Thomas Edison | |
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Edison em 1922 | |
Conhecido(a) por | Invenção da lâmpada elétrica incandescente |
Nascimento | 11 de fevereiro de 1847[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Milan, Ohio |
Morte | 18 de outubro de 1931 (84 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] West Orange, Nova Jersey |
Residência | Estados Unidos |
Nacionalidade | Norte-americano |
Cônjuge | Mary Stilwell (1871-1884) Mina Edison (1886-1931) |
Filho(a)(s) | Predefinição:Plainlist |
Prêmios | Medalha Matteucci (1887) Medalha John Fritz (1908)[1] Medalha Franklin (1915) |
Assinatura | |
Campo(s) | Inventor, cientista e empresário. |
Arquivo:A day with Thomas A. Edison.webm
Thomas Alva Edison (Milan, Ohio, 11 de fevereiro de 1847 — West Orange, Nova Jérsei, 18 de outubro de 1931)[2] foi um empresário dos Estados Unidos que patenteou e financiou o desenvolvimento de muitos dispositivos importantes de grande interesse industrial. "O Feiticeiro de Menlo Park" (The Wizard of Menlo Park), como era conhecido, foi um dos primeiros a aplicar os princípios da produção maciça ao processo da invenção.[3]
Na sua vida, Edison recebeu 1 093 patentes.[4] Quando considerados também os registros em outros países, além dos EUA, o total é de 2 332 patentes.[2][4] O fonógrafo foi uma de suas principais invenções. Outra foi o cinestocópio, a primeira câmera cinematográfica bem-sucedida, com o equipamento para mostrar os filmes que fazia. Edison também aperfeiçoou o telefone, inventado por Antonio Meucci, em um aparelho que funcionava muito melhor. Fez o mesmo com a máquina de escrever.[5] Trabalhou em projetos variados, como alimentos empacotados a vácuo, um aparelho de raios X e um sistema de construções mais baratas feitas de concreto.
Entre as suas contribuições mais universais para o desenvolvimento tecnológico e científico encontra-se a lâmpada elétrica incandescente,[6] o fonógrafo, o cinescópio ou cinetoscópio, o ditafone e o microfone de grânulos de carvão para o telefone. Edison é um dos precursores da revolução tecnológica do século XX. Teve também um papel determinante na indústria do cinema.
Biografia
Thomas Alva Edison nasceu numa família de classe média, em 11 de fevereiro de 1847, em Milan Ohio, Estados Unidos. O pai, Samuel Edison, canadense de origens holandesas, usava a mão com o que podia: vendia bugigangas, era marceneiro, carpinteiro e negociante de imóveis. A mãe, Nancy Eliot Edison, ex-professora canadense, tinha a cargo sete crianças, das quais três faleceram ainda pequenas.[2] Thomas é o mais novo, e, por isso, sua mãe lhe dedicava especial atenção.
Em 1853, a família mudou-se para Port Huron. Na escola, a única da cidadezinha, o rapaz tinha problemas. Seu professor, o padre Engle, dizia que ele "tem o bicho no corpo, que é um coça-bichinhos estúpido, que não para de fazer perguntas e que lhe custa a aprender". Além disso, o garoto recusava-se a fazer as lições. Vão-se três meses de aulas e Thomas Edison deixa a classe. Nunca mais voltaria a frequentar uma escola. A mãe toma a seu cargo a educação do menino e ele, por seu lado, aprende o que mais lhe interessa. Acaba por devorar todos os livros da mãe com temas sobre ciência. Monta um laboratório de química no sótão e, de vez em quando, faz tremer a casa.
Arranja, entretanto, um emprego como ardina no comboio que faz a ligação entre Port Huron e Detroit. Vende jornais, sanduíches, doces e frutas dentro dos trens. O guarda da estação local deixa-o guardar os doces e os jornais num vagão vazio. Sobrava tempo para leituras e para experiências no laboratório que, sorrateiramente, Edison havia instalado num dos vagões.[7]
Thomas aprendeu no código Morse e construiu telégrafos artesanais. Havia mais tarde de apelidar como "Dot" (ponto) a filha e "Dash" (traço) o filho.[8] Frequentava um curso e tornava-se telegrafista na terra natal. Mas, como não dispensa a companhia dos instrumentos, provoca outro acidente e quase faz explodir o gabinete.
Carreira
Durante cinco anos trabalhou por toda a parte. Aproveitou um emprego que tinha, à noite, para se entreter com as suas engenhocas. Para evitar surpresas (às vezes mete-se a dormir), inventa um sistema elétrico que envia de hora a hora um sinal aos vigilantes. Inventa também uma ratoeira elétrica para caçar os ratos no quarto da pensão.
