Predefinição:Monumento A Pedra do Bisnau é um sítio arqueológico brasileiro localizado dentro de uma fazenda particular na cidade de Formosa, estado de Goiás. É um paredão de rocha sedimentar de arenito de 2 600 metros quadrados que contém centenas de inscrições rupestres em baixo relevo[1] que foram produzidas pelos povos ameríndios pré-históricos, estimadamente, entre 4 500 e onze mil anos atrás, no final do período Paleoíndio e no início do período Arcaico.[2]
A 120 quilômetros da capital federal Brasília, às margens da rodovia BR-020, pouco depois do povoado do Bezerra, o local da Pedra do Bisnau é marcado por cerrado de mata aberta e fechada, planaltos e cachoeiras, inclusive a Cachoeira do Bisnau, também chamada de Cachoeira da Capetinga, que fica a quinhentos metros da pedra. Na mesma região, existem outros 29 sítios arqueológicos onde também se encontram petroglifos de significados misteriosos que intrigam cientistas e estudantes, os quais já chegaram a interpretá-los como orientações astronômicas ou até mesmo possíveis contatos com extraterrestres.[3]
Geologia
Toda essa região insere-se na antiga área de impacto da Faixa Proterozoica Brasília com o craton São Francisco. Conforme se deveria esperar, as formações calcárias são comuns nas vizinhanças.[4] O sitio arqueológico do Bisnau é muito importante ponto turístico para a cidade.[5]
Geografia
Clima
De acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger, o clima verificado na região da Pedra do Bisnau é o tropical (Aw). Sua temperatura média anual é 22.1°C. Setembro é o mês mais quente do ano, com uma temperatura média de 23.2° C; junho, o mês mais frio, com uma temperatura média de 19.7° C.[6]
A pluviosidade média anual é 1 465 milímetros, sendo dezembro o mês mais chuvoso, com uma média de 281 milímetros de precipitação, e junho o mais seco, com uma média de quatro milímetros de precipitação.[6]
Hidrografia
Os rios e córregos da região do Sítio Arqueológico do Bisnau pertencem à bacia hidrográfica do Rio Paranã. Este nasce na cidade de Formosa, no estado de Goiás, corre em direção ao estado do Tocantins e, cerca de cinquenta quilômetros estado a dentro, depois de receber as águas do Rio Bezerra, deságua no Rio Tocantins, justamente nas imediações do município homônimo, banhando apenas os dois estados brasileiros. Conta com muitas quedas d'água, inclusive a Cachoeira do Bisnau, que tem mais de 130 metros de altura.[7][8][9][10]
Biodiversidade
A região possui muitas espécies, inclusive em extinção, tanto da fauna como da flora braisleira.[10]
Fauna
O local conta com uma fauna muito rica, onde é possível encontrar até mesmo espécies em extinção como a onça pintada e a onça preta. Tais espécies se refugiaram na região por causa da devastação ambiental ocorrida em áreas próximas. Elas costumam ficar nas regiões mais densas da floresta, longe da trilha turística.[10]
Em relação à sua avifauna, 136 espécies de 40 famílias foram registradas por estudiosos que passaram um ano catalogando, mais precisamente de julho de 2017 a junho de 2018. No período, realizaram um total de 24 visitas ao local para concluir o trabalho. Das espécies em extinção, como Tityra inquisitor (anambé-branco-de-bochecha-parda), muitas são comedoras de frutos e, com isso, dispersam as sementes, contribuindo para a preservação da vegetação nativa. A exemplo de outras espécies encontradas, mas que não estão em extinção, cita-se Dryocopus lineatus (pica-pau-de-banda-branca), Celeus ochraceus (pica-pau-ocráceo) e Dendrocolaptes platyrostris (arapaçu).[11]
Vegetação
Com uma área de duzentos hectares, a vegetação da região do Sítio Arqueológico do Bisnau tem o cerrado como bioma predominante.[11]
Estado de conservação
A Pedra do Bisnau, além de sofrer alguns estragos causados pelas chuvas, que arrancam camadas da rocha, ainda é constante alvo de vândalos que cobrem as pinturas rupestres com rabiscos de giz.[4][12]
Referências
- ↑ Alcântara, Gêisson (2015). «A trilha da educação patrimonial». UFG. Consultado em 5 de agosto de 2020
- ↑ «Sítio Arqueológico do Bisnau». Fuja (em português). Consultado em 6 de agosto de 2020
- ↑ Albuquerque, Marcelo (11 de julho de 2017). «Pedra do Bisnau: um achado milenar de mistérios entre cachoeiras e sítio arqueológico em Goiás». Curta Mais (em português). Consultado em 6 de agosto de 2020
- ↑ 4,0 4,1 «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 9 de fevereiro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 9 de fevereiro de 2015
- ↑ «Sitio Arqueologico do Bisnau (Formosa) - 2020 All You Need to Know BEFORE You Go (with Photos)». Tripadvisor (em English). Consultado em 25 de maio de 2020
- ↑ 6,0 6,1 «Clima Formosa: Temperatura, Tempo e Dados climatológicos Formosa - Climate-Data.org». pt.climate-data.org. Consultado em 14 de setembro de 2020
- ↑ Alves, Renato (24 de outubro de 2010). [www.correiobraziliense.com.br «Vestígios da pré-história em uma caverna da Toca da Onça, em Formosa (GO)»] Verifique valor
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(ajuda). Correio Braziliense. Consultado em 12 de setembro de 2020 - ↑ Sant'Anna, Chico (2017). [www.chicosantanna.wordpress.com.br «Mistério: águas do Rio Paranã desaparecem»] Verifique valor
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(ajuda). Consultado em 12 de setembro de 2020 - ↑ «IBGE | Biblioteca | Detalhes | Rio Paranã : Flores de Goiás, GO». biblioteca.ibge.gov.br. Consultado em 12 de setembro de 2020
- ↑ 10,0 10,1 10,2 [www.jornalnossobairro.com.br «Cachoeira do Bisnau: Um santuário da vida silvestre»] Verifique valor
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(ajuda). 10 de maio de 2019. Consultado em 12 de setembro de 2020 - ↑ 11,0 11,1 Cruz, Miguel Eugênio Borges da; Darosci, Adriano (Outubro de 2019). «Passado, presente e futuro da avifauna do Cerrado disponíveis na fazenda Bisnau, em Formosa, Goiás». Consultado em 12 de setembro de 2020
- ↑ Saads Teixeira Martins, Felipe (2016). [www.repositoriouniceub.br «A ARQUEOLOGIA NO BRASIL – DIREITO E APLICABILIDADE. O ESTUDO DE CASO DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO BISNAU»] Verifique valor
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(ajuda). Centro Universitário de Brasília (Uniceub). Consultado em 14 de setembro de 2020 line feed character character in|titulo=
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