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Sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004

Predefinição:Info/Sismo O sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004 foi um terremoto/sismo submarino que ocorreu às 00h58min53 UTC de 26 de dezembro de 2004, com epicentro na costa oeste de Sumatra, na Indonésia. O terremoto é conhecido pela comunidade científica como terramoto de Sumatra-Andaman.[1][2]

O maremoto foi causado por uma subducção que desencadeou uma série de tsunamis devastadores ao longo das costas da maioria dos continentes banhados pelo Oceano Índico, o que causou a morte de estimadas 227 898 pessoas em 14 países diferentes e inundou comunidades costeiras com ondas de até 30 metros de altura.[3] Foi um dos mais mortais desastres naturais da história. Em número de vítimas, a Indonésia foi o país mais atingido, seguida por Sri Lanka, Índia e Tailândia.

Com uma magnitude de entre 9,1 e 9,3, foi o o maior terremoto já registrado em um sismógrafo. Este sismo teve a maior duração de falha já observada, entre 8,3 e 10 minutos. Isso fez com que o planeta inteiro vibrasse em um centímetro[4] e deu origem a outros terremotos em pontos muito distantes do epicentro, como o Alasca, nos Estados Unidos.[5] Seu hipocentro foi a cerca de 30 km de profundidade e o epicentro situou-se entre Simeulue e Samatra.[6] A situação de muitos povos e países afetados em todo o mundo provocou uma resposta humanitária. Ao todo, a comunidade mundial doou mais de 14 bilhões de dólares em ajuda humanitária.[7]

Sismo

O Sismo ocorreu a 26 de Dezembro de 2004, por volta das oito da manhã na hora local da região de seu epicentro, em pleno oceano, a oeste da ilha de Sumatra, nas coordenadas 3,298°N (latitude) e 95,779°O (longitude). O abalo teve magnitude sísmica estimada primeiramente em 8,9 na Escala de Richter, posteriormente elevada para 9,1;[8] sendo o sismo mais violento registrado desde 1960 e um dos cinco maiores dos últimos cem anos. Ao tremor de terra seguiu-se um tsunami de cerca de dez metros de altura que devastou as zonas costeiras (veja animação em baixo). O tsunami atravessou o Oceano Índico e provocou destruição nas zonas costeiras da África oriental, nomeadamente na Tanzânia, Somália e Quênia.[carece de fontes?]

O terremoto foi causado por ruptura na zona de subducção onde a placa tectónica da Índia mergulha por baixo da placa da Birmânia. A área de ruptura está calculada em cerca de 1 200 km de comprimento e a deslocação relativa das placas em cerca de 15 m. Este deslocamento pode parecer pouco, mas em condições normais as placas oceânicas movimentam-se com velocidade da ordem do milímetro por ano. A energia libertada provocou o terremoto de magnitude elevada, enquanto que a deslocação do fundo do oceano, quer das placas tectônicas quer de sedimentos remobilizados pelo abalo, deram origem ao tsunami e alteração na rotação da Terra.[carece de fontes?]

O número de vítimas, que era de aproximadamente 150 000, elevou-se para 220 000 quando o governo da Indonésia suspendeu as buscas a 70 000 desaparecidos e os incluiu no saldo de mortos no desastre.[carece de fontes?]

Efeitos

Animação mostrando a evolução do tsunami no Oceano Índico.

O sismo de 26 de Dezembro alterou em 2,5 cm a posição do Polo Norte. Este movimento sugere uma tendência sísmica já verificada em terremotos anteriores. O sismo também afetou a forma da Terra. A forma da Terra (aplanada nos polos e com maior diâmetro sobre a linha do equador), variou uma parte em 10 milhões, tornando a Terra mais redonda. No entanto, todas as mudanças são muito pequenas para serem percebidas sem instrumentos.[carece de fontes?]