Edison registrou seu primeiro invento - uma máquina de votar,[9] pela qual ninguém se interessou - quando tinha 21 anos. Muda-se para Nova Iorque em 1869 para se estabelecer como inventor independente. Chega esfomeado e sem dinheiro. Dois anos mais tarde, inventou um indicador automático de cotações da bolsa de valores. Vendeu-o por 40 mil dólares e ainda assinou um contrato com a Western Union, situação que lhe permitiu estabelecer-se por conta própria em Newark, subúrbio de Nova York.
No Natal de 1871, casou-se com uma jovem de 16 anos, Mary Stilwell, uma de suas empregadas, que era perfuradora de fitas telegráficas. Ele a pediu em casamento batendo uma moeda em código Morse. Diz-se que, terminada a cerimônia, o noivo esqueceu as núpcias, enfiou-se na oficina e de lá só voltaria de madrugada. Mary morreria doze anos depois, de febre tifóide. Edison se casaria mais uma vez, com Mina Miller.[5] Nos dois casamentos, teve seis filhos, três de cada um.
Em 1876, já famoso, a grandeza de seus recursos e a amplitude de suas atividades motivaram a construção de um verdadeiro centro de pesquisas em Menlo Park. Era quase uma cidade industrial, com oficinas, laboratórios, assistentes e técnicos capacitados. Nessa época, Edison chegou a propor-se a meta de produzir uma nova invenção a cada dez dias.[5] Não chegou a tanto, mas é verdade que, num certo período de quatro anos, conseguiu patentear 300 novos inventos, o que equivale praticamente a uma criação a cada cinco dias.
Em 1877 inventou o fonógrafo. O aparelho consistia em um cilindro coberto com papel de alumínio. Uma ponta aguda era pressionada contra o cilindro. Conectados à ponta, ficavam um diafragma (um disco fino em um receptor onde as vibrações eram convertidas de sinais eletrônicos para sinais acústicos e vice-versa) e um grande bocal. O cilindro era girado manualmente conforme o operador ia falando no bocal (ou chifre). A voz fazia o diafragma vibrar. Conforme isso acontecia, a ponta aguda cortava uma linha no papel de alumínio.
Quando a gravação estava completa, a ponta era substituída por uma agulha; a máquina desta vez produzia as palavras quando o cilindro era girado mais uma vez. Thomas Edison trabalhou nesse projeto em seu laboratório enquanto recitava a conhecida canção infantil "Maria tinha um carneirinho" (Mary had a little lamb), e reproduzia-a.
Em 1878, com 31 anos, propôs a si mesmo o desafio de obter luz a partir da energia elétrica. Outros pesquisadores já haviam tentado construir lâmpadas elétricas. Nernst e Swan, por exemplo, haviam obtido alguns resultados, mas seus dispositivos tinham vida bastante curta.[10]
Edison tentou inicialmente utilizar filamentos metálicos. Foram necessários enormes investimentos e milhares de tentativas para descobrir o filamento ideal: um fio de algodão parcialmente carbonizado. Instalado num bulbo de vidro com vácuo, aquecia-se com a passagem da corrente elétrica até ficar incandescente, sem porém derreter, sublimar ou queimar. Em 1879, uma lâmpada assim construída brilhou por 48 horas contínuas e, nas comemorações do final de ano, uma rua inteira, próxima ao laboratório, foi iluminada para demonstração pública. Alguns anos se passaram e conta-se que Thomas Edison, antes de conseguir fazer a ideia da lâmpada funcionar, admitiu que havia criado 100 maneiras erradas de se construir uma lâmpada.[11]
Edison ainda aperfeiçoou o telefone (com o microfone a carvão empregado até hoje), o fonógrafo, e muitas outras invenções. Em conjunto, essas realizações modificaram os hábitos de vida em todo o mundo e consagraram definitivamente a tecnologia.
Em 1903, houve uma disputa comercial entre Edison e o inventor Nikola Tesla. Um defendia o uso da corrente alternada e, o outro, da corrente contínua. Edison teve, então, a desumana ideia de eletrocutar animais, dentre eles uma elefanta, para convencer o público dos perigos da corrente alternada.
