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Gestão da qualidade total

Predefinição:MultitagA Gestão da Qualidade Total ou Total Quality Management (TQM) é um modelo de gestão que aumenta a consciência da qualidade em todos os processos organizacionais. Seus objetivos são: garantir a satisfação do cliente, promover o trabalho em equipe buscando a participação de toda a organização, e buscar constantemente a solução de problemas e redução de erros.[1] A gestão da qualidade total integra efetivamente o trabalho de várias pessoas, o uso de muitos equipamentos e uma elevada quantidade de informações, ou seja, a qualidade total só é possível se acontecer em todas as etapas do processo, desde a matéria-prima até à fase pós-venda.[2][3]

História

A Gestão da Qualidade Total como modelo de gestão teve origem no Japão nas décadas de 1980 e 1990. No início da década de 1980, o mundo  começou a reagir à alta competitividade das principais indústrias do Japão. Seus produtos alcançaram os principais mercados consumidores do mundo ocidental com boa qualidade e preços relativamente baixos, tornando-se uma ameaça às suas economias. Para as principais empresas norte-americanas e europeias, não existiam muitas opções além de descobrir as razões do sucesso competitivo japonês e sua aplicação. Começou então um período denominado era da gestão da qualidade total, cuja principal característica era o foco no cliente e no processo de gestão. A TQM incorporou e reinterpretou as teorias e ferramentas de outros períodos. Dessa forma, a questão de qualidade passou a ser vista não mais como uma simples forma de prevenir defeitos e reduzir perdas, mas como uma forma de agregar valor aos produtos, diferenciando-se da concorrência e mantendo-se à frente do mercado.[2][4]

Dimensões (atributos)

A qualidade geral inclui seis atributos básicos ou dimensões que lhe conferem características gerais: qualidade intrínseca, custo, serviço, moralidade, segurança e ética.

Qualidade intrínseca

A qualidade intrínseca refere-se à capacidade do produto ou serviço cumprir o objetivo ao qual se destina em relação às características inerentes ao produto ou serviços. São avaliados aspectos como: ausência de defeitos, adequação ao uso, características agradáveis ao consumidor, confiabilidade, previsibilidade, etc.

Custo

Essa dimensão está associada ao custo do produto ou serviço para a organização e o preço para o cliente (obter o maior valor pelo preço considerado justo).

Atendimento

O atendimento inclui três parâmetros importantes na produção de bens e na prestação de serviços de excelência: localização, duração e quantidade. O cliente deve receber o produto no prazo e local certos, além da quantidade determinada.

Moral

A moral refere-se ao nível de satisfação e motivação dos colaboradores da organização, é importante pois funcionários desmotivados e pouco treinados não sabem a importância de seu papel na organização e não produzem o esperado.

Segurança

A segurança dos clientes externos de qualquer organização está, em um sentido estrito, relacionada à segurança física desses clientes e, em um sentido mais amplo, está relacionada aos serviços prestados ou ao impacto do fornecimento no meio ambiente.

Ética

Essa dimensão é representada pelos códigos ou regras de conduta e valores que têm de permear todas as pessoas e todos os processos de todas as organizações.[1][5][6]

