Segundo a etimologia, Samael significa Veneno (Sama) de Deus (El). Também é chamado de acusador, sedutor, deus-cego e destruidor.
“ | «Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.» ([[:s:Tradução Brasileira da Bíblia/Apocalipse/
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Tradições Judaicas e Cabalah
Na Cabala era um dos sete Anjos que estavam diante do Trono de Deus ([[:s:Tradução Brasileira da Bíblia/Apocalipse/
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:Números romanos#8:2|Apocalipse 8:2]]) e são representações dos Poderes Divinos. Tais poderes cósmicos podem ser polarizados tanto positiva quanto negativamente dentro do ser humano.
A Polaridade negativa da energia cósmica de Samael é simbolizada por um anjo caído, cuja consorte é Lilith.
Nas tradições judaicas é identificado como o Anjo da Morte, o ex-chefe do quinto céu e também um dos sete regentes do mundo material servido por milhões de anjos.
Conta-se que Samael tomou Lilith como sua esposa depois que esta repudiou Adão. Segundo o Rabi Eliezer, ele (Samael) foi o encarregado de tentar Eva. Após seduzi-la e copular com ela, engendrou Caim.
Também é considerado o anjo que lutou com Jacó ([[:s:Tradução Brasileira da Bíblia/Genesis/
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:Números romanos#32:24|Genesis 32:24-31]]) e o anjo que sustentou o braço de Abraão no momento do sacrifício de Isaque ([[:s:Tradução Brasileira da Bíblia/Gênesis/
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:Números romanos#22:1|Gênesis 22:1-13]]). Segundo a cabala é descrito como a "ira de Deus" e é considerado o quinto arcanjo do mundo de Briah. Foi o anjo guardião de Esaú e patrono do Império Romano.
Samael corresponde a Sefirot Geburah, significando "a severidade". Os demônios associados a ele são descritos como monstros amarelos com corpo de cachorro e cabeças de demônio. Geburah também está associado ao racionalismo, ao intelectualismo, a justiça cega e ao oculto. Assim sendo, Samael se converte no justiceiro cego, no olho por olho-dente por dente, aquele que utilizando a lei não tem piedade. Por isso é considerado pelo leigo como maligno, de palavras inteligentes e racionais que nega a existência de Deus e de qualquer ser acima do EU.
Tradições Cristãs Gnósticas
Nas tradições cristãs de origem gnóstica (veja Apócrifo de João) encontrado na Biblioteca de Nag Hammadi, Samael é o terceiro nome do demônio Demiurgo cujos outros nomes são: Yaldabaoth e Saclas[1]. É neste contexto que o seu nome significa "deus-cego". É retratado por uma serpente com rosto de leão e é filho do Aeon Sophia contra o qual se rebela.
No livro intitulado Sobre a origem do mundo, que faz parte da mesma biblioteca, Samael também é chamado de Ariael ("como um leão")[2].
Tradições Cristãs Canônicas
Segundo as tradições cristãs canonicas, Samael era Lúcifer (Portador de Luz), o anjo que estava mais próximo de Deus. Ao querer usurpar o trono de Deus fazendo-se igual a Ele, reuniu um terço das milícias celestes e travou uma batalha com as hostes angélicas fiéis, sendo derrotado depois de uma dura batalha contra o arcanjo Miguel (cujo nome no original é Mikha'El e significa "Quem é como Deus?") sendo precipitado no Hades (Inferno).
Enquanto caía no Tártaro, Miguel e os anjos fiéis bradaram: Samael! Samael! Samael! Aludindo à queda daquele que desejava ser como Deus, mas havia se transformado em Satanás.
Porém,de acordo com as tradições judaicas e algumas cristãs, a passagem bíblica [[:s:Tradução Brasileira da Bíblia/Isaías/
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:Números romanos#14:12|Isaías 14:12-14]] se refere ao rei da Babilônia e não a um anjo, argumentando que no título do referido capítulo 14 é "O rei da Babilônia no mundo dos mortos".
No Livro de Jó encontra-se a afirmativa de que Satanás estava a rodear a Terra ([[:s:Tradução Brasileira da Bíblia/Jó/
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:Números romanos#2:2|Jó 2:2]]).
Referências em Jogos de Vídeo Game
- Nos jogos da série Silent Hill, há várias referências à Samael. A Marca de Samael é um simbolo criado para esse jogo. Samael é o deus desse culto e devido às interferências dos colonizadores, teve o nome trocado de “deus do paraíso” para o nome de Samael, um demônio (segundo o documento About syncretic religions, SH3). A mudança fez com que o grupo passasse a considerar o demônio um deus que traria o paraíso. A cidade de Silent Hill então cresceu e o culto se enraizou na cultura local.
"Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo."
[[:s:Tradução Brasileira da Bíblia/Isaías/
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:Números romanos#14:12|Isaías 14:12-14]]
- Há uma aparição dele no jogo Darksiders.
- Samael também é um demônio recorrente na série de jogos Shin Megami Tensei, aparecendo nas raças Vile, Fallen e Dragon.
Referências
- ↑ Robinson, ed., James M. (1990). The Nag Hammadi Library, revised edition. The Apocryphon of John (Trad. de Frederik Wisse) (em inglês). San Francisco: Harper Collins. ISBN 0-06-066929-2
- ↑ Robinson, ed., James M. (1990). The Nag Hammadi Library, revised edition. On the Origin of the World (Trad. de Hans-Gebhard Bethge e Bentley Layton) (em inglês). San Francisco: Harper Collins. ISBN 0-06-066929-2