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Secularismo

Predefinição:Sidebar with collapsible lists O secularismo é o princípio da separação entre instituições governamentais e instituições religiosas. Em certo sentido, o secularismo pode afirmar o direito de ser livre do jugo do ensinamento religioso, bem como o direito à liberdade da imposição governamental de uma religião sobre o povo dentro de um estado que é neutro em matéria de crença. (ver também Separação Igreja-Estado.) Em outro sentido, refere-se à visão de que as atividades humanas e as decisões, especialmente as políticas, devem ser imparciais em relação à influência religiosa. Alguns estudiosos argumentam que a própria ideia do secularismo tende a mudar.[1]

O secularismo desenha suas raízes intelectuais em filósofos gregos e romanos, como Marco Aurélio e Epicuro, polímatas medievais muçulmanos, como Averróis, pensadores iluministas, como Denis Diderot, Voltaire, Bento de Espinoza, John Locke, James Madison, Thomas Jefferson e Thomas Paine e livres-pensadores modernos, agnósticos e ateus, como Bertrand Russell e Robert Ingersoll.

Os propósitos e argumentos em apoio ao secularismo variam amplamente. No laicismo europeu, tem-se argumentado que o secularismo é um movimento em direção à modernização, longe de valores religiosos tradicionais (também conhecido como "secularização"). Este tipo de secularismo, em nível social ou filosófico, tem frequentemente ocorrido, mantendo-se uma igreja oficial do Estado ou apoiando oficialmente uma religião. Nos Estados Unidos, alguns argumentam que o Estado secular tem servido, em uma maior medida, para proteger a religião da interferência governamental, enquanto o secularismo em um nível social é menos prevalente.[2][3] Diferentes países, bem como diferentes movimentos políticos, apoiam o secularismo por razões variadas.[4]

Segundo o sociólogo Boaventura de Sousa Santos, atualmente é feita a distinção entre secularismo e secularidade. Secularismo, segundo ele, é mais radical. Implica restringir a religião ao espaço privado exclusivamente. Já a secularidade supõe a permissão das expressões religiosas no espaço público como afirmação da própria liberdade de todos os cidadãos.[5]

Ver também

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Referências

  1. Poddar, Prem and Srinivasan Jain. ‘Secularism as an Idea Will Change: Interview with Homi Bhabha’,The Book Review, janeiro 1995.Republicado em The Hindu, 1995.
  2. Yavuz, Hakan M. and John L. Esposio (2003) ‘’Turkish Islam and the Secular State: The Gulen Movement’’. Syracuse University, pg. xv–xvii. ISBN 0815630409
  3. Feldman, Noah (2005). Divided by God. Farrar, Straus and Giroux, pg. 147 "Mas com a Segunda Guerra Mundial à frente, o secularismo do tipo de anti-religioso estava prestes a desaparecer da maioria da sociedade americana, para ser substituído por um novo complexo de ideias que incidem sobre a secularização do Estado e não na secularização da sociedade.")
  4. Feldman, Noah (2005). Divided by God. Farrar, Straus and Giroux, pg. 25 ("Together, early protosecularists (Jefferson and Madison) and proto-evangelicals (Backus, Leland, and others) made common cause in the fight for nonestablishment [of religion]Predefinição:Ndash but for starkly different reasons.")
  5. 'Dilma tem grande insensibilidade social', diz guru da esquerda. Entrevista com Boaventura de Sousa Santos. Folha de S. Paulo, 26 de outubro de 2013.

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