Predefinição:Info/Partido político
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) é um partido político de extrema-esquerda do Brasil fundado em 1994 e registrado definitivamente em 1995.[1] Em julho de 2022 possuía 15.587 filiados.[2] O PSTU é uma organização socialista, que reivindica o marxismo revolucionário, baseando-se nas teorias e práticas de Leon Trótski e de Nahuel Moreno. O PSTU também é a seção no Brasil da Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional (LIT-QI), sendo a maior seção dessa organização, que em outros países se articula como partido legalizado ou não, ou como corrente interna de partidos anticapitalistas amplos. Assim como o Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Partido da Causa Operária (PCO) a Unidade Popular (UP) e algumas tendências do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o PSTU faz oposição de esquerda aos governos municipais, estaduais (inclusive aqueles governados pelo Partido dos Trabalhadores) e federal.
História
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Fundação
Em abril de 1992, o deputado José Dirceu apresenta, na reunião da Executiva Nacional do PT, uma resolução que foi aprovada, dando prazo de 15 dias para que a Convergência Socialista se adaptasse à nova regulamentação de tendências. Esta proibia manifestações abertas contra a política da direção majoritária. Afirmava José Dirceu que, para evitar a publicidade de tais manifestações, se deveriam proibir sedes próprias, jornal próprio, finanças próprias, relações internacionais públicas e de partido, pois estas seriam a exteriorização de uma política contrária às resoluções do PT e do seu primeiro Congresso.[3]
Após sair do Partido dos Trabalhadores, em meados de 1992, a Convergência Socialista (CS) deu início à formação de um novo partido, juntamente com outros pequenos grupos de extrema-esquerda que, na época, formavam a chamada Frente Revolucionária (FR), que, além da CS, contava com outras organizações, tais como:
- O Partido da Frente Socialista (PFS), antes denominado como Partido da Libertação Proletária (PLP)[4];
- o Movimento Socialista Revolucionário;
- a Democracia Operária, formada principalmente por bancários de Porto Alegre, um dos seus líderes era Victor Hugo Ghiorzi;
- Liga, formada por militantes que romperam com o PT em no início de 1993, tais como: Júnia Gouveia, Celso Lavorato, Edmilson Araújo, Rômulo Rodrigues, Santiago, Henrique Martins e Lays Machado;
- Grupo Independente de Diadema; e
- Coletivo Luta de Classes, dentre os seus dirigentes, podem-se citar: Carlos Bauer e Magno de Carvalho.
Entre 3 e 5 de julho de 1994, a FR reuniu em um Congresso para fundar o PSTU.
Cisão de 2016
Em julho de 2016, 739 militantes assinaram um manifesto de ruptura com o partido, chamado "Arrancar alegria ao futuro" e, posteriormente, fundaram o Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista (MAIS).[5] Em agosto de 2017, o MAIS oficializou sua entrada como corrente interna no PSOL. A decisão foi tomada no congresso da organização, que aconteceu dos dias 27 a 30 de julho, em São Paulo.[6] Posteriormente o MAIS e outros grupos fundiram-se dando origem a Resistência, corrente interna do PSOL.
