Cacique Raquel[1] | |
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Nome completo | Antônio Barbalho da Silva Segundo[2] |
Nascimento | Baía da Traição, ![]() |
Nacionalidade | brasileiro(a) |
Ocupação | Líder indígena |
Cacique Raquel, cujo nome de batismo é Antônio Barbalho da Silva Segundo (Baía da Traição, 194?), é um líder potiguara da região do litoral norte do estado brasileiro da Paraíba.[2] Pertencente à aldeia dos Galegos, Raquel já foi cacique e chefe do posto da Funai local.[1]Predefinição:Nota de rodapé Quando não está atuando como cacique, Raquel vive da agricultura de subsistência (mandioca, milho, batata-doce), e fruticultura, sobretudo mamões e cocos.
Líder indígena
Em 2001, o Raquel esteve em Brasília representando seu povo para pedir a liberação para o cultivo de camarão, já que alegou dificuldades de obtenção pelo IBAMA. Tomou parte também no movimento indígena na Paraíba, do qual se afastou por alegar ter sofrido pressões políticas e até mesmo ameaças de morte. Por algumas vezes veiculou-se na mídia que ele seria responsável pela introdução e disseminação da prática de arrendamento nas terras indígenas da região.[1] Certa vez, quando questionado a respeito da existência de arrendatários, afirmou:
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Eu confirmo, doutor. Confirmo sem dúvida nenhuma que os brancos que vieram pra aqui não foi, não veio forçado. Foi nós mesmo que chamemos, porque realmente a gente não tinha outra saída pra sobreviver. E hoje todos trabalha. Não é uma coisa, uma mão-de-obra cara, que eu não vou dizer que é cara. É uma mão-de-obra regular. Todos ganha o pão. Que não tem outra saída. A saída é essa.[1]Predefinição:Nota de rodapé
O cacique é incentivador da prática do surfe pelos índios nas praias da reserva, o que aconteceu com Diana Cristina de Souza, a Tininha, que com apenas treze anos recebeu a bênção do cacique para se tornar campeã do esporte — a surfista foi a única brasileira a vencer uma prova World Qualifying Series Champions no Costão do Santinho, em Santa Catarina, em 2003.[3][4]
Pai de vários filhos, em 2007 uma de suas filhas rezou o Pai Nosso cristão em tupi para uma seleta platéia de jornalistas e pesquisadores.[5] A iniciativa foi da Secretaria da Educação e Cultura da Paraíba, que fomentou o programa de aprendizado dessa língua aos potiguaras, já que ela caiu em desuso dentro dessa nação indígena desde o final do Século XVII, quando os jesuítas introduziram o português.[5]
Ligações externas
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 MOONEN, Frans; MAIA, Luciano (1992). «Etno-história dos índios Potiguara» (PDF). /Secretaria da Educação e Cultura da Paraíba. Consultado em 19 de junho de 2013
- ↑ 2,0 2,1 Procuradoria Geral de Justiça (23 de novembro de 2006). «Juízo Federal da Segunda Vara» (PDF). Diário da justiça. Consultado em 19 de junho de 2013
- ↑ CHAVES, Adriana (16 de setembro de 2003). «Indígena doma onda e rouba cena no mar». Folha de S.Paulo. Consultado em 19 de junho de 2013
- ↑ Da redação (11 de outubro de 2008). «Tininha brilha no Arpoador e conquista etapa do WQS no Rio de Janeiro». Globo.com. Consultado em 19 de junho de 2013
- ↑ 5,0 5,1 GOUVÊA, Hilton (23 de janeiro de). «Tecnologia versus farinha». Jornal A União. Consultado em 19 de junho de 2013 Verifique data em:
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(ajuda)[ligação inativa]