Os Ricos Também Choram | |
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Informação geral | |
Formato | Telenovela |
Gênero | |
Duração | 60 minutos |
Criador(es) | Gustavo Reiz Aimar Labaki |
Baseado em | Los ricos también lloran, de Inés Rodena |
País de origem | Brasil |
Idioma original | português |
Produção | |
Diretor(es) | David Grimberg |
Roteirista(s) | Marcos Lazarini |
Elenco | Predefinição:ExpEsc |
Tema de abertura | "Pensando em Ti", Márcia |
Exibição | |
Emissora original | SBT |
Formato de exibição | 480i (SDTV) |
Transmissão original | 18 de julho de 2005 – 14 de janeiro de 2006 |
Episódios | 153 |
Cronologia | |
Programas relacionados | Los ricos también lloran |
Os Ricos Também Choram é uma telenovela brasileira produzida pelo Sistema Brasileiro de Televisão, cuja exibição ocorreu entre 18 de julho de 2005 e 14 de janeiro de 2006, totalizando 153 capítulos, substituindo Esmeralda e sendo substituída pela exibição da mexicana Mariana da Noite.[1][2].[3][4] É a versão brasileira da telenovela mexicana de Los ricos también lloran, sendo adaptada por Gustavo Reiz e Aimar Labaki, com supervisão de texto de Marcos Lazarini, direção de Jacques Lagoa, Luiz Antônio Piá e Henrique Martins, direção geral de David Grimberg e direção de núcleo de Fernando Rancoletta.
Conta com Thaís Fersoza, Márcio Kieling, Ludmila Dayer, Mika Lins, Françoise Forton, Jonas Bloch, Glauce Graieb e Flávia Monteiro nos papéis centrais.
Produção
A obra é um reboot de Los ricos también lloran, telenovela mexicana escrita por Inés Rodena, que também serviu de inspiração para a trama mexicana Maria do Bairro. A gravação era para ser iniciada em 2003, mas a emissora teve dificuldades de adquirir os direitos da novela, conseguindo-o apenas no final de 2004.[5] Gustavo Reiz e Aimar Labaki ficaram responsáveis por escrever a versão brasileira, tendo ainda a supervisão de texto de Marcos Lazarini – originalmente a supervisão seria de Doc Comparato, que acabou sendo dispensado após diversos conflitos.[5] O investimento no total, cerca de R$ 13 milhões.[6]
As gravações começaram no dia 20 de maio de 2005 em uma fazenda em Amparo (130 km da capital paulista).[1] Theodoro Cochrane e Sabrina Greve fizeram testes para o elenco, mas não passaram.[7]
Diferenças da original
Diferentemente da original mexicana, que se passava na atualidade, a versão foi adaptada como uma trama de época. Na sinopse original, os autores pretendiam ambientada-la na década de 1920 e abordar a Semana de Arte Moderna, a chegada do cinema ao Brasil, a expansão da fotografia e a ebulição que São Paulo estava passando.[5] Porém. como esses temas acabaram sendo abordados um ano antes na minissérie Um Só Coração, da Rede Globo, a equipe alterou a ambientação para os anos 1930 e mostrou a Crise de 1929 provocada pelo crash da bolsa de Nova Iorque, que atingiu as fazendas de café.[5] Estavam previstos 167 capítulos, ao custo de aproximadamente R$ 75 mil cada um,[1] Para dar características mais nacionais, os nomes dos personagens foram trocados. O sobrenome da protagonista na versão mexicana, era Villareal e foi modificado para Martins na produzida no Brasil.[5]
Enredo
A trama se inicia em 1914 na Fazenda São Pedro, interior de São Paulo, onde o Coronel Evaristo Martins (Flávio Galvão) comanda um império de milhares de pés de café, sendo o maior produtor da região. Ele é casado com a amarga Esther (Mika Lins), a qual nunca amou de verdade, mas acaba se apaixonando pela camponesa Esperança (Juliana Almeida), com quem vive um tórrido amor proibido. A moça descobre que está gravida e acaba morrendo ao dar à luz Mariana (Thaís Fersoza), que cresce na fazenda como uma órfã. Após 18 anos Mariana se tornou uma moça pobre e infeliz por nunca ter conhecido os pais, mas dona de uma beleza sem igual. Profundamente amargurado pela crise que assola o mercado cafeicultor no início da década de 1930, Evaristo comete suicídio, mas deixa em testamento metade de sua fortuna para a filha bastarda, a qual registra reconhecer. Ao descobrirem a verdade, Ester e sua filha, Sofia (Ludmila Dayer), expulsam Mariana da fazenda e se mudam para a cidade de Ouro Verde, onde tentam de toda forma desfazer o testamento antes que a moça o descubra.
