A neutralidade deste artigo foi questionada. |
Ponte do Guaíba | |
---|---|
Nome oficial | Ponte Travessia Régis Bittencourt (Getulio Vargas) |
Data de abertura | 28 de dezembro de 1958 |
Dimensões e tráfego | |
Comprimento total | 1,1 km |
Altura máxima | 24 m |
Maior pilar | 43 m |
Tráfego | 30 mil carros/dia |
Geografia | |
Via | 2 faixas da BR-290 |
Cruza | Lago Guaíba |
Localização | Porto Alegre (RS) |
Predefinição:Info/AuxMapa | |
Coordenadas | 29° 59′ 51,71″ S, 51° 12′ 28,1″ O |
A Ponte do Guaíba, cujo nome oficial é Ponte Getúlio Vargas,[1] É uma ponte móvel, sendo a primeira de quatro pontes da Travessia Régis Bittencourt, com extensão total de 7,7 km, localizada sobre o Lago Guaíba na cidade de Porto Alegre, capital do estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Considerada um dos principais cartões-postais de Porto Alegre, ela liga a capital ao sul do estado, na intersecção das rodovias BR-116 e BR-290. Seu trajeto é praticamente o mesmo da rota de aproximação para a cabeceira 11 do Aeroporto Internacional Salgado Filho, então, às vezes, é possível ver aviões preparando-se para pousar no aeroporto.
História
Até a década de 1950, a travessia sobre o lago, de Porto Alegre até a cidade de Guaíba, na Grande Porto Alegre, era feita por balsas, que saíam da Vila Assunção, na Zona Sul de Porto Alegre. Com a saturação do sistema de travessias por balsa, a partir de 1953, começou-se a discutir alternativas. Foram apresentados doze projetos de cinco empresas.[2] Foram propostas a construção de uma ponte na Vila Assunção ou uma ponte ou túnel saindo da região central de Porto Alegre.
A proposta vencedora foi a de uma ponte que aproveitasse as ilhas sobre o lago. O projeto da ponte foi elaborado na Alemanha, em 1954, e analisado no Laboratoire Dauphinois d'Hidraulique, em Grenoble, na França.[2] O contrato foi assinado em 26 de outubro de 1954 pelo governador Ernesto Dornelles e a obra iniciou quase um ano depois, em 20 de outubro de 1955. A construção teve cerca de 3,5 mil operários envolvidos na obra.[3]
A ponte foi inaugurada em 28 de dezembro de 1958, durante o governo de Ildo Meneghetti no estado do Rio Grande do Sul, com apenas um trevo de acesso, voltado para o centro da cidade. Foi no governo de Leonel Brizola que os outros acessos foram concluídos.[2]
Estrutura
A ponte é conhecida por possuir um vão móvel que eleva um trecho de pista de 58m de extensão e 400 toneladas de peso a uma altura de 24m (cada torre tem 43 metros até a base, sob a água). Este vão é içado para possibilitar a passagem de navios de grande porte — o que ocorreu em média 43 vezes por mês no ano de 2006. O vão começa a ser erguido quando o navio está a cerca de 1 km de distância, porque, caso ocorra algum problema na ponte, o navio terá tempo de evitar uma colisão. A duração em que o vão fica erguido dura em média 20 a 25 minutos.[4]
Na época em que foi construída (década de 1950), era considerada a maior obra de engenharia do país, porém, com o passar o tempo, o crescimento do movimento de navios que abastecem o Pólo petroquímico de Triunfo, na Grande Porto Alegre, fez aumentar a frequência com que o vão móvel é içado. O tempo em que a ponte é interditada se tornou motivo de protesto de empresários e motoristas que utilizam a ponte, que possui um fluxo médio de 30 mil carros ao dia. De 1999 até 2011, a ponte chegou a ser interditada 14 vezes por problemas técnicos e panes, provocando congestionamentos no trânsito e dificultando o escoamento da produção.[5]
A ponte foi administrada pela concessionária Triunfo Concepa até 2018. Atualmente, a ponte é administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.[6][7]
Nova Ponte do Guaíba
Em 2014, começou a ser construída uma nova ponte, que terá uma altura de 36 metros, sendo mais alta que a original, permitindo que navios de grande porte possam transitar sem as interrupções no trânsito, como ocorre com a ponte atual.[8][9] A previsão é de que a nova ponte seja construída até o final de 2018.[10]
Referências
- ↑ Freitas, Eduardo Pacheco (1 de agosto de 2016). «TRAVESSIA RÉGIS BITTENCOURT OU TRAVESSIA GETÚLIO VARGAS?: LUTAS SIMBÓLICAS EM TORNO DA DENOMINAÇÃO OFICIAL DA PONTE DO GUAÍBA». Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF. 15 (1). ISSN 1677-1001
- ↑ 2,0 2,1 2,2 Schuster, José Francisco (20 de fevereiro de 1989). «A ponte do Guaíba, moderna aos 30 anos». Zero Hora: 28-29
- ↑ https://www.terra.com.br/noticias/infograficos/ponte-do-guaiba/ponte-do-guaiba-01.htm
- ↑ https://www.terra.com.br/noticias/infograficos/ponte-do-guaiba/
- ↑ https://www.terra.com.br/noticias/infograficos/ponte-do-guaiba/ponte-do-guaiba-03.htm
- ↑ https://www.correiodopovo.com.br/Noticias/Geral/2018/7/655224/Governo-federal-nao-renova-contrato-com-a-Concepa,-e-Dnit-assume-a-freeway
- ↑ https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2018/07/dnit-sera-responsavel-por-divulgar-horarios-do-icamento-do-vao-movel-da-ponte-do-guaiba-cjj7krpqb0m4u01qofkz682on.html
- ↑ http://www.brasil.gov.br/noticias/infraestrutura/2014/03/dilma-anuncia-inicio-da-construcao-da-ponte-guaiba-rs
- ↑ https://www.terra.com.br/noticias/infograficos/ponte-do-guaiba/ponte-do-guaiba-06.htm
- ↑ https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2016/12/geral/538877-nova-ponte-do-guaiba-sai-em-2018-diz-dnit.html