Arquivo:Edison - Electrocuting an Elephant.ogv
Thomas Alva Edison morreu a 18 de outubro de 1931. Encontra-se sepultado em Edison National Historic Site, West Orange, Condado de Essex, Nova Jersey nos Estados Unidos.[12]
Invenções
Em 1868 patenteia seu primeiro invento, um contador automático de votos. Dois anos depois, funda uma empresa em Newark, Nova Jersey. Inventa um equipamento electromecânico que transmite telegraficamente as cotações da bolsa de valores. Enriquece com a comercialização do aparelho e inventa outros dispositivos sem aplicações comerciais. Cria um aparelho que facilita as transmissões em código Morse: uma pena elétrica que simplifica a duplicação em mimeógrafo. O microfone de carvão, outro invento, torna possível as transmissões telefônicas.[13]
Muda-se para Menlo Park, Nova Jersey. Diversifica suas pesquisas, abordando as mais diversas tecnologias. Aplica-se na investigação em telefonia, aperfeiçoa o fonógrafo, cria a primeira lâmpada incandescente com filamento de carvão. Trabalha já com uma grande equipe de profissionais, constrói o primeiro dínamo de alta potência. Patenteia muitas invenções, como o gerador de alto vácuo para a fabricação de lâmpadas, o contador de electricidade, o regulador de corrente para máquinas de soldar elétricas.
Em outubro de 1879 a Edison Electric Light Company é já uma potência económica dominando a época da electricidade nos Estados Unidos. Patenteia a lâmpada incandescente de filamento fino de carvão a alto vácuo. O produto, devido à nova tecnologia, permite aumento substancial da vida útil do produto. Em 1883, após ter descoberto o efeito Édison, regista o primeiro dispositivo termiónico, um díodo termiônico ou válvula de Edison, precursora da válvula de rádio, ou válvula termiônica.
A Edison General Electric é fundada em 1888, e posteriormente vira a GE - General Electric. Será um dos maiores conglomerados industriais do planeta. Fabrica todos os tipos de dispositivos elétricos, como geradores, motores, gigantescas válvulas solenóides. A empresa transforma-se num dos maiores fabricantes multinacionais.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a General Electric entra no campo de metalurgia naval, produzindo gigantescas máquinas e novos equipamentos para os navios construídos em diversos estaleiros americanos. A GE entra no ramo da indústria química, aperfeiçoando os métodos de fabrico de novos produtos e substâncias.
Edison é considerado um dos inventores mais prolíficos do seu tempo, registrando 2 332 patentes em seu nome. Esse número é discutível, sendo que todos os inventos feitos pelos empregados da "Edison General Electric" eram registrados em seu nome. A maioria desses inventos não é completamente original, mas as patentes compradas por Edison foram melhoradas e desenvolvidas pelos seus numerosos empregados. Edison tem sido criticado por não compartilhar os seus créditos.
Inventos cinematográficos
Thomas Edison teve um papel determinante no surto da indústria do cinema. São estes os aparelhos que inventou ou lançou no mercado:
- Cinematógrafo (Kinetograph): máquina de filmar;
- Cinescópio ou Cinetoscópio (Kinetoscope): caixa com imagens filmadas vistas no seu interior;
- Cinefone (Kinetophone): versão do cinescópio com som síncrono gerado por um fonógrafo;
- Vitascópio (Vitascope): projector de filmes em tela.
Filmes de Thomas Edison
Mudos
- 1895: The Execution of Mary Stuart
- 1896: Fatima's Coochee-Coochee Dance
- 1896: Blackton Sketches, No. 3
- 1896: Blackton Sketches, No. 2
- 1897: Butterfly Dance
- 1898: The Passion Play of Oberammergau
- 1903: Electrocuting an Elephant
- 1904: Parsifal
- 1910: Frankenstein or the Modern Prometheus
- 1911: Lucia di Lammermoor
Sonoros
- 1913: Nursery Favorites
- 1913: A Minstrel Show
- 1913: The Irish Policeman
- 1913: Her Redemption
- 1913: Julius Caesar
- 1914: The Patchwork Girl of Oz
Pessoas que trabalharam para Edison
A seguir está uma lista de pessoas que trabalharam para Thomas Edison em seus laboratórios em Menlo Park ou West Orange ou nas empresas elétricas subsidiárias que ele supervisionava.
