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Psycho

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Psycho
Psycho - (1960).jpg
Cartaz de divulgação
No Brasil Psicose[1]
Em Portugal Psico[2]
 Estados Unidos
1960 •  p&b •  109 min 
Direção Alfred Hitchcock
Produção Alfred Hitchcock
Roteiro Joseph Stefano
Baseado em Psycho, de Robert Bloch
Elenco Anthony Perkins
Janet Leigh
Vera Miles
John Gavin
Martin Balsam
Género suspense
Música Bernard Herrmann
Cinematografia John L. Russell
Direção de fotografia John L. Russell
Direção de arte Joseph Hurley
Robert Clatworthy
Figurino Helen Colvig
Edição George Tomasini
Companhia(s) produtora(s) Shamley Productions
Distribuição Paramount Pictures (lançamento original)
Universal Pictures
(direitos adquiridos em 1962)
Lançamento Estados Unidos 16 de junho de 1960
Brasil 25 de agosto de 1960[3]
Idioma inglês
Orçamento US$ 800 mil
Receita US$ 60 milhões
Cronologia
Bates Motel
Psycho II (1983)

Psycho Predefinição:BRPT2 é um filme norte-americano de 1960, do gênero suspense (thriller psicológico) dirigido por Alfred Hitchcock, e estrelado por Anthony Perkins, Vera Miles, John Gavin e Janet Leigh, roteirizado por Joseph Stefano, baseado no romance homônimo de Robert Bloch, que fora vagamente inspirado nos crimes do assassino de Wisconsin, Ed Gein. Estreando em 16 de junho de 1960, chegando no Brasil em 25 de Agosto de 1960 e,[3] em Portugal no dia 30 de Abril de 1988.

Hitchcock comprou anonimamente os direitos de Robert Bloch, que originaram o roteiro do filme, em seguida comprou todas as cópias no mercado afim de esconder o final da trama.[4]

O enredo gira em torno da secretária Marion Crane (Leigh) que, após desfalcar seu empregador, vai parar em um decadente motel, dirigido por um homem perturbado de 30 anos de idade, Norman Bates (Perkins), e das consequências a partir desse encontro.[5] Inicialmente, o filme foi visto como um afastamento da produção anterior de Hitchcock, devido ser de baixo orçamento e em preto e branco, recebendo inicialmente críticas mistas mas, em razão da excelente bilheteria, o obteve uma reconsideração que o levou à aclamação da crítica e quatro nomeações ao Óscar.

Hoje é considerado um dos melhores filmes de Hitchcock.[6] Considerado uma obra de arte por críticos internacionais e estudiosos da área, sendo classificado entre os melhores filmes de todos os tempos, estabelecendo um novo nível de aceitabilidade para a violência, comportamento desviante e, sexualidade nos filmes americanos.[7] Após a morte de Hitchcock em 1980, a Universal Studios distribuiu três sequências, um telefilme, um remake e uma série de TV.

Em Portugal e no Brasil, antes da estreia do filme, houve um rumor lançado pela Imprensa em que o filme se chamaria de "O Filho que Era a Mãe". De imediato a Inspecção dos Espectáculos desmentiu o facto em público, informando que o filme se chamaria de "Psico", com estreia imediata a 22 de Novembro de 1960. Após estreia com sucesso, nas ruas ecoava a piada sobre o filme, sobre se chamaria de "Psico" ou "O Filho que Era a Mãe". Mais tarde, em Portugal foi exibido na televisão portuguesa através do canal televisivo RTP1, à meia-noite de Sábado, dia 30 de Abril de 1988, na rubrica "Cinema da Meia Noite".

Em 1992, a Biblioteca do Congresso, considerou o filme "culturalmente, historicamente, ou esteticamente significante" e selecionou-o para preservação no National Film Registry.

Enredo

A secretária Marion Crane (Janet Leigh) apropria-se de 40 mil dólares da imobiliária onde trabalha, em Phoenix (Arizona). Ela deveria depositar este dinheiro e depois ir para casa, porém, leva consigo o pacote contendo o dinheiro visando pagar as dívidas de seu amante,[4] certa de que seu crime somente seria percebido após o final de semana. Com pouco mais de dois dias para fugir, Marion sai dirigindo sem destino pelas estradas, quando começa uma tempestade vai parar no Motel Bates, um lugar decadente, que quase fechou suas portas após o desvio da autoestrada.

Lá, é recepcionada por um simpático, mas estranho e tímido rapaz, Norman Bates (Anthony Perkins), Norman convida Marion para comerem um sanduíche com leite em sua casa, sua mãe diz que não quer que ele jante com Mary, porém eles comem em uma saleta, onde conversam sobre o relacionamento conturbado com a mãe super-protetora.[8] Depois disso, Marion decide tomar um banho, mas é brutalmente esfaqueada supostamente pela mãe de Norman.[8] Preocupada com o desaparecimento da irmã, Lila Crane (Vera Miles), faz de tudo para tentar encontrar a então desaparecida Marion, junto com o namorado da mesma, Sam Loomis (John Gavin) e o detetive Arbogast (Martin Balsam). Mas, quando este tenta falar com a mãe de Norman, a própria o assassina com facadas.

