Soyuz 1 | |||||||
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Informações da missão | |||||||
Sinal de chamada | Rubin | ||||||
Operadora | União Soviética | ||||||
Foguete | Soyuz | ||||||
Espaçonave | Soyuz 7K-OK (A) 11F615 #4[1] | ||||||
Astronautas | Vladimir Komarov | ||||||
Base de lançamento | Local 1, Cosmódromo de Baikonur | ||||||
Lançamento | 23 de abril de 1967 0h35min0s UTC[1] Baikonur, Cazaquistão, União Soviética | ||||||
Término | 24 de abril de 1967 3h22min52s UTC[1] | ||||||
Órbitas | 18[1] | ||||||
Duração | 1d, 2h, 47m, 52s[1] | ||||||
Altitude orbital | 198 - 211 km[1] | ||||||
Inclinação orbital | 51.67°[1] | ||||||
Imagem da tripulação | |||||||
Navegação | |||||||
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Soyuz 1 (Союз 1) foi a primeira missão tripulada do programa espacial soviético Soyuz, que ocorreu em 23 de abril de 1967. Inicialmente programada para realizar um encontro em órbita com a Soyuz 2, com troca das tripulações no espaço, a missão terminou em tragédia. O cosmonauta Vladimir Komarov, piloto, morreu no impacto com o solo. Esta foi a primeira fatalidade humana num voo espacial.[2]
A missão usou a nave Soyuz pela primeira vez de forma tripulada, e o objetivo do programa deveria ser uma preparação para os planos soviéticos, nunca publicamente revelados, de levar homens à Lua.
Tripulação
Posição | Cosmonauta |
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Piloto | Vladimir Komarov |
Antecedentes
A Soyuz 1 foi o primeiro voo tripulado da primeira geração de naves Soyuz 7K-OK - usada entre as missões Soyuz 1 e Soyuz 11 - desenvolvidas como parte do programa lunar soviético. Foi a primeira missão tripulada soviética em dois anos e a primeira após a morte do cientista e projetista chefe do programa, Sergei Korolev.[3]
Komarov foi lançado a despeito de várias falhas observadas anteriormente nos testes de voos não tripulados da Soyuz 7K-OK, Cosmos 133 e Cosmos 140. Um terceiro teste de voo acabou numa falha no lançamento, abortada por uma falha no sistema de escape de emergência, fazendo o foguete explodir na plataforma.[4]
Os voos não tripulados anteriores ao Soyuz 1 apresentaram inúmeras falhas técnicas, e apesar da crença de que Komarov estava cético, tanto ele quanto Gagarin estavam ansiosos para verem a transição entre voos não tripulados para tripulados.[5]
Os planos da missão eram de lançar uma segunda nave, a Soyuz 2, no dia seguinte da Soyuz 1, para um encontro e troca de tripulação no espaço, pilotada por Valery Bykovsky, Yevgeny Khrunov e Aleksei Yeliseyev.[6] Gagarin, o primeiro homem no espaço, atuou como cosmonauta-reserva da missão.[5]
Missão
O lançamento, em 23 de abril de 1967, fez de Komarov o primeiro ser humano a ir duas vezes ao espaço. Os problemas, entretanto, começaram logo após a entrada em órbita, quando um painel solar da nave falhou em abrir, provocando uma diminuição de energia nos sistemas eletrônicos da cápsula.[7] Problemas posteriores com o sistema de orientação começaram a dificultar as manobras da Soyuz.[7] Durante a órbita número 13, o sistema de estabilização automática da Soyuz tinha apagado e o sistema manual era apenas parcialmente efetivo.[7]
Entretanto, durante a noite, a região do Cosmódromo de Baikonur sofreu uma série de tempestades magnéticas que afetaram o sistema elétrico do foguete programado para lançá-la e a missão precisou ser cancelada.[8] Com isso, o diretor do voo resultou abortar o voo de Komarov, e após 18 órbitas os retrofoguetes da nave em órbita foram acionados para a reentrada.[7]
