Sandra Bréa | |
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Sandra Brea Convite Prazer FB0915-010.jpg Sandra Bréa em cena do filme O Convite ao Prazer (1980). | |
Nome completo | Sandra Bréa Brito |
Nascimento | 11 de maio de 1952[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Rio de Janeiro, DF |
Nacionalidade | brasileira |
Morte | 4 de maio de 2000 (47 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Rio de Janeiro, RJ |
Sandra Bréa Brito (Rio de Janeiro, 11 de maio de 1952 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 2000) foi uma atriz brasileira. Foi considerada símbolo sexual do país na década de 1970 e na década de 1980.
Foi famosa não apenas pelos seus muitos trabalhos, mas também por ter assumido publicamente, em agosto de 1993, que foi contaminada pelo vírus do HIV, lutando contra a discriminação. Contudo, a atriz faleceu vítima de câncer de pulmão, sete anos mais tarde.
Foi expoente do Movimento de Arte Pornô.[1]
Carreira
Sandra Bréa iniciou sua carreira aos treze anos de idade, como modelo.[2] Aos catorze, ela seguiu para o teatro de revista do Rio, onde estrelou Poeira de Ipanema.
Em 1972, o diretor Daniel Filho convidou-a para interpretar Telma, personagem da telenovela O Bem Amado, da Rede Globo.
Como atriz estreou, em 1968, na peça Plaza Suite, tendo sido escolhida para o papel pelo diretor João Bittencourt e pela atriz Fernanda Montenegro.
Contratada por Moacyr Deriquém, foi trabalhar na Rede Globo, estreando na telenovela Assim na Terra Como no Céu, em 1970. Seu primeiro grande papel, porém, foi no clássico O Bem Amado, de Dias Gomes, em 1973. Em seguida, atuou em Os Ossos do Barão e Corrida do Ouro, Escalada, O Pulo do Gato , Memórias de Amor, Elas por Elas, Sabor de Mel, Ti Ti Ti, Bambolê, Pacto de Sangue, Gente Fina e Felicidade. Com exceção de Sabor de Mel, feita na Rede Bandeirantes, todas as demais foram feitas na Rede Globo.
Logo que estreou na televisão, Sandra Bréa começou a fazer não apenas novelas, mas também shows, como Faça Humor, Não Faça Guerra, onde conheceu Luís Carlos Miele, que veio a ser seu parceiro em uma série de apresentações que misturavam canto, dança e humor, principalmente no programa Sandra e Miele, apresentado pela Rede Globo a partir de 1976, tornando-se um grande sucesso de crítica e de audiência.
Muito bonita, Sandra Bréa foi um dos principais símbolos sexuais do Brasil, principalmente na década de 1970, tendo posado nua diversas vezes para as revistas como Status e Playboy, entre outras. Sua beleza também rendeu convites para filmes eróticos (como Sedução; Cassy Jones, o Magnífico Sedutor; Herança dos devassos, Um uísque antes, um cigarro depois e Os Mansos) e pornochanchadas. Seus primeiros nus foram feitos ainda na década de 1970, em pleno regime militar, quando esse tipo de coisa era bem menos comum.
Saúde e morte
Desde que anunciou que era soropositiva, Sandra Bréa se afastou de tudo e de todos. Em dezembro de 1999, seus médicos detectaram um tumor maligno no pulmão em estágio avançado e lhe deram seis meses de vida. No mês seguinte, foi internada e submetida a uma biópsia. A proposta foi de um tratamento à base de quimioterapia e radioterapia. Sandra recusou.
No final de abril de 2000, já praticamente sem voz, com muitas dores, insuficiência respiratória e febre, a atriz concordou em receber um oncologista.
Em 2 de maio de 2000, ela foi levada ao Hospital Barra D'or para fazer uma tomografia computadorizada. Não soube o resultado, pois morreu dois dias depois em sua casa, em Jacarepaguá. Foi sepultada no Cemitério São João Batista, em Botafogo. “Não morrerei de Aids”, dizia. “Vou morrer como qualquer um, atropelada”.
Vida pessoal
De 1972 até 1975, Sandra Bréa foi casada com Eduardo Espínolla Netto, de quem se divorciou.[3] Sandra também teve outros dois maridos, Antonio Guerreiro e Arthur Guarisse.[4]
Ela deixou um filho adotivo, Alexandre Bréa Brito, com quem alegadamente estava brigada à época de sua morte.[5] Alexandre desapareceu no ano seguinte[6][7] e em 2019 foi dado como morto pela justiça.[8]
Carreira
No cinema
- 1982 - As Aventuras de Mário Fofoca
- 1980 - O Convite ao Prazer, como Ana
- 1979 - Sede de Amar, como Tânia
- 1979 - Os Imorais
- 1979 - Sábado Alucinante, como Laura
- 1979 - Herança dos Devassos
- 1979 - A República dos Assassinos
- 1978 - A Noite dos Duros
- 1978 - Amada Amante, como Fátima
- 1978 - O Prisioneiro do Sexo, como Ana
- 1974 - Sedução, como Flametta
- 1973 - Os Mansos,
- 1972 - Cassy Jones, o Magnífico Sedutor, como Clara
- 1970 - Um Uísque antes, um Cigarro depois
Na televisão
Referências
- ↑ Amanda, Fernanda; Henaro, Sol. “Overgoze,” in: Vv.Aa., Iva Baschi - Pornoarter (Madrid: Museo Reina Sofia, 2012), pp. 199-203.
- ↑ «70 anos de Sandra Bréa, estrela da Globo que virou símbolo da luta contra Aids». NaTelinha (em português). Consultado em 28 de agosto de 2022
- ↑ «Sandra Bréa» (em inglês). Internet Movie Database
- ↑ «Sandra Bréa». Terra Networks. Arquivado do original em 13 de novembro de 2007
- ↑ Maron, Alexandre (5 de Maio de 2000). «Morre, aos 47 anos, a atriz Sandra Bréa». Folha de S.Paulo. Consultado em 11 de Setembro de 2018. Cópia arquivada em 11 de Setembro de 2018
- ↑ NewsPrime (1 de março de 2021). «Acabou cumprindo "promessa": o que aconteceu com a atriz Sandra Bréa?». TV História (em português). Consultado em 10 de julho de 2021
- ↑ «Desaparecimento do filho de Sandra Bréa há 16 anos intriga família; acervo também sumiu». Extra Online (em português). 12 de maio de 2017. Consultado em 10 de julho de 2021
- ↑ «Herança de Sandra Bréa ainda é alvo de disputa na Justiça». R7.com (em português). 9 de maio de 2017. Consultado em 10 de julho de 2021
- ↑ «Amizade Colorida». Memória Globo. Consultado em 7 de dezembro de 2016
- ↑ «Guia de Episódios do Trapa Hotel (IV): 1991». Consultado em 28 de agosto de 2021
Ligações externas
- Sandra Bréa. no IMDb.
- «Sandra Bréa foi musa do cinema e da TV nos anos 70» (em português). Folha Online
- «O choque da Aids na vida da estrela» (em português). Revista Veja
- «O vírus do preconceito» (em português). Revista IstoÉ