Depois, Lila e Sam vão até o xerife da região, Al Chambers (John McIntire), e ficam sabendo que a mãe de Norman estava morta há mais de dez anos. Então, se a mãe de Norman Bates está morta, surge a dúvida sobre quem teria matado Marion. Lila e Sam vão até o motel, e descobrem algo impressionante: Norman Bates assassinou a mãe, mas, para mante-la viva em sua mente, roubou seu cadáver, e tem dupla personalidade, fala e age como a mãe, quando se interessa por uma mulher sua personalidade de mãe fica com ciúme e mata-a.

Elenco

  • Anthony PerkinsNorman Bates
  • Janet Leigh – Marion Crane
  • Vera Miles – Lila Crane, irmã de Marion
  • John Gavin – Sam Loomis
  • Martin Balsam – Detetive Arbogast
  • John McIntire – Xerife Al Chambers
  • Simon Oakland – Dr. Fred Richmond
  • Vaughn Taylor – George Lowery, chefe de Marion
  • Frank Albertson – Tom Cassidy, dono do dinheiro
  • Lurene Tuttle – Eliza Chambers, esposa do xerife
  • Pat Hitchcock – colega de trabalho de Marion
  • John Anderson – vendedor
  • Mort Mills – policial

Predefinição:Div col end

Produção

Desenvolvimento

Psycho foi feito com base no romance de mesmo nome de 1959 de Robert Bloch, o qual foi vagamente inspirado no caso do assassino e ladrão de túmulos Ed Gein.[9] Tanto Gein, que viveu a apenas 40 milhas de distância de Bloch, quanto o protagonista da história, Norman Bates, eram assassinos solitários em locais rurais isolados. Ambos tiveram mães dominadoras já falecidas, que isolavam os filhos em um quarto em sua casa como um santuário para elas e os vestiam com roupas femininas. No entanto, ao contrário de Bates, Gein não é estritamente considerado um assassino em série, tendo sido acusado de homicídio somente duas vezes.[10]

Imagem do Bates Motel.

Peggy Robertson, assistente de longa data de Hitchcock, leu a avaliação positiva de Anthony Boucher do romance de Bloch e decidiu mostrar o livro a seu empregador, mesmo que os roteiristas do estúdio da Paramount Pictures tenham já rejeitado sua premissa para um filme. Hitchcock adquiriu anonimamente os direitos do livro de Bloch,[4][11] por 9.500 dólares americanos.[11] Em seguida teria ordenado Robertson a comprar todas as cópias impressas do mesmo disponíveis no mercado para preservar surpresas do romance,[4][12] principalmente seu final.[4]

Hitchcock, que tinha vindo a enfrentar concorrentes do gênero cujas obras foram criticamente comparados com a sua própria, estava buscando um novo material para se recuperar de dois projetos abortados com a Paramount, Flamingo Feather e No Bail for the Judge. Ele não gostava das demandas salariais das estrelas e confiava apenas em algumas pessoas para escolher o material prospectivo, incluindo Robertson.[13]

O Motel Bates

Executivos da Paramount recusaram a proposta de Hitchcock e seu orçamento habitual,[14] devido achar o conceito de Psicose muito brutal.[4] Em resposta, Hitchcock se ofereceu para filmar de forma rápida e barata em preto e branco usando a tripulação da sua série de televisão Alfred Hitchcock Presents. Os executivos da Paramount também rejeitaram esta abordagem custo-consciente, reivindicando seus estágios sonoros que foram reservados, embora a indústria estava em uma queda. Hitchcock rebateu ele pessoalmente financiando o projeto e filmando-o no Universal-International usando sua produtora Shamley Productions e,[4] a Paramount ficando apenas para distribuir. Com um orçamento comparativamente pequeno de cerca de 800 mil dólares americanos,[4] em vez de sua habitual taxa de 250 mil do diretor, ele propôs uma participação de 60% no filme negativo. Esta oferta combinada foi aceito e Hitchcock foi adiante apesar das advertências do produtor Herbert Coleman e o executivo Joan Harrison da Shamley Productions.[15]

Recepção

Quando feito originalmente, Psicose foi visto como um afastamento da produção anterior de Hitchcock, após ser filmado com um baixo orçamento, no formato preto e branco e usando uma equipe de televisão; Recebendo inicialmente críticas mistas mas, em razão da excelente bilheteria (que faturou 60 milhões de dólares nas bilheterias mundiais), ultrapassando as expectativas e convenções do gênero,[4] o filme obteve uma reconsideração que o levou à aclamação da crítica e quatro nomeações ao Óscar, incluindo Melhor Atriz Coadjuvante para Leigh e Melhor Diretor para Hitchcock. Chegando a ser considerado, um dos melhores filmes de Hitchcock[6] e elogiado como uma obra de arte cinematográfica por críticos internacionais e estudiosos da área. Classificado entre os melhores filmes de todos os tempos, devido criar um choque nos padrões da época,[4] estabelecendo um novo nível de aceitabilidade para a violência, sexualidade e,[7] de pessoas com uma estrutura psíquica complexa e desviante socialmente (antes conhecida apenas como “loucura”)[8] nos filmes americanos.[7]

