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Papa Clemente III

Clemente III
Papa da Igreja Católica
174° Papa da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Roma
Eleição 19 de dezembro de 1187
Entronização 7 de janeiro de 1188
Fim do pontificado 20 de março de 1191 (3 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Predecessor Gregório VIII
Sucessor Celestino III
Ordenação e nomeação
Cardinalato
Criação março de 1179
por Papa Alexandre III
Ordem Cardeal-diácono (1179)
Cardeal-presbítero (1179-1180)
Cardeal-bispo (1180-1187)
Título Santos Sérgio e Baco (1179)
Santa Pudenciana (1179-1180)
Palestrina (1180-1187)
Consistório Consistórios de Clemente III
Dados pessoais
Nascimento Roma, Itália
14 de novembro de 1121[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Morte Roma, Itália
20 de março de 1191 (69 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Nacionalidade Predefinição:ITAn
Nome nascimento Paolo Scolari
Sepultura Arquibasílica de São João de Latrão
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de Papas

Clemente III (Roma, ca. 1130 — Roma, 1191) foi o 174.º papa da Igreja Católica Romana, eleito a 19 de dezembro de 1187.[1][2] Clemente III era Paolo Scolari, cardeal-bispo de Palestrina, nascido em Roma cerca de 1130. Organizou a Terceira Cruzada, congregando a maior parte dos príncipes cristãos em torno do projecto de reconquista da Terra Santa. Governou a Igreja até ao seu falecimento a 20 de março de 1191.[3]

Biografia

Clemente III foi eleito papa para suceder a Gregório VIII, falecido dois dias antes e apenas dois meses após a eleição, numa sequência de pontificados curtos que levaram a que entre 1181 e 1198 tivessem passado pelo trono de Pedro cinco papas.

A escolha de Paolo Scolari para pontífice, apenas dois dias após a morte em Pisa do seu antecessor, foi bem acolhida pelo povo de Roma. Conhecido pelo seu carácter conciliador e sendo o primeiro nascido em Roma a ocupar o papado desde a rebelião de Arnoldo de Brescia, a sua eleição foi encarada como uma oportunidade de reconciliação e de pacificação que permitisse o retorno pacífico do papado à cidade.

Após uma breve negociação, foi assinado um tratado formal conciliando a soberania papal com as liberdades municipais entretanto conquistadas, e em Fevereiro de 1188 o papa entrou na cidade de Roma com o aplauso do povo, instalando-se sem oposição no Palácio Laterano. Ficou assim sanado mais um episódio da recorrente contestação ao poder temporal do papa na cidade de Roma.

Dando continuação à política dos seus imediatos antecessores, Clemente III empenhou-se na realização da Terceira Cruzada, contra o Islão na Terra Santa, organizando uma impressionante expedição congregando príncipes, nobres e soldados de toda a cristandade. Através de uma intensa actividade diplomática, conseguiu impor uma trégua generalizada nas lutas entre os estados cristãos, criando as condições para a organização da almejada cruzada, concentrando os esforços bélicos da cristandade em torno do objectivo da reconquista do Santo Sepulcro em Jerusalém.

Um feito notável da diplomacia de Clemente III, a Terceira Cruzada conseguiu congregar Filipe Augusto de França, Frederico Barba Ruiva do Sacro Império Romano-Germânico e Ricardo Coração de Leão de Inglaterra. O envolvimento de tão importantes personalidades levou a que fosse denominada a Cruzada dos Reis. Clemente III faleceu pouco antes da conquista de Acre, não assistindo aos sucessivos desastres na Palestina, à derrota da cruzada e ao desmoronar do sonho cristão da reconquista de Jerusalém.

A morte de Guilherme II da Sicília sem sucessão clara veio desencadear novo conflito entre o papado e a casa de Hohenstaufen quando Henrique VI, filho e sucessor de Barba Ruiva, reclamou o trono em nome de sua mulher Constança de Altavila. O papa, cuja soberania ficava ameaçada com a incorporação do reino das Duas Sicílias ao Sacro Império Romano Germânico, opôs-se tenazmente, no que foi apoiado pela nobreza e povo, ciosos da sua independência e temerosos da submissão a um imperador visto como estrangeiro. Com o apoio e investidura papal, Tancredo de Lecce, filho ilegítimo do falecido rei, foi aclamado. Tal levou à invasão pelas tropas imperiais de Henrique VI. No auge desta disputa, Clemente III faleceu, sendo sucedido por Celestino III .

Apesar das lutas que marcaram o seu termo, o pontificado de Clemente III, apesar de curto, foi caracterizado por uma forte acção diplomática, que se reflectiu na organização da Terceira Cruzada, e pelo fortalecimento da influência papal sobre a cidade de Roma e sobre a igreja europeia. Devem-se a Clemente III a separação da Igreja da Escócia da sé metropolitana de York e as canonizações de Otão de Bamberga e de Estêvão de Thiers.

Referências

  1. G1, Do; Paulo, em São (11 de fevereiro de 2013). «Veja a lista de todos os Papas da história». Renúncia de Bento XVI (em português). Consultado em 30 de julho de 2019 
  2. Infopédia. «Artigo de apoio Infopédia - Clemente III». Infopédia - Dicionários Porto Editora (em português). Consultado em 30 de julho de 2019 
  3. «The Cardinals of the Holy Roman Church - Biographical Dictionary - Consistory of March 1179». webdept.fiu.edu. Consultado em 30 de julho de 2019 


  1. RedirecionamentoPredefinição:fim

Predefinição:Papas

Precedido por
Gregório VIII
Emblem of the Papacy.svg
Papa

174.º
Sucedido por
Celestino III

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