Sempre-viva é o nome popular dado, de forma mais comum, a várias espécies de plantas que após colhidas e secas conseguem resistir consideravelmente ao tempo sem se estragar ou perder sua cor, daí a origem do nome “sempre viva”.[1]
Graças a essas características, algumas espécies mais adequadas são utilizadas na elaboração de buquês de flores, decoração, bijuterias e artesanatos dos mais variados, como bolsas e chapéus[1]. Dependendo da espécie, as partes utilizadas podem ser suas flores, caules, folhas ou até a planta inteira[1].
As sempre-vivas mais comuns pertencem às famílias Eriocaulaceae, Cyperaceae, Rapateaceae, Poaceae e Xyridaceae[1][2][3], sendo no Brasil uma das espécies mais famosas a sempre-viva conhecida como capim-dourado, presente no Jalapão[4].
Outras utilizações do termo
O termo "sempre-viva" ainda pode ser utilizado, de forma bem menos frequente no Brasil, para denominar popularmente algumas espécies de plantas que vivem muitos anos ou aparentemente são difíceis de morrer, como por exemplo a espécie Aeonium arboreum, entre outras.
Ameaças
As sempre-vivas de determinadas espécies têm sofrido com a sua coleta exagerada para fins comerciais, reduzindo suas populações e correndo sério risco de extinção, como já ocorreu em algumas localidades de Minas Gerais[1].
Ocorrência
Chapada Diamantina, Serra do Cipó, Jalapão e Chapada dos Veadeiros são algumas localidades famosas pela abundância de espécies de sempre-vivas[1][4][2], apesar de ocorrem em diversos outros ambientes brasileiros, do litoral ao alto das serras.
Exemplos de espécies
O Brasil é um país rico em sempre-vivas, destacando-se alguns gêneros e espécies:[1]
- Família Eriocaulaceae:
- Actinocephalus
- Eriocaulon
- Syngonanthus
- Syngonanthus elegans
- Syngonanthus nitens (Capim-dourado)
- Syngonanthus venustus
- Paepalanthus
- Família Poaceae:
- Aristida riparia
- Aristida jubata
- Gynerium sagittatum
- Família Cyperaceae
- Rhynchospora speciosa
Outras espécies de sempre-vivas
Ainda há as espécies exóticas, originárias de outros países, mas cultivadas ou naturalizadas no Brasil. Entre elas temos:
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 GIULIETTI, Nelson et al. 1987. Estudos em sempre-vivas: importância econômica do extrativismo em Minas Gerais, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 1, n. 2, p. 179-193.
- ↑ 2,0 2,1 Moldenke, H. N.; Smith, L. S. 1976. Eriocauláceas. In: Reitz, R. (ed.). Flora ilustrada catarinense. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí, p. 1-94.
- ↑ Sano, P.T. 2004. Actinocephalus (Körn.) Sano (Paepalanthus sec. Actinocephalus), a new genus of Eriocaulaceae, and other taxonomic and nomeclatural changes involving Paepalanthus Mart. Taxon, 53: 99-10.
- ↑ 4,0 4,1 Schmidt, I. B. 2005. Etnobotânica e ecologia populacional de Syngonanthus nitens: sempre-viva utilizada para artesanato no Jalapão, Tocantins. Dissertação de Mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília. Acesso ao conteúdo online nem 04 de agosto de 2018.