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Pegada ecológica

Pegada ecológica é uma expressão traduzida do inglês ecological footprint e refere-se à quantidade de terra e água (medida em h [hectares]) que seria necessária para sustentar as gerações atuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos, gastos por uma determinada população.[1] O termo foi primeiramente usado em 1992 por William Rees, um ecologista e professor canadense da Universidade de Colúmbia Britânica e seu aluno de doutorado Mathis Wackernagel. Em 1995, Wackernagel e Rees publicaram o livro chamado Our Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth.

A pegada ecológica é atualmente usada ao redor do mundo como um indicador de sustentabilidade ambiental. Pode ser usado para medir e gerenciar o uso de recursos através da economia. É comumente usado para explorar a sustentabilidade do estilo de vida de indivíduos, produtos e serviços, organizações, setores industriais, vizinhanças, cidades, regiões e nações.[2] A pegada ecológica de uma população tecnologicamente avançada é, em geral, maior do que a de uma população subdesenvolvida.

Componentes da Pegada Ecológica

Para calcular a Pegada ecológica é necessário somar todos os componentes que podem causar impactos ambientais, tais como:

  • área de energia fóssil (representa a área que deveríamos reservar para a absorção do CO2 que é libertado em excesso);
  • terra arável (representa a área de terreno agrícola necessária para suprir as necessidades alimentícias da população);
  • pastagens (representa a área necessária para criar o gado em condições minimamente "razoáveis");
  • floresta (representa a área de floresta necessária para fornecer madeira e seus derivados e outros produtos não lenhosos);
  • área urbanizada (representa a área necessária para a construção de edifícios).

Inúmeras organizações não governamentais (ONGs) lançaram programas para cálculo da pegada ecológica.

Cálculo da Pegada Ecológica

Através da medição das pegadas ecológicas, pode-se aprender a utilizar os recursos com maior cuidado e adotar ações pessoais e coletivas para reduzir os impactos. A metodologia de cálculo da pegada ecológica consiste em contabilizar o consumo das diferentes categorias e transformá-la na superfície biológica produtiva apropriada através de índices de produtividade. Baseia-se na estimativa da superfície é expressa em ha/cap/ano se o cálculo é realizado por habitante, ou em hectare se o cálculo se refere ao conjunto da comunidade estudada. Um hectare global representa a média de "capacidade de carga" de todos[3] os hectares da terra.(1 hectare= 10.000 m²)

Diminuir a pegada ecológica

O movimento das ecovilas e das Cidades em Transição constitui um exemplo de como reduzir a pegada ecológica de um individuo, família ou comunidade. É possível integrar harmonicamente uma vida social, económica e cultural a um padrão de vida sustentável em todos sentidos.

Começando pelo tipo de materiais de construção numa casa, uma redefinição de padrões de consumo, e o simples ato de compartilhar e cooperar com as pessoas ao redor, tudo isso pode diminuir muito o impacto de um individuo.

Por exemplo, na Ecovila Sieben Linden, na Alemanha, cujas casas são feitas de fardos de palha, madeira e barro, o consumo de energia não passa de 5% da média das casas com padrão ecológico. São casas super eficientes, baratas e muito resistentes. A média de produção de CO2 nessa ecovila está em apenas 20% da média da Alemanha. Os banheiros são todos "compostáveis", não precisam de água e os resíduos são transformados em adubo (sem qualquer odor). Os carros são compartilhados com os membros da comunidade, e o meio de transporte mais usado é a bicicleta. A comida é basicamente toda produzida no local, também de forma ecológica.

Diminuir a pegada ecológica e os custos financeiros, e manter um contato mais próximo com os vizinhos, tudo isso se traduz em menos stress e um estilo de vida com mais sentido e realização.

Ver também

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Referências

  1. «Pegada ecológica e biocapacidade o que é isso?». Consultado em 7 de julho de 2014. Arquivado do original em 14 de julho de 2014 
  2. A demanda e a oferta do capital natural renovável
  3. Dias, Reinaldo (2011). Gestão Ambiental - Responsabilidade Social e Sustentabilidade. [S.l.: s.n.] ISBN 978-85-224-6286-5 

Ligações externas

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