Este artigo não cita fontes confiáveis. (Fevereiro de 2017) |
A Sinfonia Tropeira é uma sinfonia em três movimentos para orquestra, coral, narração e representação cênica, com letra de Carlos Camargo Costa e música de Pedro Cameron, retrata uma época importante da história da cidade de Sorocaba, o tropeirismo.
A peça sinfônica abre com todo o elenco do coral (composto pelos corais Infanto-Juvenil, Adulto e Madrigal), num total de 120 cantores, usando vestimentas e adereços de época.
Primeiro movimento - O tropeiro
Se fundamenta no intermezzo orquestral e nas intervenções do grande coro, seguindo-se a narração que introduzirá a história, tornando o elenco e a platéia personagens desse tempo.
- O tropeiro
- Música: Pedro Cameron
- Letra: Carlos C. Costa
- O tropeiro
- Toca, berrante, toca
- Óia que a tropa chegou
- Toca, berrante, toca
- Que o Brasil aqui entrou
- O tropeiro meu irmão
- Pelas terras do Brasil
- Vai, vai, vai, vai
- Não tem tempo pra pensar
- No amor que ele deixou
- Vai, vai, vai, vai
- Ai morena d'olhos grandes
- Não se esqueça de mim, não
- Ai, mineira, gauchita
- Pra você volto logo
- Trago já meu coração
- Segue lá meu companheiro
- Seu destino é o sertão
- Vai, vai, vai, vai
- Anda logo, meu tropeiro
- Seu destino é a solidão
- Toca, berrante, toca
- Óia que a tropa chegou
- Toca, berrante, toca
- Que o Brasil aqui entrou
- O tropeiro meu irmão...
- Descansa, tropeiro amigo
- Seu amor longe está
- Descansa, tropeiro amigo
- Que o dia vai raiar
- Descansa, tropeiro amigo
- Trabalho não vai faltar!
Segundo movimento - A feira
O segundo movimento (Rebentou a Feira!) é um momento de festa e celebração, que marca a chegada das tropas. Modas de viola, danças típicas gaúchas, o Canto Tropeiro e um momento de introspecção e religiosidade com a interpretação de Romaria, de Renato Teixeira, marcam esta parte da apresentação, quando, novamente, a orquestra se apresenta tocando a melodia Rancheira.
Para este movimento, as apresentações ficam por conta de artistas convidados, sendo:
- Grupo de Violeiros para a execução de modas de viola;
- Centro de Tradições Gaúchas para a apresentação de canto e danças típicas gaúchas;
- Cantora de ópera para a apresentação de uma obra clássica.
Terceiro movimento - O silêncio do tropeiro
O terceiro movimento destaca no texto dois momentos importantes da história, que foram a febre amarela e a chegada do trem. A tragicidade da situação é intensificada na forma como são narrados, cantados e musicados esses momentos. Ele marca o fim do tropeirismo e nesse momento, a orquestra e coral se manifestam buscando fazer ressurgir esse tempo. Num final apoteótico, se rendem à lembrança deste passado sofrido e celebra a fibra da gente que fez de suas vidas o berço de uma nação valorosa.
- O silêncio do tropeiro
- Música: Pedro Cameron
- Letra: Carlos C. Costa
- O silêncio do tropeiro
- Hoje o berrante está calado
- já não toca, não, meu senhor
- Veio a marcha do progresso
- Deixou o cavalo-vapor.
- Volta, velho tropeiro
- Solta o berrante no ar
- Quero ouvir de novo o tropé
- Nos campos voltar a cantar
- -Segura a égua madrinha
- -Óia a xucra,
- -Ô, ô, ô, ô arreada
- -Óia a xucra
- Araçoiaba, Iperó, Sarapuí
- Jurupará, Vossoroca, Itanguá
- Volta, velho tropeiro
- Solta o berrante no ar
- Em Sorocaba vim arreios compras
- Selas, rendas, facões
- Vim fandango e cavalhada dançar
- Berrante, volta a cantar
- Volta, velho tropeiro
- Leva a tropa pra contar
- Volta, velho tropeiro
- Solta o berrante no ar
Apresentações
Foi executada no ano de 2004 em comemoração aos 350º aniversário da cidade de Sorocaba, em 2005 marcando o início da 38ª semana do tropeiro, e também em setembro de 2006, no brilhante concerto da Orquestra Sinfônica de Rio Claro com participação do grupo Catira Brasil.