Predefinição:Info/acidente aéreo A tragédia de Superga foi um acidente aéreo ocorrido a 4 de maio de 1949 em Turim, na Itália.
Antecedentes
Durante a disputa de um amistoso entre Itália e Portugal, realizado em 27 de fevereiro de 1949, a equipa italiana aplicou uma goleada de 4 a 1 sobre o adversário. Prestes a encerrar a carreira, Francisco Ferreira, capitão da equipa portuguesa, convenceu os dirigentes italianos a marcarem um amistoso entre o clube de Ferreira, o Benfica e o Torino, tetracampeão italiano. Inicialmente contrário à disputa de um amistoso durante a reta final do campeonato italiano, o presidente do Torino, Ferrucio Novo, resolveu confirmar o amistoso para o dia 3 de maio em Lisboa.[1]
A partida foi disputada no dia 3 de maio e seria vencida pelo Benfica por 4 a 3 diante de um público de 40 mil pessoas.[2]
O Fiat G.212 era um dos mais recentes projetos aeronáuticos da indústria italiana do Pós-Guerra. Criado como uma versão alongada do Fiat G.12, esse trimotor seria inicialmente desenvolvido para o transporte militar. Com a necessidade de reconstruir o setor de aviação civil do país, a Fiat adaptou o projeto e produziu a versão CP, com capacidade para 34 passageiros. A aeronave acidentada foi construída em 1947 e era a 5ª construída[3] tendo recebido o prefixo I-ELCE.
Acidente
A aeronave Fiat G.212, prefixo I-ELCE, da Avio Linee Italiane descolou às 9h52min[3] do Aeroporto da Portela, em Lisboa, e fez escala para reabastecimento em Barcelona às 13h15min, conforme previsto. A descolagem do aeroporto de Barcelona ocorreu às 14h50min. Ao aproximar-se do espaço aéreo italiano, a tripulação recebe informe meteorológico indicando denso nevoeiro, com visibilidade horizontal abaixo de 40 m. Com isso, as 16h59, o comandante Pierluigi Meroni avisa a torre de Turim que está iniciando os procedimentos de aproximação visual para realizar a aterragem. Durante a manobra de aproximação, a aeronave desceu perigosamente e às 17h05min, bateu em cheio contra o muro posterior do terrapleno da Basílica de Superga, matando instantaneamente todos a bordo.[3]
Consequências
A tragédia abalou profundamente a Itália. Cerca de 500 mil pessoas acompanharam o cortejo fúnebre da equipa, realizado no dia 6 de maio.[1] O Torino era o melhor time da época, apelidado de Grande Torino,[1] seria 4 vezes campeão de forma consecutiva e caminhava para o 5º título. Após a tragédia, a equipe do Torino decidiu colocar jogadores juvenis para concluir as 4 rodadas restantes do campeonato, no que foi seguida pelos principais times italianos. No final do campeonato, o Torino conquistou seu 5.º título.[1]
O acidente acabou com a base da seleção italiana, que disputaria a Copa de 1950 no Brasil, viajando de navio (por conta do temor de nova tragédia aérea). A Itália foi eliminada na primeira fase.
Após a tragédia, o Torino entraria em decadência e só venceria o campeonato italiano em 1976.
Vitimas
- Jogadores
- Valerio Bacigalupo
- Aldo Ballarin
- Dino Ballarin
- Milo Bongiorni
- Eusebio Castigliano
- Rubens Fadini
- Guglielmo Gabetto
- Ruggero Grava
- Giuseppe Grezar
- Ezio Loik
- Virgilio Maroso
- Danilo Martelli
- Valentino Mazzola
- Romeo Menti
- Piero Operto
- Franco Ossola
- Mario Rigamonti
- Julius Schubert
- Funcionários
- Arnaldo Agnisetta (diretor-geral)
- Ippolito Civalleri (chefe da delegação)
- Ernő Egri Erbstein (diretor-técnico)
- Leslie Lievesley (treinador)
- Ottavio Corina (massoterapeuta)
- Jornalistas
- Renato Casalbore
- Luigi Cavallero
- Renato Tosatti
- Tripulação
- Pierluigi Meroni (piloto)
- Antonio Pangrazi (operador de rádio)
- Celestino D'Inca (engenheiro)
- Cesare Biancardi (copiloto)
- Outros
- Andrea Bonaiuti (organizador da viagem)
Ver também
Ligações externas
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 Revista Invicto (3 de novembro de 2009). «O último voo do Torino». Consultado em 25 de maio de 2012
- ↑ Revista Invicto (3 de novembro de 2009). «O último voo do Torino». Consultado em 25 de maio de 2012
- ↑ 3,0 3,1 3,2 Aviation Safety Network’s. «Accident description». Consultado em 25 de março de 2012