Prisão de Lula
Em 2018, no contexto da prisão de Lula, o PSTU tomou posição a favor da prisão de todos os corruptos e corruptores, julgando ser inaceitável a narrativa petista de que Lula estava sendo preso por conta da seletividade da justiça. O partido não considerou, no entanto, a prisão do ex-presidente como suficiente para o fim da corrupção, defendendo também a prisão de políticos como Aécio Neves, Michel Temer e Eduardo Cunha e de empresários como Joesley Batista e Marcelo Odebrecht.[7]
Organização
Número de filiados
Data | Filiados[2] | Crescimento anual | |
---|---|---|---|
dez./2006 | 13.568 | — | — |
dez./2007 | 13.332 | Predefinição:Baixa 236 | -1,7% |
dez./2008 | 13.156 | Predefinição:Baixa 176 | -1,3% |
dez./2009 | 11.867 | Predefinição:Baixa 1.309 | -11% |
dez./2010 | 12.541 | Predefinição:Aumento 674 | +5,6% |
dez./2011 | 13.159 | Predefinição:Aumento 382 | +4,9% |
dez./2012 | 14.177 | Predefinição:Aumento 1.018 | +7,7% |
dez./2013 | 16.756 | Predefinição:Aumento 2.579 | +18% |
dez./2014 | 17.141 | Predefinição:Aumento 385 | +2,3% |
dez./2015 | 17.375 | Predefinição:Aumento 234 | +1,3% |
dez./2016 | 17.403 | Predefinição:Aumento 28 | +0,1% |
dez./2017 | 17.177 | Predefinição:Baixa 226 | -1,3% |
dez./2018 | 17.143 | Predefinição:Baixa 34 | -0,2% |
dez./2019 | 15.873 | Predefinição:Baixa 1.270 | -8,0% |
dez./2020 | 15.858 | Predefinição:Baixa 15 | -0,1% |
dez./2021 | 15.540 | Predefinição:Baixa 318 | -2% |
Desempenho eleitoral
Eleições estaduais
Participação e desempenho do PSTU nas eleições estaduais de 2018[8] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O partido não elegeu parlamentares e realizou coligação apenas em Roraima (com PSOL e PCB).
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Participação e desempenho do PSTU nas eleições estaduais de 2014[8] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Os cargos obtidos na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas são referentes às coligações proporcionais que o PSTU compôs. Tais coligações não são necessariamente iguais às coligações majoritárias e geralmente são menores. Não estão listados os futuros suplentes empossados.
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Eleições presidenciais
Ano | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato(a) a Vice-Presidente | Coligação | Votos | Posição[8] |
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1994 | Luiz Inácio Lula da Silva (PT) |
Aloizio Mercadante (PT) |
Frente Brasil Popular pela Cidadania (PT, PSB, PCdoB, PPS, PV e PSTU) |
17.122.127 (27,04%) | 2ª | |
1998 | José Maria de Almeida (PSTU) |
José Galvão de Lima (PSTU) |
Sem coligação | 202.659 (0,30%) | 7ª | |
2002 | José Maria de Almeida (PSTU) |
Dayse Oliveira (PSTU) |
Sem coligação | 402.232 (0,47%) | 5ª | |
Segundo turno: apoio crítico ao candidato vitorioso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | ||||||
2006 | Heloísa Helena (PSOL) |
César Benjamin (PSOL) |
Frente de Esquerda (PSOL, PCB e PSTU) |
6.575.393 (6,85%) | 3ª | |
Segundo turno: voto nulo | ||||||
2010 | José Maria de Almeida (PSTU) |
Cláudia Durans (PSTU) |
Sem coligação | 84.609 (0,08%) | 6ª | |
Segundo turno: voto nulo | ||||||
2014 | José Maria de Almeida (PSTU) |
Cláudia Durans (PSTU) |
Sem coligação | 91.209 (0,09%) | 8ª | |
Segundo turno: voto nulo | ||||||
2018 | Vera Lúcia Salgado (PSTU) |
Hertz Dias (PSTU) |
Sem coligação | 55.762 (0,05%) | 11ª | |
Segundo turno: apoio crítico ao candidato derrotado Fernando Haddad (PT) | ||||||
2022 | Vera Lúcia Salgado (PSTU) |
Raquel Tremembé (PSTU) |
Sem coligação |
Referências
- ↑ Erro de citação: Marca
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- ↑ 2,0 2,1 Erro de citação: Marca
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inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadasFiliados
- ↑ Silva, 2001; Cerdeira, 2009.
- ↑ E antes como Coletivo Gregório Bezerra (CGB), uma organização formada por militantes que acompanharam Luiz Carlos Prestes, na época de sua ruptuta com PCB.
- ↑ Gabriel Felice (6 de julho de 2016). «Impeachment da presidente Dilma racha o PSTU». Estado de Minas. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ MAIS (4 de agosto de 2017). «MAIS anuncia entrada no PSOL». Esquerda Online. Consultado em 1 de maio de 2021
- ↑ Redação (9 de abril de 2018). «Tem que prender todos os corruptos e corruptores». PSTU (em português). Consultado em 15 de julho de 2021
- ↑ 8,0 8,1 8,2 TSE. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 1 de maio de 2021
Ligações externas
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