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Revolver (álbum)

Revolver
Revolver álbum.jpg
Álbum de estúdio de The Beatles
Lançamento Reino Unido 5 de agosto de 1966
Estados Unidos 8 de agosto de 1966
Gravação 6 de Abril a 21 de junho de 1966
Estúdio(s) Abbey Road Studios, Londres
Gênero(s) Predefinição:Flatlist
Duração Predefinição:Duração
Idioma(s) Reino Unido Inglês
Formato(s) LP, CD (a partir de 1987)
Gravadora(s) Reino Unido Parlophone
PMC 7009
Estados Unidos Capitol
Produção George Martin
Cronologia de The Beatles
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Rubber Soul
(1965)
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Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
(1967)
Singles de Revolver
  1. "Yellow Submarine / Eleanor Rigby"
    Lançamento: 5 de agosto de 1966
  2. "Got to Get You into My Life"
    Lançamento: 31 de maio de 1976

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Revolver é o sétimo álbum do grupo de rock inglês The Beatles lançado em 5 de agosto de 1966, inicialmente no Reino Unido e em 8 de agosto nos EUA. Atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso americana e inglesa. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.[1]

Considerado ainda mais inovador do que seu antecessor (Rubber Soul, de 1965), Revolver marca a adesão oficial dos Beatles ao Psicodelismo. Passeia desde a música oriental "Love You To", aos apelos vibrantes de "Got to Get You into My Life", da solidão lúgubre de "Eleanor Rigby", ao experimentalismo psicodélico de "Tomorrow Never Knows" e o ufanismo de "Yellow Submarine". Nesta, particularmente, a chave da nova "abertura": "Vamos vivendo uma bela vida/Achamos para tudo uma saída/Céu azul, mar verde e belo/Em nosso submarino amarelo". Com os Beatles, o mundo embarcaria no submarino amarelo da fantasia, pronto para viver toda a loucura dos últimos anos da década.Predefinição:Críticas profissionais

Faixas

  • Todas as músicas foram compostas por Lennon/McCartney, excepto as notadas.

Lado A Predefinição:Lista de faixas Lado B Predefinição:Lista de faixas

História

Os Beatles vinham em uma crescente de qualidade e inovação artística, e queriam produzir um álbum para marcar a entrada definitiva da banda em uma fase de musicalidade madura.[2]. Assim, este álbum fora planejado pelo quarteto para ser um produto de inovação, surpresa e temas mais profundos.[2] A princípio, o álbum se chamaria Abracadabra,[2] e teria uma capa produzida pelo fotógrafo Robert Freeman, composta por colagens de fotos dos músicos em espiral. Mas, próximo ao lançamento, mudou-se de idéia quanto ao nome e à capa, a qual foi aproveitada apenas em parte nas colagens inseridas na capa final. Por fim, batizou-se o álbum como Revolver, não em referência à arma de fogo, mas sim ao movimento de rotação, à rotação do LP na vitrola e à própria rotação (e renovação) de idéias e musicalidades.[2]

Muito da inovação sonora e do estilo das músicas do álbum deve-se ao engenheiro de som Geoff Emerick.[2] Foi dele a idéia de aproximar os microfones dos instrumentos e amplificadores, em especial, da bateria de Ringo, o que produziu um som mais pesado e impactante.[2] Em geral, os microfones sempre ficavam a alguma distância, por imposição da gravadora EMI, sob a justificativa de preservar os instrumentos de captação. Depois de gravadas as músicas, a direção da gravadora se reuniu com os Beatles, querendo vetar este tipo de gravação, mas, após tensões, Paul, falando em nome do grupo, deu um ultimato aos executivos: "De agora em diante, esse é o nosso som! Ou será assim, ou não será de jeito nenhum!".[2] Assim, o Fab Four não só manteve o resultado produzido, como ainda conquistou uma independência e autonomia para as gravações, a qual resultaria em resultados ainda mais marcantes e inovadores nos álbuns seguintes, em especial no Sgt. Peppers.[2]

Sobre as músicas

George Harrison aumenta sua participação como compositor

Pela primeira e única vez, George consegue colocar três músicas de sua autoria em um álbum dos Beatles. "Taxman" é uma crítica aos altos impostos ingleses cobrados de pessoas com altos ganhos como os Beatles. No trecho em que George canta "Mr. Wilson" e sobre "Mr. Heath" ele refere-se especificamente a Harold Wilson (primeiro Ministro Inglês do Partido Trabalhista) e a Edward Heath (líder da oposição do Partido Conservador) políticos da época. "I Want To Tell You" fala sobre a sua dificuldade em se expressar em um momento que vivia uma avalanche de pensamentos. Em "Love You To", George traz pela primeira vez o uso de instrumentos indianos, a tabla e a cítara e ele é o único a participar da gravação da música.

Influências das drogas

Há suposições de que músicas como "She Said, She Said", "Dr. Robert", "Got To Get You Into My Life" tenham sido escritas durante o uso de drogas.

Na música "She Said She Said", John supostamente se inspirou em sua segunda experiênica com LSD. Há um trecho que diz "I know what it's like to be dead" ("Eu sei como é estar morto") frase que Peter Fonda teria lhe dito após tomar ácido. Nela, George assume o baixo após Paul largar as gravações em decorrência de uma briga com John Lennon. Esta música, juntamente com "And Your Bird Can Sing", do mesmo álbum, constitui um dos primeiros registros do que seria conhecido posteriormente como power pop.

