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Remuneração variável

A Remuneração Variável também chamado de bonificação é um tipo de remuneração condicionado aos resultados por um determinado período de tempo. Apesar de ser um tema que envolva finanças, ela é disciplina estudada em recursos humanos. Conforme Maladoviez e Weber (2010), Remuneração Variável é um conjunto de diferentes formas de recompensa que complementam a remuneração fixa, atrelando fatores como atitudes e desempenho com o valor percebido. O desempenho individual pode ser recompensado por incentivos e prêmios, e o desempenho da equipe pode ser reconhecido por meio da remuneração por resultados.

É uma iniciativa da empresa de recompensar o sucesso da organização entre seus funcionários aumentando ainda mais a produtividade e os lucros, não se restringindo às empresas de porte grande, e sendo feitas ,geralmente, por meio de pagamentos em dinheiro. [1]

Tais ferramentas, são importantíssimas nos modelos de gestões atuais contribuindo para que as empresas atraiam bons prospectos e também trabalhe na manutenção do seu quadro de funcionário.

Uma empresa que deseja aplicar esse tipo de remuneração deve levar em consideração o que é relevante e valorizado pelos funcionários nas suas diferentes situações pessoais. Por exemplo, as pessoas mais velhas com filhos geralmente valorizam benefícios e salários indiretos relacionados à segurança e que contemplem a família, sendo considerado algo motivacional planos de saúde e aposentadoria. Para jovens, que possuem ambições quanto à crescimento e aprendizado, as remunerações variáveis por meio do dinheiro são consideradas mais motivacionais. [1]

Ela pode ser utilizada em qualquer situação em que há indicadores de desempenho. A remuneração variável também possui algumas siglas no Inglês como: P4P (Pay for Performance), PRP (Performance-Related Pay), Incentive Pay, entre outros.

Essa forma de remuneração envolvem a criação de vínculos entre o desempenho e a recompensa, além do compartilhamento dos resultados da empresa e transformação do custo fixo em variável. Esse método ajuda na  melhoria do ambiente, no aumento da produtividade e por meio dos diversos modelos adotados, muitas empresas têm mostrado que acreditam na capacidade de seus funcionários e na condição que eles possuem de agregar valor ao negócio, por meio da participação, da criatividade, da iniciativa e da superação de metas preestabelecidas.

É importante lembrar que, há uma regulamentação que é importante ser seguida como exemplo, pode-se citar que a base de cálculo são metas individuais a fim de complementar a remuneração fixa.

Geralmente, a remuneração variável é ligada ao desempenho profissional individual do empregado, de uma equipe de empregados ou da empresa em total. A medição do desempenho pode ser feita com ajuda de indicadores de performance (KIP) e outros meios da análise contábil. Para criar vínculos entre o desempenho e a recompensa, compartilhar os resultados da empresa e transformar custos fixos em variáveis, a remuneração variável pode ser realizada através de:

  • Prêmios e incentivos
  • Gratificações voluntárias (fora das gratificações garantidas por lei, como a gratificação de natal no Brasil)
  • Participações acionárias
  • Participações nos lucros

Segundo Jean Pierre Marras em Administração da Remuneração[2] as vantagens da remuneração por resultados (Pay-for-Performance) podem ser:

  • Incentiva a busca de qualidade total
  • Melhora o conjunto da produtividade
  • Alavanca uma redução geométrica dos custos e despesas
  • Reforça os valores culturais da empresa

Incentiva a participação individual e coletiva nos ciclos PDCA (projetos)

Para que os planos de remuneração variável sejam bem sucedidos é importante a consideração de alguns aspectos:

Garantia de alinhamento dos objetivos departamentais, grupais e individuais aos objetivos e metas estratégicas da empresa;

  • Ter uma clara definição das metas a serem alcançadas, para que não haja problemas no processo de avaliação de resultados;
  • Informar a todos sobre como será feito o processo de apuração das metas definidas e da avaliação dos resultados.

A Remuneração Variável é também, um importante instrumento de auxílio ao alcance de mudanças na cultura organizacional, favorecendo questões como trabalho em equipe, fortalecimento de conceitos de qualidade e melhorias de processos internos.

