Os receptores nicotínicos de acetilcolina (nAChRs) são canais iónicos na membrana plasmática de algumas células, cuja abertura é disparada pelo neurotransmissor acetilcolina, fazendo parte do sistema colinérgico.[1] O seu nome deriva do primeiro agonista selectivo encontrado para estes receptores, a nicotina, extraída da planta Nicotiana tabacum. O primeiro antagonista selectivo descrito é o curare (d-tubocurarina).
Os receptores nicotínicos são divididos em três classes principais: os tipos musculares, ganglionar e do SNC. São exemplos típicos de canais iônicos regulados por ligantes. Os receptores musculares são confinados à junção neuromuscular esquelética. Os receptores ganglionares são responsáveis pela transmissão nos ganglios simpáticos e parassimpáticos. Por fim, os receptores de tipo SNC encontram-se disseminados no cérebro e são heterogêneos quanto a sua composição (RANG & DALE 5ed).
Subtipos de receptor
Os receptores nicotínicos divide-se:
- Nn - O subtipo n encontra-se presente na membrana de um leque relativamente extenso de neurónios, sendo o responsável pela propagação do estímulo em todos os circuitos nervosos que têm como neurotransmissor a acetilcolina (ACh). Estes circuitos incluem todo o sistema nervoso parassimpático, e a parte pré-ganglionar do sistema nervoso simpático. Os receptores Nn encontram-se também presentes no sistema nervoso central.
- Nm - Receptores "musculares" que estão presentes na placa motora. A sua activação causa despolarização e contracção do músculo esquelético, responsável pelos movimentos voluntários.
Notas e referências
- ↑ Goodman & Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica. [tradução da 10. ed. original, Carla de Melo Vorsatz. et al] Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2005.