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Síndrome do choque tóxico

Síndrome do choque tóxico
Toxina-1 do síndrome do choque tóxico de estafilococos
Sinónimos Choque tóxico
Especialidade Infectologia
Sintomas Febre, erupções cutâneas, descamação da pele, baixa pressão arterial[1]
Início habitual Súbito[1]
Tipos Estafilocócico (menstrual e não-menstrual), estreptocócico[1]
Causas Streptococcus pyogenes, Staphylococcus aureus, outras[1][2]
Fatores de risco Tampões muito absorventes, lesões na pele em crianças mais novas[1]
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas[1]
Condições semelhantes Choque séptico, doença de Kawasaki, síndrome de Stevens-Johnson, escarlatina[3]
Tratamento Antibióticos, incisão e drenagem dos abcessos, imunoglobulina humana[1]
Prognóstico Risco de morte: ~50% (estreptocócico), ~5% (estafilocócico)[1]
Frequência 3 em 100 000 por ano (países desenvolvidos)[1]
Classificação e recursos externos
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Síndrome do choque tóxico é uma condição causada por toxinas bacterianas.[1] Os sintomas incluem febre, erupções cutâneas, descamação da pele e baixa pressão arterial.[1] Estes sintomas podem ser acompanhados de outros sintomas causados pela infeção subjacente específica, como mastite, osteomielite, fasceíte necrotizante ou pneumonia.[1]

A síndrome do choque tóxico é geralmente causada por bactérias dos géneros Streptococcus pyogenes ou Staphylococcus aureus, embora possa também ser causada por outras.[1][2] O mecanismo subjacente envolve a produção de superantígenos durante uma infeção por estreptococos invasiva ou uma infeção por estafilococos localizada.[1] Entre os fatores de risco para o tipo estafilocócico estão a utilização de tampões muito absorventes e lesões na pele em crianças mais novas.[1] O diagnóstico geralmente baseia-se nos sintomas.[1]

O tratamento consiste na administração de soro, antibióticos, incisão e drenagem de eventuais abcessos e possivelmente imunoglobulina humana.[1][4] Embora seja comum ser recomendada, há poucas evidências que apoiem a necessidade de rápida remoção cirúrgica do tecido infetado em casos estreptocócicos.[1] Algumas orientações recomendam atrasar a remoção dos tecidos.[1] Nos casos estreptocócico o risco de morte é de 50%, enquanto nos casos estafilocócicos é de 5%.[1] A morte pode ocorrer no prazo de dois dias.[1]

Nos Estados Unidos, a síndrome do choque tóxico estreptocócica ocorre em cerca de 3 em cada 100 000 pessoas por ano, enquanto a estafilocócica ocorre em cerca de 0,5 em cada 100 000 por ano.[1] A síndrome é mais comum em países desenvolvidos.[1] Foi descrita pela primeira vez em 1927.[1] Devido à associação com os tampões muito absorventes, estes produtos têm sido retirados do mercado.[1]

Sinais e sintomas

Os sintomas incluem:[5]

  • Febre alta (mais de 39°C)
  • Pressão sanguínea baixa (sistólica <90 mmHg)
  • Vermelhidão, erupção difusa, branqueamento com descamação subsequente, especialmente das palmas e solas dos pés
  • Envolvimento de três ou mais sistemas:

Causas

A síndrome é causada pela resposta dos linfócitos T às toxinas produzidas pelas bactérias Gram-positivas Staphylococcus aureus ou Streptococcus de grupo A.

Nos primeiros casos identificados, a causa foi o acúmulo de sangue menstrual em absorventes internos por mais de um dia que utilizavam fibras sintéticas e produtos químicos que ampliavam sua absorção, facilitando a replicação do S. aureus. Atualmente os fabricantes voltaram a utilizar fibras de algodão e cessaram com o acréscimo desses produtos químicos. Atualmente o maior risco está em feridas de pele não esterilizadas adequadamente ou após cirurgia geral.[6]

Tratamento

Após imediata hospitalização deve ser feita:[7]

O CDC americano aprova o uso de oritavancina, dalbavancina e tedizolid nesses casos.

Epidemiologia

A incidência é de 15 a 52 casos em cada milhão de habitantes, na maior parte das vezes associado ao pós-cirúrgico. A mortalidade varia entre 30 e 70% dos casos. Desde de 1996 são raros os casos associados ao uso de tampões.[8]

Referências

  1. 1,00 1,01 1,02 1,03 1,04 1,05 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14 1,15 1,16 1,17 1,18 1,19 1,20 1,21 1,22 1,23 1,24 Low, DE (julho de 2013). «Toxic shock syndrome: major advances in pathogenesis, but not treatment.». Critical Care Clinics. 29 (3): 651–75. PMID 23830657. doi:10.1016/j.ccc.2013.03.012 
  2. 2,0 2,1 Gottlieb, Michael; Long, Brit; Koyfman, Alex (junho de 2018). «The Evaluation and Management of Toxic Shock Syndrome in the Emergency Department: A Review of the Literature». The Journal of Emergency Medicine. 54 (6): 807–814. PMID 29366615. doi:10.1016/j.jemermed.2017.12.048 
  3. Ferri, Fred F. (2010). Ferri's differential diagnosis : a practical guide to the differential diagnosis of symptoms, signs, and clinical disorders 2nd ed. Philadelphia: Elsevier/Mosby. p. Chapter T. ISBN 978-0323076999 
  4. Wilkins, Amanda L.; Steer, Andrew C.; Smeesters, Pierre R.; Curtis, Nigel (2017). «Toxic shock syndrome – the seven Rs of management and treatment». Journal of Infection (em English). 74: S147–S152. PMID 28646955. doi:10.1016/S0163-4453(17)30206-2 
  5. http://wwwn.cdc.gov/nndss/script/casedef.aspx?CondYrID=869&DatePub=1/1/2011%2012:00:00%20AM
  6. http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/toxic-shock-syndrome/basics/definition/con-20021326
  7. «Toxic Shock Syndrome Treatment & Management: Medical Care, Surgical Care, Consultations». 17 de outubro de 2021. Consultado em 29 de abril de 2022 
  8. http://emedicine.medscape.com/article/169177-overview#a0199

Ligações externas

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