Apesar das dificuldades técnicas encontradas até aquele ponto, Komarov não teria problemas para pousar em segurança. Porém, mais uma falha, dessa vez, crítica, aconteceu e lhe custou a vida. Para diminuir a velocidade de descida na atmosfera, primeiramente o pára-quedas auxiliar foi aberto, e depois o principal. O principal, porém, não abriu. Komarov então ativou manualmente o pára-quedas reserva de emergência, mas as cordas dele se enredaram com a do pára-quedas auxiliar, e a Soyuz desceu praticamente sem freio na atmosfera, a quase 140 km/h, sobre a província de Orenburg, na Rússia. Com o impacto, a nave explodiu e pegou fogo, matando Komarov, enquanto os fazendeiros da região, que correram ao local, tentavam apagar as chamas.[9][10] Challenge to Apollo descreve relatos de testemunhas que a nave pousou intacta, porém foi destruída quando os motores de pouso suave foram disparados quando a cápsula já estava pousada de lado no chão,[11] devido ao fato de que pela alta velocidade da descida, o escudo térmico não foi solto aos 3 quilômetros de altitude e assim, os referidos motores não foram acionados quando deveriam.[12] A investigação demonstrou que o paraquedas principal ficou tão pressionado dentro do container que o paraquedas desacelerador não conseguiu soltá-lo.[13] Isso ocorreu devido ao fato da diferença de pressão entre a parte interna e externa do container tenha feito o paraquedas ter se pressionado contra as paredes internas do container.[12] Komarov foi morto no impacto, não pelo incêndio, e não há evidência que ele tenha gritado ou chorado antes do impacto.[12] Uma investigação não oficial realizada por Chertok nos anos 90 trouxe a ideia de que o acidente ocorreu por negligência: durante a preparação, as duas Soyuz foram receberam um material térmico sintético e colocadas numa câmara de alta temperatura para assentar o material. Já que o container dos paraquedas não foram fechados, a parte interna teria ficado áspera. Assim, tanto a Soyuz 1 quanto 2 estariam condenadas à destruição.[12]
Boris Chertok relembrou em suas memórias como Gagarin procurou notícias sobre o que havia ocorrido com Komarov naquela manhã.[14]
O local da queda, a três quilômetros da vila de Karabutak e cerca de 275 km da cidade de Orenburg, hoje é marcado com um busto de Vladimir Komarov acima de uma coluna negra de pedra, num pequeno parque ao lado da estrada.[15] Ele foi enterrado com honras de Estado em Moscou e suas cinzas colocadas na Necrópole da Muralha do Kremlin.[16] De início nem todos os seus restos mortais foram localizados, com uma parte sendo localizada posteriormente pelos Jovens Pioneiros (equivalentes aos Escoteiros) e enterrada no local do impacto.[13]
Ele foi homenageado na Lua, com seu nome escrito numa placa deixada pelos tripulantes das Apollo 11 e da Apollo 15.[17]
Gravações
Cerca de oito anos depois da tragédia, rumores começaram a aflorar de que Komarov havia xingado os engenheiros e diretores de voo do programa espacial enquanto descia para a morte e enviado uma última mensagem para sua mulher, e que essas transmissões foram ouvidas por uma estação da NSA perto de Istambul. Apesar de alguns historiadores negarem o fato como inverídico,[18] gravações destes momentos foram reportados como realmente existentes no livro Starman,[19][carece de fontes] mas os autores não investigaram a fundo ou entraram em contato com a suposta fonte para confirmação, fazendo com que o jornalista Krulwich, que publicou a história do livro em seu blog, recebesse diversas críticas do público, como a do historiador Robert Pearlman, o qual falou que o jornalista deveria ter checado tais afirmações existentes na obra - enquanto o jornalista lembrou o caráter informal, portanto, não fiável, de um blog.[20]
Legado
A tragédia da Soyuz 1 provocou uma interrupção de quase dezoito meses no programa Soyuz. As Soyuz 2 e 3 foram lançadas apenas em outubro de 1968. Esta interrupção, somada à explosão na plataforma do foguete N-1 não-tripulado construído para levar cosmonautas à Lua, em julho de 1969, acabaram com os planos soviéticos de pousar na Lua antes dos norte-americanos. As missões das Soyuz 1 e 2 foram depois realizadas pelas Soyuz 4 e 5.
