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Salgueiro

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaSalgueiro
Salgueiro-chorão
Salgueiro-chorão
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malpighiales
Família: Salicaceae
Género: Salix
Espécies
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Salgueiro, chorão, sinceiro, vime, vimeiro[1] e salso são as plantas do género Salix, na família Salicaceae. É um género com perto de 400 espécies distribuídas em climas temperados e frios. Terão aparecido apenas na Era terciária. Inclui plantas de porte muito diverso desde arbustos e pequenas plantas rastejantes, até árvores de porte considerável, geralmente em solos úmidos. Nos parques e jardins, é muito comum o salgueiro-chorão (Salix x chrysocoma, Dode), árvore de ramos longos e pendentes que é um híbrido de salgueiro-branco (Salix alba, L.), muito comum na Europa, com uma espécie oriental (Salix babylonica, L.).

Em Portugal, além do salgueiro-branco, existem outras espécies de salgueiro nativas como o salgueiro-negro (Salix atrocinerea, Brot.).

Etimologia

O nome latino Salix, ícis ('salgueiro') é um antigo panromânico[2] - confiram-se as formas salcio (italiano antigo, "salice" italiano moderno), sauce (francês), salze (catalão), sauce (espanhol), sinceiro (português). "Salgueiro" vem do termo latino salicariu.[1] "Sinceiro" vem do termo latino salice, "salgueiro".[1] "Vime" e "vimeiro" vêm do termo latino vimen.[3]

Ambiente

Desde sempre que o seu potencial ornamental tem sido valorizado pelo ser humano. Na China, tem também sido cultivado com finalidade de proteger áreas agrícolas, como no deserto do Gobi, onde serve de barreira aos ventos do deserto.

Tem sido utilizado, experimentalmente, para recuperar águas poluídas devido à sua capacidade para absorver e transformar poluentes em matéria orgânica.

Manufatura

A partir dos seus ramos, preparam-se os vimes que tanta importância tiveram tradicionalmente na cestaria e na produção de mobiliário artesanal.

Religião

Já na Bíblia mencionada como uma árvore ribeirinha ( Salmos 137), o salgueiro sempre teve um impacto nas culturas que cresceram em zonas com mata ripícola. Tem grande importância nos rituais judeus da festa das cabanas (Sukkot). De acordo com a lei bíblica (Lev. 23:40), cada judeu tem que juntar quatro espécies da natureza, amarrá-las juntas e abençoá-las. O salgueiro é uma delas. O salgueiro, de acordo com a lei oral do judaísmo, não tem nem cheiro nem gosto e simboliza as pessoas ignorantes e pecadoras do povo de Israel.

Medicina

A casca do tronco pode ser usada para produção da aspirina; é aliás do nome latino do salgueiro, Salix, que deriva o nome do ácido salicílico e do seu derivado ácido acetilsalicílico.

O salgueiro na cultura

Na mitologia romana, o salgueiro era uma árvore consagrada à deusa Juno e tinha propriedades para deter qualquer hemorragia e evitar o aborto.

Na China, era símbolo da imortalidade porque cresce ainda que seja plantada ao contrário. Ainda hoje, na China, decoram-se as portas das casas com folhas de salgueiro, durante o solstício de verão. Para alcançar a imortalidade os ataúdes cobriam-se de folhas de salgueiro. Ainda hoje, nas cerimónias fúnebres, o ataúde vai acompanhado de um ramo de salgueiro com bandeirinhas penduradas. Chama-se Lieu-tsing, ou "bandeira de salgueiro". Os imperadores ofereciam, aos seus cortesãos, durante o dia de Changki, ramas de salgueiro e diziam estas palavras: "Levai-as para evitar os miasmas envenenados ou as pestilências". Atribuíam-lhe, entre outras faculdades, a de curar as chagas (fervendo as folhas na água).

Doenças

Introduzido em diversas áreas em redor do globo é, contudo, uma espécie susceptível de adquirir diversas doenças das plantas, como a antracnose do salgueiro, causada pelo fungo Marssonina salicicola, especialmente em climas mais úmidos da Europa e América do Norte.

Principais espécies

O género Salix compreende cerca de 400 espécies:

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 539
  2. Dicionário HOUAISS, verbete sali(c)-
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 777

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