Recepção na época

As críticas iniciais do filme foram completamente mixtas[16] Bosley Crowther,do The New York Times , escreveu: "Não há uma abundância de sutileza ou o recentemente conhecido Hitchcock se inclina para cenários significativos e coloridos neste trabalho obviamente de baixo orçamento". Crowther classificou os "acúmulos lentos de choques repentinos" como melodramáticos com segurança, mas contestou os pontos psicológicos de Hitchcock, remanescentes dos estudos de Krafft-Ebing , como menos eficazes. Embora o filme não tenha sido concluído satisfatoriamente para o crítico, ele elogiou as performances do elenco como "justas".[17] Outras críticas negativas declararam "uma mancha em uma carreira honrosa", "claramente um filme de truque" e "apenas um daqueles programas de televisão que durou duas horas".[16][18]

Avaliações Contemporâneas

Ao decorrer dos anos o filme começou a ganhar avaliações mais positivas.

Psycho hoje tem ampla aclamação por parte da crítica especializada. Com tomatometer de 96% em base de 82 críticas, o Rotten Tomatoes publicou um consenso: “Infame por sua cena do chuveiro, mas imortal por sua contribuição para o gênero horror. Porque Psicose foi filmado com tato, graça e arte, Hitchcock não apenas criou horror moderno, ele o validou”. Tem 94% de aprovação por parte da audiência, usada para calcular a recepção do público a partir de votos dos usuários do site.[7]

Principais prêmios e indicações

Oscar 1961 (EUA)

Globo de Ouro 1961 (EUA)

  • Vencedor da categoria de melhor atriz coadjuvante (Janet Leigh).

Prêmio Edgar 1961 (Edgar Allan Poe Awards, EUA)

  • Vencedor da categoria de melhor filme.

Ver também

Referências

  1. Predefinição:AdoroCinema
  2. Psico no DVDPT (Portugal)
  3. 3,0 3,1 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1603/ Psicose - AdoroCinema
  4. 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 4,6 4,7 4,8 4,9 «Psicose Filme de 1960 – Enredo, elenco e curiosidades». Foco e Fama (em português). 27 de dezembro de 2021. Consultado em 14 de junho de 2022 
  5. Moore, Debi (14 de janeiro de 2010). «Motion Picture Purgatory: Psycho». Dreadcentral.com. Consultado em 26 de janeiro de 2014 
  6. 6,0 6,1 Psycho is the top listed Hitchcock film in The 100 Greatest Movies of All Time by Entertainment Weekly, and the highest Hitchcock film on AFI's 100 Years...100 Movies.
  7. 7,0 7,1 7,2 7,3 «Psycho» (em inglês). Rotten Tomatoes. Consultado em 5 de abril de 2014 
  8. 8,0 8,1 8,2 Clínica, Equipe Psicanálise (19 de janeiro de 2022). «Filme Psicose (1960) de Hitchcock: análise psicanalítica». Psicanálise Clínica (em português). Consultado em 14 de junho de 2022 
  9. Stephen Rebello (1990). Alfred Hitchcock and the Making of Psycho (em inglês) 15 de janeiro de 2013 ed. Estados Unidos: Soft Skull Press. p. 7–14. 320 páginas. ISBN ISBN-10: 1593765118 ISBN-13: 978-1593765118 Verifique |isbn= (ajuda) 
  10. Gil Reavill; Jerry Heller (2007). Ruthless: A Memoir (em inglês). Estados Unidos: Gallery. p. 228 "Com apenas duas mortes confirmadas, Ed não tecnicamente qualificar-se como um assassino em série (o requisito mínimo tradicional era três". 336 páginas. ISBN ISBN-10: 1416917942 Verifique |isbn= (ajuda) 
  11. 11,0 11,1 Janet Leigh; Christopher Nickens (1995). Psycho: Behind the Scenes of the Classic Thriller (em inglês). Estados Unidos: Harmony. p. 6. 197 páginas. ISBN ISBN-10: 051770112X ISBN-13: 978-0517701126 Verifique |isbn= (ajuda) 
  12. Alfred Hitchcock and the Making of Psycho. [S.l.: s.n.] p. 19–20 
  13. Alfred Hitchcock and the Making of Psycho. [S.l.: s.n.] p. 18–19 
  14. Alfred Hitchcock and the Making of Psycho. [S.l.: s.n.] p. 23 
  15. Alfred Hitchcock and the Making of Psycho. [S.l.: s.n.] p. 26–29 
  16. 16,0 16,1 Penman, Leigh (2011). «Rosenkreuzerschriften». Aries. 11 (1): 99–102. ISSN 1567-9896. doi:10.1163/156798911x546198 
  17. «Movie Reviews». The New York Times (em English). 5 de maio de 2020. ISSN 0362-4331 
  18. «Hitchcock's 'Psycho' Bows at 2 Houses» 

Predefinição:Esboço-filme-eua

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