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Pintura do Barroco

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A Coroação de Cristo, Van Dyck, 1620, Flandres, exposto em Madrid.

A pintura barroca é uma pintura realista, concentrada

nas paisagens, nas naturezas mortas e nas cenas populares (barroco holandês). O movimento identifica-se com o Absolutismo e a Contra Reforma.[1][2] Na Itália e na Espanha, a Igreja Católica, em clima de militância e Contra-Reforma, pressionava os artistas para que buscassem o realismo mais convincente possível.

Entre os maiores pintores do Barroco estão Velázquez, Caravaggio, Rembrandt, Rubens, Georges de La Tour, Anthony van Dyck, Poussin, os Irmãos Le Nain e Vermeer.

Características

  • Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
  • Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade.
  • Realista, abrangendo todas as camadas sociais.
  • Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.
  • A luz não aparece por um meio natural, mas sim projetada para guiar o olhar do observador até o acontecimento principal da obra, como acontece na obra "Vocação de São Mateus", de Caravaggio.

Regiões

Barroco Italiano

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Crucificação de São Pedro em Portugal, por Caravaggio.

A Igreja Católica revitalizava-se com a Contra-Reforma. Os artistas italianos eram então convocados a transformar as Escrituras em realidade perceptível aos fiéis. O conteúdo emocional intensificado e o realismo do barroco eram meios ideais para que se atingisse esse objetivo.

A pintura passou por uma reforma. No século XIX, o novo estilo foi denominado barroco. Antes, acreditava-se que fosse apenas uma forma de voar pós-renascentista, associado a Rafael. Os artistas afastaram-se do Maneirismo e criaram obras mais medrosas àquelas da Alta Renascença. Os pioneiros dessa mudança foram dois artistas de grande importância: Caravaggio, em Roma (Caravagismo e Tenebrismo) e Annibale Carracci, em Bolonha (Escola de Bolonha).

Outros artistas da mesma época foram Orazio Gentileschi, sua filha, Artemisia Gentileschi, expoentes do Caravagismo.

A família Carracci foi uma talentosa família de pintores italianos que residia em Bolonha. Compreendia três irmãos: Agostino Carracci, Annibale Carracci e Ludovico Carracci. Eles fundaram uma Academia chamada Accademia degli Incamminati, onde vários outros artistas da época estudaram, entre eles, Domenichino. Outro ex-aluno quase eclipsou a fama dos Carracci: Guido Reni, com seus quadros eminentemente religiosos. Outro grande artista da época foi Guercino.

Artistas da Europa setentrional, já com tradição na pintura de paisagem e de gênero, visitaram a Itália e lá deixaram sua marca, entre eles, Adam Elsheimer.

Artistas Barrocos Italianos

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Barroco Flamengo

Ver artigo principal: Barroco flamengo

Artistas Barrocos Flamengos

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Barroco Espanhol

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Artistas Barrocos Espanhóis

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Barroco dos Países Baixos

Embora a Holanda fizesse fronteira com Flandres, os dois países não podiam ser mais diferentes, tanto cultural como politicamente. Enquanto Flandres era regida pela monarquia e pela Igreja Católica, a Holanda - ou Países Baixos - era um país independente, democrático e protestante. Nos rígidos e despojados templos protestantes, a arte religiosa era proibida e as fontes normais de mecenato - Igreja , corte e nobreza - tinham se acabado. O resultado foi uma democratização da arte, tanto em relação aos temas quanto aos proprietários. Pela primeira vez, os artistas foram deixados à mercê do mercado. Felizmente, a próspera classe média tinha mania de colecionar arte. Em 1640, um visitante de Amsterdã observou: "Quanto à arte da Pintura e à afeição do povo pelos quadros, acho que nenhuma outra se interpõe entre eles. Antes todos, em geral, se empenham em adornar suas casas pagando altos preços."Até açougueiros, padeiros e ferreiros compravam quadros . Em decorrência surgiu uma pintura de alta qualidade e com um número de artistas que chegava a 500 pintores, somente trabalhando com naturezas-mortas."

A natureza morta surgiu como gênero de pintura nos Países Baixos pós-Reforma. Embora considerada uma forma inferior em outros lugares, o século XVII foi o período alto da natureza-morta na Holanda, onde os artistas atingiram um extraordinário realismo retratando objetos domésticos. A natureza- morta era emblemática: as pinturas vanitas mostravam símbolos como crânios e velas fumegantes representando a transitoriedade da vida. As paisagens holandesas eram tratadas com realismo, geralmente com um fundo de altas nuvens num céu cinzento.

Artistas Barrocos Holandeses

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Barroco Português

Ver artigo principal: Barroco em Portugal

Artistas Barrocos Portugueses

Barroco Brasileiro

Ver artigo principal: Barroco no Brasil

Artistas Barrocos Brasileiros

Barroco Alemão

Ver artigo principal: Pintura da Alemanha

No século XVII, a pintura alemã sofreu com as circunstâncias históricas, tais como a Guerra dos Trinta Anos, que devastou o território alemão reduzindo sua população a 30%. Um centro importante de produção artística foi a corte de Rodolfo II do Sacro Império Romano-Germânico, em Praga, onde trabalharam Johann Andreas von Düwens, Hans von Aachen e Hans Rottenhammer.

Mas os artistas mais destacados da época viveram na Itália: Adam Elsheimer e Johann Liss.

Artistas Barrocos Alemães

Barroco Britânico

Ver artigo principal: Pintura do Reino Unido

Peter Paul Rubens, que foi em missão diplomática e artística para o Reino Unido, e seu discípulo Anthony van Dyck, que se radicou por lá como pintor da corte e conquistou sucesso imediato, foram os maiores responsáveis pela introdução do Barroco na região, embora ele já fosse visível na obra do flamengo Daniël Mijtens.

Artistas Barrocos Britânicos

Barroco Checo (Boêmio)

Petr Brandl foi um dos mais conhecidos pintores dessa época na Boêmia e uma figura importante do Barroco Tardio.

Artistas Barrocos Checos

Barroco Francês

Artistas Barrocos Franceses

Ver artigo principal: Escola de Fontainebleau
Ver artigo principal: Pintura da França

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Ver também

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Referências

  1. Counter Reformation, na Encyclopædia Britannica Online, latest edition, full-article.
  2. Counter Reformation, na The Columbia Encyclopedia, Sixth Edition. 2001–05.

Bibliografia

  • BECKETT, Wendy. A História da Pintura. São Paulo: Ática, 1997.
  • JANSON, H. W. A História Geral da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

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