Benefícios da aplicação da TQM

A gestão da qualidade total é uma opção para o reposicionamento da gestão organizacional. Os pontos básicos são: foco no cliente, trabalho em equipe em toda a organização, tomada de decisões com base em fatos e dados, busca constante de soluções para problemas e redução de erros. A TQM valoriza as pessoas dentro da organização, reconhece sua capacidade de resolver problemas onde e quando ocorrem e busca constantemente a perfeição. Qualidade total significa que a qualidade não deve existir apenas no produto, mas também em toda a empresa: pessoal, departamentos, sistemas, vendas, serviços e assistência pós-venda. A aplicação do TQM em uma organização está intimamente relacionada à melhoria contínua, que é entendida como um processo de mudança contínua que melhora a organização e agrega valor a ela. A implantação de TQM sofre implicações devido ao foco na qualidade e tratar outros objetivos, por exemplo, o lucro, como consequência.[5] A TQM reduz os custos por diminuir a quantidade de erros nos processos, ou seja,  permite às organizações gastarem menos e produzirem mais. Isso ocorre porque trabalhar com qualidade:  evita o desperdício de recursos;  reduz o tempo de produção;  gera menos estresse e mais satisfação ao trabalhador. A qualidade total otimiza a energia de trabalho do recurso humano, já que, erros geram retrabalhos, que levam a frustração dos colaboradores, gasto de tempo e dinheiro. Assim, perece-se que trabalhar com qualidade melhora a produtividade das empresas e, consequentemente, elevam os lucros.[2][6][7]

Princípios

Os princípios básicos da qualidade total são:

●     Produzir bens ou serviços que respondam concretamente às necessidades dos clientes;

●     Garantir a sobrevivência da empresa por meio de um lucro contínuo obtido com o domínio da qualidade;

●     Identificar o problema mais crítico e solucioná-lo pela mais elevada prioridade (Pareto);

●     Falar, raciocinar e decidir com dados e com base em factos;

●     Administrar a empresa ao longo do processo e não por resultados;

●     Reduzir metodicamente as dispersões por meio do isolamento das causas fundamentais;

●     O cliente é Rei. Não se permitir servi-lo se não com produtos de qualidade;

●     A prevenção deve ser a tão montante quanto possível;[8][9]

Para aplicar a qualidade total são utilizadas algumas ferramentas como:

●     Ciclo PDCA

●     ISO 9000

●    Fluxogramas

●     5s[8]

Referências

  1. 1,0 1,1 Longo, Rose Mary Juliano (janeiro de 1996). «Gestão da qualidade: evolução histórica, conceitos básicos e aplicação na educação». http://www.ipea.gov.br (em português). Consultado em 24 de setembro de 2021 
  2. 2,0 2,1 2,2 Lopes, Janice Correia da Costa (24 de julho de 2014). «Gestão da Qualidade». Consultado em 24 de setembro de 2021 
  3. Feingenbaum, Armand (1991). Total Quality Control. New York: McGraw-Hill 
  4. Martins, Roberto Antonio; Costa Neto, Pedro Luiz de Oliveira (dezembro de 1998). «Indicadores de desempenho para a gestão pela qualidade total: uma proposta de sistematização». Gestão & Produção (3): 298–311. ISSN 0104-530X. doi:10.1590/s0104-530x1998000300010. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  5. 5,0 5,1 SANTOS; GUIMARÃES; BRITO, Antonia; Edna; Giliard. «Revista Científica INTERMEIO». Revista Científica INTERMEIO. . GESTÃO DA QUALIDADE: CONCEITO, PRINCÍPIO, MÉTODO E FERRAMENTAS: 91-101 
  6. 6,0 6,1 BONILLA, JOSÉ. «periodicosibepes.org.br/index.php/recadm/article/view/432/330». REVISTA ELETRÔNICA DE CIêNCIA ADMINISTRATIVA (RECADM). A GESTA O DA QUALIDADE TOTAL NA AGROPECUÁRIA: ASPECTOS INTRODUTORIOS  line feed character character in |jornal= at position 55 (ajuda);
  7. PALADINI, E. P.; CARVALHO, M. M. Gestão da qualidade. Teoria e casos. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2005
  8. 8,0 8,1 BASTOS, B.; GIACOMINI, B. A. Gestão de Qualidade. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Curso de Engenharia Civil: Goiânia, 2013.
  9. Sampaio, K. R (2014). A gestão da qualidade nas instituições de ensino superior. Revista das Faculdades Cearenses, vol 8, -2-2014. Disponível em: http://ww2.faculdadescearenses.edu.br/revista2/edicoes/vol8-2-2014/artigo1.pdf. Acesso em: 30/08/2021


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