Mariana acaba indo para Ouro Verde também, onde conhece o doce e bondoso Bernardo (Felipe Folgosi), que a ajuda e promete cuidar dela, lutando contra todos que tentarem prejudicá-la. Apesar de não ama-lo, Mariana fica encantada por ele e decide dar uma chance aos bons sentimentos do rapaz. Porém, alguns dias depois, ela conhece Alberto (Márcio Kieling), um conquistador que não se prende a mulher nenhuma e pretende usá-la também, mas a qual acaba se apaixonando e ela por ele. Antes que possa explicar a situação Bernardo apresenta a moça para a família como sua noiva. Nesta ocasião ela descobre que Alberto é, na verdade, irmão de Bernardo. Neste mesmo tempo explode a Revolução Constitucionalista de 1932 e Aberto parte para a guerra na tentativa de fugir dos sentimentos por Mariana e não magoar o o irmão, sem saber que ela está esperando por sua volta.
Bernardo e Alberto são filhos do Coronel Antônio Domingues (Jonas Bloch), um dos mais poderosos homens da cidade de Ouro Verde. A maior rivalidade do Coronel é Arabela Guedes (Françoise Forton), uma viúva forte e decidida, herdeira dos negócios e da política do seu falecido marido, que tem pretensão de concorrer com ele pela liderança da cidade, embora tenha dois filhos de caráter duvidoso, Pedro (Thierry Figueira) e Inês (Karla Tenório). Uma rivalidade temperada pelo amor que eles compartilharam na juventude, até o coronel se casar com a inescrupulosa Maria José (Glauce Graieb) após uma armação. Outro ponto crucial da cidade é a pensão de Dona Gênova (Marcela Muniz), que reúne os mais diversos tipos de pessoas, incluindo o médico Ulisses (Fernando Pavão) e os golpistas Samuel (Joaquim Lopes) e Hugo (Celso Bernini), que estão disfarçados como mulheres – Daphne e Josefina – para fugirem da polícia. É lá que Mariana vai morar e onde se torna grande amiga de Martina (Milena Toscano), que a ajuda a descobrir mais sobre seus pais e seu passado.
Controvérsias
Em junho de 2004, Doc Comparato tinha sido contratado pelo SBT como consultor de teledramaturgia. Promoveu oficinas de atores, adaptou o primeiro capítulo da telenovela e trabalhava no projeto de uma minissérie chamada O Palácio, mas devido a desentendimentos acabou demitido. Marcos Lazzarini foi convocado a adaptar a trama no lugar de Doc.[5] O SBT o demitiu em 18 de março de 2005. Comparato foi "escoltado" por seguranças até a portaria da emissora, "Nunca fui tão humilhado, ofendido e repudiado. Tenho prêmios internacionais", disse.[8] A emissora alegou justa causa por uma carta de rescisão por descumprimento contratual e cobrando do autor a multa contratual. O documento o acusa de se recusar a "promover a adaptação de novela" (Os Ricos Também Choram) e de provocar "dificuldades e conflitos de relacionamentos" com "discussões verbais" de "conteúdo ofensivo".[8] Comparato negou que tenha se recusado a adaptar a novela, "É mentira, já entreguei dois capítulos", também afirmou que a crise foi causada pela falta de roteiristas que ele formou na emissora que foram para a Rede Record e que a contratação de Marcos Lazarini — vindo da Record e que no SBT foi o autor da adaptação de Seus Olhos — não foi de seu gosto.[8]
Elenco
Intérprete | Personagem |
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Thaís Fersoza | Mariana de Sá Martins |
Márcio Kieling | Alberto Domingues |
Ludmila Dayer | Sofia Ribeiro Martins |
Mika Lins | Esther Ribeiro Martins |
Françoise Forton | Arabela Guedes |
Jonas Bloch | Coronel Antônio Domingues |
Glauce Graieb | Maria José Domingues |
Thierry Figueira | Pedro Guedes |
Flávia Monteiro | Olga Guedes |
Felipe Folgosi | Bernardo Domingues |
Karla Tenório | Inês Guedes |
Nicola Siri | Nino |
Joaquim Lopes | Samuel Brandão / Daphne |
Celso Bernini | Hugo Brandão / Josefina |
Milena Toscano | Martina |
Fernando Pavão | Dr. Ulisses Gava |
Marcela Muniz | Gênova Rios |
Magali Biff | Otávia |
