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Pero de Ataíde

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Pero de Ataíde
Nascimento ca. 1450[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]Predefinição:Sem local
Morte 1504 (54 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Ilha de Moçambique

Pero de Ataíde (ou de Taíde) (PortugalMoçambique, 1503)[1] foi um navegador descrito pelo cronista Gaspar Correia como um "fidalgo mui honrado, virtuoso de condições".

Biografia

Pero de Ataíde nasceu provavelmente no último quartel do século XV, num ramo bastardo da poderosa família dos Ataídes. Era filho natural de Dom Pedro de Ataíde, Abade de Penalva,[2] o qual era filho bastardo de D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, 1.º Conde de Atouguia.[3] Era irmão de outro navegador da armada de Pedro Álvares Cabral, Vasco de Ataíde, que naufragou na parte inicial da viagem..

Integrou a armada de Pedro Álvares Cabral, sendo dos poucos comandantes dos quais se sabe o nome do navio - o São Pedro seria um navio pequeno de 70 toneladas que, no entanto, protagonizou um significativo episódio durante a estada na Índia.

Conta-se que o Samorim de Calecute costumava apoderar-se do que não lhe permitiam comprar. Estando Cabral e seus comandados em Calicute, pediu-lhes - como algo muito difícil - aprisionar uma nau que transportava cinco elefantes, pelos quais havia oferecido bom preço, sem sucesso. Cabral encarregou Pero de Ataíde da missão. No confronto com a nau dos elefantes, tripulada por mais de 300 homens armados com flechas, levou a sua tripulação de 60 ou 70 homens muitíssimo bem armados. Bastaram alguns tiros de artilharia, que danificaram a nau e mataram alguns dos tripulantes, e o inimigo rendeu-se.[4]

Depois da rendição, Pero de Ataíde trouxe a nau capturada até Calicute, onde os elefantes foram entregues ao Samorim, em cerimônia de grande pompa. Foi uma demonstração de força portuguesa, que produziu grande impacto não somente na Costa do Malabar, como junto do próprio Samorim.[4]

Em 1502, Pero de Ataíde voltou com D. Vasco da Gama à Índia, onde permaneceu até 1503, tendo-se perdido no regresso. Salvo com alguns tripulantes, foi para Moçambique, onde escreveu uma célebre carta ao rei D. Manuel I, relatando o comportamento de Vicente Sodré na Índia,[5] tendo falecido pouco depois.

Bibliografia

  • Castello Branco, Theresa M. Na rota da pimenta.1ª Edição. Lisboa: Editorial Presença, 2006
  • Felgueiras Gayo, Manuel J. Nobiliário de Famílias de Portugal. Vol. I (Tomos I, II e III). 3ª edição. Braga: Carvalhos de Basto, 1992
  • Castello Branco, Carlos Heitor. Gloriosa e trágica viagem de Cabral ao Brasil e à Índia. São Paulo: Ed. do Escritor, 1974

Ver também

Referências

  1. Carlos Heitor Castello Branco, Gloriosa e trágica viagem de Cabral ao Brasil e à Índia, página 37.
  2. «D. Pedro de Ataíde, abade de S. Pedro de Penalva. - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 26 de abril de 2021 
  3. «Antropónimos, Pedro de Ataíde». Consultado em 13 de Janeiro de 2015 
  4. 4,0 4,1 Crowley, Roger (2015). Conquerors : how Portugal forged the first global empire First Edition ed. New York: Random House. p. 92. OCLC 904967943 
  5. «Carta de Pedro de Ataíde para D. Manuel I sobre o que sucedeu na Índia depois da morte de Vicente Sodré - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 28 de agosto de 2021 
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