Predefinição:Info/Bairro de São Paulo Perdizes é um bairro nobre[1] situado na zona oeste do município de São Paulo e pertencente ao distrito de Perdizes. Possui o terceiro maior IDH entre os distritos paulistas, ficando atrás apenas de Moema e Pinheiros.
Limita-se com os bairros de: Sumaré, Vila Pompéia, Água Branca, Barra Funda e Pacaembu.[2]
História
A exemplo de muitos bairros paulistanos, Perdizes proveio de propriedades rurais, sendo uma delas a Sesmaria do Pacaembu. Há registros, datados de 1850, que indicam a presença de chácaras na região, algumas delas criavam animais, como a perdiz. Uma dessas propriedades pertencia a Joaquim Alves, um vendedor de garapa que criava perdizes em seu quintal, onde hoje é o Largo Padre Péricles. A ave batizou a localidade, informalmente chamada até então de Campo das Perdizes.
Devido ao crescimento da cidade as características rurais da área desaparecem pelo loteamento e venda das terras. Ao final do século XIX, especificamente em 1897, Perdizes entra na planta oficial da cidade.[3] Nas primeiras décadas do século vindouro houve um crescimento imobiliário do novo bairro, sendo consolidado na década de 1940 como um bairro de classe-média.[4] Com o passar do século verticaliza-se e sedia importantes instituições educacionais, como a PUC-SP em 1946.
A quadra, onde atualmente se encontra a PUC-SP, formada pelas atuais ruas Monte Alegre, João Ramalho, Ministro Godoy e Bartira, constituía-se na antiga Chácara Lúcia de propriedade de Germaine Lucie Buchard, Condessa de Gontand Birou. Em 1948, as Carmelitas deixaram o Mosteiro que foi doado para a Universidade Católica. O conjunto é formado pelo antigo Convento das Carmelitas Descalças e Capela, projetado por Alexandre Albuquerque, no início da década de 1920, em estilo neocolonial e pelo Teatro da Universidade Católica – TUCA, de 1965. A mesma universidade foi alvo de emblemáticas intervenções e manifestos ocorridos na ditadura militar, como a: invasão de seu câmpus em 1977 e as manifestações no TUCA, teatro da universidade.
Atraído por suas ruas arborizadas e boa infra-estrutura de comércio e serviços o mercado imobiliário inicia nas décadas finais do século XX o lançamento de edifícios de alto-padrão no bairro.[4]
Tombamentos
Neste bairro, em 1900, no Largo das Perdizes, existia uma Capela, ou seja, uma igreja nacional, muito pequena e pobre, dedicada à nossa Senhora da Conceição e Santa Cruz. E nesta Capela funcionou a primeira Matriz da nova Paróquia de São Geraldo. No Largo Padre Péricles (antigo Largo das Perdizes), se localiza a Paróquia São Geraldo das Perdizes, criada em 15 de fevereiro de 1914, por Dom Duarte Leopoldo e Silva, Arcebispo Metropolitano de São Paulo.
Na Paróquia São Geraldo, muitos tesouros arquitetônicos e artísticos estão guardados, mas o de maior destaque é o que está protegido no Campanário: o Sino que anunciou a Sete de Setembro de 1822, uma hora após a proclamação, a Independência do Brasil, às margens do Ipiranga pelo príncipe D. Pedro.[5]
O CONDEPHAAT tombou alguns edifícios do bairro, bem como o histórico Sino da Independência do Brasil, localizado no campanário da Igreja de São Geraldo. Além desse objeto, tombado em 1972, a dita igreja também possui outros acervos significativos, entre eles o conjunto de sessenta vitrais, alguns deles executados pela famosa Casa Conrado Sogenith, de São Paulo.[6] e o conjunto de edifícios da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Em estudos para Tombamento pelo Conpresp, a pedido de moradores, estão 38 imóveis, visando a preservação de sobrados e casarões históricos. Estão em sua maioria em ruas como Doutor Homem de Mello, Turiaçu, Ministro Godoy, Germaine Burchard, Monte Alegre, Itapicuru, Bartira, Caiubi e Vanderlei.
O Colégio Santa Marcelina, na Rua Cardoso de Almeida e o Colégio Batista Brasileiro, na Dr. Homem de Melo também se encontram na listagem de tombamentos pelo Conpresp, assim como cinco casas da rua.
Outras paróquias históricas do bairro são: a Paróquia de Santa Rosa de Lima em honra a Santa Rosa de Lima, padroeira do bairro[7] e a Igreja de São Domingos.[8]
Atualidade
É um bairro nobre destinado à classe média alta e alta[1], abriga amplo comércio localizado nas ruas Cardoso de Almeida e Turiaçu.[1] Apresenta localização privilegiada, próxima ao centro e à Avenida Paulista, e uma gama de escolas particulares e universidades, sendo um dos bairros mais valorizados da zona Oeste.[1] Sendo classificado como "Zona de valor A" pelo CRECI, assim como os bairros de: Vila Nova Conceição e Morro dos Ingleses.[9]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 «Classe média alta volta seus olhos para Perdizes». www.cte.com.br[ligação inativa]
- ↑ «Limites geográficos do bairro de Perdizes». Google.com. 1 de Janeiro de 2015. Consultado em 27 de Janeiro de 2015
- ↑ «A Rua Itapicuru de meu tempo». www.saopaulominhacidade.com.br. Consultado em 18 de agosto de 2010. Arquivado do original em 30 de janeiro de 2009
- ↑ 4,0 4,1 «Um corredor de ouro, de Perdizes à Vila Leopoldina». www.fgi.com.br. Consultado em 18 de agosto de 2010. Arquivado do original em 20 de maio de 2008
- ↑ «Site da Paróquia São Geraldo». www.paroquiasaogeraldo.org.br. Consultado em 18 de agosto de 2010. Arquivado do original em 11 de outubro de 2010
- ↑ «Prefeitura de SP». www.prefeitura.sp.gov.br
- ↑ «Site da Paróquia Santa Rosa de Lima». www.santarosadelimaperdizes.com.br. Consultado em 18 de agosto de 2010. Arquivado do original em 11 de janeiro de 2010
- ↑ «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.regiaose.org.br. Consultado em 18 de agosto de 2010. Arquivado do original em 9 de outubro de 2010
- ↑ «Pesquisa CRECI» (PDF). Fevereiro de 2015. Consultado em 27 de Abril de 2015. Arquivado do original (PDF) em 23 de setembro de 2015
Ligações externas
- Empreendimentos Localizados no Jardim das Perdizes: [1]