Ruth Scheeffer é uma psicóloga brasileira. Escreve livros voltados para a área.
Biografia
É professora de psicologia e orientação educacional no Instituto de Seleção e Orientação Profissional da Fundação Getúlio Vargas, do qual foi diretora. Brasileira de Pernambuco/Recife, graduada em filosofia pela universidade Santa Úrsula, mestre em psicologia educacional pelo “Teacher College da Universidade de Colúmbia”(1951). Livre-docente e doutora em orientação educacional pela UFRJ, (1975). Bolsista do CNPq, Fundação Ford, USAID, British Council, completou sua formação em cursos e estágios na área de aconselhamento e testes psicológicos. Caracterizou-se por sua atuação destacada e inovadora pela divulgação acadêmica das teorias de Carl Rogers, (Aconselhamento e maturidade Vocacional). Autora de publicações reconhecidas internacionalmente.[1]
Criou a Teoria de Ruth Scheeffer, é uma teórica do aconselhamento não diretivo na área da psicopedagogia e orientação educacional, embasada em Carl Rogers [carece de fontes].
Possui um papel importante na divulgação do aconselhamento não-diretivo através dos seus livros Aconselhamento Psicológico (1964) e Teorias de Aconselhamento (1976) [2]
Instalou o 1º gabinete de aconselhamento, assistência e orientação ao estudante na UFRJ, preocupada com a qualidade dos recursos humanos nesse campo.
Organizou em (1951), no ISOP-Instituto de Seleção e Orientação Profissional da FGV, a divisão de orientação profissional, os cursos de aconselhamento, e a revista de Arquivos Brasileiros de Psicotécnica, depois denominada de Psicologia Aplicada. Implantou e coordenou o Centro de Estudos de Pesquisas Psicológicas, conveniado com a Fundação Ford e a USAID, pioneiros na elabora ̧c ̃ao de testes de desenvolvimento educacional e de treinamento de especialistas.
Participou de bancas examinadoras de concursos de livre-docência e mestrado em diversas universidades, tendo orientado várias teses em cursos de pós-graduação. Realizou pesquisas de campo, divulgadas em congressos nacionais e internacionais nos Estados Unidos, Canadá e Alemanha.
Integrando a comissão de anteprojetos do anos 1950/58/59, criou o movimento de valorização da profissão junto aos políticos e entidades governamentais até a promulgação da lei que reconheceu a profissão de psicólogo.
Em novembro de 1969, então professora da faculdade de Educação da UFRJ, foi afastada do país, pela regime militar, por ser considerada militante de esquerda.
Publicações
- SCHEFFER, RUTH NOBRE. Aconselhamento psicológico. São Paulo, 1964
- SCHEFFER, RUTH NOBRE. Atuais diretrizes da orientação Profissional. Arquivos brasileiros da psicotécnica, v. 18 n. 1, 1966.
- SCHEFFER RUTH NOBRE. Critérios e demais valores que influem no aconselhamento profissional. Arquivos brasileiros de psicotécnica, v. 18, n. 1, 1966.
- SCHEFFER RUTH NOBRE. Desenvolvimento de um instrumento brasileiro de maturidade vocacional baseado nas dimensões Super e Crites. Arquivos brasileiros de psicologia aplicada. V. 31, n. 4, 1979.
- SCHEFFER RUTH NOBRE. Dois aspectos do comportamento vocacional: escolha e maturidade. Arquivos brasileiros de psicologia aplicada, v. 25, n. 4, 1974.
- SCHEFFER RUTH NOBRE. Introdução aos testes psicológicos. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 1962.
- SCHEFFER RUTH NOBRE. Teoria de Carl Rogers sobre a personalidade e comportamento. Arquivos brasileiros de psicotécnica v. 12, n.3, 1960
- SCHEFFER RUTH NOBRE. Teorias do aconselhamento. São Paulo: Atlas, 1976.
Referências
- ↑ J. Brozek, Dicionário Biográfico da Psicologia No Brasil Pioneiros.
- ↑ H. A. F. G. G. Gomes, W. B. (2013) Psicologia humanista no brasil. [Online]. Available: http://www.ufrgs.br/museupsi/brasilpsio.htm