Waldir Cardoso Lebrêgo, o Quarentinha (Belém do Pará, 15 de setembro de 1933 — Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 1996), foi um futebolista brasileiro[1].
Até hoje, é o maior artilheiro da história do Botafogo, com 313 gols em 442 jogos.<[carece de fontes]
Tem a segunda melhor média de gols da história da Seleção Brasileira: 1 gol por jogo (17 jogos e 17 gols).[2]
Armando Nogueira assim o definiu[3]: "Quarentinha, eu o vi jogar muitas e muitas vezes. Era um chutador temível, um atacante de respeito, que fazia tremer os goleiros, fossem quem fossem. Tinha na canhota o que, então, se chamava um canhão. Chutava muito forte, principalmente, bola parada. Era de meter medo. Nos jogos Botafogo-Santos, era ele, de um lado, o Pepe, do outro. Ai de quem ficasse na barreira. Quarentinha nasceu no Pará, filho de um atacante que lhe herdou, intactos, o chute poderoso e o apelido. Não sei se o pai era tão tímido quanto o filho. Quarentinha jamais celebrou um gol, fosse dele ou de quem fosse. Disparava um morteiro, via a rede estufar, dava as costas e tornava ao centro do campo, desanimado como se tivesse perdido o gol."[4]
Carreira
Filho do também jogador do Paysandu, Luís Gonzaga Lebrego, o Quarenta, Quarentinha iniciou a carreira no clube do pai e com 16 anos já era titular do time. Se transferiu para o Vitória em 1953, onde foi campeão do Campeonato Baiano.
No ano seguinte, foi contratado pelo Botafogo. Lá tornou-se o maior artilheiro da história do clube, com 313 gols em 442 jogos. Ainda assim, para Quarentinha isso não era motivos para comemorações. O ponta-de-lança, com potente perna esquerda, nunca fazia festa para seus gols, o que irritava a torcida botafoguense. Dizia que não havia razão para festejos, pois ele estava apenas cumprindo com a obrigação, já que era pago para isso.
Jogando ao lado de Didi e Garrincha, fez história e foi o artilheiro do Campeonato Carioca por três edições seguidas: 1958, 1959 e 1960. Pela seleção brasileira marcou 17 gols em 17 jogos. Morreu de insufiência cardíaca aos 62 anos.
Jogou também em outros clubes do Rio de Janeiro, da Colômbia e no Clube Náutico Almirante Barroso, de Santa Catarina, antes de encerrar a carreira.
É o maior artilheiro do Botafogo no clássico contra o Vasco.
Títulos
- Vitória
- Campeonato Baiano: 1953
- Botafogo
- Campeonato Carioca: 1957, 1961, 1962
- Torneio Rio–São Paulo: 1962, 1964
- Taça dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo: 1961
- Torneio de Paris: 1963
- Quadrangular Internacional do Rio de Janeiro: 1954
- Torneio João Teixeira de Carvalho: 1958
- Torneio Pentagonal do México de 1962
- Torneio Internacional da Colômbia: 1960
- Torneio Jubileu de Ouro da Bolívia: 1964
- Torneio Quadrangular de Buenos Aires: 1964
- Panamaribo Cup: 1964
Artilharias
- Campeonato Baiano de 1953 (13 gols)
- Torneio João Teixeira de Carvalho de 1958 (10 gols)
- Campeonato Carioca de 1958 (20 gols)
- Campeonato Carioca de 1959 (27 gols)
- Campeonato Carioca de 1960 (25 gols)
- Torneio Rio-São Paulo de 1960 (11 gols)
Bibliografia
- Quarentinha: o Artilheiro que não Sorria (Rafael Casé, Editora Livros de Futebol, 2008)
Referências
- ↑ Quarentinha Jornal de Santa Catarina
- ↑ «Quem fim levou: Quarentinha». Universo Online. Terceirotempo.bol.uol.com.br. Consultado em 17 de março de 2012
- ↑ «Waldir Cardoso Lebrego - Perfil» (PDF). Unifap.br. Consultado em 17 de março de 2012
- ↑ «Quarentinha: o cara que não comemorava gol». Confederação Brasileira de Futebol (em português). Consultado em 29 de novembro de 2021
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