O sangen e o shamisen ou samisém[1] (em japonês: 三味線) são instrumentos de cordas japoneses muito semelhantes. A diferença está no tamanho, que é pouco menor no caso do sangen, e no repertório, já que o sangen é usado para executar músicas do Sankyoku. Sangen também era a denominação do instrumento quando foi introduzido no Japão. O sangen (San - três, Gen - corda) foi levado para as ilhas Ryukyu (atual província de Okinawa) durante o período Ming. Ele chegou nas terras japonesas em 1562 na província de Izumi (atual Osaka). O músico Chukoji deu as atuais formas ao instrumento.
Sangen
O sangen funciona como o banjo. É um instrumento de corda em que uma membrana serve como tampo de ressonância. Ele está dividido em três partes: a caixa de ressonância coberto por uma pele de gato ou cachorro (na época da introdução do instrumento no Japão, era coberto com pele de cobra), o braço e as cravelhas. As cordas são percutidas por uma enorme palheta que se chama Bachi. Dentre as técnicas, além do toque da corda, existem outros como o uso do corpo como elemento percussivo e o uso de pizzicato com a mão esquerda (aquela que segura o braço). Como o braço não possui trastes, ele suporta qualquer tipo de escala.
Shamisen
O shamisen ou samisém é um instrumento musical japonês, com três cordas, cuja caixa de ressonância tem um tampo de pele de gato ou cobra. Passou a ocupar o lugar do biwa (antiga balalaica japonesa) nas músicas narrativas pelo seu som mais potente. No século XVI, começaram a surgir compositores para o instrumento, que passaram a escrever as músicas em partituras. Começaram a surgir novos campos para o instrumento, como o sankyoku (música para koto, sangen e shakuhachi), o joruri (música que acompanha o drama do teatro de marionetes bunraku) e músicas para o acompanhamento do teatro kabuki. Um dos seus mais famosos instrumentistas é o músico Takahashi Chikuzan, cultor do estilo tsugaru-jamisen.
Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 544.