César Pezzuoli | Salgado |
Patrícia Gasppar | Tolosa |
Jiddu Pinheiro | Agustin |
Phil Miler | Adolfo Coimbra |
Guilherme Trajano | Luís Carlos |
Caio Romei | Tony |
Ildi Silva | Kemi |
Débora Gomez | Regina |
Anastácia Custódio | Lia |
Carla Fioroni | Nenê |
Graça Andrade | Tiana |
Ana Fuser | Solange |
Walter Cruz | Juvenal |
Vanessa Guimarães | Aparecida |
Nany di Lima | Mira |
Participação especial
Intérprete | Personagem |
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Flávio Galvão | Coronel Evaristo Martins |
Juliana Almeida | Esperança de Sá |
Rafinha Bastos | Dr. Cardoso |
Manuela Duarte[9] | Joana |
Ana Paula Vieira | Rita |
Fernando Neves | Epitácio |
Guga Dalla Vecchia | Ricardo |
Edson Montenegro | Aldeniy |
Repercussão
Audiência
Os Ricos também Choram atingiu 17 pontos em seu primeiro capítulo, 11 pontos a mais que o primeiro capítulo de sua antecessora, Esmeralda.[2] A tática da emissora foi estrear a novela ás 21h e fugir do confronto com as "novela das sete" da RecordTV, que chegavam a marcar 20 pontos.[2] No final da primeira semana, porém, a novela já marcava apenas 9 pontos e, gradativamente, foi caindo.[10][11][12] Algumas semanas depois da estreia a trama havia se estabilizado entre 3 e 5 pontos apenas, tendo dificuldades também de fechar cotas de publicidade no horário.[13] Por conta dos índices, o SBT resolveu encurtar a telenovela dos planejados 181 capítulos para 153.[6][14] Em seu último capítulo alcançou 7 pontos.[15] Teve média geral de 5 pontos, 8 a menos que a antecessora, que fechou com 13, sendo considerada um fracasso.[16]
Avaliação em retrospecto
Os Ricos também Choram teve uma avaliação negativa de público e crítica. A novela enfrentou o protesto de telespectadores que assistiram à versão original na década de 1980. A queixa mais constante do público é que o folhetim não segue o roteiro original e que as tramas paralelas criadas para dar tempero brasileiro ao enredo não surtiram efeito. O fato de transportar a história - originalmente ambientada em 1979 - para os anos 30 também não agradou.[6] As críticas chegaram até mesmo na maquiagem, onde o uso de pó de arroz e o batom, que eram pesados na época em que se passa a trama, foram alvos de comentários do colunista da Veja, Ricardo Valladares, que escreveu, "Mulheres bonitas são um atrativo de qualquer novela. Essa regra de ouro parece ter sido esquecida pela direção de Os Ricos Também Choram, do SBT. Em vez de ressaltarem os encantos das atrizes do folhetim das 9 - e elas certamente os têm -, iluminação e maquiagem estão conspirando para enfeá-las. A emissora argumenta que na década de 30, quando se passa a história, era exatamente daquele jeito que as mulheres se vestiam e se pintavam. O pó-de-arroz e o batom eram pesados mesmo, e a novela só está oferecendo aos seus telespectadores uma reconstituição de época fiel. Louvável e verdadeiro - mas aí está um ponto em que um pouquinho de infidelidade não faria mal. Se a trama é dos anos 30, as atrizes não precisam dar a impressão de que nasceram todas naquela década. A mais prejudicada talvez seja Ludmila Dayer, que interpreta uma vilã, a arrogante Sofia. Há quem diga que ela pulou diretamente do papel de "Ninfa Bebê" - sua personagem ultra-sensual na novela Senhora do Destino, da Rede Globo - para o de "Ninfa Vovó". Detalhes às vezes fazem toda a diferença".[17]
Trilha sonora
Os Ricos também Choram | |
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CD Os Ricos Também Choram.jpg | |
Trilha sonora de Vários artistas | |
Lançamento | 4 de novembro de 2005[18] |
Gravação | 2005 |
Gênero(s) | Vários |
Idioma(s) | Português |
Formato(s) | Físico (Cd) |
Gravadora(s) | SBT Music / Universal |
- Lista de faixas
- Tema de abertura
Márcia interpretou o tema de abertura "Pensando em Ti", cuja abertura recebeu o prêmio Promax realizado nos Estados Unidos.
