Prova Geral de Acesso, mais conhecida como PGA, era uma prova de acesso ao ensino superior de Portugal obrigatória para os alunos do 12º ano que existiu de 1989 a 1993[1], consistindo numa prova de português e cultura geral. Causou bastantes protestos por parte dos alunos[2], por conter conteúdos não trabalhados em aula, até que o governo finalmente substituiu-a por provas específicas das disciplinas do 12º Ano.
Protestos estudantis
Os primeiros protestos ocorreram em Barcelos, a 5 de Fevereiro de 1992, em Barcelos, 2 dias após a realização da PGA desse ano. Quinhentos alunos do ensino secundário marcham pela cidade, reindivicando o fim da PGA. A 7 de Fevereiro, novos protestos ocorrem em várias cidades do país, incluindo Coimbra, Braga e Lisboa. Em Lisboa, alunos são recebidos pelo ministério. Os protestos continuaram por todo o país e durante um mês, consistindo em marchas, greves às aulas, conferências de imprensa, corte de pontes, entre outras.
Tendo os protestos sido iniciados de modo espontâneo, várias associações estudantis com ligações a movimentos partidários envolvem-se nos protestos, levando a acusações de partidarização dos protestos com fins políticos. Uma delegação de dirigentes de associações estudantis é recebido pelo Secretário de Estado do Sistema Educativo a 5 de Março de 1992, que confirma que a PGA será provavelmente extinta. Em Setembro de 1992, é abolida a PGA pelo Decreto-Lei nº 189/92 de 3/9.[3]
Referências
- ↑ Os alunos do 12° ano submetem-se à controversa Prova Geral de Acesso ao Ensino Superior. Fundação Mário Soares.
- ↑ 20 anos depois, para onde foi o movimento associativo Jornal de Negócios, 25 de Março de 2011.
- ↑ Ana Maria Seixas. 2005. Aprender a democracia: Jovens e protesto no ensino secundário em Portugal. Revista Crítica de Ciências Sociais, 72, Outubro 2005: 187-209.
Ligações externas
- Decreto-Lei 189/92 de 3/9, que estabelece a abolição da PGA.