Benefícios flexíveis

Benefícios flexíveis, compõe a remuneração variável e são bonificações que se moldam de acordo com as necessidades pessoais, podendo variar de acordo com o perfil socioeconômico, familiar e profissional. No ambiente organizacional, esse conceito possibilita aos colaboradores criarem seu próprio pacote de benefícios personalizado.[3]

Esse conceito veio para substituir os tradicionais benefícios adicionais, criados para complementar o salário do trabalhador, que inicialmente atendia as necessidades de um empregado padrão da década de 50, com uma esposa e dois filhos, perfil que ja não representa nem 10% dos funcionários do mercado de trabalho desde os anos 2000.

Em concordância com a teoria das expectativas, as recompensas organizacionais devem estar ligadas aos objetivos individuais dos funcionários, por isso os benefícios flexíveis individualizam as bonificações, e aumentam a motivação deles. Há três tipos de pacotes de benefícios cujos funcionários podem escolher: os planos modulares, os nucleares e os de credito flexível.

Planos modulares Planos Nucleares Planos de Crédito Flexíveis
Os planos modulares possuem um pacote de benefícios que pode ser acrescido em sistema de módulos, focando onde a necessidade do funcionário for maior, e obtendo apenas o mínimo nos que não são interessantes. Os benefícios oferecidos neste tipo de plano são os mesmos para todos os colaboradores, alterando apenas o peso de cada um. Os planos nucleares são compostos por um pacote pré definido de benefícios, e adicionais que podem ser incorporados ao pacote de acordo com o perfil e necessidade do colaborador. Para jovens solteiros, por exemplo, os benefícios básicos somados com maiores valores em alimentação ou recompensas monetárias podem ser interessantes. Para um colaborador casado e com filhos, o pacote básico acrescido de seguro de vida, desconto em mensalidades escolares e assistência médica familiar oferecem mais vantagem. Os planos de credito flexíveis oferecem uma quantia ao colaborador para ser gasta em serviços realizados de modo particular, proporcionando o reembolso das despesas que estejam dentro do valor previamente acordado. Esse plano se molda de acordo com as necessidades mensais do colaborador, evitando transtornos dentro da empresas caso haja a necessidade de mudança do beneficio ao passar do tempo.

Teoria das Expectativas

A Teoria da expectativa baseia-se na premissa geral de que a motivação para o desempenho que um indivíduo possui, apoia-se na antecipação que ele faz de eventos futuros. Em outras palavras, a motivação do colaborador se baseia no fato de que os resultados futuros esperados por ele podem trazer benefícios pessoais esperados, e por desejar a recompensa, se motiva a realizar tarefas propostas dentro das empresas.

"A força da tendência para agir de determinada maneira depende da força da expectativa de que a ação trará certo resultado, e da tração que este resultado exerce sobre o indivíduo." A teoria da expectativa segundo Robbins.

Tipos de Benefícios

Os benefícios podem ser divididos em três classes.

Assistenciais Recreativos Supletivos
São os benefícios que tem por objetivo dar uma ajuda às famílias no caso de imprevistos e emergências, fora da vontade ou do controle do colaborador: Assistência médico-hospitalar, odontológica e empréstimos, seguro de vida são alguns exemplos. Oferecem ao colaborador, repouso, diversão, higienização mental. Estação inclusos música no ambiente de trabalho, passeios e/ou excursões e atividades esportivas como exemplos deste tipo de benefício. São os serviços que proporcionam aos colaboradores diversas facilidades, utilidades para ajudar aumentar a qualidade de vida, como restaurante na empresa, ônibus fretado, flexibilidade de horários são alguns benefícios deste tipo.


Referências

  1. 1,0 1,1 Neto, Mário Teixeira (junho de 2014). «A Remuneração Variável na Percepção dos empregados e suas consequências na motivação e no desempenho» (PDF). Tese: A Remuneração Variável na Percepção dos empregados e suas consequências na motivação e no desempenho. Biblioteca Digital da UFMG. Consultado em 14 de novembro de 2016 
  2. Marras, Jean Pierre: Administração da Remuneração, ed. Cengage Learning 2002, ISBN 8522102864
  3. Stephen Paul Robbins. Comportamento Organizacional, pag 290-291. Editora Prentice Hall Brasil, 2005

<http://www.redlas.net/materiali/priloge/slo/77219.pdf> Acesso em 03/10/2016

<http://www.catho.com.br/salario/action/artigos/Remuneracao_Estrategica__Parte_2.php> Acesso em 03/10/2016

Ver também

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