Supercopa Sul-Americana | |||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Supercopa Sudamericana | |||||||||
Islas lopez besando supercopa.jpg Troféu concedido ao campeão, sendo segurado pelos jogadores argentinos Gustavo López (direta), e Luis Islas (esquerda). | |||||||||
Dados gerais | |||||||||
Organização | CONMEBOL | ||||||||
Edições | 10 | ||||||||
Outros nomes | Supercopa João Havelange Supercopa Libertadores | ||||||||
Local de disputa | América do Sul | ||||||||
Sistema | Eliminatórias | ||||||||
| |||||||||
A Supercopa Sul-Americana (também conhecida como Supercopa João Havelange ou Supercopa Libertadores) foi uma competição de futebol masculino adulto de clubes oficial da Conmebol que reunia todos os clubes que haviam sido campeões da Libertadores da América. Durante o período em que foi realizada, o campeão da competição disputava o título da Recopa Sul-Americana contra o campeão da Copa Libertadores no ano seguinte.[1][2]
Correspondia ao segundo torneio do continente, quando foi substituída pelas copas Mercosul e Merconorte, em 1998.[3]
A Conmebol pretendia fazer com que o torneio retornasse em 2020, reunindo as 25 equipes que venceram até 2019 a Copa Libertadores,[4] mas o projeto não se concretizou.
História
Disputada entre 1988 e 1997, a partir de 1998 foi substituída pelas copas Mercosul e Merconorte (que posteriormente seriam substituídas pela Copa Sul-Americana em 2002). Além da Copa Libertadores e da Supercopa, existia também outra competição oficial da Conmebol, a Copa Conmebol, que em molde parecido com a Copa da Uefa, selecionava as melhores equipes que não se classificaram para a Libertadores do ano anterior. Em 1995, a CBF determinou que os clubes brasileiros não poderiam disputar a Copa Conmebol e a Supercopa Libertadores simultaneamente, devido a quantidade de jogos que o São Paulo teve em 1994.
Em alguns casos houve exceções, como o Atlético Nacional em 1989, o Colo-Colo em 1991 e o São Paulo em 1992, que foram campeões da Libertadores e incluídos na Supercopa do mesmo ano. Já o Vélez Sarsfield ganhou a Libertadores uma semana antes do início da Supercopa, mas não foi adiada a sua entrada para o ano seguinte. Em 1997, o Vasco da Gama também foi adicionado à Supercopa, em função do seu título no Campeonato Sul-Americano de Campeões.
Considerada uma competição importante nos anos 90, a Supercopa sofreu críticas, por jogar apenas prévios campeões da Libertadores, com direito a vaga "eterna" na competição, independentemente da fase do clube. O Palmeiras, reconhecidamente uma das grandes equipes durante a sua vigência, nunca participou do torneio, por ter vencido a Libertadores apenas em 1999.
Em contrapartida, alguns clubes chegaram a frequentar as divisões inferiores de seus campeonatos nacionais nesse período, como o Grêmio em 1992, o Racing durante as temporadas de 1990–1991 a 1992–1993 (Sendo rebaixado à 3ª divisão neste ano e retornado a 1ª divisão em 1993–1994, em uma virada de mesa), o Predefinição:Futebol Estudiantes de La Plata em 1994–1995 e o Argentino Juniors em 1996–1997.
Um dos motivos para a Conmebol dar fim ao torneio em 1997, foi a justificativa de um futuro inchaço de clubes campeões da Libertadores, após a edição de 1997, apesar de alguns clubes terem rejeitado convites para participar de algumas edições anteriores, como o Atlético Nacional em 1990 e 1991, e sempre haver possibilidades de outras futuras recusas, evitando indiretamente o problema de inchaço de clubes no torneio.
Uma medida criada para diminuir o número de participantes, foi a criação de um rebaixamento em 1996, em que o Argentino Juniors foi o primeiro excluído das futuras edições e só voltaria a disputar a competição, se conquistasse a Libertadores de novo. Em 1997, o Boca Juniors, o Racing, o Vélez Sarsfield e o Grêmio foram os afetados pela regra, mas a penalidade nunca foi colocada em prática, por ter sido a última edição.
