Pirajá da Silva

Manuel Augusto Pirajá da Silva (Camamu, 1873 — Salvador, 1961) foi um naturalista, médico e pesquisador brasileiro, responsável pela identificação do agente patogênico e do ciclo fisiopatológico da esquistossomose.

Biografia

Seu pai era o desembargador Eduardo Augusto da Silva e seu sobrenome Pirajá teve origem em seu avô materno, de origem portuguesa, que motivado pela vitória brasileira nos conflitos da Guerra da Independência, adicionou "Pirajá" em homenagem a Batalha de Pirajá a seu sobrenome, similar ao que fez Bento Rufino Capinam.

Pirajá da Silva ingressou em 1891 e formou-se em 1896 na Faculdade de Medicina da Bahia, atualmente ligada à Universidade Federal da Bahia, onde iniciou no magistério em 1902. Antes disso tinha trabalhado em Amargosa (Bahia) e em Manaus (Amazonas).

Suas pesquisas sobre um paciente, em 1904, levaram-no à descrição completa do Schistosoma mansoni (ou Shistosoma americanum), em 1908, o parasita causador da esquistossomose intestinal. Sua pesquisa foi publicada no "Archives de Parasitologie", periódico francês. Em 1909, viajou para a Europa, onde ampliou suas pesquisas e formação, sobretudo em Hamburgo, estudando no Instituto de Doenças Marítimas e Tropicais, e em Paris, onde estudou no Instituto Pasteur. Entre 1911 e 1912, frequentou o laboratório de parasitologia da Faculdade de Medicina de Paris.

Em São Paulo, dirigiu a Seção de Botânica Médica do Instituto Butantan.

Premiações

Recebeu a medalha Bernhard Nocht, por voto unânime de seus pares, concedida pelo "Bernhard-Nocht-Institut für Tropenmedizin" (traduzindo Instituto de Medicina Tropical Bernhard-Nocht) em Hamburgo, no ano de 1954. No Brasil, também recebeu a grã-cruz da Ordem do Mérito Médico do então presidente Juscelino Kubitschek em 1956.

Ver também

• Bothrops pirajai