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Shenyang

Predefinição:Info/Assentamento/Wikidata Shenyang (Predefinição:Zh; Predefinição:IPA-cmn), ou Mukden (Mukden1.png em manchu), é a capital e maior cidade da província de Liaoning no nordeste da China. Atualmente possui o estatuto de administração sub-provincial. Anteriormente foi conhecida como Shengjing (盛京) ou Fu Fengtian (奉 天府). Shenyang foi usado pela primeira vez pelo povo Manchu como sua capital no século XVII e é hoje a maior cidade do nordeste chinês.

Junto com suas cidades vizinhas, Shenyang é um importante centro industrial na China, e serve como o centro de transportes e comércio do nordeste chinês, particularmente com o Japão, Rússia e Coréia. Grande centro da indústria pesada desde os anos 1930, a cidade tem diversificado seu parque industrial com uma boa rede de transportes, recursos naturais abundantes, e uma força de trabalho qualificada. Os subsídios ao investimento são concedidos a empresas multinacionais (MNCs) que montam escritórios ou suas sedes em Shenyang.

A região da cidade sub-provincial inclui a área metropolitana de Shenyang, a cidade-distrital de Xinmin, e outros três municípios. A grande Shenyang foi considerada recentemente como uma das 13 megacidades emergentes ou megalópoles na China, em um relatório de julho de 2012 pela Economist Intelligence Unit. O relatório destaca as tendências demográficas e de renda que estão moldando o desenvolvimento dessas cidades.

Etimologia

O nome da cidade, Shenyang, literalmente significa "a cidade ao norte do Rio Shen", e é derivado do antigo nome do Rio Hun que corta o lado sul da cidade, que anteriormente era chamado de rio Shen.[1]

História

Achados arqueológicos mostram que havia assentamentos humanos em Shenyang há cerca de 7.200 anos atrás[2]. A cidade de Shenyang foi criada por Qin Kai, um general Yan no período dos Reinos Combatentes, cerca de 300 aC. na época sendo nomeada como Hou City (候城). Tornou-se conhecida como a Prefeitura de Shen (瀋州) na Dinastia Jin e Circuito de Shenyang (瀋陽路) na Dinastia Yuan. Durante a Dinastia Ming, tornou-se Shenyang Zhongwei (瀋陽中衛).

Em 1625, o líder Manchu Nurhaci mudou a capital da Manchúria-Mongol para Shenyang, na época conhecida Simiyan Hoton ᠰᡳᠮᡳᠶᠠᠨ ᡥ᠋ᠣᡨ᠋ᠣᠨ. Em 1634 o nome foi oficialmente alterado para Shengjing (盛京) em chinês, ou em Mukden (Mukden1.png) em manchu.[3] O nome deriva da palavra manchu mukdembi (ᠮᡠᡴ᠋ᡩᡝ᠋ᠮᠪ᠊ᡳ᠋), que significa "a subir", refletindo seu nome chinês, que significa "a capital em ascensão". Uma grande cidade precisava de um edifício principal e em 1626 sob as ordens Nurhaci o Palácio Imperial surgiu como centro simbólico de Shenyang. Ele contou com mais de 300 quartos decorados e 20 jardins como um símbolo de poder, grandeza e ostentação.

Após a queda da dinastia Ming em 1644, os manchus caem sob domínio chinês e a capital é transferida para Beijing. No entanto, Shenyang manteve considerável importância como a capital anterior e o lar espiritual da dinastia Qing. Tesouros da casa real foram mantidos em seus palácios, e os túmulos dos governantes Qing estão entre os monumentos mais famosos da China.[4] Em 1657, a prefeitura de Fengtian (奉天府, em pinyin: Fèngtiān fǔ; em manchu: Abkai imiyangga fu ᠠᠪᡴᠠᡳ ᡳᠮᡳᠶᠠᠨ᠋ᡤᡤᠠ᠋ ᡶ᠋ᡠ ou Fungtyian ᡶ᠋ᡠᠨ᠋ᡤᡨ᠋ᠶᡳᠠᠨ; que significa "obedecendo ao céu") foi criada na área de Shenyang, e o nome Fengtian foi usado às vezes como sinônimo de Shenyang/Mukden. Em 1914, a cidade retornou ao seu antigo nome, Shenyang. Shenyang continuou a ser conhecida também como Mukden (Moukden às vezes).

Com a construção da Ferrovia do sul da Manchúria, Shenyang se tornou uma fortaleza russa, que a ocupou após a Revolta dos Boxers.[5][6] Durante a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905), Shenyang foi o palco da Batalha de Mukden, que se desenvolveu entre 19 de fevereiro de 1905 e 10 de Março de 1905. Foi a maior batalha desde a batalha de Leipzig, em 1813. Após a vitória japonesa, a concessão de Shenyang foi uma das principais bases para a expansão da economia japonesa no sul da Manchúria. Foi também a sede do vice-reino chinês das três províncias da Manchúria. Na década de 1920, Shenyang foi a capital da Manchúria sob o comando do caudilho Zhang Zuolin, posteriormente assassinado em uma emboscada em Shenyang.

No início do século XX, Shenyang começou a se expandir para fora de suas muralhas (atual cidade velha). A estação ferroviária da Ferrovia da Manchúria do Sul e a estação ferroviária do Norte de Shenyang permitiram a expansão urbana da cidade e a construção em suas margens de núcleos industriais, tornado Shenyang um grande centro comercial. Várias fábricas de armamentos foram construídas nos subúrbios do norte e leste da cidade. Estas fábricas lançaram as bases para o desenvolvimento industrial de Shenyang.

O Incidente de Mukden (18 de Setembro de 1931), que deu aos japoneses o pretexto para criar o estado de Manchukuo, ocorreu perto de Shenyang. Durante a era Manchukuo (1932-1945) a cidade foi novamente chamada Fengtian em chinês, e de Mukden em inglês. Durante a ocupação japonesa, Shenyang se desenvolveu como um centro de indústria pesada. Neste período o Japão explorou os recursos na Manchúria, utilizando a extensa rede ferroviária que atravessava Shenyang.

As forças soviéticas ocuparam Shenyang no início de agosto 1945, logo após a rendição do Japão. Os soviéticos foram substituídos pelos nacionalistas chineses. Durante a Guerra Civil Chinesa, Shenyang permaneceu um reduto Kuomintang 1946-1948, embora os comunistas chineses controlassem a o entorno da cidade. Shenyang foi capturada pelos comunistas em 30 de outubro de 1948, após uma série de ofensivas conhecido como a Campanha Liaoshen.

Desde a abertura econômica da China, Shenyang tem experimentado um espetacular crescimento econômico e demográfico, tornado uma das 13 grandes metrópoles chinesas.

Ver também

Referências

  1. «Shenyang». Encyclopædia Britannica, Inc. 
  2. «History of Shenyang». echinacities.com. Consultado em 23 de agosto de 2012. Arquivado do original em 23 de julho de 2012 
  3. «History of Shenyang». Muztagh Travel Service 
  4. «Shenyang Travel Guide». Travel China Guide 
  5. The Century illustrated monthly magazine. Nova Iorque: The Century Co. 1904. 581 páginas. Consultado em 6 de julho de 2011 
  6. Making of America Project (1904). The Century: a popular quarterly. Nova Iorque: Scribner & Co. 581 páginas. Consultado em 6 de julho de 2011 

Ligações externas

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