A psicologia ambiental é o estudo do comportamento humano em sua interrelação com o meio ambiente. É considerada uma área emergente em psicologia, os primeiros estudos, originaram-se em 1960, tendo um de seus expoentes o psicólogo Kurt Lewin. A maioria destes trabalhos teve origem no reconhecimento dos problemas ambientais, como a poluição, que começou a ter relevo nas representações coletivas.[1]
A Psicologia Ambiental busca compreender o comportamento humano nas suas mais diversas situações de interação com o meio[2]. As diferentes manifestações comportamentais são investigadas num contexto de permanência no transito[3], na compreensão da percepção do seu papel no ambiente[4] e, até mesmo em Condições Ambientais Extremas (CAE)[5].
A Psicologia Ambiental estuda o homem em seu contexto físico e social. Busca as suas inter-relações (isto é, relações mútuas) com o ambiente, atribuindo importância às percepções, atitudes, avaliações ou representações ambientais, ao mesmo tempo considerando os comportamentos associados a elas. A Psicologia Ambiental se interessa pelos efeitos das condições do ambiente sobre os comportamentos individuais tanto quanto como o indivíduo percebe e atua em seu entorno. Os efeitos destes fatores, físicos e sociais, estão associados à percepção que se tem deles, e, neste sentido, estudam-se as interações. Tem sido considerada como a Psicologia do Espaço, analisando percepções, atitudes e comportamentos de indivíduos e comunidades em estreitas relações com o contexto físico e social. A noção de espaço e lugar ocupa uma posição central na compreensão das relações do homem com seu ambiente. Trata-se, portanto, de uma posição nova, uma diferente e mais consistente maneira de entender o desenvolvimento humano e social.[2]
História
O psicólogo Kurt Lewin (1890-1947) foi um dos primeiros a dar importância à relação entre o ser humano e o ambiente. O seu objectivo era determinar a influência que o meio ambiente exercia sobre as pessoas, as relações que com ele estabelecem, o modo como as pessoas agem, reagem e se organizam conforme o meio ambiente.
Segundo a psicologia ambiental, o meio ambiente pode ser definido como todos os contextos em que se inserem os sujeitos (por exemplo: residências, escritórios, escolas, ruas etc.) e que atuam mais sobre os comportamentos de grupo do que sobre o comportamento individual.
Este ramo da psicologia apresenta principalmente cinco princípios que se têm que ter em conta aquando de alguma intervenção ou investigação baseada neste ramo: Primeiro, ter em conta que se é capaz de modificar o meio ambiente; segundo, é necessário que se esteja presente em todos os contextos do dia-a-dia; terceiro, considerar a pessoa e o meio como uma só entidade; quarto, considerar que o indivíduo actua sobre o meio assim como o meio influencia o indivíduo; quinto, e enfim, uma investigação ou intervenção desta índole deve ser sempre levada a cabo com a colaboração de outras ciências.
Maiores Especialistas
- Ana Paula Soares da Silva
- Davi Maia Rocha
- Gabriel Moser
- Gustavo Massola
- Hartmut Günther
- John Thøgersen
- José Q. Pinheiro
- Sylvia Cavalcante
Ver também
- Ergonomia
- Estética
- Prevenção do crime através do desenho urbano
- Psicologia evolucionista
- Teoria das janelas quebradas
Referências
- ↑ Gabriel Moser. «Psicologia Ambiental». Estudos de Psicologia (Natal). doi:10.1590/S1413-294X1998000100008. Verifique
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(ajuda) - ↑ 2,0 2,1 Hartmut Günther. «A Psicologia Ambiental no campo interdisciplinar de conhecimento». Psicologia USP. doi:10.1590/S0103-65642005000100019
- ↑ Abelardo Vinagre da Silva, Hartmut Günther. «Características de itinerário urbano e comportamentos inadequados de um motorista de ônibus» (PDF). Psicologia: Pesquisa & Trânsito
- ↑ André Luís Ferreira Moniz, Hartmut Günther. «Voluntariado ambiental: um estudo exploratório». Psico
- ↑ Marilene Zimmer, Bianca da Rocha Hameister. «Alterações psicológicas decorrentes da permanência na Antártica: revisão sistemática». Estudos de Psicologia (Campinas). doi:10.1590/S0103-166X2013000300011