Posidónio | |
---|---|
Posidónio (português europeu) ou Posidônio (português brasileiro) (em grego: Ποσειδώνιος, transl. Poseidonios; Predefinição:Ca. 135 a.C.[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] – ca. 51 a.C.[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]][1]) foi um político, astrônomo, geógrafo, historiador e filósofo estoico grego.
Biografia
Nasceu numa família grega em Apameia, uma cidade romana sobre o rio Orontes, a norte da Síria. Estudou em Atenas com Panécio de Rodes, cabeça, naquele tempo, da escola estoica. Posidônio fez depois longas viagens, por exemplo, ao Egito ou à Península Ibérica.
Por volta de 97 a.C. assentou-se em Rodes, centro intelectual grego da época, onde participou na vida publica e foi embaixador em Roma (87-86 a.C.). Esse mesmo ano chegaria a fundar a sua escola. Lá foi ouvir Cícero em 78 a.C., e Pompeu visitou-o duas vezes.
As suas conexões com a classe dirigente romana serviram para as suas explorações geográficas. Visitou e descreveu o mundo bárbaro, em especial os Celtas.
As suas obras perderam-se, e somente muito recentemente, mediante a análise crítica da literatura produzida sob a sua influência, conseguiu-se ter alguma ideia —embora não totalmente clara— da grandeza de Posidônio.
Historiador e geógrafo, racionalista e místico, reuniu diversas correntes filosóficas dentro da estrutura de um monismo estoico, e tratou de apoiar as suas teorias com o seu grande saber empírico. Zeller chamou-o de "o espírito mais universal que houve na Grécia desde a época de Aristóteles".
Medição das dimensões da terra
Por volta de 100 a.C., Posidônio observou que a estrela Canopus tinha uma altura de 7º30' em Alexandria enquanto em Rodes apenas era divisada sobre o horizonte. Estimou a distância entre ambas as cidades em 5000 estádios e obteve a medida da circunferência terrestre (aproximadamente 44 000 quilômetros).[2]
Filosofia
Posidônio retomou as teorias dos estoicos e combinou-as com elementos platônicos e aristotélicos. Dos primeiros recolheu a ideia de um cosmo vivo e dos segundos a existência de uma alma, com emoções que podem ser positivas. Foi o criador do estoicismo ou estoa média, do qual foi o seu maior expoente.
Obras
Tal qual foi exposto, as suas obras perderam-se, mas achamos como referências indiretas as seguintes:
- CÍCERO (1999). Sobre la adivinación. Sobre el destino. Timeo. [S.l.]: Madrid : Editorial Gredos. ISBN 978-84-249-2249-8
Ver também
Referências
- ↑ Károly Simonyi. A Cultural History of Physics. CRC Press; 2012. ISBN 978-1-56881-329-5. p. 612.
- ↑ GALLO, Joaquín; ANFOSSI, Agustín: Cosmografia, 7ª Ed., Editorial Progreso, México, 1980, página 9.