43,50 | 36,50 |
Óleo na semente inteira | 21,20 | 20,94 |
Industria cosmética
O óleo da polpa do tucumã é usado para a fabricação de sabão. Aliem disso, pelas suas propriedades ricas em ômega 3,6 e 9, o óleo é bastante empregado em produtos cosméticos para a hidratação da pele, loções corporais e produtos capilares para cabelos danificados.[5]
Composição acido graxos do óleo de Tucumã (Polpa)
Palmitico | 25,7% |
Oléico | 65,67% |
Lonoleico | 3,65% |
Linolênico | 4,97% |
Dados fisico-quimico
Indices | Unidades | Valores de referencia |
Acidos graxos livres | % | 1,4562 |
Indice de refração | - | 1,4562 |
Indice de Iodo | gl2/100g | 82 |
Indice de saponificação | mg KOH/g | 188,4 |
Materia insaponificavel | % | 1,4 |
Ácidez | mgKOH/g | 2,58 |
Indice de Peroxido | meq/Kg | 1,72 |
Densidade | gr/ltr | 0,982 |
Ponto de fusão | ºC | 27-35 |
Referências
- ↑ Tucumã. Portal São Francisco.
- ↑ RESQUE, Olímpia Reis. 2007. Vocabulário de Frutas Comestíveis na Amazônia. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi – Coordenação de Informação e Documentação.
- ↑ 3,0 3,1 FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 724, 1 725
- ↑ PESCE, Celestino. Oleaginosas da Amazônia. –Belém: Museu Paraense Emilio Goeldi, 2009.
- ↑ Óleo de tucumã (polpa). Amazon Oil industry