Em zoologia, chama-se télson a uma peça quitinosa do exosqueleto dos artrópodes - particularmente visível nos camarões e lagostas - que se encontra na extremidade do último segmento do corpo. Não é denominado um segmento verdadeiro porque não surge no embrião a partir do teloblasto como ocorre com os segmentos verdadeiros. Nunca possui apêndices, mas uma cauda bifurcada é eventualmente presente. Em camarões, lagostas e outros decápodes formam o leque caudal junto com os urópodes (apêndices do último segmento do terceiro tagma) que serve como uma nadadeira especializada para a fuga.
Alguma estrutura análoga pode ser vista em determinados grupos de Chelicerados tais como o espinho caudal dos límulos e a dilatação da extremidade do pós-abdômen onde se localizam as glândulas de veneno dos escorpiões. Embora o uso do nome télson para estes grupos seja bastante difundido, é questionado por alguns autores que definem o termo especificamente para o tipo de prolongamento pós-segmentar dos crustáceos.[1]
Nos escorpiões,é uma parte do corpo responsável por injetar veneno.
Referências
- ↑ Karl-Ernst Lauterbach (1980). «Schlüsselereignisse in der Evolution des Grundplans der Arachnata (Arthropoda)» [Key events in the evolution of the ground plan of the Arachnata (Arthropoda)]. Abhandlungen des Naturwissenschaftlichen Vereins in Hamburg. NF (em Deutsch). 23: 163–327