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 Mary Persia (16 de julho de 2005). «Repaginada, "Os Ricos Também Choram" estréia na 2ª». Folha de S.Paulo. UOL. Consultado em 12 de setembro de 2015
- ↑ 2,0 2,1 2,2 «"Os Ricos Também Choram" tem boa audiência». Agência Estado. Estadão. 20 de julho de 2005. Consultado em 12 de setembro de 2015
- ↑ «SBT encurta 'Os ricos também choram' e estréia novela mexicana». O Globo. Gazeta do Povo. 30 de dezembro de 2005. Consultado em 12 de setembro de 2015
- ↑ Andréia Takano (16 de janeiro de 2005). «SBT estréia Mariana da Noite». Ofuxico. Consultado em 12 de setembro de 2015
- ↑ 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 «Bastidores de Os Ricos Também Choram». 27 de dezembro de 2012
- ↑ 6,0 6,1 6,2 Keila Jimenez (15 de outubro de 2005). «Silvio Santos também chora». O Estado de São Paulo. TV-Pesquisa. Consultado em 12 de setembro de 2015
- ↑ Daniel Castro (10 de março de 2005). «Net quebra exclusividade dos canais HBO». Folha de S.Paulo. UOL. Consultado em 29 de janeiro de 2014
- ↑ 8,0 8,1 8,2 Daniel Castro (21 de março de 2005). «SBT demite autor Doc Comparato por 'justa causa'». Folha de S.Paulo. UOL. Consultado em 29 de janeiro de 2014
- ↑ «Atores Talentos». Monte Negro e Raran. 27 de novembro de 2014. Consultado em 28 de novembro de 2014
- ↑ «"Os Ricos Também Choram" despenca audiência do SBT». Terra Networks. 14 de setembro de 2005. Consultado em 12 de setembro de 2015
- ↑ «Ladeira». Folha de S.Paulo. TV-Pesquisa. 16 de novembro de 2005. Consultado em 12 de setembro de 2015
- ↑ Daniel Castro (14 de setembro de 2005). «Novela despenca e SBT perde 13% à noite». Folha de S.Paulo. TV-Pesquisa. Consultado em 12 de setembro de 2015
- ↑ «Confira a audiência detalhada de "Os Ricos Também Choram"». Consultado em 14 de outubro de 2018 Texto "TV Pesquisa" ignorado (ajuda)
- ↑ Daniel Castro (14 de outubro de 2005). «Aborto». Folha de S.Paulo. TV-Pesquisa. Consultado em 12 de setembro de 2015
- ↑ «Último capítulo de Os Ricos Também Choram garante boa audiência para o SBT». Área Vip. 16 de janeiro de 2006. Consultado em 12 de setembro de 2015
- ↑ «Esmeralda bate recorde de audiência no último capítulo». Área Vip. 16 de janeiro de 2006. Consultado em 12 de setembro de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015
- ↑ Ricardo Valladares (31 de agosto de 2005). «A conspiração do pó-de-arroz». Veja. TV-Pesquisa. Consultado em 12 de setembro de 2015
- ↑ «"Os Ricos Também Choram" ganha CD com trilha sonora». Área Vip. 4 de novembro de 2005. Consultado em 12 de setembro de 2015
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