Em 2019, o presidente da Conmebol Alejandro Domínguez, afirmou a possibilidade de recriar a Supercopa em 2020, como uma forma de classificação para o Mundial de clubes de 2021, com vagas para o campeão e vice da Supercopa.[5][6]
Lista de Campeões
Ano | Final | ||
---|---|---|---|
Vencedor | Placar | Vice | |
1988 Detalhes[7] |
Racing | 2 - 1 1 - 1 Agr: 3 - 2 |
Cruzeiro |
1989 Detalhes[8] |
Boca Juniors | 0 - 0 0 - 0 Agr: 0 - 0 Pen: 5 - 3 |
Independiente |
1990 Detalhes[9] |
Olimpia | 3 - 0 3 - 3 Agr: 6 - 3 |
Nacional |
1991 Detalhes[10] |
Cruzeiro | 0 - 2 3 - 0 Agr: 3 - 2 |
River Plate |
1992 Detalhes[11] |
Cruzeiro | 4 - 0 0 - 1 Agr: 4 - 1 |
Racing |
1993 Detalhes[12] |
São Paulo | 2 - 2 2 - 2 Agr: 4 - 4 Pen: 5 - 3 |
Flamengo |
1994 Detalhes[13] |
Independiente | 1 - 1 1 - 0 Agr: 2 - 1 |
Boca Juniors |
1995 Detalhes[14] |
Independiente | 2 - 0 0 - 1 Agr: 2 - 1 |
Flamengo |
1996 Detalhes[15] |
Vélez Sársfield | 1 - 0 2 - 0 Agr: 3 - 0 |
Cruzeiro |
1997 Detalhes[16] |
River Plate | 0 - 0 2 - 1 Agr: 2 - 1 |
São Paulo |
Títulos por equipe
Clube | País | Títulos | Vices | Aproveitamento em finais |
---|---|---|---|---|
Cruzeiro | Brasil | 2 (1991 e 1992) | 2 (1988 e 1996) | 50% |
Independiente | Argentina | 2 (1994 e 1995) | 1 (1989) | 66,6% |
Racing | Argentina | 1 (1988) | 1 (1992) | 50% |
Boca Juniors | Argentina | 1 (1989) | 1 (1994) | 50% |
River Plate | Argentina | 1 (1997) | 1 (1991) | 50% |
São Paulo | Brasil | 1 (1993) | 1 (1997) | 50% |
Olimpia | Paraguai | 1 (1990) | 0 | 100% |
Predefinição:Futebol Vélez Sársfield | Argentina | 1 (1996) | 0 | 100% |
Total de títulos por país
País | Títulos | Vices | Aproveitamento em finais |
---|---|---|---|
Argentina | 6 | 4 | 60% |
Brasil | 3 | 5 | 37,5% |
Paraguai | 1 | 0 | 100% |
Artilheiros
Ver também
Ligação externa
Predefinição:Competições Sul-Americanas
- ↑ «Supercopa Sul-Americana». Site da Conmenbol. Consultado em 11 de Janeiro de 2015
- ↑ Stein, Leandro (19 de novembro de 2021). «Um mapa com todos os finalistas da Copa Sul-Americana e dos outros antigos torneios secundários da Conmebol». Trivela (em português). Consultado em 13 de agosto de 2022
- ↑ Bueno, Rodrigo. «Conmebol e cartolas opositores colocam suas Superligas na gaveta | Blogs». ESPN (em português). Consultado em 16 de agosto de 2022
- ↑ Globo Esporte Texto "https://globoesporte.globo.com/blogs/bastidores-fc/noticia/clubes-brasileiros-aprovam-volta-da-supercopa-da-libertadores-mas-fazem-ressalva-sobre-calendario.ghtml" ignorado (ajuda); Em falta ou vazio
|título=
(ajuda) - ↑ «Com volta da Supercopa dos Campeões, Conmebol elabora critérios de classificação ao Mundial de 2021». Globoesporte (em português). Consultado em 5 de dezembro de 2019
- ↑ Prosperi, Luiz Antonio (17 de outubro de 2019). «Mundial de Clubes 2021: Conmebol recria Supercopa dos Campeões da Libertadores valendo vaga ao torneio da Fifa». Chuteira FC (em português). Consultado em 5 de dezembro de 2019
- ↑ 7,0 7,1 «Supercopa Libertadores 1988». RSSSF (em inglês). Consultado em 11 de Janeiro de 2015
- ↑ 8,0 8,1 «Supercopa Libertadores 1989». RSSSF (em inglês). Consultado em 11 de Janeiro de 2015
- ↑ 9,0 9,1 «Supercopa Libertadores 1990». RSSSF (em inglês). Consultado em 11 de Janeiro de 2015
- ↑ 10,0 10,1 «Supercopa Libertadores 1991». RSSSF (em inglês). Consultado em 11 de Janeiro de 2015
- ↑ 11,0 11,1 «Supercopa Libertadores 1992». RSSSF (em inglês). Consultado em 11 de Janeiro de 2015
- ↑ 12,0 12,1 «Supercopa Libertadores 1993». RSSSF (em inglês). Consultado em 11 de Janeiro de 2015
- ↑ 13,0 13,1 «Supercopa Libertadores 1994». RSSSF (em inglês). Consultado em 11 de Janeiro de 2015
- ↑ 14,0 14,1 «Supercopa Libertadores 1995». RSSSF (em inglês). Consultado em 11 de Janeiro de 2015
- ↑ 15,0 15,1 «Supercopa Libertadores 1996». RSSSF (em inglês). Consultado em 11 de Janeiro de 2015
- ↑ 16,0 16,1 «Supercopa Libertadores 1997». RSSSF (em inglês). Consultado em 11 de Janeiro de 2015