Um programa Soyuz muito mais modernizado, seguro e eficiente surgiu depois deste intervalo, espelhando-se nas modificações feitas pela NASA no programa Apollo, após a tragédia com a Apollo 1. Apesar de falha em chegar à Lua, as Soyuz foram reprogramadas para servir de veículo de transporte para as estações espaciais Salyut, Mir e para a Estação Espacial Internacional.
Apesar de sofrer outra tragédia, em 1971, com a Soyuz 11 e de sofrer outros problemas como abortagem não-fatais de lançamentos e acidentes em alguns pousos, as Soyuz tornaram-se o mais longevo e mais confiável sistema de transporte tripulado espacial já concebido.
Ver também
Nota
A fonte NPR não é confiável. É de um blog unicamente baseado num livro que realiza tantas alegações duvidosas[21] que o autor do blog adiciona 'se for verdade' e então adiciona links para mais outros dois blogs dele, os quais admitem que a maioria das alegações do texto original são completamente questionáveis.
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 «Spaceflight mission report: Soyuz 1». 12 de agosto de 2020. Consultado em 12 de março de 2021
- ↑ «1967: Russian cosmonaut dies in space crash». BBC. Consultado em 28 de abril de 2011
- ↑ Chertok, Boris (2009). «Flying the Soyuz». In: Siddiqui, Asif. Rockets and People, Volume 3: Hot Days of the Cold War (PDF). [S.l.]: NASA. p. 627. ISBN 978-0-16-081733-5. Cópia arquivada (PDF) em 11 de fevereiro de 2017 Predefinição:PD-notice
- ↑ «Kosmos-154: Just one little mistake». 24 de outubro de 2020. Consultado em 12 de março de 2021
- ↑ 5,0 5,1 «Soyuz-1 flight planning». 7 de setembro de 2018. Consultado em 12 de março de 2021
- ↑ «Soyuz-1 flight program». 11 de janeiro de 2018. Consultado em 12 de março de 2021
- ↑ 7,0 7,1 7,2 7,3 «Soyuz-1 begins its fateful flight». 7 de setembro de 2018. Consultado em 12 de março de 2021
- ↑ French, Francis and Burgess, Colin. "In the Shadow of the Moon". University of Nebraska Press, 2007, p. 177.
- ↑ «Vladimir Komarov dies on landing». 7 de setembro de 2018. Consultado em 12 de março de 2021
- ↑ «Investigation into the Soyuz-1 accident». 12 de março de 2018. Consultado em 12 de março de 2021
- ↑ Siddiqi, Asif A. (2000). Challenge to Apollo: The Soviet Union and the Space Race, 1945–1974. [S.l.]: NASA. p. 585
- ↑ 12,0 12,1 12,2 12,3 Siddiqi, Asif A. (2000). Challenge to Apollo: The Soviet Union and the Space Race, 1945–1974. [S.l.]: NASA. p. 589
- ↑ 13,0 13,1 Siddiqi, Asif A. (2000). Challenge to Apollo: The Soviet Union and the Space Race, 1945–1974. [S.l.]: NASA. p. 588
- ↑ «Soyuz-1 attempts to return to Earth». 30 de janeiro de 2018. Consultado em 12 de março de 2021
- ↑ «Google Maps - Soyuz 1 Crash Site - Memorial Monument Photo closeup». Consultado em 25 de dezembro de 2010
- ↑ «24 April 1967: Russian cosmonaut dies in space crash». On This Day. BBC. 24 de abril de 1967. Consultado em 15 de abril de 2009
- ↑ Aldrin, Buzz; Malcom McConnell (1 de julho de 1989). Men from Earth. [S.l.]: Bantam. ISBN 978-0553053746 ISBN 978-0553053746
- ↑ French, Francis and Burgess, Colin. "In the Shadow of the Moon". University of Nebraska Press, 2007, p. 181.
- ↑ Cosmonaut crashed into earth crying in rage
- ↑ «New Account of a Russian Cosmonaut's Death Rife with Errors». 11 de abril de 2011. Cópia arquivada em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ Sarah Bruhns (2011). Yuri Gagarin: A Biography (em English) 1 ed. [S.l.: s.n.] p. 6. ISBN 9781614645191
Ligações externas
- RedirecionamentoPredefinição:fim
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