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Tradução automática

Tradução automática (TA) é o processo automático de tradução de um idioma original para outro através do computador.[1]

A tradução automática é uma subseção da linguística computacional que investiga o uso de programas de computador para traduzir textos ou discursos de uma língua natural a outra. No seu nível básico, a TA executa a substituição simples de palavras de uma língua natural por palavras em outra. Usando técnicas de corpus, traduções mais complexas podem ser experimentas, levando em conta melhor o manejo das diferenças da tipologia linguística, reconhecimento de frases, e tradução de idiomas, bem como a isolação das anomalias.

Os programas atuais de tradução automática muitas vezes permitem uma personalização por domínio ou profissão (tal como relatórios meteorológicos) — melhorando os resultados por limitar o escopo de substituições admissíveis. Esta técnica é especialmente eficaz em domínios onde a língua formal ou formulaica é usada. Logo a tradução automática de documentos do governo e legais mais prontamente produz resultados usáveis que a conversação ou textos menos padronizados.

Tradução não é nada simples. Não é uma mera substituição de cada palavra, mas ter a habilidade de conhecer "todas palavras" em uma frase ou oração e como uma pode influenciar a outra. As línguas humanas consistem em morfologia (o modo com que as palavras são montadas a partir de pequenas unidades de sentido), sintaxe (estrutura de frase), e semântica (sentido). Mesmo textos simples podem estar repletos de ambiguidades.

História

A ideia da tradução automática remonta ao século XVII. Em 1629, René Descartes propôs uma língua universal, em que ideias equivalentes em diferentes línguas partilhavam o mesmo símbolo. A experiência Georgetown (1954) incluiu a tradução completamente automática de mais de 60 frases do russo para o inglês. A experiência foi um grande sucesso, e marcou o começo de uma era em que a investigação em tradução automática foi abundantemente financiada. Os autores consideravam que em três a cinco anos a tradução automática seria um problema trivial.

Contudo, o progresso verificado foi muito mais lento do que o previsto, e após o relatório ALPAC (1966), que descobriu que a investigação de dez anos não havia conseguido responder às expectativas, o financiamento foi grandemente reduzido. Desde finais da década de 1980, à medida que o poder computacional foi aumentando e tornando-se menos dispendioso, o interesse nos modelos estatísticos para a tradução automática foi também aumentando.

A ideia de usar computadores digitais para traduzir línguas naturais foi proposta logo em 1946 por A. D. Booth, e possivelmente outros. A experiência Georgetown não foi de modo algum a primeira aplicação da ideia. Em 1954 foi feita uma demonstração com a máquina APEXC no Birkbeck College (Universidade de Londres) de uma tradução rudimentar do Inglês para o Francês. Vários artigos sobre o tópico foram publicados na altura, e até artigos em jornais importantes (ver, por exemplo, Wireless World, Set. 1955, Cleave e Zacharov). Um exemplo similar, também do Birkbeck College, consistia num computador a ler e compor textos em braille.

Ver também

Referências

  1. «Tradução automática». Encyclopædia Britannica Online (em English). Consultado em 26 de agosto de 2020 

Ligações externas

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