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Pepino de Herstal

Pepino de Herstal
Dinastia carolíngia
Pipinida
Arnulfida
Carolíngia
Após o Tratado de Verdun (843)

Pepino de Herstal ou Pepino de Heristal (em francês: Pépin), Pepino, o Moço, ou Pepino II (ca. 635[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] – Jupille-sur-Meuse, 16 de dezembro de 715[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi o neto de Pepino I, o Velho (Pepino de Landen), em resultado do casamento de Ansegisel (filho de Arnulfo de Metz) e Bega, filha de Pepino I, o Velho.[1] Nasceu em Héristal (hoje, Herstal, na Bélgica), daí obtendo o seu cognome.[1] Foi mordomo do palácio do Reino Franco do Oriente (Austrásia) de 680, bem como de Nêustria e da Borgonha de 687 até à sua morte em 714.[1] Gradualmente, foi tomando controlo da corte Franca.

Biografia

Durante quase toda sua jovem carreira, ele combateu na companhia de Martin, duque de Champanhe, o prefeito do palácio da Nêustria, Ebroíno, que havia se projetado sobre todos os domínios francos. Eles são vencidos em 679 em Laon e o duque Martin é morto. Quando Ebroíno morreu em 681, assassinado por um lorde franco, Ermenfroi, que se refugiou na corte da Austrásia, ele selou a paz com o seu sucessor, Varatão. No entanto, o sucessor de Varatão, Bertário, e o rei merovíngio Teodorico III entraram em guerra com ele, sendo derrotados definitivamente em Tertry em 687. Pepino então se tornou de facto o governante da Austrásia, mantendo uma forte influência sobre os outros reinos francos dos quais ele também passou a ser prefeito do palácio, o primeiro prefeito do palácio de todos os reinos francos, chamando a si mesmo de "Duque e Príncipe dos Francos" (dux et princeps Francorum). Ele subjugou os alamanos, frísios e os franconianos, trazendo-os para dentro da esfera de influência franca. Ele também iniciou a evangelização da Alemanha. A autoridade de Pepino foi aceite com dificuldade. A Nêustria ressentia-se da dominação do duque Austrasiano (Pepino nomeou o seu filho Grimoaldo, o Jovem Prefeito do Palácio na Nêustria); a submissão da Borgonha e da Aquitânia era apenas nominal; no Sul e no Oeste, os governadores locais tinham aproveitado as guerras civis para estender a sua independência.

Em 695, ele colocou seu filho Drogo no gabinete burgúndio e seu filho Grimoaldo II no neustriano.

Além disso, ele deixou a sua esposa Plectruda pela seu amante Alpaida e os partidos de cada mulher dividiam-se na corte. Esta união é responsável pelo assassinato de Lamberto, bispo de Tongeren-Maastricht, futuro Santo Lamberto, patrono de Liège. Em setembro de um ano em que os historiadores não chegarem a acordo, 696 ou 705, Pepino II convida o bispo para o seu palácio em Jupille, perto de Liège, a fim de pedir-lhe para o unir a Alpaida. Pepino tinha de repudiar Plectruda mas o bispo tinha ouvido falar que uma criança tinha nascido fora do casamento. Então, ele recusou-se a casa-los. Poucos dias depois, a 17 de setembro, Lamberto e os seus sobrinhos, Pedro e Andolet são assassinados por Dodon, irmão Alpaida em retaliação pela sua recusa.

A principal característica do governo de Pepino de Herstal foi a restauração das assembleias anuais, localizadas no Champ de Mars. São tratados assuntos puramente militares. A conquista da Frísia cisrenana é o grande feito do seu "reinado". Controlando a foz do Mosa e do Reno, a região é crucial para a economia franca. O método que ele usa inspira todos os seus sucessores, até a Carlos Magno: ele está ligado à conquista militar e à cristianização. Assim, ajuda os esforços de São Vilibrordo para cristianizar todo a Frísia e estabelece uma hierarquia eclesiástica (criação da diocese de Utreque).

Desde a morte de Teodorico III em 691, é ele quem faz e desfaz os reis. A Dinastia merovíngia é apenas um fantoche nas mãos de quem tem o título de príncipe. No entanto, o seu poder permanece pessoal. Quando Pepino de Herstal morreu a 16 de dezembro 714, a sua sucessão foi disputada entre o seu filho pequeno Teodebaldo, apoiado pela sua avó Plectruda e o seu filho Carlos, filho de Alpaida. O conflito ameaça a linha pipinídica (os Grandes da Nêustria revoltam-se) mas Carlos acaba por ganhar, estabelecendo firmemente a dinastia carolíngia.

Ele morreu em 714, em Jupille (na moderna Bélgica).[1] Seus descendentes continuaram a servir como prefeitos do palácio, e finalmente se tornaram os governantes legítimos do reino franco.

Pais

Ansegisel (◊ c. 615 † c. 679)[1]

Bega de Landen (◊ c. 615 † c. 694)

Casamentos e filhos

  1. Drogo (◊ 670 † 708) Prefeito do palácio da Borgonha
  2. Grimoaldo II (◊ ? † 714) Prefeito do palácio da Nêustria
  1. Carlos Martel (◊ c. 688 † 741), Duque dos francos
  2. Quildebrando I (c. 678 - c. 751), Duque da Borgonha

Referências

  1. RedirecionamentoPredefinição:fim

Predefinição:Controlo de autoria

Precedido por
Vulfoaldo
Prefeito do palácio da Austrásia
680 - 714
Sucedido por
Teodoaldo
Precedido por
Bertário
Prefeito do palácio da Nêustria
688 - 695
Sucedido por
Grimoaldo II
Precedido por
Bertário
Prefeito do palácio da Borgonha
688 - 695
Sucedido por
Drogo
Precedido por
Novo título
Duque dos francos
687 - 714
Sucedido por
Carlos Martel

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