Panfilo Nuvolone (Cremona, 1581 - Milão, c. 1651) foi um pintor do barroco italiano, especializado em obras de temática sacra e naturezas-mortas.
Patriarca de uma família fidalga de pintores originária de Cremona, mas ativa sobretudo em Milão, Panfilo teve quatro filhos, dos quais se conhecem dois pintores, Giuseppe Nuvolone e o mais famoso Carlo Francesco Nuvolone.
Iniciado na pintura por um dos grandes artistas do tardio Maneirismo cremonense, Giovanni Battista Trotti, dito Il Malosso, Panfilo adere, em Milão, onde é documentado desde 1610, à poética dos pintores borromaicos e sobretudo às de Camillo e Giulio Cesare Procaccini.
Entre 1614 e 1615, executa os afrescos da capela de Sansone na igreja de Sant´Angelo em Milão, e em 1620, executa a Coroação da Virgem para os capuchinhos de Schwys, na Suíça, enquanto se revela também pintor de elegantes naturezas-mortas.
Panfilo continuaria a produzir inúmeros trabalhos de caráter religioso, embora estes sejam comumente considerados menos interessantes do que suas pinturas de naturezas-mortas, nas quais costumava representar cestos de frutas com pêssegos e uvas dispostos simetricamente contra um segundo plano sombrio.
Embora suas naturezas-mortas sejam bastante célebres, conhecem-se apenas dois exemplares assinados e de segura atribuição ao pintor, um deles em uma coleção particular de Viena e o outro no Museu de Arte de São Paulo. Não obstante, muitas obras similares, comparáveis às composições de seu contemporâneo Fede Galizia, sugerem a existência de um ateliê especializado neste gênero de pintura, embora poucas destas sejam atribuíveis ao próprio Panfilo.
Ver também
Referências
MARQUES, Luiz (org). Catálogo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand: Arte Italiana. São Paulo: Prêmio, 1998.
KREN, Emil e MARX, Daniel. Web Gallery of Art (http://www.wga.hu/frames-e.html?/bio/n/nuvolone/panfilo/biograph.html). Salvo em 4 de junho de 2007.