"Dr. Robert" fala sobre um médico que receitava anfetaminas a seus pacientes famosos. Paul reconheceria mais tarde que "Got To Get You Into My Life" falava de sua experiência com a maconha e foi feita inspirada na soul music americana com o uso de metais.

Estilo psicodélico

"Tomorrow Never Knows" uma das primeiras músicas ao estilo do emergente rock psicodélico. A música foi inspirada no livro de Timothy Leary, O Livro Tibetano dos Mortos. Inicialmente se chamaria "The Void" ou "Mark I". A utilização do loop, aliado à repetição rítmica constante da bateria de Ringo, torna esta faixa como uma das ancestrais da música eletrônica no mundo.

Há ainda grandes influências psicodélicas nas músicas "I'm Only Sleeping", "Love You To", "Doctor Robert" e "She Said She Said", músicas que falam sobre drogas, ou mais especificamente o LSD.

Diversidade musical

"Eleanor Rigby" é mais uma música de McCartney com arranjos orquestrados e somente com a participação de Paul (assim como foi feito em "Yesterday"). Iria se chamar "Miss Daisy Hawkins". Mas o nome da música foi mudado para "Eleanor Brown" (Nome de uma das atrizes do filme "Help!") e finalmente, para "Eleanor Rigby". Anos mais tarde foi descoberto um túmulo de uma mulher chamada Eleanor Rigby perto do local onde a antiga banda de John, The Quarrymen, se apresentava, todavia Paul sempre negou ter se inspirado nesse túmulo. "Yellow Submarine" escrita por Paul e cantada por Ringo, tem em sua letra um tema infantil que depois seria aproveitada para dar título a um desenho animado feito pelos Beatles. Traz sons de bolhas, barulho de água e outros barulhos gravados em estúdio.

Em "And Your Bird Can Sing", os Beatles usaram solo duplo de guitarra e era uma das músicas de John que ele não gostava. Em "I'm Only Sleeping", George fez o solo de guitarra e depois tocou o som ao contrário.

Baladas clássicas

McCartney novamente escreve suas baladas. "For No One", ele escreveu para sua namorada na época (Jane Asher) e se chamaria inicialmente "What Did It Die?". E a clássica "Here, There And Everywhere" que era uma das músicas preferidas de John.

Capa do álbum

Criada pelo alemão Klaus Voormann, amigo dos Beatles desde a época em que eles foram tocar em Hamburgo. A capa traz uma ilustração feita com desenhos e colagens de fotos (feitas pelo fotográfo Robert Whitaker). Ganhou o prêmio Grammy em 1966 pela capa.

Sobre o disco

Versões inglesa e norte-americana

Como era costume à época, os discos dos Beatles eram lançados com notórias diferenças em diversas partes do mundo. O desmembramento de um álbum em vários outros, ou em álbuns e singles, sem a autorização expressa da banda, acabou por ocasionar a feitura da controvertida "capa de açougueiro" ("butch cover"), presente nas primeiras tiragens do LP norte-americano Yesterday... And Today, que nada mais era do que sobras de faixas outros discos oficiais ingleses (no caso, dos álbuns Rubber Soul, Help!, compacto "We Can Work It Out"/"Day Tripper" e do então inédito álbum Revolver).

Antecipando 3 faixas do álbum ("Dr. Robert", "And Your Bird Can Sing" e "I'm Only Sleeping"), o álbum Yesterday... And Today, lançado cerca de 45 dias antes de Revolver nos Estados Unidos, fez com que estas 3 faixas fossem suprimidas da versão americana, lançada pela Capitol Records. Desta forma, o LP norte-americano, lançado em 8 de agosto de 1966, tinha o seguinte alinhamento de faixas:

Lado A Predefinição:Lista de faixas Lado B Predefinição:Lista de faixas

Lançamento no Brasil

Na discografia brasileira, a ODEON (subsidiária da EMI) optou pelo tradicional alinhamento de faixas da versão inglesa. Entretanto, o lançamento brasileiro tinha uma fundamental diferença: embora fosse lançado em mono, a mixagem das faixas era, na verdade, da versão mixada em estéreo, na Inglaterra. Como era praxe brasileira à época, os dois canais do estéreo foram combinados em um único canal, gerando um "fake mono".

Esta diferença é detectada quando comparadas, principalmente, as mixagens mono e estéreo de três músicas presentes no LP: "I'm Only Sleeping", "Yellow Submarine" e "Tomorrow Never Knows". Tais diferenças são determinantes em demonstrar que, muito embora o LP tenha sido lançado em mono, no Brasil, o master tape que o originou era proveniente da versão estéreo inglesa.

A versão oficial mono somente foi lançada no Brasil em 2009, com o lançamento da caixa The Beatles Mono Box Set.

Notas e referências

  1. «2007 National Association of Recording Merchandisers». timepieces (em inglês). 2007. Consultado em 24 de maio de 2010 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 De Abracadabra a Revolver: A Gênese de um Álbum dos Beatles

Ligações externas

Predefinição:Rodapé-bandas Predefinição:Canções de The Beatles

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