Quilperico II | |
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Quilperico II (ca. 670 — 13 de fevereiro de 721), nascido Daniel, filho mais jovem de Quilderico II, foi rei da Nêustria a partir de 715 e rei único dos francos de 718 até sua morte.[1] Foi o último rei merovíngio a exercer alguma autoridade de facto.
Ele foi enviado para um monastério ainda criança para proteger sua vida das hostilidades mortais de sua família.[1] Lá ele foi educado como Daniel até a morte de Dagoberto III em 715, quando então foi retirado - aos treze anos - quando surgiu erguido sobre os escudos dos guerreiros neustrianos como rei, como era o costume.[1] Ele tomou o nome real de Quilperico, embora devido a sua vida monástica, ele tenha sido um homem muito diferente de Quilperico I.
Inicialmente, parece que ele parecia ser mais uma ferramenta nas mãos de Ragenfrid, o prefeito do palácio da Nêustria,[1] aclamado em 714 em oposição a Teodoaldo, herdeiro designado de Pepino de Herstal. Quilperico, no entanto, tinha personalidade: lutador e líder, sempre na frente de batalha encabeçando suas tropas. Em 716, ele e Ragenfrid lideraram um exército contra a Austrásia, então sendo comandada na guerra por Plectrude, em nome de seu neto Teodoaldo, e por Carlos Martel, filho bastardo de Pepino. Os neustrianos se aliaram a outra força invasora liderada por Radbod, rei dos frísios e encontraram Carlos Martel numa batalha próximo a Colônia, então dominada por Plectrude. Quilperico saiu vitorioso e Carlos fugiu para as montanhas de Eifel. O rei e seu prefeito então voltaram a assediar sua outra rival na cidade. Plectrude reconheceu Quilperico como rei, entregou-lhe o tesouro austrasiano e abandonou a reivindicação de seu filho à prefeitura do palácio.
Nesse momento, os eventos tomaram rumo contra Quilperico. À medida que ele e Ragenfrid estavam conduzindo seu triunfante exército de volta à Nêustria, Carlos os atacou próximo a Malmedy e na batalha de Amblève, Carlos os derrotou e eles fugiram. A partir de então, Carlos Martel ficou praticamente imbatível e a força de Quilperico foi subjugada numa série de campanhas travadas em solo neustriano.
Em 717, Carlos voltou à Nêustria com um exército e confirmou sua supremacia com uma vitória em Vincy, próximo a Cambrai. Ele caçou o rei fugitivo e seu prefeito até Paris ates de voltar atrás para tratar com Plectrude em Colônia. Lá, ele proclamou Clotário IV rei da Austrásia em oposição a Quilperico. Em 718, Quilperico, como resposta, aliou-se a Odo o Grande, duque da Aquitânia, que havia se tornado independente durante os protestos de 715, mas novamente foi derrotado por Carlos, dessa vez em Soissons. O rei e o duque fugiram para as terras ao sul do Loire, enquanto Ragenfrid fugiu para Angers. Em pouco tempo Clotário morreu e Odo abandonou Quilperico e, em troca do reconhecimento de sua realeza sobre todos os francos, o rei entregou seu reino à prefeitura de Carlos Martel sobre todos os reinos (718).
Em 719, ele foi erguido sobre os escudos como rei de todos os francos, sobrevivendo apenas mais um ano.[1] Seus sucessores foram meros rois fainéants. Morreu em Attigny e foi sepultado em Noyon.[1]
Pais
♂ Quilderico II (◊ 653 † c. 675)[1]
♀ Biliquilda (◊ 651 † c. 675)
Casamentos e filhos
- com Chrotaudis (◊ ? † ?)
- ♂ Quilderico III (◊ 714 † 754)
Fontes
- Oman, Charles. The Dark Ages 476-918 (A Escuridão da Idade Média 476-918). Londres, 1914.
- Encyclopædia Britannica Eleventh Edition
Ver também
Referências
Ligações externas
- The Oxford Merovingian Page. (em inglês)
- From Merovingians to Carolingians: Dynastic Change in Frankia. (em inglês)
- RedirecionamentoPredefinição:fim
Precedido por Dagoberto III |
Rei dos francos 715 - 721 |
Sucedido por Teodorico IV |
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