O sismo diminuiu ainda o comprimento dos dias em 6,8 microssegundos, pelo que se depreende que a Terra gira um pouco mais rápido do que o fazia antes.[9]

Sempre que acontecem variações da posição das massas sobre a Terra, como acontece num sismo, estas têm de ser compensadas por variações da velocidade de rotação do planeta. É isto que em Física se designa por conservação do momento angular. Apesar da oscilação do eixo terrestre ter sido muito pequena — abaixo de três microssegundos — o planeta sofreu tal efeito, graças a um tempo superior a três minutos de vibração contínua, na zona do epicentro. Como a Terra não é perfeitamente esférica, mas sim um elipsoide achatado nos polos, as diferentes posições do planeta em relação ao Sol e à Lua, bem como as referidas movimentações de massas, dão origem ao tal movimento. No Brasil os radares mostraram uma elevação dos mares e o radar que alerta como possível tsunami foi acionado.[carece de fontes?]

Países afetados

Arquivo:Sumatra meulaboh mosque.jpg
Vista aérea da entrega de suprimentos de emergência perto de uma mesquita da cidade de Meulaboh, na ilha de Sumatra, Indonésia, após o tsunami.
Um vagão de trem arrastado pelo tsunami no Sri Lanka, no desastre ferroviário de Peraliya.
Praia em Chennai, Índia, após o tsunami.

Os países mais afetados foram:

Vítimas

Países afetados Mortes Feridos Desaparecidos Desalojados
Confirmado Estimado1
Indonésia 126 915 +126 915 ~100 000 37 063 400 000 - 700 000
Sri Lanka 30 957 38 195 15 686 5 6372 ~573 000
Índia 10 749 16 413 5 640 380 000
Tailândia 5 3953 11 000 8 457 2 932
Somália 298 298 5000
Mianmar 61 290–  600] 45 200 3 200 confirmados
Malásia 68–  74 74 299
Maldivas 82 108 26 12 000–  22 000
Seychelles 1–  3 3
Tanzânia 10 +10
Bangladesh 2 2
África do Sul 2 2
Quênia 1 2 2
Iêmen 1 1
Madagáscar 23 000 +1 000
Total 174 542 ~193 623 ~125 000 ~51 498 ~1,5 milhão

1 Inclui aqueles relatados nos "confirmados". Se não há estimativas separadas disponíveis, o número nesta coluna será o mesmo dos "confirmados".
2 Não inclui as aproximadamente 19 000 pessoas tidas como desaparecidas por algumas autoridades locais.
3 Os dados incluem pelo menos 2 464 estrangeiros.
4 Não inclui os cidadãos sul-africanos que morreram fora da África do Sul (por exemplo, turistas na Tailândia).
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Ver também

Referências

  1. Lay, T., Kanamori, H., Ammon, C., Nettles, M., Ward, S., Aster, R., Beck, S., Bilek, S., Brudzinski, M., Butler, R., DeShon, H., Ekström, G., Satake, K., Sipkin, S., The Great Sumatra-Andaman Earthquake of December 26, 2004, Science, 308, 1127–1133, doi:10.1126/science.1112250, 2005
  2. «Tsunamis and Earthquakes: Tsunami Generation from the 2004 Sumatra Earthquake — USGS Western Coastal and Marine Geology». Walrus.wr.usgs.gov. Consultado em 12 de agosto de 2010 
  3. Paulson, Tom. "New findings super-size our tsunami threat." Seattlepi.com. February 7, 2005.
  4. Walton, Marsha. "Scientists: Sumatra quake longest ever recorded." CNN. May 20, 2005
  5. West, Michael; Sanches, John J.; McNutt, Stephen R. "Periodically Triggered Seismicity at Mount Wrangell, Alaska, After the Sumatra Earthquake." Science. Vol. 308, No. 5725, 1144–1146. May 20, 2005.
  6. Nalbant, S., Steacy, S., Sieh, K., Natawidjaja, D., and McCloskey, J. "Seismology: Earthquake risk on the Sunda trench." Nature. Vol. 435, No. 7043, 756–757. June 9, 2005. Accessed 2009-05-16. Archived 2009-05-18.
  7. Jayasuriya, Sisira and Peter McCawley, "The Asian Tsunami: Aid and Reconstruction after a Disaster" Arquivado em 22 de julho de 2011, no Wayback Machine.. Cheltenham UK and Northampton MA USA: Edward Elgar, 2010.
  8. «M 9.1 - off the west coast of northern Sumatra». earthquake.usgs.gov. Consultado em 18 de novembro de 2016 
  9. «Chile quake might have shortened days on Earth». CNN. 2 de março de 2010. Consultado em 2 de março de 2010 .

Ligações externas

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