- Edward Goodrich Acheson - químico, trabalhou em Menlo Park 1880-1884
- William Symes Andrews - começou na oficina mecânica de Menlo Park 1879
- Charles Batchelor - "chefe assistente experimental"
- John I. Beggs - gerente da Edison Illuminating Company em Nova York, 1886
- William Kennedy Dickson - ingressou no Menlo Park em 1883, trabalhou na câmera cinematográfica
- Justus B. Entz - ingressou na Edison Machine Works em 1887
- Reginald Fessenden - trabalhou na Edison Machine Works em 1886
- Henry Ford - engenheiro Edison Illuminating Company Detroit, Michigan, 1891-1899
- William Joseph Hammer - começou como assistente de laboratório Menlo Park em 1879
- Miller Reese Hutchison - inventor do aparelho auditivo
- Edward Hibberd Johnson - iniciado em 1909, engenheiro-chefe do laboratório West Orange 1912-1918
- Samuel Insull - iniciado em 1881, tornou-se vice-presidente da General Electric (1892) e então presidente da Chicago Edison
- Kunihiko Iwadare – juntou-se à Edison Machine Works em 1887
- Francis Jehl - assistente de laboratório Menlo Park 1879-1882
- Arthur E. Kennelly - engenheiro, experimentalista no laboratório West Orange 1887-1894
- John Kruesi - começou em 1872, era maquinista-chefe, em Newark, Menlo Park, Edison Machine Works
- Lewis Howard Latimer - contratado em 1884 como desenhista, continuou trabalhando para a General Electric
- John W. Lieb - trabalhou na Edison Machine Works em 1881
- Thomas Commerford Martin - engenheiro elétrico, trabalhou em Menlo Park 1877-1879
- George F. Morrison - começou em Edison Lamp Works 1882
- Edwin Stanton Porter - ingressou na Edison Manufacturing Company 1899
- Frank J. Sprague – ingressou no Menlo Park em 1883, ficou conhecido como o "Pai da Tração Elétrica".
- Nikola Tesla - engenheiro elétrico e inventor, trabalhou na Edison Machine Works em 1884
- Francis Robbins Upton - matemático / físico, juntou-se a Menlo Park 1878
- Theo Wangemann - assistente pessoal de Edison
Ver também
- Edison Studios
- Thomas Edison National Historical Park
- Cinematógrafo – irmãos Lumière
- Teatrógrafo – Robert William Paul
- Guerra das correntes
Referências
- ↑ «John Fritz Medal Past Recipients» (em English). American Association of Engineering Societies. Consultado em 30 de junho de 2015. Cópia arquivada em 30 de junho de 2015
- ↑ 2,0 2,1 2,2 «The Life of Thomas A. Edison» (em English). Memory.loc.gov. Consultado em 8 de fevereiro de 2010
- ↑ UOL. «10 invenções desconhecidas de Thomas Edison». Ciencia.hsw.uol.com.br. Consultado em 23 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 16 de janeiro de 2016
- ↑ 4,0 4,1 «Edison Patents». Thomas Edison (em English). Consultado em 27 de junho de 2022
- ↑ 5,0 5,1 5,2 «Thomas Alva Edison». UOL - Educação. Consultado em 14 de outubro de 2012
- ↑ Super Interessante. «Thomas Edison, o gênio da Lâmpada». Super.abril.com.br. Consultado em 23 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 3 de setembro de 2011
- ↑ CRISTIANO, ALMIR (1 de junho de 2018). «Thomas Alva Edison». www.libras.com.br (em português). Consultado em 10 de fevereiro de 2021
- ↑ «Thomas Edison's Children» (em English)
- ↑ «Patent Model of Edison's Electrographic Vote Recorder and Register, His First Patent, 1869»
- ↑ «Thomas Alva Edison. Glossário. História, Sociedade e Educação no Brasil - HISTEDBR - Faculdade de Educação - UNICAMP». www.histedbr.fe.unicamp.br. Consultado em 11 de fevereiro de 2020
- ↑ Nicolini, Alexandre (janeiro–março de 2004). «EDUCAÇÃO: OS NOVOS DESAFIOS DA UNIVERSIDADE». A UNIVERSIDADE E A VIDA ATUAL: FELLINI NÃO VIA FILMES. Consultado em 11 de fevereiro de 2020
- ↑ Predefinição:Findagrave
- ↑ Lavras 24 Horas. «O que Thomas Edison previu para 2011, há 100 anos?». Lavras24horas.com.br. Consultado em 23 de janeiro de 2012
Ligações externas
- Assistir Frankenstein or the Modern Prometheus no Commons
- «O Homem que veio de Milan» (em português)
- «A casa de Thomas Edison». (em inglês)
- «Thomas Alva Edison in America's Story» (em English)
- «O fonógrafo e outros inventos». (em About.com) (em inglês)
- «Citações de Edison» (em English)
- «Página oficial mantida por Gerald Beals». (em inglês)
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